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História Second Chance - Durante: Reencontro


Escrita por: starburst

Notas do Autor


eu nao sei nem explicar como eu sinto muito, eu cheguei a desistir da fic tambem, me desculpem.

eu prometo não demorar mais tanto tempo assim, espero que gostem ♥

Capítulo 3 - Durante: Reencontro


Fanfic / Fanfiction Second Chance - Durante: Reencontro

"And I've lost who I am, and I can't understand"

A água gelada colidia contra os olhos cerrados de Taehyung, resgatando-o das profundezas escuras onde estava descansando e arrastando-o para a realidade. De joelhos e utilizando um cardápio para abanar seu rosto estava Min Yoongi, vivo e assustado, murmurando algo com um possível funcionário da sorveteria.

— Me desculpe mais uma vez. — O recém-acordado Taehyung reconhecera as palavras que o não mais falecido Yoongi estava a dizer.

Recusava abrir os olhos, temendo ter que encarar a figura possivelmente preocupada do melhor amigo e ser obrigado a aceitar que ele estava realmente ali, na sua frente, respirando diante de seus olhos e cuidando dele como sempre cuidava quando estava vivo – mesmo que essa colocação não fizesse mais sentido, afinal aparentemente Yoongi nunca morrera.

Seria muita informação para sua mente depressiva e quebradiça assimilar.

Estava confuso e com medo, sentia os dedos das mãos tremerem e o coração acelerar intensamente conforme sentia a mão quente do outro tocar seu joelho. Sabia que precisava oferecer a ele algum sinal de vida, porém estava muito mais preocupado com o que aconteceria com sua sanidade quando finalmente abrisse os olhos.

Taehyung estava vivenciando uma das piores experiências de toda a sua vida. Sentia-se inútil apenas observando sua mente brincar com ele e simular tão bem a voz e o toque de Yoongi, mas já estava fragilizado, fraco e destruído demais para reagir.

— Taehyung…

Ele abriu lentamente os olhos, fitando o rosto preocupado de Yoongi e sentindo o coração bater tão forte que uma pequena dor começava a incomodar seu peito. Era exatamente o mesmo Min que ele se lembrava, dos olhos pequenos até os fios de cabelo rebeldes e escuros como a noite, mas era uma imagem tão impossível que todo o seu lado racional o levava a acreditar que estava sonhando.

Era isso, estava sonhando.

— Eu quero acordar. — Sussurrou, fechando os olhos novamente e beliscando o próprio braço. — Isso não é engraçado! — Começava a entrar em pânico, as lágrimas preenchendo suas pálpebras e o lábio trêmulo preso entre os dentes.

Yoongi uniu as pequenas sobrancelhas escondidas pela franja escura bagunçada, apertando o joelho esquerdo do melhor amigo e pensando em como reagir àquela bizarra cena; o outro chorava, beliscando o próprio braço e soluçando palavras tão rapidamente que o Min não conseguia acompanhar – quem dirá entender.

— T-Tae… — O mais novo o fitou, olhos avermelhados e lábios trêmulos. Os dois trocaram olhares confusos e perdidos e logo Taehyung voltara a chorar, abraçando Min Yoongi tão intensamente que o garoto de pele claríssima sentira as costelas estalarem.

— Você está mesmo aqui! — O sorriso confuso do mais velho refletia seu estado atual, abraçou o Kim de maneira desengonçada e correu os dedos pelos fios escuros dele tentando acalmá-lo. Estavam tão próximos que Yoongi conseguia sentir as batidas do coração de Taehyung bem próximas, quase como se o coração dele estivesse habitando o seu corpo.

O funcionário da sorveteria coçou a garganta, a cena que se passava diante de seus olhos era estranha e ele não achava correto dois homens estarem tão próximos como aqueles dois estavam, entretanto o choro desesperado de Kim Taehyung impedia que ele fosse rude com os melhores amigos. Decidiu deixá-los em paz, girando em seus calcanhares e voltando para trás do balcão.

Taehyung abriu um sorriso tão grande que sentiu as bochechas doerem, mas não se importava.

Yoongi estava de volta.

— ☽  —

— … Então o Jimin me obrigou a usar aquela camisa apertada mesmo sabendo que eu odeio roupas do meu tamanho. — Ele possuía um bico cômico nos lábios e dirigia ao som de alguma música pop coreana. — Era azul, Tae! Azul!

— E você odeia ainda mais roupas azul. — Taehyung se divertia, os olhos inchados doendo e uma sensação de sonolência tomando conta de seus membros gradualmente, porém ele forçava suas pálpebras a se afastarem, temendo dormir e Yoongi desaparecer.

O medo de perder o emburrado Min Yoongi dominava todas as células do seu corpo.

— Sim! Por que os outros não podem ser como você?

— Porque só existe um Kim Taehyung e esse sou eu. — Ambos riram rapidamente, ignorando o abraço estranhamente sentimental que haviam compartilhado minutos atrás e o choro explosivo que o mais novo soltara.

Taehyung repentinamente sentiu uma dor de cabeça extremamente forte, fechando os olhos e encostando a testa na janela do carro escuro do melhor amigo. Ele já havia visto aquela cena, já havia vivido aqueles momentos dias antes do acidente.

Dias antes da morte de Yoongi.

O que diabos estava acontecendo? Ele estava mesmo enlouquecendo? Ainda estava na faculdade, não havia realizado um terço de seus sonhos e nem mesmo se apaixonou e já sentia-se doente mentalmente, como se estivesse envelhecido dez anos desde que Yoongi se fora. Engoliu em seco e fitou o moreno, observando desde o nariz pequenino e os lábios rosinhas que o homem realmente estava vivo, ele não havia morrido como Taehyung se lembrava, sequer havia um mísero corte em seu corpo.

Então o que estava acontecendo?

Lembrou-se rapidamente da mulher que o encontrara quando decidira ir à sorveteria, aquela mulher estranha que lhe disse palavras tão confusas quanto os poemas que Namjoon escrevia.

“— É impossível ver você sofrer tanto e não fazer nada.”

Sim, ele estava sofrendo. Estava perdendo sua sanidade e desistindo de tudo o que havia construído ao longo dos anos, a depressão engolindo toda a sua vontade de viver lentamente, como um parasita que suga o seu sangue todos os dias e você sequer sente, pois são quantidades tão pequenas que aparentam ser insignificantes.

Segurando os fios lisos de seu cabelo e respirando fundo, Taehyung dirigiu o olhar para Yoongi. Sua língua coçava para pedir alguma explicação, seus dedos quase voltaram a beliscar seu braço e ele sentia-se enlouquecendo. Céus… O que estava acontecendo?!

— Você está me assustando. — A voz grossa do outro despertou o Kim de seus pensamentos insanos. Ele mordeu o lábio inferior, contendo a vontade de gritar e apenas soltou os cabelos, voltando a fitar a rua movimentada do apartamento de Yoongi.

Ele nem mesmo havia percebido que estavam tão próximos do local.

— Desculpe… — Sussurrou, abrindo a porta do carro quando o mais velho estacionara e saltando para fora rapidamente. Respirou fundo e decidiu se acalmar, precisava aprender a lidar com o fato de que Yoongi realmente nunca morrera.

Fora tudo uma ilusão, então?

— Vem cá. — O menor o puxou para um abraço, Taehyung apertava os ombros do baixinho, pela primeira vez agradecendo aos céus por Yoongi ser tão pequeno, assim ele não via seus olhos se inundarem novamente. — Eu não sei o que está acontecendo, mas quero que você saiba que eu sempre estarei aqui para você, Taehyung. Você sempre pode contar comigo, tanto nas fases boas como nas fases ruins. — E ele abrira um sorriso tão bonito que o mais novo jurou sentir o coração bater mais forte. — Vamos entrar?

O cheiro de lavanda que dominava o apartamento invadiu as narinas de Taehyung tão rapidamente que ele soltou um sorriso sincero, reconhecendo aquele local. Tantas memórias, tantas noites em claro jogando videogames recheadas de bebidas alcoólicas e kimchi, os inesquecíveis e cômicos trotes para os amigos e até mesmo algumas pequenas reuniões onde todos se reuniam. Namjoon, Seokjin, Hoseok, Jimin e Jeongguk formavam uma pequena família que os dois haviam construído na faculdade. Cursavam cursos diferentes, porém sempre estavam juntos.

Literalmente como se compartilhassem o mesmo DNA.

— Pode pegar minha jaqueta do chão, Tae? — Yoongi gritou da cozinha e novamente a cabeça do garoto doera. Aquela cena já havia acontecido antes, o baixinho já havia pedido para ele retirar a mesma peça de roupa com o mesmo tom de voz.

Tão estranho…

Ele fechou os olhos com força e suspirou, caminhando até a sala do pequeno local e capturando a jaqueta de couro preta como uma noite sem estrelas do seu hyung. Era exatamente a mesma peça que ele utilizou no dia do acidente, no fatídico dia em que ele… Seu coração batia acelerado novamente, sua mente forçando-o a lembrar da maldita briga e de suas palavras antes que o caminhão colidisse contra o carro.

— Obrigado. — Yoongi dissera novamente, chamando a atenção do mais novo para si.

Taehyung temia que sua mente quebrasse, que ele confundisse tanto a realidade com suas memórias e sua depressão que acabasse ficando preso entre uma parede imaginária, longe do seu lado racional. Yoongi iria formar-se em psicologia, então o moreno sabia exatamente o que o amigo diria caso ele falasse tudo o que estava acontecendo dentro de sua confusa mente.

— Yoongi.

— Sim?

— Que dia é hoje?

O futuro psicólogo comprimiu os lábios, verificando o calendário em sua mesinha de centro. Dia vinte e três de novembro. Apontou para a data em vermelho e observou o melhor amigo respirar profundamente e, em seguida abrir um sorriso estranho. Yoongi franziu o cenho, Taehyung estava estranho…

Já o mais novo sentia o suor escorrer por sua testa, os pensamentos correndo soltos por sua mente e provocando uma verdadeira bagunça dentro da sua cabeça. Ele havia voltado exatamente cinco semanas antes do acidente em que perdera Yoongi.

O que diabos estava acontecendo?!

— Yoongi.

— Sim, Taehyung?

— Vamos viajar daqui a cinco semanas, correto?

O sorriso do Min iluminava a sua expressão. Aquela viagem para o interior após a formatura era exatamente tudo o que ele queria e precisava naquele momento, somente ele e o melhor amigo em uma área rural em um final de semana recheado de passeios ao ar livre e banhos no rio.

Literalmente a viagem perfeita.

— Sim, Taehyung, e eu já me sinto ansioso. — Ele voltava para a cozinha, o sorriso ainda presente nos lábios pequenos e as fantasias com a querida cachoeira que seus pais haviam o levado quando criança afastando-o da realidade.

A verdade era que eles não podiam viajar. Se eles viajassem seria o fim, Yoongi morreria e a alma de Taehyung também – pela segunda vez. Ele não suportaria perder o melhor amigo de novo, não quando havia acabado de o reencontrar.

Então o que fazer? Como convencer Yoongi a ficar em casa?

— Talvez eu o amarre… — Sussurrou, pensativo. Quase riu da própria piada sem graça, mas depois lembrou da gravidade de seu problema e fechou automaticamente o sorriso.

Ele precisava manter Yoongi vivo. 

"All is lost but hope remains and this war's not over"


Notas Finais


desculpem se ficou ruim (provavelmente ficou) é que eu nao ando mt bem da cabeça sakdjklsadj

vou ver se posto essa semana ainda ok? ok!

obrigada p/ ler ♥


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