Point Of View, Ariana Grande
Começou o inferno de novo, eu já estava cansada de Justin querer mandar na minha vida, ele estava me sufocando. A partir de hoje eu não iria mais seguir suas regras. Eu não era filha dele, e sim namorada, e por isso ele deveria me respeitar como tal.
— Justin se for pra arrumar confusão, pode dar meia volta e me deixar em paz. - encarei aquelas enormes esferas cor de mel.
— Qual é vai defender ele agora ? Eu sou seu namorado - demonstrou incredulidade na voz.
— Exatamente. Meu namorado e não meu pai. - alterei a voz, apontando o dedo em sua direção.
— Ari acho melhor eu ir, não quero que vocês briguem.
— Ah claro, vai bancar o coitado. Vai se foder, não quero você perto da minha namorada.
— Justin respeita meu amigo. Mas que porra. - vociferei.
— Beijo amiga, nos vemos em breve - Ricky ignorava completamente o Justin, me fazendo agradecer mentalmente.
— Tudo bem Ricky, me desculpe pelo comportamento de Justin - dei um sorriso triste.
— Não tem problemas, isso jamais irá interferir na nossa amizade. - demos um rápido abraço.
Ricky seguiu em direção a saída, ignorando totalmente a presença de Justin, o mesmo me fuzilava enquanto eu o encarava com um olhar furioso.
— Vai a merda - gritei enquanto me direcionava a cozinha em busca de água.
— Eu ir à merda? Eu trabalho o dia inteiro pra você trazer macho pra dentro de casa e ficar de conversinha? NÃO QUERO ELE AQUI.
Respirei fundo tentando controlar meu nervosismo. Eu não podia me estressar muito por causa das meninas. Mas eu já havia atingido meu limite. Eu me sentia esgotada. Me virei em sua direção arremessando o copo de vidro em sua direção, porém ele foi ágil e desviou no susto.
— VAI PARA O INFERNO PORRA, QUE SACO. ME DEIXA EM PAZ. FICA ME PERTURBANDO O DIA INTEIRO. EU TÔ CANSADA DE VOCÊ, CANSADA - comecei a gritar igual a uma louca apontando o dedo em sua direção.
— Amor... Calma. - aproximou - se de mim.
— Calma é o caralho. Eu não quero ouvir sua voz. - minhas mãos estavam tremendo.
— Você vai acabar passado mal Ariana. - Justin intercalava o olhar entre meu rosto e minha barriga.
— Deveria ter pensado nisso antes de ficar me estressando - segui em direção as escadas.
— Ariana vamos ao hospital você está pálida.
— Para, por favor. Eu quero ficar sozinha. Me dê um tempo - minha voz estava saiu quase inaudível.
— Tudo bem, estarei aqui em baixo. Qualquer coisa grita - suspirou.
Não falei mais nada. Apenas segui em direção ao meu quarto. Segurei as lágrimas ao máximo que pude, eu não queria chorar, mas as lágrimas insistiam em sair de meus olhos. Comecei a sentir algumas dores na barriga, talvez fosse cólica. Fui ao banheiro fazer xixi, e quando abaixei minha calcinha, pude ver manchas de sangue no tecido da minha calcinha. Tentei ao máximo não me desesperar. Entrei no chuveiro para tomar um longo banho, na tentativa de relaxar os músculos.
Logo mais eu já estava no quarto vestindo minha camisola de seda, na cor azul claro. Deitei - me na cama, eu estava exausta, as dores haviam passado um pouco. Justin não apareceu em nenhum momento. Me peguei pensando se a melhor solução seria nos separamos. Não estava dando certo continuar persistindo nesse relacionamento. Estava ficando desgastante. Mas por outro lado, eu o amava tanto, não queria ficar distante do homem, que eu jurava ser o amor da minha vida. Ouvi a porta sendo aberta, resolvi fechar os olhos, não queria que ele soubesse que eu estava acordada. E nem que ele soubesse que eu estava chorando. Senti o lado direito do colchão afundar, continuei imóvel de olhos fechados.
— Amor... Eu sei que você está acordada. - beijou meu rosto
— Não quero conversar agora - funguei ainda de olhos fechados, mas pude sentir as lágrimas escorrendo por minhas bochechas.
— Não chora por favor. Eu sinto muito, eu não queria ter agido daquela maneira, me perdoa por favor. Eu te amo tanto - continuei de olhos fechados, eu sabia que se eu o olhasse o perdoaria facilmente.
— Sai - retirei suas mãos que estavam posicionadas em cima da minha coxa.
— Eu só queria que você soubesse que se eu te magoei ou decepcionei, eu não fiz por querer. Eu só queria proteger vocês. - ouvir fungadas. Ele estava chorando.
— Eu não te entendo - virei-me de frente para seu corpo. Abrindo os olhos.
— Eu não tenho como te explicar agora. Mas por favor, confie em mim. - entrelaçou seus dedos na minha mão.
— Eu te amo - sussurrei baixinho.
— Eu te amo muito meu amor. Eu amo você mais do que a mim mesmo. Eu amo vocês. - lágrimas escorriam de nossos olhos.
— Me desculpe pelas coisas horríveis que eu te disse lá em baixo - dei uma pequena pausa. - É porque eu fiquei muito nervosa
— Está tudo bem, não precisa se desculpar. Eu mereci.
— Me promete uma coisa ? - perguntei encarando seus olhos.
— O que você quiser.
— Que nunca vai nos deixar.
— Eu prometo. Eu nunca teria coragem de abandonar vocês.
— Obrigada - dei um meio sorriso.
— Agora você precisa descansar. Passou muito nervoso hoje. Está sentindo alguma dor ? - perguntou preocupado.
Decidi não informa - lo sobre o sangramento, era só resultado do nervoso que eu passei. E acho que sangrar um pouco por passar nervoso, seja normal.
— Não. Eu estou bem - dei um sorriso de lado.
— Você precisa comer alguma coisa, não comeu nada.
— Estou sem fome.
— Mesmo assim precisa se alimentar.
— Tudo bem, eu aceito que você traga algo aqui em cima pra mim comer - sorri com a língua entre os dentes.
— Tudo bem meu amor, eu vou lá em baixo preparar algo pra você comer. - me deu um beijo casto.
...
Point Of Views, Selena Gomez
O imprestável não atendia minhas ligações. Mas eu já tinha meus planos, e em breve o colocaria em prática.
Não foi atoa que eu mandei cortarem o freio do carro daquela vagabunda, que resolveu aparecer no meu caminho. Era pra ela ter morrido, mas a demônia teve tanta sorte, que além de permanecer viva, ainda permaneceu grávida. E ainda por cima de duas meninas, aquelas bastardas.
Mandei várias fotos de Ariana para Justin, o primeiro passo de amedronta-lo estava funcionando.
O toque estridente do meu celular, despertou-me de meus pensamentos.
— E então, fez tudo que eu mandei ?
— Claro, está tudo sobe controle.
— Certo. Semana que vem podemos colocar finalmente o plano completo em prática. - respirei fundo.
— Tenho que desligar agora, mais tarde eu passo aí, Beijos gostosa.
— Tchau. - desliguei a ligação, jogando o celular em cima da cama.
— Em breve você não estará entre nós querida Ariana.
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