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História Second Option - Alguém melhor


Escrita por: givexo

Notas do Autor


esse capítulo é um extra que não estava planejado, mas a pedido de uma leitora eu decidi fazê-lo, já que o primeiro não tinha um final exatamente feliz. e esse está mais amorzinho, menos chorável

enfim, espero que gostem, especialmente a @GarotasAnonimas que o pediu, não sei se está como imaginava

Capítulo 2 - Alguém melhor


Acordei com as habituais dores no corpo, acostumado e sem me importar com as mesmas. Já sabia a causa delas. Mas, como esperado, eu nem queria ter acordado; estava sempre decepcionado comigo mesmo.

Eu queria ser melhor. Queria parar de ser tão... eu.

Estou ciente de meus feitos e não os apoio, nunca poderia o fazer. Sou completamente contra, porque eu era uma segunda opção que tornava aquele que me via de maneira maior como uma também.

Fechei meus olhos e apoiei o antebraço sobre eles, respirando fundo e mordiscando o lábio inferior. Eu queria ser melhor; deveria parar de sempre fazer escolhas erradas, sempre foi assim.... Não seria essa minha natureza? Fazer escolhas erradas, falar coisas erradas — às vezes deixar de falar quando deveria —, viver da forma errada, amar a pessoa errada...

Sim, talvez fosse mesmo minha natureza.

Eu queria ser melhor.

 

 

 

— Eu não queria ser Kim Taehyung, afinal — murmurei ao suspirar, atônito, e encarando o que parecia ser o teto, já que estava escuro e nada ficava muito nítido. — Kim Taehyung deveria ser sinônimo de patético.

Ouvi batidas na porta de meu pequeno apartamento, que mais parecia estar em plena guerra civil pelo tanto que estava desorganizado. Nem sua vida é organizada, quem dirá seu apartamento, pensei ao me levantar e seguir para a porta.

Não estava em minhas plenas faculdades mentais, pois se estivesse eu não teria aberto a porta daquele jeito. Queria ter estado melhor para isso, mas ele não parecia se importar com minha aparência no momento, pois ele tinha um sorriso, no entanto malicioso. Não queria ter gelado com aquele olhar sobre mim, me fitando como se fosse me devorar, nem queria ter aberto um pequeno sorriso quando ele adentrou, muito menos ter tentado me ajeitar para ele; pois eu queria ser melhor.

— O q-que você está fazendo aqui? — perguntei e ele se virou para mim, com um sorriso debochado.

— Não queria me ver? — Seu sorriso era sarcástico porque ele sabia a resposta.

— Não é isso, foi só... inusitado —d sussurrei, olhando para o chão.

Senti sua mão segurando meu rosto e o levantando, fazendo-me encará-lo. Seus olhos me fitavam de maneira estranha.

— Estou aqui por você, não é óbvio? — Aquilo fez meu coração disparar, eu inconscientemente sorri.

— M-Mesmo? — perguntei e o vi assentir, sorridente.

— Agora vem aqui — ele disse se aproximando para me beijar, e eu deixei, me sentindo pior. — Não posso demorar muito, então vamos logo. — Me empurrou até a parede, atacando meu pescoço, puxando de leve meu cabelo.

Senti meus olhos arderem, eu queria chorar.

— J-Jeongguk... — murmurei, com a voz meio trêmula. — Por que está fazendo isso comigo?

Ele se afastou o suficiente para me encarar, confuso.

— Do que está falando, Tae? — Não me chame assim, não se não for ficar.

— Fale-me realmente por que está aqui. — Ele riu.

− Você sabe, Taehyung; aliás, pensei que queria isso. — Tinha um sorriso curioso nos lábios. — Vamos, não se faça de difícil, realmente não tenho tanto tempo. — Ameaçou se aproximar de novo e eu virei o rosto. — Ah... o que é, Tae? – Seu tom soou impaciente.

— Jeongguk... eu não quero que seja desse jeito — tentei deixar minha voz firme, mas, no final, fora mais uma vez trêmula.

— E quer como?

Suspirei fundo, sentindo que logo choraria.

— Não quero que venha até mim apenas querendo sexo, Jeongguk... — Novamente, abaixei meu olhar.

— E pelo que mais eu viria? – Ouvi-o respirar com pesar. — Olha, eu entendi que você tinha interesse em mim e não vi problema em nós começarmos a ficar. E era só isso, tá?

— Você sabe que não é só isso! — O encarei, sentindo as lágrimas rolando.

— Eu não tenho culpa de você ter estragado tudo. — Riu sem achar graça alguma. — Taehyung, eu namoro o Jimin, você sabe. O que nós temos é de longe menor do que tenho com ele.

— Então, você só me procura quando está entediado.

— E deveria ser assim com você também. – Deu de ombros. Mordi meus lábios, segurando o choro e neguei com a cabeça. — E por que não é? Por que escolheu se envolver demais?

— E-Eu sempre escolho errado. Você sabia que eu estava gostando de você, Jeongguk... Você sabe que eu t-

— Não fala, Taehyung — me cortou. — Não faz isso com você.

Assenti, voltando a baixar o olhar, dessa vez permitindo que minhas lágrimas rolassem. Eu queria ser melhor, não queria me importar, me machucar por coisas tão pequenas.

— Te avisei que era só diversão, Tae — resmungou, num tom cansado.

— Vai embora, me deixa sozinho, por favor.

Ouvi-o bufar e se afastar, e depois não prestei mais atenção.

Sentei-me ali mesmo onde estava e apenas chorei, me sentindo tão... descartável.

Por que é que eu o amava mesmo? O que ele fez por mim mesmo? Quais eram mesmo as qualidades que ele tinha para me manipular tão perfeitamente? Por que minhas pernas fraquejavam diante dele? Por que eu sorria por ele? Por que eu vivia por ele? Eu queria ser melhor.

Jeon só me machucava, e isto nunca fora o suficiente para que eu desistisse. Eu sempre disse a mim mesmo que um dia o conquistaria, que ele seria meu. Mas, pouco a pouco eu ia percebendo que esse dia nunca iria chegar. Eu queria ser melhor, queria fazer as escolhas certas.

O que seria certo agora?

Limpei minhas lágrimas e encarei em volta, pensando com clareza. Nessas horas, eu procuraria ele. Ele me acolheria.

Fitei meus pés por um momento, e, então, me levantei, decidido e com um sorriso.

Como de costume, iria atrás dele em busca de consolo, mas dessa vez seria um pouco diferente.

 

 

 

 

 

 

 

 

Eu queria ser melhor, pensar melhor, escolher melhor.

Estava tomando um caminho diferente, mas as coisas ao meu redor não levaram nada do que fiz em consideração.

Eu sempre ia andando até onde ele morava e nunca tive problema, mas dessa vez peguei chuva, a qual veio de repente. Meu cabelo estava todo bagunçado, minhas roupas encharcadas e amassadas. Peguei o papel no meu bolso e o olhei; as letras não eram mais legíveis. Bufei choroso ao que parava em frente à sua porta. Agora estava nervoso, porém, decidi bater.

Fitei a poça de água que eu formava no chão e respirei fundo, logo ouvindo o barulho de tranca. Sentia seu olhar em mim, mas não tinha muita coragem de encará-lo. Quando decidi o fazer, vi-o recostado à porta aberta.

— E-Eu... — Não sabia o que falar, nunca sabia. — Me desculpa o horário, meu celular deve ter estragado pela chuva. — O tirei do bolso e estava encharcado, como previa. — Então, não tinha muita certeza de que horas eram... — Voltei a encarar o chão por conta de seu olhar inexpressivo, ele estava me fazendo perder a minha pouca coragem. — Eu estive pensando muito... venho pensando em você, sobre mim, sobre nós, em tudo que você tem feito.... Me desculpa, eu estou improvisando, tinha passado tudo aqui nesse papel — peguei-o e o ergui, balançando de leve — mas a chuva fez as letras se mancharem e estou muito nervoso agora para lembrar do que havia escrito. — Bufei frustrado e amassei o papel, o jogando para trás. — Olha, a verdade é que queria do fundo do meu coração dizer que sinto muito, Yoongi, por tudo que te fiz passar. — Senti meus olhos lacrimejarem. — Eu acho que fui muito egoísta porque estava preocupado demais sentindo pena de mim mesmo que não prestei atenção no que te causava, que obviamente te machucava; eu só vinha aqui, você me consolava, me fazia sentir-me bem e eu ia embora, fingindo que não era nada demais. Nunca pensava nos seus sentimentos, sobre o que você achava da situação, eu não sei se sou um idiota ou se era apenas o meu coração tentando me consolar, mas eu sei que fui muito injusto com você. Eu sempre me sentia horrível, Yoongi, por tudo que fazia, mas eu não pensava direito, eu estava perdido, achava que só eu sabia o que era não ser correspondido, mas sem querer estava te colocando na mesma situação. Mas eu sei, Yoongi, que não somos somente amigos. — Limpei as lágrimas, só para outras descerem. — E que eu estava me aproveitando disso, me desculpe. — Respirei fundo, por um momento ficando em silêncio, pensando no que diria. — Sabe, hyung... eu queria ser melhor, por você e por mim, fazer escolhas certas, falar coisas certas, já que muitas vezes também deixo de falar quando deveria, viver da forma certa, amar a pessoa certa... — Decidi finalmente o encarar, e ele tinha um olhar surpreso. — E é por isso que eu tenho pensado muito, muito mesmo... principalmente em você... Eu nunca respondia o que você me dizia antes de eu ir embora... mas é porque eu não tinha certeza, eu não sabia, só que agora sei que... eu também te amo, Yoongi... — Ainda o via me olhando, surpreso. — Por favor, fala alguma coisa, eu estou ficando nervoso, se quiser me mandar embora por tudo que te fiz, eu entendo, mas diga alguma coisa...

Eu só pude vê-lo se aproximar e me beijar, invadindo minha boca sem ao menos pedir permissão. E não é como se ele precisasse. Passei meus braços pelo seu pescoço e ele abraçou minha cintura, me colando à ele possessivamente. Ele explorava toda a minha cavidade bucal como se sua vida dependesse disso, e me sentia na mesma condição, agarrando seus cabelos e os puxando com força.

— Com toda certeza, o que você disse agora deveria estar bem melhor do que você escreveu naquele papel — disse ao que nos separamos, e eu ri, meio envergonhado.

— É, eu achei que quando chegasse não saberia dizer nada, então decidi que escreveria, mas para ser sincero, não deu nem cinco linhas direito. — Acabamos rindo. — Olha, hyung, eu peço mesmo desculp-

— Ah, cala a boca, Tae. — Me beijou mais uma vez, segurando meu rosto. — Eu já entendi. Apenas me diga que vai ser só meu agora.

— Eu já sou só seu, Yoonginnie — respondi sorridente, e ele também o fez.

E como fazíamos antes, já nos encontrávamos despidos, você marcando meu pescoço e eu gemendo manhosamente, mas dessa vez era seu nome. Você sorria e me beijava, satisfeito; era isso que queria, não é, Yoongi? Ouvir seu nome saindo de minha boca? Te abraço lentamente e sussurro em seu ouvido: se acostume. Fiquei por cima e decidi te marcar, pois também queria que fosse só meu, mas se bem que você já era, Yoongi, eu só precisava perceber...

— Y-Yoongi... — choraminguei baixinho ao que me sentava em cima de seu membro.

— Tae... vá com calma — disse, apertando minha cintura e sorri malicioso com sua frase, já começando a me movimentar. — T-Teimoso... — resmungou entre gemidos e soltei uma pequena risada.

Diferente de todas as vezes, você me teve mais que uma vez por noite, que aconteciam por todas as minhas escolhas erradas que me motivavam a te procurar. Deve ser porque, enfim, decidi tomar uma escolha certa, que se baseia em você, hyung.

Eu acho que agora estamos juntos, não é? Já que dessa vez eu não tive que me vestir e ir embora às pressas, e você se deitou ao meu lado, me abraçando e me puxando para deitar a cabeça em seu peito. Sorri fechando os olhos, sonolento. Acho que somos apenas nós.


Notas Finais


dessa vez, não tem mais kk


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