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História Second Session Where Is Your Boy Tonight? - American psycho


Escrita por: carlinhaduda

Notas do Autor


Olá, meus amores!!
Desculpem o atraso e boa leitura!!

Capítulo 33 - American psycho


   -Você não quer almoçar?

Patrick não havia escutado. Seus olhos olhavam atentos por trás das lentes dos óculos e seus dedos teclavam freneticamente. Suzi entra no escritório e toca o ombro do loiro.

-Patrick.

-Hum? – o loiro finalmente encara a senhora – Desculpa, Suzi, não ouvi você entrando.

-O que está fazendo?

-Pesquisando sobre as rotas que ligam Chicago a qualquer cidade mais próxima. Também fiz um cartaz para espalhar pela cidade. Vou começar a procurar, talvez alguém deve ter visto eles antes de saírem da cidade.

-Não era para deixar isso com os policiais?

-Eu não posso ficar parado enquanto eles correm perigo. Simplesmente não posso.

Suzi se inclina para visualizar melhor a página do Google Maps aberta.

-E qual é a conclusão que você chegou?

-Nenhuma. Não faço ideia de onde eles estejam. Mas eu tenho uma teoria. O Mikey é de Nova Jersey, o que são doze horas e vinte minutos de carro e tem o Aeroporto Internacional Newark Liberty. Mas isso depende de se eles pararam para descansar durante a noite ou não. Não tenho certeza. Só... Só achei que seria o último lugar de onde ele teria levado o Pete e a Charlotte. Eles podem ter ido para qualquer parte do país.

-Acho melhor você deixar isso para os policiais. Eles sabem o que fazer.

-Sim, eu sei. Só estava tentando fazer algo para ajudar.

Patrick sente um arrepio percorrer sua espinha. Um calafrio. Uma sensação estranha de medo.

-Então, você não vem almoçar?

-Não estou com fome, Suzi. Obrigado. Vou tomar um banho e ir até a empresa. Vou imprimir os cartazes, não consigo ficar aqui sem ter o que fazer. Você pode ir embora, se quiser. Vou ficar a tarde inteira na rua.

-Tudo bem. E não se esqueça – Suzi penteia os cabelos curtos de Patrick – Tenha esperança que vamos encontrá-los.

Patrick sorri. O loiro toma um banho rápido, logo trancava a casa e dirigia até a empresa que o pertencia. Iria informar que ficaria fora por mais um tempo. Durante o percurso, se lembrava da noite que dançou com Pete na sala. A melodia das canções estava em sua cabeça, ainda não acreditava no que havia acontecido.

-Senhor Patrick? O senhor já voltou a trabalhar?

-Por favor, Morgan, peça para que Henry, Joe e Andy venham para a minha sala. Quero conversar com eles e você também.

-Sim, senhor.

Patrick entra na própria sala. A foto de Charlotte e Pete estava sobre a mesa. Em menos de dez minutos, os quatro estavam na sala do loiro.

-É ótimo que você esteja de volta, Patrick – diz Henry.

-É... Bom, pelo menos, eu acho.

-Você ficou lindo de cabelos curtos, Patrick – Joe brinca.

Patrick força um sorriso.

-O que tem para nos contar? – indaga Andy.

Patrick respira fundo. O aperto no coração aumenta.

-Eu... Eu preciso muito de vocês agora. Vocês são as pessoas que eu mais confio nessa empresa e... Vocês são como a minha família.

-O câncer voltou? – Joe questiona preocupado.

-Não, não é nada disso. Eu já estou curado. Os exames deram normais e não tenho metátese, está tudo bem com a minha saúde.

-Então, o que está deixando o senhor tão preocupado? – Morgan pergunta hesitante.

-É o Pete e a Charlotte – Patrick faz uma pausa, não havia uma outra forma de contar - Eles foram sequestrados pelo Mikey.

-Sequestrados? – assim como Joe, o espanto tomava conta dos quatro.

-Eu não sei explicar como aconteceu. Só sei que o Pete havia terminado comigo por uma mensagem, mas depois ele conseguiu me ligar e disse o que estava acontecendo. Eu já informei a polícia e o que eu descobri... Está me deixando maluco.

-O que você descobriu?

-O Mikey já matou três pessoas, Andy. E esse assassino está com a minha família em algum lugar desse país.

-Mas o que ele quer com o Pete e a Charlotte? – Henry estava confuso.

-Ele e o Pete já foram namorados no colegial. E o Mikey sempre amou o Pete. Eles tiveram um caso enquanto o Pete ainda não sabia que eu estava com câncer e achava que eu estivesse traindo ele. Tudo não passou de um mal-entendido e agora a vida deles estão em risco.

-Não há nada que possamos fazer?

-Não, Morgan. Nada.

-Nem espalhar cartazes? Perguntar as pessoas nas ruas se viram eles?

-Eu vou fazer isso, mas... Pelo o que parece, eles não estão em Chicago.

-E o que a polícia disse?

-Eles vão rastrear a ligação, Joe, é o que podem fazer agora. Eles também não podem fazer muito. E temos que esperar até o Mikey dê algum sinal ou o Pete consiga fazer contato novamente.

-Mas ele não pediu nem uma recompensa? – Andy franze a testa.

-Não – Patrick suspira a resposta – Eu daria o quanto ele quisesse só para me deixar em paz com o Pete e a Charlotte, mas ele não quer dinheiro. Ele quer o Pete. Ele ama o Pete.

-Cara... Isso é loucura – Joe comenta – Você vai continuar afastado da empresa então?

-Por enquanto sim. Mas se eu ficar naquela casa vazia sem saber o que fazer, vou ficar maluco de verdade. Preciso tentar com os cartazes. A polícia ficou de me ligar quando tivesse mais informações.

-Você tem o nosso apoio, Patrick – disse Morgan com a voz doce – Você pode contar conosco.

-Sério, Patrick. Para qualquer coisa – Henry tinha um sorriso amigável.

Patrick também sorri.

-Obrigado. Só... Só não espalhei isso, tudo bem? Pessoas me fazendo perguntas não vão ajudar muito.

-Claro – Andy ainda parecia preocupado – Vai ficar tudo bem, Patrick.

-A polícia vai encontrá-los – Joe repete o que Suzi havia dito várias vezes.

Patrick tentava ter esperança naquelas palavras.

-Obrigado.

Os quatro saem da sala. Patrick iniciar o computador e faz o download do cartaz que havia salvo no Drive. Seus olhos se desviam para o porta-retratos em cima da sua mesa novamente. Pete sorria abraçando a filha. Charlotte tinha o cabelo enrolado nas pontas na altura do queixo. A foto foi tirada um pouco antes de Patrick pedir Pete em casamento.

O loiro passa a ponta dos dedos sobre a fotografia, sobre o rosto de Charlotte e Pete. Seu coração se desfaz em tamanha saudade que sentia. O arrepio sobe novamente sobre sua espinha e a preocupação atormenta a sua mente.

Queria ter sua família de volta.

As mãos de Pete ainda tremiam. Já não sentia mais o calor do corpo de Charlotte. Sua mente estava nebulosa com os últimos acontecimentos. Não podia esquecer da cena: o sangue espalhando atrás da cabeça do homem e seu corpo caindo no chão. Ou da cena de ver a sua filha sobre a grama com o sangue escorrendo de sua testa como se fosse nada. Em seu consciente havia uma voz dizendo que não havia feito nada enquanto sua filha perdia a vida sobre a grama alta de uma estrada qualquer. Não havia feito nada para salvá-la. Nada.

Pete fecha os olhos no momento que o carro é estacionando. Não havia dito nenhuma palavra, mas seu coração odiava Mikey com todas as suas forças. Era impossível dizer em palavras o quanto Mikey o machucara. Havia matado uma parte sua sem ao menos tocar em sua pele. Havia arrancado de seus braços uma das coisas mais importantes de sua vida.

-Chegamos, meu amor – Mikey sorri – Você se sujou.

Mikey pega alguns lenços de papel no porta luvas e limpa a bochecha de Pete que o encarava sem sequer um relance de agradecimento.

-Pronto.

Pete encara Mikey. Queria saber como alguém que acabou de matar duas pessoas poderia sorrir daquela forma. Para Mikey parecia ser tão simples ter suas mãos sujas de sangue. Sangue de uma criança.

-Você não parece feliz.

-A minha filha acabou de morrer nos meus braços e você espera que eu esteja feliz? – Pete diz as palavras com raiva, cuspindo cada uma delas na cara de Mikey.

-Pete...

-Eu odeio você, Mikey. Eu te odeio – As lágrimas escorriam sobre o rosto do moreno.

-Não diga isso, eu vou te fazer feliz.

-Eu quero voltar para Chicago. Eu quero voltar para o Patrick.

-Você nunca mais vai voltar para aquele cretino. Nunca mais, entendeu? Você é meu, Pete. E eu vou te fazer feliz. Vamos para a nossa nova casa, vamos começar uma vida juntos e teremos quantos filhos você quiser.

-Eu nunca vou me casar com você – Pete diz entre os dentes.

-Já chega, Peter! – o grito de Mikey faz o moreno estremecer – Você é meu e pronto.

Mikey desce do carro e bate à porta. Pete morde o lábio evitando um gemido de tristeza. Mikey dá a volta do carro e, pela janela, solta as mãos do moreno que estavam algemadas no apoio de braço da porta. Havia prendido o moreno depois de deixar o corpo de Charlotte na estrada.

Pete desce do carro, Mikey ainda o segurava. A casa a frente tinha uma cor de pêssego, a porta da frente era escura. Mikey o segura pela mão e entrelaça os dedos nos do moreno abrindo a porta.

-Por enquanto vamos ficar aqui.

A casa estava escura por dentro e tinha um leve cheiro de mofo e poeira por estar fechada. Logo a luz de fora ilumina a sala com móveis simples. Um sofá marrom claro e uma televisão média. As cortinas eram de um tom amarelado e a mesa de centro era de vidro.

Mikey puxa a mão de Pete e o leva para o porão. Assim que acende a luz e começam a descer a escada, o porão na verdade era um quarto. Dois grossos colchões sobre alguns paletes de madeira era cama. Um terceiro palete era a cabeceira. Havia cobertores e travesseiros.

-Eu só queria deixar você confortável – Mikey tinha um pequeno sorriso.

Pete se senta na cama. As algemas marcavam ao redor dos seus punhos. Mikey solta uma de suas mãos e passa a algema por um dos vãos do palete e prendeu novamente a mão de Pete.

-Está muito apertada?

Pete apenas negou. Seus olhos estavam ardendo por conta do choro e seu rosto ainda estava molhado pelas lágrimas. Mikey limpa seu rosto.

-Você parece cansado. Dorme um pouco.

O moreno se ajeita na cama. Mikey retira seus sapatos e o cobre com um dos cobertores. Acariciando os fios negros do moreno, Mikey deposita um beijo em sua testa.

-Descanse bem.

Mikey apaga a luz e fecha a porta atrás de si quando sai do porão. Em poucos minutos, Pete adormece.


Notas Finais


bjjo bjjo ♥♥.


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