História Secret Agents - Mandados Para a Morte

Uma semana depois, os agentes estavam em um treino intenso, e Elsa há dias não deixava o complexo, ela vivia perambulando por ali, como uma alma penada.

 – Andar de um lado para o outro não vai fazer a Hayley sumir – Johnson fala sentado no banco.

– Eu penso melhor quando não estou acomodada – ela suspira e caminha até ele.

– Pense que talvez, se concluirmos a nossa missão, tudo voltara ao normal.

Ela nega com um sorriso, gostava da ideia de Johnson sobre o que era normal, uma vida longe de N.Y. próxima do campo, ou da praia, só para eles.

– Construímos algo aqui Jack – ela fala e olha para o centro da sala, onde os agentes treinam – é algo maior do que nós, maior do que qualquer um, é uma oportunidade.

Johnson assente e levanta-se, encostando seu corpo ao dela.

– É lindo como pensa no que temos aqui.

Ela assente envergonhada. De repente, o alarme soa e eles olham para a porta, onde Shawn aparece às pressas. Johnson olha para Elsa com o cenho franzido e então correm até o moreno.

– O que há Mendes? – Elsa pergunta.

– Eu sei que estamos com muita coisa na mente, e temos muito o que fazer se quisermos pegar a Hayley, mas precisamos dar atenção a outras emergências...

– Shawn, o alarme está tocando, temos agentes se preparando para ir, o que houve? – Elsa pergunta nervosa.

– O presidente foi sequestrado e acabei de saber que está sendo refém por um grupo de terroristas.

– Jack, você lidera – Elsa fala olhando para o loiro – a operação é sua, leve o Shawn, a Madison e a Alicia.

Jack assente e sai ao lado de Shawn, é claro que ela mesma poderia, mas com a Hayley à solta, ela não poderia se arriscar tanto.

– Por que não eu? – Hinata pergunta pondo-se ao lado de Elsa.

– Isso aqui não é mais a KMC e você não é mais a chefa Hinata, se quer um lugar na liderança, mereça esse lugar – Elsa fala virando-se para olhá-la.

– Kiara foge como uma covarde e ganha um lugar no conselho, e eu tenho que merecer? Isso é o que, algum tipo de castigo por ter assassinado um garoto?

Elsa respira fundo e sente seu peito se apertar, era um sinal de que estava ficando estressada, quase morrer queimada, deixou sequelas que nunca poderiam ser apagadas.

– Você acha que estou te punindo por causa do que aconteceu anos atras? Qual é Hinata, você sabe que esse não é o meu jogo, se você não ganhou um lugar no conselho é porque o seu relacionamento interfere no seu julgamento – Elsa fala e olha para a irmã – trabalhar com o Nash te deixa vulnerável e isso não é bom para os negócios.

– E quanto ao seu relacionamento com o Johnson?

– Olha para mim Hinata – Elsa aponta para ela mesma – eu não posso sair do complexo, eu não posso voltar para o campo porque eu tenho problema de coração e uma puta de uma enxaqueca todos os dias, eu estou pronta para me aposentar, e você, precisa começar a enxergar a vida como é.

– Então eu vivo em um conto de fadas?

– Hinata...

– Eu já entendi tudo, você não confia em mim.

Elsa suspira e Hinata dá as costas, se afastando da loira, a mesma tinha receio de que tudo pudesse se repetir, de que suas vidas fossem reviradas do avesso novamente, mas nesse trabalho, se você não confiar nas pessoas que comanda, você nunca terá coragem de mandá-los a guerra por você.

...

Os quatro agentes adentraram o galpão em completo silencio, como ninjas em ação, no centro do complexo havia uma cadeira e um homem sentado nela, era claro que era o presidente, mas chegar ali sem dificuldades, era quase uma cilada.

– O que você acha? – Shawn pergunta para Johnson, que dá de ombros, não sabia o que pensar ou que fazer.

– O local é seguro Mad? – Johnson pergunta para a morena que já está andando pelos cantos do prédio, a procura de armadilhas.

– Por enquanto – Madison responde pelo comunicador – finalizando checagem.

– Vamos tirá-lo daqui – Johnson fala e se move até o presidente, com Shawn e Alicia na sua cola, o mesmo se agacha diante do homem e lhe tira a mordaça, ele parece machucado, como se tivessem batido nele para dar alguma informação – sr. Presidente?

O homem levanta um pouco a cabeça, parece aéreo, zonzo.

– Pai, você me ouve? – Alicia pergunta enquanto analisa seu pai.

– Não deviam ter vindo – ele fala assim que Shawn lhe desamarra.

– Do que está falando? – Alicia pergunta analisando-o.

– Ela vai matar todos nós – fala o homem olhando para Johnson – e você é o principal alvo.

– Para o chão – Madison grita e em uma fração de segundo todo o galpão vai abaixo, uma bomba explodira na lateral, levando tudo para os ares.

Do outro lado da cidade, Elsa gritava em desespero, chamando por todos, mesmo sabendo que nenhum deles iria responder. Lagrimas corriam nos seus olhos, eles não eram apenas seus agentes, era a família que Hayley lhe tirou anos atras, eram pessoas que haviam dado suas vidas para salvá-la.

Kiara chorava no canto da sala, mexendo no tablet, e Gilinsky estava estatelado, sem reação ou emoção, havia perdido sua esposa e seu irmão.

O celular de Elsa tocou, o nome de Johnson apareceu na tela, ela atendeu com rapidez, com uma única linha de esperança pairando sobre seu coração, ao atender, sua linha se partiu, a voz no telefone era de uma mulher, tão parecida com a sua quanto podia.

– Meus pêsames minha querida – fala a mesma – espero que aguarde o resto dos fogos de artifícios que tenho planejado a vida toda para você, querida irmã.

Em fúria Elsa joga o telefone na parede e cai ao chão em desespero, ela havia os mandado para a morte, e agora, tudo que passava pela sua cabeça, era vingança. Gilinsky se ajoelha próximo a ela e lhe abraça.

– Sinto muito – fala com sinceridade, seu coração estava partido, mas nada te levava a acreditar que a culpa era de Elsa, porque não era – vamos buscá-los.

Elsa olha para ele com os olhos cheios de lagrima e o abraça, como se ambos pudessem se consolar, porque naquele momento podiam e deviam, porque quando a dor passasse, Hayley teria o seu fim.

...