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História Secret Agents - Somos Uma Família



Capítulo 14 - Somos Uma Família


Fanfic / Fanfiction Secret Agents - Somos Uma Família

Despedaçando, bato em uma parede, agora eu preciso de um milagre, ande logo agora, eu preciso de um milagre, parada, estendendo a mão, eu chamo seu nome, mas você não está por perto, eu digo seu nome, mas você não está por perto – The Chainsmokers (Don’t Let Me Down).

Duas semanas depois...

Elsa corria contra o tempo, duas semanas não havia sido suficiente para ela conter seu luto, ela estava furiosa e sua bota prendendo o pescoço da mulher ao chão, não lhe trazia nada, nem dor, nem satisfação, apenas ódio. Elsa pressiona novamente o pescoço da mulher, fazendo-a grunhir.

A mulher ao chão sorri, parecia satisfeita, feliz, apesar de estar próxima da morte.

– Você se tornou alguém que eu sempre imaginei que seria – a mulher fala com dificuldade, engasgando-se em suas palavras – uma vaca de sangue frio.

Um flash passou diante dos olhos da loira, das exatas palavras de Gilinsky...

– Elsa precisa parar com isso – Gilinsky grita para ela – está se tornando a sua irmã.

– Eu não sou aquela assassina – ela grita de volta com ódio extremo – ela me tirou tudo...

As lagrimas brotam nos olhos de Gilinsky e ele se aproxima dela, ele sentia a sua dor.

– Eu sei – ele assente e segura seus braços – mas essa sua sede de vingança não vai trazê-los de volta, eu não te reconheço mais.

Ela se solta das mãos do moreno e se afasta.

– Talvez nunca tenha conhecido.

...

E agora ela entendia o que significava, ela havia virado outra pessoa, uma pessoa que nunca fora e nunca havia desejado ser, mas a dor quebra a todos nós, e ela estava mais do que quebrada, ela estava destruída, e a única pessoa que poderia ajudá-la, estava de baixo de sete palmos de terra.

Ela pisca e logo volta sua atenção para a mulher ao chão.

– Últimas palavras? – pergunta a loira com um meio sorriso sarcástico.

– Te vejo no inferno vadia – fala sorrindo e o som da arma disparada ecoa no lugar.

Elsa abaixa a arma e suspira, seu pesadelo havia acabado, mas ela não se sentia feliz, não se sentia mais leve, naquela noite, ela foi para casa, mas nada parecia diferente, a dor era a mesma, o luto era o mesmo, não tinha volta, não tinha maneira de assumir aquilo, ela perdera seu único amor e estava fadada a viver com seu luto, apesar da missão cumprida.

...

No dia seguinte, Elsa reuniu todos os agentes para contar a notícia, apesar da maioria ali já saber, que Hayley Mazani, estava morta, Julie Granger e Perry Lightwood, trancadas em uma cadeia de segurança máxima, de onde só sairiam quando morressem.

– Só mais uma coisa que gostaria de comunicar a vocês – Elsa se senta na cadeira – estou saindo da S.A.

– O que? – Kiara se espanta, assim como todos ali presentes.

– Eu não posso ficar – Elsa morde o lábio com tristeza – isso tudo, é o legado dele.

– Vai nos deixar como deixou a KMC? – Hinata se levanta e encara a irmã – isso aqui era para ser o nosso recomeço Elsa, não pode nos dar as costas agora.

– Hinata tem razão Alaska – Gilinsky se aproxima dela e se ajoelha diante de sua cadeira – isso tudo, nós, precisamos continuar unidos, somos uma família.

– Eu me perdi quando ele me deixou Gilinsky – uma lagrima cai dos seus olhos – não posso continuar sem ele, não tem sentido.

– É claro que tem loirinha – ele alisa o rosto dela – estamos todos aqui, por eles, por nós, por você.

Ela assente e olha para os outros.

– O que vocês acham de férias por enquanto? – ela dá um sorriso breve e todos assentem – obrigada Gilinsky.

Ela sabia tanto quanto qualquer um, que perder alguém tão importante, era mais do que doloroso, mas eles não podiam se separar, deveriam continuar juntos, fazendo o trabalho que sempre amaram, o trabalho que eles conquistaram. Apesar da perda, a S.A. ajudava milhões de pessoas no mundo, e isso era graças ao Jack, já que ele fora o primeiro a compartilhar da agência com o mundo.

Elsa caminha pelo corredor de saída e nele há fotos de vários agentes, que vieram antes deles, e que morreram cumprindo seus deveres, era ali que aqueles quatro seriam eternizados, como os agentes da lei, que morreram em prol do bem maior. Ela empurra a porta e sai da pequena cabana, o céu está claro, sem nuvens, tão bonito com uma luz dourada emanando do sol, que ela podia sentir a paz que pertencia aquele lugar, como quando conheceu o Johnson, que trouxe tudo isso e um pouco mais para ela, trouxe a esperança de um lugar melhor, esperança de uma vida melhor, uma visão de que o seu trabalho, não precisava ser o pior da sua vida, que poderia ser gratificante apenas por poder ajudar ao próximo.

Hinata sai logo atras e Kiara vem na cola, as duas se põem ao lado da irmã e segura em sua mão. Elsa olha para Hinata e sorri.

– Se você ainda quiser, o lugar no conselho é seu – fala a mesma – eu passei muito tempo enxergando tudo errado, eu achava que estava te protegendo te deixando sobre a ordem dos outros, mas na verdade, você é muito mais que isso e merece o seu reconhecimento.

– Eu agradeço, mas eu prefiro continuar recebendo ordem de vocês – Hinata ri e abraça Elsa – vou adorar comandar ao seu lado, mas tenho uma condição.

Elsa parece pensar um pouco e pergunta qual, fazendo Kiara franzir o cenho.

– Eu quero férias no Havaí – a castanha ri fazendo todas rirem.

E ali se eternizaram, as três agentes que se conheceram no orfanato apenas por um passado obscuro, mas que as levou a algo maior, algo confortante, onde podiam salvar as pessoas do perigo e colocá-las dentro da zona segura. Alaska, Dallas e Tokyo, três mulheres destinadas a proteger a todos que pudessem, e levar alegria e segurança para a sua nação. No fundo elas sabia que eram especiais, e todo o esforço que fizessem, mesmo ariscando suas vidas, seria a compensação por poder fazer o que ama. Um único momento, uma única chance, era tudo que precisavam para fazerem seus trabalhos, mas na vida nada nunca se é fácil, e elas sabiam exatamente, que agente secreto, nunca tira férias.

 

Fim



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