Mansão Magcon – Los Angeles, New York / 07:00 PM.
O homem de olhos azuis desce a escada olhando ao redor, aquela festa já havia saído do controle e ele queria que de alguma forma aquilo acabasse, uma garota se bate com ele e ele a olha confuso, seus olhos azuis davam um ar misterioso por baixo dos cílios azuis.
– Sinto muito – ela diz com um meio sorriso.
Ele assente com a cabeça e sai andando deixando-a ainda parada nas escadas, olhando para o garoto de costas, ela sabia que o conhecia de algum lugar, só não fazia ideia de onde.
– Ei Grier – seu amigo chama, fazendo-o parar no seu caminho – o que há?
– Não estou no clima de festa – ele sorri minimamente.
– Dois milhões de espectadores no talk show Nash, qual é?
– O Hayes faz dois anos de morto hoje Cameron, o nosso sucesso não muda nada.
Cameron assente e Nash sai de casa, deixando que os amigos comemorassem o sucesso. Ele caminha até o final da rua onde há um pequeno parque, ele se senta em um dos bancos e fica encarando o balanço, ele costumava brincar com o Hayes em um, quando eram crianças. Seu irmão havia se envolvido com muitas coisas ruins e isso lhe custou a vida.
– Lembranças? – pergunta a garota que a pouco havia se batido com ele.
– Perseguição? – ele sorri de lado.
Ela nega e sacode a lata de red bull que tem na mão.
– Tentando ficar sóbria.
Ele assente e bate no banco, indicando para que ela se sente ao seu lado. Ela caminha até ele e se senta.
– Você não parece muito animado – ela termina de beber o líquido e põe a lata entre as pernas.
– Perdi alguém a dois anos atrás – ele fala meio triste.
– Eu entendo – ela sorri de lado – também perdi alguém.
O silencio paira sobre eles, os dois apenas ficam ali, como se conhecessem a anos. Nash mal fazia ideia, mas aquela garota era a razão do irmão dele estar morto, ela sabia quem ele era, mas não esperava conhecê-lo pessoalmente.
...
A mulher bate à porta e a loira a abre, logo surge uma expressão de susto, como se estivesse vendo um fantasma.
– Elsa – ela sussurra.
– Kiara – a outra sorri.
– O que faz aqui?
Ela mostra o distintivo e a loira revira os olhos entediada, ela costumava fazer isso desde quando Elsa se despediu da agência e resolver virar agente federal.
– Natalie está morta Kia, preciso de ajuda – Elsa fala cansada, como se houvesse repetido isso mais de mil vezes.
– Entra, acabei de fazer café – Kiara suspira e abre espaço para que a irmã entre e assim ela faz.
As duas caminham até a cozinha e Elsa se senta em um dos bancos, na esperança de que de alguma forma, a permanência de Kiara na K.M.C, seja útil para solucionar o assassinato de uma protegida, de dois anos atrás.
– Do que precisa? – Kiara pergunta, depositando o café em uma xicara qualquer e pondo sobre a bancada da cozinha.
Elsa a pega e suspira, nem sabia por onde começar, depois de tudo que aconteceu, tudo que ela temia estava retornando para assombrá-la, como o dia em que um garoto foi morto, por escolher o caminho errado.
– Qualquer informação extra, da investigação sobre o último expurgo, estou sem opções, o FBI não tem mais nada para sustentar, nem suspeitos, nem provas, nem absolutamente nada – Elsa fala enquanto olha para Kiara que pensa um pouco e suspira.
Logo após Elsa sair da KMC, o expurgo acabou, graças a uma força tarefa do FBI que apresentou dados que derrubou por terra, toda e qualquer afirmativa que o Governo tinha para manter o maldito dia da caçada.
– Não temos nada Pantera, não encontramos nenhum motivo para que as meninas houvessem vindo sem duas delas, talvez tenha sido apenas uma emergência, como disseram.
– Sabemos os protocolos para doenças Kia, a Natalie não aparece em nenhum.
– Você tem acesso as contas dela e registros pessoais, certo? – a mesma pergunta enquanto algo passa pela sua mente.
Elsa assente confusa,
– Você tem habilidades Elsa, use-as.
– Não posso fazer isso no FBI, temos técnicos para isso – Elsa suspira.
– Eu não posso lhe ajudar, se quiser pegar o assassino da Natalie, vai precisar pensar além do que o seu distintivo diz que você deve ser.
Elsa torce a boca e assente, ela sabia que em algum ponto Kiara tinha razão, era só questão de tempo, até outra delas morrer, e se Elsa estiver certa, essa pessoa, seria Coralin Mason.
– Obrigada – Elsa levanta-se – o novo recrutamento já aconteceu?
– Hoje à tarde – Kiara dá de ombros – tem alguém para indicar?
– Tenho duas, mas como minhas indicações sempre acaba em tragedia, acho melhor eu ficar de fora dessa.
– Não é bem assim – Kiara suspira, já sabendo do que deveria se tratar – eu e a Hinata servimos.
Elsa assente e sorri breve.
– Mahogany Lox e Madison Beer, elas trabalham no programa de proteção a pessoas, para aqueles que precisam, acredito que seriam boas agentes.
Kiara sorri e agradece breve.
– Preciso ir, espero que vocês fiquem bem.
– Hinata assumiu a KMC, o Killian...
– Eu sei, fui visitá-lo assim que voltei a NY, parabéns pela promoção.
Kiara assente e Elsa some de suas vistas. Depois do expurgo, Elsa já não podia nem olhar mais na cara da Hinata, não suportava vê-la com aquele olhar perdido, as vezes até sentia medo dela em casa, Kiara fora a única que acreditou que podia dar apoio a irmã e vê-la mudar de vida, é claro que Elsa se arrependia, mas o passado não se muda e o perdão não é tão fácil de se conseguir, ainda mais de alguém como a Hinata.
...
Elsa caminha pela areia da praia, com os saltos na mão, ouvi o som do mar a acalmava, permitia que ela pensasse e achasse uma solução prática para todos os seus problemas.
– Elsa – ela ouve chamarem seu nome e a mesma vira-se para trás, dando de cara com um garoto loiro, de olhos verdes.
– Como me conhece? – Ela pergunta confusa, afinal, nunca havia se quer visto aquele garoto em qualquer lugar.
– Meu nome é Jack Johnson, vi seu nome na televisão.
– Ah – ela exclama com um alívio, afinal, seria estranho não saber quem era o garoto dos olhos verdes – em que posso te ajudar?
– Eu sei de algumas coisas que podem lhe interessar.
Elsa franze o cenho confusa, afinal, como ele poderia de alguma forma oferecer alguma coisa que lhe interessasse?
– É sobre a Natalie, o expurgo e uma pessoa que lhe interessa bastante, mas não podemos conversar aqui, ninguém pode saber que eu estive falando com o FBI.
Elsa assente, ele tira um papel do bolso e entrega a ela, a mesma pôde ver um endereço anotado, só um louco tentaria armar para uma agente do FBI, certo? Era nisso que Elsa pensava no momento, afinal, ela nem o conhecia e não sabia quem estava por trás do assassinato que a mesma investiga.
– Esteja lá, é uma cabana na saída de Los Angeles, te espero as 22:00hrs.
Ela semicerra os olhos, mas não fala nada, apenas assente, enquanto ele se afasta olhando para os lados. É claro que ela iria armada, e avisaria a um contato de confiança, se fosse uma armadilha, ele estaria morto em poucos minutos, Elsa manda mensagem para Kiara e vai para casa, se esse homem tiver mesmo algo que lhe interesse, ela com certeza vai tentar descobrir.
...
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