História Secret Agents - Vingança

Elsa para o carro na entrada da cabana e as luzes estão apagadas, o que já a fez ficar desconfiada, afinal, uma vez agente secreto, sempre agente secreto. A porta da cabana se abre e ela pôde ver o loiro acenar para ela, o momento não se parecia com uma armadilha e sim com alguém que quem quer que fosse, tinha medo do que estava prestes a revelar. Elsa sai do carro e caminha até ele, mas ele não fala nada, apenas acena para dentro da cabana e estende uma lanterna para ela, que a segura e agradece silenciosamente. Então o mesmo fecha a porta e caminha por um cômodo inteiro, até chegar a uma estante, que se abre e um corredor de aço surge.

– Prometo que não precisa ter medo – ele fala quando percebe a hesitação dela.

– Você não é nenhum assassino em série, né?

Ele ri e aponta para dentro, ela então segue pelo corredor apenas com a lanterna iluminando as paredes, cobertas de quadros, talvez de pessoas importante para aquele lugar. No final do corredor, havia uma porta de madeira, com uma insígnia pintada em um tom de dourado. Elsa conhecia aquele símbolo, mas até o momento, achava que tudo não passasse de uma lenda.

– Eu sei, também não acreditava, até ser convocado – ele fala e ela assente breve.

– Vamos entrar – ele empurra a porta e logo ela pôde ver uma sala de operações, completo de equipamentos que a KMC, nunca poderiam imaginar que existia – produzimos nossos próprios equipamentos, estamos sempre a frente da nossa geração.

– Você disse que ninguém poderia saber que esteve falando com o FBI, por que estou aqui?

– Tecnicamente, somos ninguém – ele dá de ombros com um ar brincalhão.

É claro que Elsa tinha consciência disso, afinal, quem entra para a agência, vira um fantasma, e ela sabia que agora, havia pintado um alvo em suas costas.

– Sei no que está pensando, mas tudo bem Elsa, ninguém precisa ser um fantasma a vida inteira – ele a conforta e indica a cadeira para que ela se sente.

Havia pessoas trabalhando por ali, havia muitas informações em cada tela.

– É ela? – aparece um moreno ao lado de Jack, de sorriso brilhante. Seu amigo assente, e ele estende a mão para cumprimentá-la – eu sou Jack Gilinsky.

– É um prazer Gilinsky – ela fala apertando a mão do mesmo e logo olha para o Johnson – afinal, como vocês podem me ajudar?

Gilinsky pega um tablet e projeta a tela deste em uma tela maior, para que todos possam acompanhar, Elsa olha para a tela com atenção, ali havia fotos de todas as garotas resgatadas no expurgo, e de todos os envolvidos na operação, incluindo a KMC.

– Killian nunca deveria ter dado a KMC para Hinata, era você quem devia chefiá-la – Gilinsky fala sentando-se ao lado dela.

Elsa franze o nariz e nega, ela nunca quis ser chefe, nunca quis mandar em suas irmãs.

– Ela sabe o que faz – Elsa dá de ombros.

– Elsa, você não entende – Gilinsky inspira com nervosismo – quem comanda uma agência não pode ter segredos, e a Hinata tem muitos, não somos os únicos cientes disso.

Elsa franze o cenho confusa.

– Hayes Grier, não foi o primeiro inocente que despertou algo ruim nela, existem outros e a pessoa de quem você está atrás, sabe disso e de muito mais – Johnson explica fazendo-a olhar para ele – você sabia que ela tem estado próxima dos Magcon?

– A culpa não é fácil de lidar.

– Sabemos, mas tem muita coisa em jogo no momento.

Elsa suspira, ainda não estava compreendendo, o que tudo aquilo tinha a ver com a sua investigação.

– Depois do último expurgo, nós começamos uma investigação, o nosso contato dentro do FBI desapareceu duas semanas depois – Johnson fala – ele fazia perguntas demais e acredito que algum dos contatos dele não era tão confiável assim.

– Como isso chega a Natalie Beverly?

– Natalia e Coralin não estavam naquele avião, porque elas orquestraram o sequestro das amigas.

Elsa arregala os olhos, de tudo que poderia ouvir, aquela era a última coisa que passaria pela sua cabeça, afinal, todas elas eram amigas desde a infância.

 – As pessoas podem ser más Elsa, mesmo que não percebamos – Gilinsky fala.

– Se elas orquestraram, por qual motivo a Natalie está morta?

– Bem, tem mais coisa na história – Johnson fala e encara a loira – acontece que a pessoa que financiava o expurgo, acabou falindo, e a Natalie devia 10 bilhões para essa agência, você sabe como funciona o submundo.

– Os Magcon fazem parte disso?

– Não – Gilinsky responde – Hayes e Matthew foram ambiciosos, quando a Ghost ofereceu os lucros do expurgo a eles, não pensaram duas vezes, os outros não se envolveram.

– Acham que o Matthew matou a Natalie?

Gilinsky dá uma risada irônica e Elsa o olha sem entender, é claro que ela não entenderia, até porque, isso não se tratava de vingança por ter perdido o sócio, isso era outro tipo de vingança e não contra a Natalie ou contra os Estados Unidos, e sim contra ela própria.

– Não foi o Matthew, ele também está morto – Johnson fala mordendo o lábio – mas talvez você conheça quem a matou.

A foto de uma garota apareceu, deixando Elsa confusa, ela não conhecia tal garota e nem fazia ideia do porquê eles estavam tão sérios no momento.

– Eu não a conheço.

Johnson assente e mostra outra foto, a foto de um grupo, onde Elsa também está, ela lembrava daquela foto, mas todos naquela foto estavam mortos, menos ela, aquilo não fazia sentido.

– Isso é alguma piada?

– Ao contrário disso – Johnson fala e apresenta uma nova foto, recente, como se houvesse sido tirada a alguns dias apenas – deve lembrar-se do seu irmão, ele é o dono da Ghost, promotor do expurgo e responsável pela morte de milhões de pessoas.

– Isso é impossível – Elsa fala mais para si, do que para os outros, ela se lembrava da noite em que viu sua casa queimar, com seus pais e seus irmãos dentro, deixando apenas ela, que conseguira escapar pela janela – por que agora?

– Porque após o expurgo, você se mostrou e agora, ele vem atras da própria vingança.

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