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História Secret Desires - Scisaac's Secret Chronicles Volume 1 - O que eu devo fazer?


Escrita por: XManoelVieira

Notas do Autor


Oi gente, olha eu aqui com mais um capítulo pra vocês.
Eu particularmente gosto muito desse capitulo e eu espero que vocês gostem tanto quanto eu.
Aproveitem porque esse é o último.

Capítulo 12 - O que eu devo fazer?


— Scott? Isaac?

Lahey escutou a voz de Melissa, vinda do andar de cima, assim que fechou a porta da casa, com um pouco mais de força do que gostaria. O garoto subiu as escadas e encontrou a mulher, saindo de seu quarto, com um cesto cheio de roupas sujas. Ela estava indo em direção ao de Scott.

— Sou só eu. — Isaac falou, chamando a atenção da mulher, antes que ela entrasse no quarto.

— Ah, oi. — Melissa falou, um pouco assustada, quase derrubando o cesto de roupa suja. — É mesmo, o Scott tá trabalhando na clínica veterinária hoje.

Isaac assentiu, se aproximando, e perguntou:

— Precisa de ajuda?

— Não preciso. Você deve ter um monte de dever de casa. — Melissa falou, entrando no cômodo. — Qual é o problema de vocês, garotos? Não podem ser só um pouquinho mais organizados?

Quando Isaac entrou no quarto, se deparou com o motivo de Melissa ficar tão irritada de repente. Camisas, calças, bermudas e cuecas estavam espalhadas pelo chão e algumas até pela cama, que também continha papéis e livros da noite de estudos do McCall mais novo. E por falar em cama, apenas metade do lençol a cobria, a outra metade cobria o piso. E os travesseiros estavam jogados no chão, também.

— Acho que vai precisar da minha ajuda.

Isaac largou sua mochila no chão, tomou a frente de Melissa, e começou a catar as roupas e colocar no cesto. A enfermeira colocou o cesto no chão e foi até a cama de seu filho, juntou os papéis e os livros e os colocou empilhados na escrivaninha, ao lado do computador. Depois, voltou a cama e jogou todas as roupas no chão com as outras, que Isaac juntava rapidamente. Após isso, Melissa tirou todo o lençol do colchão e o forrou. Em seguida, pegou os dois travesseiros no chão e os colocou no lugar deles, após sacudir um pouco.

— Ah, mas o Scott me paga. — Melissa falou, pegando uma cueca ao lado do pé da cama, e a colocou no cesto, em seguida. E com essa, ela e Isaac juntaram todas as roupas sujas espalhadas. A mulher saiu do quarto e desceu as escadas, sendo seguida pelo garoto. Ela foi até a cozinha e pegou a chave do carro, na mesa. — Eu vou até à lavanderia, se ficar com fome faz um sanduíche pra você. Quando eu voltar, eu vou trazer pizza. E diz pra o Scott, quando ele chegar, que vai ter que guardar todas essas roupas.

Ela já estava indo para a sala, quando Isaac falou:

— Eu vou com você.

Os dois saíram da casa e foram para o carro. Não demorou muito para que chegassem na lavanderia da cidade. Quando Isaac desceu do banco do carona, levando o cesto de roupa suja, avistou uma viatura da polícia de Beacon Hills, um pouco distante de onde o veículo de Melissa estava estacionado. E quando entraram na lavanderia, os dois viram o xerife Noah Stilinski, em frente a uma das máquinas de lavar, lendo um jornal, enquanto esperava sua roupa sair.

— Noah, oi. — Melissa falou, se aproximando, chamando a atenção do xerife.

Noah desviou seus olhos do jornal, e ao avistar a mulher o fechou e colocou em baixo do seu braço.

— Melissa? Oi. — O xerife só notou Isaac quando o garoto colocou o cesto que segurava em cima de uma das maquinas. — Isaac.

— Xerife. — O garoto falou, já separando as roupas brancas das coloridas, coisa que Melissa tinha ensinado a ele e a Scott.

— Então, como está o Stiles?

— Aquele garoto só me arruma encrenca. — Noah respondeu, com um falso tom de desgosto na voz. Ele falava assim de seu filho, mas o amava do jeito que ele era. — Acredita que ele instalou um rádio comunicador no jipe dele? Agora vigia todas as minhas ocorrências.

— Ele só está cuidando de você. — Melissa falou, se aproximando ainda mais.

— Eu sei. Eu sei.

Isaac escutava a conversa dos dois adultos com um sorriso travesso nos lábios, enquanto terminava de separar as roupas.

— E o Scott, não precisou mais ir ao hospital por causa dos ataques de asma?

— Ele não tem ataques de asma desde os quinze anos. — Isaac não conseguiu se conter e falou, chamando a atenção dos adultos. Ele parou o que fazia e olhou para os dois, que olhavam de volta. — Desculpa. — Ele falou, cabisbaixo, voltando para as roupas.

Naquele momento, eles foram interrompidos por um som, indicando que a máquina de lavar, que o xerife usava, já tinha terminado com as suas roupas. Ele a abriu e se deparou com algumas camisas brancas com partes manchadas de rosa.

— Droga! — Noah falou, tirando as roupas da máquina e colocando em um cesto parecido com o de Melissa, que estava em cima das máquinas, ao lado do dela.

A mulher se aproximou e logo constatou o motivo das manchas, Noah tinha colocado duas camisas, xadrez vermelhas de Stiles, junto das roupas brancas.

— Água com gás e limão. — Melissa falou.

— O que? — Stilinski perguntou, confuso, olhando para ela com o cenho franzido.

— Pra tirar as manchas. — Melissa respondeu, apontando para as roupas. — Água com gás e limão. Se quiser, posso passar na sua casa depois, pra te mostrar.

— Claro, eu adoraria. — Noah falou, colocando suas roupas no seu cesto. — Mas agora, eu preciso ir. Foi muito bom te ver, Melissa.

— Igualmente.

— Até logo, Isaac. — Noah falou, ao passar pelo garoto.

— Tchau, xerife.

Quando o homem saiu, Isaac olhou para Melissa, com um sorriso malicioso.

— O que foi?

— “Noah, eu posso passar na sua casa pra tirar as manchas das roupas, mas o que eu realmente quero, é ficar sozinha com você.” — Isaac falou, alterando um pouco a voz, porém, ainda a mantendo masculinizada.

— Mais respeito, garoto. — Melissa falou, pegando as roupas brancas. Ela as colocou em uma das máquinas e depois despejou um pouco do sabão em pó, fechou a portinha e botou uma moeda na máquina, que começou a funcionar instantaneamente.

Isaac repetiu o processo na máquina ao lado com as roupas coloridas e na hora de colocar a moeda, Melissa deu uma pra ele e o garoto a botou.

— Você gosta dele, não é? — Isaac indagou, olhando para Melissa. — E tá na cara que ele também gosta de você. Deveria chamar ele pra sair.

— Não diga tolices, Isaac. — Melissa falou, rindo. — Eu não tenho idade pra isso.

— Por que não? — Isaac questionou. — Você é jovem, muito bonita e o xerife também é um gato. Ainda mais de uniforme. — Melissa franziu o cenho e levantou uma sobrancelha. E o garoto então, percebeu que nunca tinha contado a ela sobre sua sexualidade. Não que tivesse medo, só que o assunto nunca tinha surgido, até aquele momento. — Eu tenho que te contar uma coisa. — Começou, um pouco receoso. — Na verdade, eu já devia ter contado. Mas muitas vezes isso não é uma coisa muito bem recebida.

— Está usando drogas? — Melissa perguntou, interrompendo Isaac.

— Não.

— Engravidou alguma garota?

Isaac sorriu, ao pensar na suposição de Melissa.

— Eu não engravidaria. — O garoto, falou olhando nos olhos da mulher. — Sou gay.

— Não posso dizer que estou surpresa com o que você acabou de me contar, mas eu mentiria, se dissesse que não me surpreendi de você ter me contado aqui, na lavanderia.

Isaac sorriu mais uma vez, sendo acompanhando de Melissa.

— Você sabia? — O garoto quis saber.

— Eu desconfiava, mas não tinha certeza. Com toda a história com a Allison e tudo mais. — Melissa falou, se aproximando de Isaac. Ela colocou sua mão no ombro dele e continuou. — O que importa é que você seja feliz. O Scott sabe? — Lahey assentiu com a cabeça. — Mas o que eu estou perguntando, é claro que ele sabe. Podia ter me contado antes. Sabe disso, não sabe? — Isaac a abraçou e apoiou sua cabeça no ombro da mulher. — Tem mais alguma coisa que eu deva saber? Algum garoto que eu deva conhecer? — Melissa indagou, quando romperam o abraço.

— Não tem garoto nenhum. — Isaac falou, olhando para a roupa dentro da máquina. — Até tinha um, na França. Jackson, mas eu terminei com ele, antes de voltar pra cá.

— E ele é bonito?

Isaac sorriu. Ele esperava que Melissa fosse reagir bem ao que ele disse, porém, não achou que acabaria conversando sobre seu ex-namorado, com ela.

— É sim. Muito bonito. — Ele falou e eles ficaram em silêncio por alguns segundos. Falar sobre seu ex-namorado trazia algumas lembranças, que Isaac não queria reviver. Então, ele logo tratou de mudar de assunto. — Mas já que estamos falando de namorados, sério, Melissa, deveria chamar o Noah pra sair. — Ele falou enfatizando o nome do xerife.

Melissa deu um leve tapa na cabeça de Isaac, que ria sem se conter.

— Talvez eu chame mesmo. — Melissa falou zombando da ideia “absurda” de Isaac, entretanto, internamente ela considerava uma possibilidade bastante plausível.

***

Na clínica veterinária, Deaton segurava um gato, com a pelagem preta na parte de cima e branca em baixo, enquanto Scott posicionava uma seringa na barriga do animal.

— Isso. Agora injeta a agulha devagar e empurra o êmbolo rápido, mas não tão rápido. — O veterinário falou, calmamente. Com calma Scott fez o que Deaton disse. O gato tentou se mexer, devido ao incomodo causado pela agulha, entretanto, o homem negro o segurou mais forte. E em menos de um minuto, McCall já estava tirando a agulha da barriga do bichano. Deaton pegou o gato no colo e o entregou a um menino, um pouco mais novo que Scott, que observava os dois tratarem do seu bichinho. — Prontinho, Sean, se a Willow não melhorar você pode trazer ela de volta, amanhã.

— Valeu, doutor Deaton. Valeu, Scott. Quer dizer, doutor McCall.

— Ah, eu ainda não sou doutor. — Scott falou, um pouco constrangido.

Sean saiu, levando sua gata, e Deaton olhou para Scott.

— Por hoje é só. — Ele falou para o garoto. — Pode ir pra casa, deixa que eu fecho.

— Então, boa noite.

Scott pegou sua jaqueta marrom e seu capacete, numa cadeira, no canto da sala de exames. Ele vestiu a jaqueta e andou até a porta. Mas quando passou por Deaton, o veterinário o chamou.

— Acho que um dia essa clínica vai ser sua. — Deaton falou, surpreendendo Scott.

— Você tá falando sério? — Scott questionou, realmente muito animado.

— Claro que você ainda precisa fazer faculdade. — Deaton colocou a mão no ombro do garoto, que assentiu com a cabeça. — Mas eu estou falando sério sim. Doutor McCall.

Scott saiu da clínica, com um sorriso bobo no rosto, e continuou com esse sorriso até chegar na moto. Ele colocou o capacete, subiu no veículo e deu a partida, com o intuito de ir para sua casa. Porém, precisava conversar com alguém sobre o que se passava na sua cabeça e acabou indo parar na casa de Stiles. McCall estacionou a moto, tirou o capacete e andou até a porta da casa de seu amigo, abriu com a chave que Stiles fez pra ele, no mesmo dia em que o filho do xerife tinha feito uma cópia da chave da casa dos McCall para si mesmo. Ele entrou, subiu as escadas e foi para o quarto do amigo. O rapaz ficou parado na porta, observando, enquanto Stiles arrumava o cabelo de frente para um espelho. Stilinski viu Scott pelo reflexo do espelho.

— Seja o que for, não posso agora. Vou encontrar a Lydia. — Stiles falou, sem nem se virar para o amigo.

Scott entrou no quarto e sentou na cama, colocando o capacete ao seu lado.

— Como você descobriu que também gostava de garotos?

Stiles parou o que estava fazendo e encarou o outro, surpreso.

— Scott, eu realmente estou um pouco atrasado. Por que não fala com o Isaac?

— Eu não posso falar com ele. — Scott falou, olhando para o chão. — Eu não sei o que tá acontecendo, Stiles. Eu nunca me senti assim antes. Eu nunca parei pra reparar em garoto nenhum. Daí, o Isaac me beija e eu não paro de pensar nisso. Não paro de pensar nele. Eu tava lá com a Kira, ela ia fazer sexo oral em mim e só vinha o Isaac na minha cabeça e como eu queria que fosse ele ali. Eu até fiquei excitado vendo um pornô gay.

Stiles escutou tudo, sem alterar sua expressão facial. Alguns segundos depois, ele se sentou na cama, ao lado do amigo.

— Já parou pra pensar que você nunca reparou em garoto nenhum, porque já estava muito ocupado apaixonado pelo Isaac. — Scott o olhou, com os olhos arregalados. — Ontem, você ficou todo nervoso com uma brincadeira boba. Se não tivesse alguma coisa rolando, levaria na esportiva, afinal, nunca se importou com isso antes. Você é meu melhor amigo, Scott. Não Tinha como não reparar nisso. Eu sei como você olha pra o Isaac, sente alguma coisa por ele. Só ainda não percebeu.

— O que eu devo fazer? — Scott perguntou, quase implorando por uma resposta. — Eu não sei se eu quero isso.

— Quando eu te disse que estava tendo um lance com o Derek, você me apoiou. Como eu disse, você nunca se importou com isso. Por que agora seria diferente? — Stiles indagou, olhando nos olhos de Scott.

Scott desviou os olhos e voltou a olhar para o chão.

— Eu não sei. Eu...

— Você está com medo. É normal, Scott. — Stiles disse, colocando sua mão no ombro do outro. — Antes de qualquer coisa, você deve pôr um fim no seu relacionamento com a Kira. Não é certo pra nenhum dos dois, vocês manterem esse namoro, se você fica pensando no Isaac. Tem que terminar com ela.

— Já tem um tempo que eu quero fazer isso. Mas eu não quero magoá-la. — Scott falou.

— Você precisa, Scott. A Kira supera. — O celular de Stiles vibrou e quando ele checou, viu uma mensagem de Lydia, perguntando onde ele estava. — Eu gostaria de ficar conversando mais com você, de verdade. Mas a Lydia tá me esperando.

— Sem problema. Eu vou pra casa. — Scott falou, pegando o capacete ao seu lado, e se levantou da cama, em seguida.

Stiles também ficou de pé e os dois saíram do quarto. Os garotos desceram a escada e encontraram o xerife, chegando em casa, segurando um cesto de roupas.

— Boa noite, Scott.

— Boa noite, xerife.

— Vão sair? — Noah perguntou.

— É. — Stiles respondeu. — Eu vou me encontrar com a Lydia e o Scott vai pra casa.

— Ok. Então, divirta-se. — Noah falou e os dois meninos deram as costas pra ele. — Ah, Scott? Pode falar pra sua mãe que eu estarei esperando por ela?

Scott franziu o cenho.

— Eu digo, sim. — McCall falou, sem muita certeza daquilo.

O Xerife subiu para o andar de cima e os dois meninos saíram da casa. Eles foram até o jipe de Stiles e o Stilinski mais novo entrou, no banco do motorista, e colocou o cinto.

— Cara, o seu pai tá saindo com a minha mãe? — Scott perguntou, antes que Stiles ligasse o carro.

— Não que eu saiba.

— Eu acho que vou passar na casa da Kira, antes de ir pra casa.

— Boa sorte, irmão. — Stiles falou, encorajando Scott com sua solidariedade sincera.

O filho do xerife ligou o jipe e começou a pilotá-lo, enquanto Scott foi até sua moto. Ele subiu nela, colocou o capacete, ligou a moto e segui para a casa de Kira, até então sua namorada.

***

McCall encarava a porta da casa de Kira, segurando o capacete em baixo do braço. No caminho entre a casa de Stiles e a da garota, ele pensou muito no que falaria pra ela. O garoto não queria magoá-la, entretanto, seu amigo estava certo, não podia mais manter o relacionamento, do jeito que estava. Depois de alguns minutos de hesitação, Scott finalmente deu três batidas na porta. Ele ouviu a voz de Kira do lado de dentro, murmurando um “já vai”, seguido de passos. Enquanto esperava, a mente dele viajou para o dia em que teve seu coração partido pela primeira vez. Estava prestes a fazer a mesma coisa.

Scott estava deitado em sua cama com o celular na barriga e com fones de ouvido conectados nele, ouvindo uma música calma, de sua banda favorita. Estava de olhos fechados, quase cochilando, mas quando o garoto ouviu alguém bater na porta do quarto, abriu os olhos e viu sua namorada, Allison. Ele tirou o celular da barriga, e o colocou ao seu lado, no colchão, tirou os fones e sentou.

— Oi? — Scott falou, surpreso.

— Oi, sua mãe me deixou entrar.

Allison entrou, se aproximou da cama e sentou ao lado de Scott. O garoto teve o impulso de beijá-la, no entanto, quando aproximou seus lábios dos da garota, ela desviou o rosto.

— Algum problema? — Scott perguntou, nervoso, tentando lembrar se tinha feito alguma coisa errada.

— Não. Quer dizer, eu... — Allison hesitou por um momento. — Tenho que fazer isso, Scott. Eu sinto muito.

— Fazer o que? Allison você vai...? — O garoto não conseguiu. Uma lágrima solitária desceu pelo rosto da garota, e Scott soube o que estava acontecendo. — Você veio terminar comigo. — Falou tristemente e Allison assentiu. — Foi alguma coisa que eu fiz?

— Não. Você não fez nada de errado. — Allison falou, olhando para o namorado.

— Você não me ama mais, é isso? — Scott estava com medo da resposta, porém, precisava ouvir.

— Eu sempre vou amar você, Scott.

— Então, por que tá terminando comigo?

— Porque eu não posso te prender a mim, Scott. — A garota falou, colocando sua mão na bochecha do garoto. — Não posso mais fazer isso com você.

— O que tá querendo dizer, Allison? Eu não tô entendo. — Scott indagou, abaixando a cabeça.

— Eu sei que não entende agora, mas você vai entender um dia. — Allison falou, com a voz baixa, se controlando para não chorar. — Eu quero que seja feliz, Scott.

Allison levantou a cabeça de Scott e lhe deu um último beijo, cálido e que não durou muito, mas cheio de sentimento. Em seguida, a garota se levantou e andou para a saída do quarto, porém, quando chegou na porta, Scott a chamou.

— Vamos ficar juntos, Allison Argent. — Scott falou, determinado. — Eu sinto isso.

— Não vamos, Scott.

Allison saiu do quarto, deixando Scott sozinho. O garoto voltou a deitar na cama, pegou seu travesseiro, o abraçou e deitou de lado. Ele tentava não chorar, entretanto, estava muito difícil. Scott não sabia por que Allison tinha feito aquilo com ele, tão de repente, e tudo que tinha em mente, era provar para a garota que ela estava errada em terminar com ele. Mas por enquanto, ia dar um tempo a ela, porém, não desistiria. McCall ficou deitado abraçado ao travesseiro por algum tempo, até que, ouviu seu celular sinalizando uma mensagem nova. Ele o checou e seu coração acelerou quando viu que era uma mensagem de Allison. As palavras que ele leu, no entanto, tiraram um pouco suas esperanças.

“Sei que você não entende agora o porquê das coisas acontecerem assim, mas um dia você entenderá. Espero que possamos continuar amigos.”

O garoto não respondeu, bloqueou o celular, o colocou no mesmo lugar que estava antes e abraçou mais forte o travesseiro. Ele dormiu minutos depois, ainda tinha um pouco de esperança, mas eles nunca voltaram a ficar juntos novamente.

Scott voltou para o presente, quando Kira abriu a porta. A garota ficou surpresa ao vê-lo, mas não conseguiu conter o sorriso. Desde que tentaram transar no armário do zelador, eles não se falaram muito e Kira pensava que iam se resolver. Ela deu um selinho nele, porém, Scott não correspondeu.

— O que está fazendo aqui? — Ela perguntou.

— Precisamos conversar sobre a gente. — Scott falou, com uma seriedade na voz, que não passou despercebida por Kira.

— Entra. — A garota falou, dando espaço para que Scott entrasse.

McCall entrou e seguiu para a sala de estar. Ele olhou para as escadas, como se esperasse que alguém fosse descer a qualquer momento.

— Cadê seus pais? — O garoto perguntou, para se assegurar que eles não seriam atrapalhados.

— Foram jantar fora. Vão demorar um pouco pra chegar. — Kira falou, sentando-se no sofá. — Então, o que quer falar?

Scott hesitou por um momento, mas não muito. Ele precisava fazer aquilo de uma vez.

— Não dá mais, Kira. — Ele falou, olhando nos olhos da garota.

A nipo-americana ficou surpresa com o que ouviu, esperava que eles fossem se acertar.

— O que quer dizer? — Kira indagou, ainda não acreditando.

— Eu não posso mais ficar com você.

Kira se levantou do sofá e ficou de frente para Scott.

— Você disse que a gente ia tentar fazer dar certo! — Ela falou, alterando a voz. — Disse que íamos superar qualquer coisa!

— A gente tentou. — Scott empenou-se para se manter calmo, porém, não estava funcionando muito.

— Você tentou? Você nem se esforçou Scott. Você se distanciou de mim. Eu que tentei fazer dar certo.

— Eu me esforcei sim. E muito. Por você. Mas não está mais dando certo, Kira. Já tem um tempo que não tá mais dando certo, você sabe disso. — Scott falou, alterando a voz como a garota. — Eu preciso de um tempo pra mim, pra decidir o que eu quero. Tem algumas coisas acontecendo comigo, tá legal. E eu tô confuso. Eu sinto muito, mas ficar com você só me deixa mais confuso.

— Você sente muito? — Os olhos de Kira começaram a se encher de lágrimas. Ela já não falava tão alto. — Esses quatro meses não significaram nada pra você?

— Significaram. — Scott falou, também diminuindo o tom de voz. — Só que eu não posso mais, Kira. Por favor, tem que me entender.

— Te entender? — Kira questionou, indignada. — Eu entendo Scott. Você não sente mais nada por mim. Na verdade, eu acho que nunca sentiu. Eu só servi com um tapa-buraco, pra você esquecer a sua namorada morta. Vai embora.

— Kira.

— Vai embora, Scott! — Kira gritou. — Já terminou comigo. Não tem mais nada pra fazer aqui.

O garoto não disse mais nada. Ele fez o que Kira ordenou, foi embora, deixando a garota que agora era sua ex-namorada, pra trás, chorando.

***

Assim que Isaac saiu do carro, já em frente à casa dos McCall, viu a moto de Scott estacionada. Melissa preferiu ir pra casa e pedir pra entregarem a pizza lá. Então, quando entraram em casa, o rapaz disse que ia fazer alguns deveres do colégio, enquanto a pizza não chegava. Lahey subiu as escadas e foi para o seu quarto, entretanto, não achou sua mochila. O garoto lembrou-se que tinha esquecido no quarto de Scott, quando ajudou Melissa a arrumar o cômodo. Ele foi até o quarto do seu amigo e o encontrou abatido, sentado na cama.

— Eu deixei minha mochila aqui, mais cedo. — Isaac falou, chamando a atenção de Scott.

— Ela tá ali. — O moreno disse, apontando para a mochila, que não tinha notado antes. — Por que deixou aqui?

— Ajudei sua mãe a arrumar seu quarto, por isso acabei esquecendo ela. — Isaac respondeu.

— Ah, valeu.

— A Melissa vai pedir pizza, você já jantou? — Isaac indagou, pegando a mochila.

— Não.

— Aconteceu alguma coisa, Scott? Você parece triste. — Isaac falou, preocupado.

— Só estou cansado. O dia hoje foi muito exaustivo e eu tô com uma dor nas costas. — Scott falou, se espreguiçando. Não queria conversar com Isaac sobre Kira, naquele momento.

— Eu posso fazer uma massagem em você. — Isaac sugeriu. Scott estava tão cansado, que concordou na mesma hora. — Tira a camisa. E se deita de barriga pra baixo.

Como foi pedido, Scott tirou sua camisa, jogou no chão e se deitou de bruços. Isaac sorriu com o ato do amigo, lembrando-se de como o quarto estava mais cedo. O loiro soltou sua mochila no mesmo lugar que estava, foi até a cama, se sentou em cima de Scott, com uma perna de cada lado, e se inclinou. Ele começou passando suas mãos levemente nos ombros de McCall, primeiramente alisando para em seguida massagear. Em seguida, foi descendo suas mãos pelos braços do outro, fazendo o mesmo processo. Quando passou sua mão pela tatuagem no braço esquerdo do moreno, Isaac deu um pouco mais de atenção a ela. Lahey então repetiu o processo nos quadris de Scott e foi subindo pelas costas do garoto.

— Isaac, você é muito bom nisso. — Scott falou, soltando um suspiro relaxado. Lahey sorriu. Os toques do loiro estavam fazendo Scott esquecer por um momento dos seus sentimentos confusos. McCall se concentrava apenas nas mãos do amigo, o massageando. Isaac continuou o processo por mais um tempo até que Scott estivesse completamente relaxado. — Já pode parar, obrigado.

Isaac parou com a massagem e saiu de cima de Scott, deitando ao seu lado. McCall se virou, deitando de barriga pra cima e olhou para o outro garoto, que olhava para ele também. O moreno percebeu o volume na calça do amigo e lembrou-se da conversa que tiveram dias atrás. Ele se deu conta de que também estava com uma ereção e tentou esconder de Isaac.

— Tá se sentindo melhor? — Lahey indagou e McCall assentiu.

— Você tá duro.

Isaac corou. Ele queria se levantar e sair dali, porém, o olhar de Scott parecia hipnotizá-lo. McCall levou sua mão até o cós da calça de Isaac, a desabotoou e baixou o zíper.

— O que está fazendo? — Isaac perguntou, um pouco assustado.

— Eu disse que te ajudaria se isso acontecesse, não disse? — Scott falou, já colocando sua mão dentro da cueca de Isaac. — Então, deixa eu te ajudar.

— Scott, não precisa.

— Não fala nada, Isaac. Só aproveita.

Inicialmente, Scott estranhou tocar um pênis que não fosse o seu próprio, no entanto, isso não o inibiu. Ele começou um movimento de vai e vem com a mão, de mau jeito, porque o membro de Isaac ainda estava coberto pela calça e pela cueca. Mas o moreno achava melhor assim, não ver o pênis do outro. Isaac fechou os olhos e passou a gemer baixo. Ele os abriu novamente e encontrou o olhar penetrante de Scott mais uma vez. McCall passou o polegar na glande de Lahey e isso fez com que o loiro gemesse um pouco mais alto. Aquilo assustou os dois, já que Melissa estava no andar de baixo.

Scott não desviava os olhos do rosto de Isaac, nem por um segundo. Ele estava gostando de ver as expressões de prazer do loiro. O rapaz continuou a masturbar o amigo por mais alguns minutos e quando o Isaac gemeu com mais intensidade, tentando se controlar para não sair muito alto, Scott soube que o outro estava perto. E Lahey não durou muito. Ele agarrou o braço do outro, soltou um gemido mais arrastado e chegou ao ápice, sujando a sua cueca e a mão de Scott.

O loiro estava corado e com a respiração ofegante. McCall apreciou a visão por um tempo, e então, tirou a mão de dentro da cueca de Isaac, aproximou seu rosto do outro, até que não tivesse espaço nenhum e selou seus lábios. Ambos fecharam os olhos. O moreno pediu passagem com a língua, que foi cedida quase no mesmo segundo. O beijo era calmo, mas tanto o coração de Scott, quanto o de Isaac batiam rápido. Lahey não esperava que aquilo fosse acontecer de novo, mas também não esperava que Scott fosse masturbá-lo. Ele estava contendo seus desejos, porém, foi Scott quem tinha tomado a iniciativa dessa vez e o loiro não pôde deixar de ceder.

— Meninos, a pizza chegou! — Eles ouviram a voz de Melissa no andar de baixo.

Os rapazes se separaram subitamente, assustados. Eles estavam ofegantes e se encaravam, um pouco corados. Scott foi o primeiro a se mexer. Ele olhou pra Isaac como se estivesse pedindo para que o loiro mantivesse segredo, se levantou rapidamente e saiu do quarto, deixando o Isaac confuso, olhando para a porta.

Scott cruzou o corredor rapidamente e foi para o banheiro. Quando entrou, trancou a porta e se encostou nela. As expressões de prazer de Isaac, causadas pelo seu toque, estavam muito vívidas na sua cabeça. E aquilo deixou o seu membro mais ereto do que estava antes. O garoto encarou o volume marcando na calça jeans e respirou fundo. Com sua mão limpa, desabotoou a calça e a desceu, com um pouco de dificuldade, junto da cueca, deixando-as cair no chão.

McCll passou seu polegar na glande e estremeceu. Ele soltou um fio de saliva na mão e espalhou por seu membro, devagar. Em seguida, fechou os olhos e pensou no seu amigo, em sua própria mão acariciando o membro de Isaac, nos gemidos que ele soltava e principalmente na visão de seu rosto, fazendo expressões tão sensuais e libidinosas. Scott passou a acariciar seu membro devagar num movimento de vai e vem e sem perceber, começou a mexer seus quadris, aumentando o atrito do seu membro com a mão.

Enquanto permanecia de olhos fechados, soltou alguns gemidos, não muito altos, mas logo mordeu o lábio inferior para evitar emiti-los. Não queria que Isaac soubesse o que estava fazendo, principalmente por não entender completamente o motivo de estar fazendo aquilo. Ele foi aumentando a velocidade dos movimentos aos poucos e sua respiração foi ficando pesada. Sabia que não duraria muito e querendo acabar logo, para que nem seu amigo ou sua mãe questionassem sua demora e suspeitassem de algo, acelerou mais.

Quando sentiu que estava prestes a chegar ao ápice, abriu sua mão, que já estava melada com o sêmen de Isaac em frente a seu membro e soltou os jatos, misturando ambos os fluidos. Scott grunhiu baixo, mordeu os lábios um pouco mais forte e escorou a cabeça na porta. Após alguns segundos, abriu os olhos e olhou para sua mão completamente suja e se sentiu mais confuso do que já estava. Scott se aproximou da pia, a abriu e lavou as mãos. Depois, saiu do banheiro e desceu para jantar, em silêncio.


Notas Finais


Não pessoal, a fanfic não termina assim, esse definitivamente não é o último capitulo.
Amanhã é dia 01 de abril então decidi entrar na brincadeira. Desculpa fazer isso, mas eu não resisti.
Vocês estão garantidos até o capitulo 18 e depois tem mais alguns. Podem ficar tranquilos, que quando estiver perto do fim eu aviso antes.
Sobre o capítulo de hoje, eu realmente gosto muito dele. Scott já tá começando a aceitar seus sentimentos por Isaac, mas ele ainda tá bastante hesitante. Tivemos a participação do xerife, há alguns capítulos eu falei dele e o nomeei como John (não sei por que, mas muita gente acha que esse é o nome dele) quando eu escrevi aquele capítulo o nome dele ainda não tinha sido revelado na série. Mas eu já editei e coloquei o nome certo. Gente, a dica da Melissa pra tirar manchas das roupas eu tirei do filme Deadpool, não sei se funciona.
Por hoje é só pessoal, espero que tenham gostado. ATÉ SEMANA QUE VEM.


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