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História Secret Desires - Scisaac's Secret Chronicles Volume 1 - Isso só vai te deixar infeliz


Escrita por: XManoelVieira

Notas do Autor


Oi gente, olha eu aqui cinco dias adiantado. Por que eu estou postando mais cedo? Porque eu confesso que eu estou ansioso e um pouco receoso em relação a esse capítulo. É o maior que eu escrevi até agora e acontece muita coisa nele.
Quero agradecer a todos que comentaram e que favoritaram a história e aos fantasminhas também. Eu adoro todos vocês.

Capítulo 17 - Isso só vai te deixar infeliz


Aquela foi mais uma noite que Scott sonhou com Isaac. Só que diferente dos outros sonhos, em que o moreno não tinha uma clara visão do outro, nesse, sua imagem estava bem nítida. O garoto estava sonhando com a primeira vez que tocou o amigo.

McCall levou sua mão até o cós da calça de Isaac, a desabotoou e baixou o zíper. Inicialmente, estranhou tocar um pênis que não fosse o seu próprio, no entanto, isso não o inibiu. Ele começou um movimento de vai e vem com a mão, de mau jeito, porque o membro de Isaac ainda estava coberto pela calça e pela cueca. Mas o moreno achava melhor assim, não ver o pênis do outro. Lahey fechou os olhos e passou a gemer baixo. Ele os abriu novamente e encontrou o olhar penetrante de Scott mais uma vez. McCall passou o polegar na glande de Isaac e isso fez com que o loiro gemesse um pouco mais alto. Scott não desviava os olhos do rosto do outro, nem por um segundo. Ele estava gostando de ver as expressões de prazer do amigo.

Ainda dormindo, Scott levou sua mão até o seu membro, por cima da bermuda que usava, e apertou a ereção que já estava se formando. O sonho mudou para quando ele e Isaac transaram.

Scott friccionou seu membro na bunda de Isaac mais uma vez e o penetrou lentamente, sentindo cada centímetro do seu pênis ser abrigado pelo ânus do outro. O moreno não conseguia descrever o prazer que aquilo lhe causava. E como fazia tempo desde que tivera um contato tão íntimo com alguém, tudo era mais intenso. Isaac segurou forte o lençol, com as mãos, seus gemidos eram uma mistura de dor e prazer e a sua respiração estava um pouco acelerada.

Inconscientemente, McCall continuou apertando seu membro por cima da bermuda, no entanto, logo colocou a mão por baixo do tecido e agarrou seu falo. Ele começou a acariciar a glande com o polegar e em seguida, envolveu seu pênis com a mão e a movimentou, se estimulando.

— É tão apertado. — Scott falou, entre gemidos, ainda dormindo. — Aah, Isaac.

McCall não parou com as estocadas e não desviou o olhar do loiro, nem um segundo. Quando Isaac chegou ao ápice, apertou mais forte a bunda do moreno e soltou um gemido alto e arrastado. Ele parou de estocar e ficou apenas o observando, esperando o amigo recuperar o fôlego. E quando isso aconteceu, o moreno se inclinou e o beijou. Em seguida, voltou a se distanciar e recomeçou a estocar Lahey rapidamente e não parou até que o seu orgasmo estivesse perto.

Assim como no sonho, Scott chegou ao orgasmo e acordou ofegante. O rapaz tirou sua mão melada de dentro da bermuda e a observou, enquanto recuperava o fôlego. Ele desejava muito estar com Isaac daquela forma novamente, no entanto, tinha medo do que aquilo significava e não sabia se queria descobrir.

— Mas que merda, por que você não sai da minha cabeça?

Scott se levantou da cama e foi até o banheiro. Ao passar pela porta aberta do quarto de Isaac, o moreno não percebeu que o loiro não estava na cama. Com a mão limpa, McCall abriu a porta do banheiro, assustando o amigo, que estava lá dentro, sentado no vaso sanitário.

— Cara, tem gente.

— Foi mal. — Scott falou, fechando a porta.

O moreno esperou e alguns minutos depois Isaac abriu a porta. Scott escondeu a mão melada de sêmen, não queria que o amigo soubesse o que ele tinha feito, e olhou para o loiro. Ele tentava muito evitar olhar para o tronco desnudo do outro, lutando contra o desejo de leva-lo para o seu quarto e penetrá-lo mais uma vez.

— Você está bem? — Isaac perguntou. — Parece tenso.

— São só alguns sonhos que tão tirando meu sono.

— Posso fazer uma massagem pra você relaxar. — Isaac falou, colocando sua mão no ombro de Scott.

Pensando no que tinha acontecido na última vez que recebeu uma massagem do amigo, McCall empurrou bruscamente a mão dele e recuou.

— Eu tô bem, Isaac. — O garoto falou, um pouco alterado, porém, se arrependeu em seguida, pelo tom de voz que usou. — Desculpa, é que eu tô cansado.

— Tá bom. — Isaac falou baixo, olhando para o chão. — Eu vou dormir. Boa noite.

O loiro foi para o seu quarto e Scott entrou no banheiro. Ele se arrependeu por ter tratado Isaac daquela forma, entretanto, tinha medo de não se controlar e os dois acabarem fazendo sexo outra vez. McCall lavou as mãos e voltou pra o seu quarto para tentar dormir.

***

Na manhã seguinte, Melissa acordou antes dos rapazes e fez o café da manhã, waffles. Não demorou muito para que Scott e Isaac aparecessem na cozinha. Os três comeram sem falar nada, por alguns minutos, até que Scott quebrasse o silêncio.

— Mãe, o que tá rolando entre você e o xerife? — Ele perguntou sério, olhando para a mulher.

— Ele me chamou pra jantar e eu aceitei. — Melissa respondeu. — Nada de mais.

— Eu fico muito feliz por você, Melissa. — Isaac se pronunciou e Scott lha lançou um olhar questionador.

— Não é nada de mais mesmo, meninos. — Eles continuaram a comer em silêncio, até que Melissa falasse novamente, mudando de assunto. — Rapazes, vocês já têm dezoito anos, vão votar hoje? — Ela perguntou, olhando atentamente para os dois adolescentes, referindo-se à eleição presidencial, que ocorreria ao longo daquele dia.

— Não, prefiro esperar até as próximas eleições. — Scott respondeu, olhando para a mãe. 

— É, eu também. — Isaac concordou, assentindo. — Não pensei muito nisso, pra falar a verdade. E você, Melissa, vai votar?

— Vou sim. — A enfermeira respondeu. — Antes de ir para o hospital, passarei na minha zona eleitoral. Espero que a Ellen Claremont ganhe. Ninguém merece aquele retrógrado do Donald Trump como presidente. Além do mais, já está na hora de uma mulher comandar o país. 

Os dois garotos assentiram e a refeição seguiu. Depois de alguns minutos, Scott foi o primeiro que terminou de comer, pois, estava com um pouco de pressa para chegar ao colégio.

— Você vai querer carona? — O moreno perguntou pra Isaac.

— Não precisa, o Matt vem me pegar hoje. — Isaac respondeu.

— Tudo bem, então. — Scott falou, irritado e de cara fechada. — Eu já vou.

Ele se levantou, colocou o prato na pia e saiu da cozinha. Melissa não deixou de notar a irritação repentina de seu filho. Tinha sido a mesma coisa na noite anterior, quando eles estavam na lanchonete, no momento em que Matt apareceu. E agora, só a menção do nome do outro garoto, fez com que o humor de Scott, que já não estava muito bom, mudasse.

— Qual o problema do Scott com esse garoto Matt? — A mulher perguntou pra Isaac.

— Eu não sei. — O loiro respondeu, pensativo. — Ele nunca gostou do Matt. Não sei o motivo.

— Talvez ele esteja com ciúmes.

Surpreso, Isaac arregalou os olhos e franziu o cenho.

— O que?

— Por anos, o Scott tem sido seu melhor amigo. Talvez ele se sinta ameaçado pela sua aproximação com o Matt, porque isso pode acabar distanciando vocês dois. Não seria a primeira vez. — Quando Isaac a olhou com um pouco de mágoa, Melissa se arrependeu do que disse. — Ah, desculpa.

— Tudo bem. Eu me distanciei mesmo do Scott, quando fui para a França. Mas eu não vou fazer isso de novo. — Isaac disse, com um tom triste. Ele sentiu o celular no seu bolso vibrar e ao checar, viu uma mensagem de Matt dizendo que já o aguardava. — Eu preciso ir. Bom dia, Melissa.

— Boa aula.

O garoto se levantou, foi colocar seu prato na pia e saiu apressadamente da cozinha. Ele foi pegar sua mochila, no seu quarto, e saiu da casa em seguida. Quando entrou no carro de Matt, colocou o sinto imediatamente.

— Tudo bem? — Matt perguntou.

— Tudo. Podemos ir.

O garoto ao volante deu a partida no carro e dirigiu para o colégio. Meia hora depois, chegaram ao destino.

— Você... — Matt começou a falar ao mesmo tempo que Isaac e os dois sorriram. — Pode falar.

— Você quer ir pra biblioteca? — Isaac perguntou, enquanto eles andavam do estacionamento para a escola.

— Eu soube que uma das turmas do primeiro ano está numa excursão. — Matt falou, assim que entraram no prédio. — Ou seja, tem uma sala vazia. É até melhor, pois, não precisaremos falar baixo.

— Perfeito.

Os garotos se dirigiram para a sala, que Matt falou estar vazia. E quando entraram, largaram suas mochilas no chão e se sentaram na mesa do professor.

— Então, você quer ser qual personagem? O garoto apaixonado, ou o garoto enfeitiçado. — Matt indagou. — Eu particularmente prefiro ser o garoto enfeitiçado, já que você me enfeitiçou.

— Engraçadinho. — Isaac falou, um pouco constrangido.

O trabalho de literatura, que os dois apresentariam, seria uma encenação curta de apenas dez minutos. Uma adaptação gay moderna de “Sonho de uma noite de verão” de Shekspeare, que contava a história de um menino que acaba enfeitiçando o rapaz por quem ele é apaixonado. Após definirem que Isaac interpretaria o garoto que enfeitiça o outro, eles começaram a ensaiar.

Em outra sala, Scott assistia aula de química com o senhor Harris. Ele não conseguia se concentrar direito, Isaac mais uma vez habitava os seus pensamentos. McCall não estava gostando nada da aproximação do amigo com Matt. Sabendo que não prestaria a devida atenção na aula, pediu para ir ao banheiro. No corredor, ele ouviu vozes e risadas familiares vindas de uma das salas. Curioso, foi até a ela e ao abri a porta, se deparou com uma cena, que o deixou com muita raiva. Isaac estava de costas para ele, beijando Matt. Lahey parou o beijo e se virou para Scott.

— Podem continuar com o showzinho. — Scott falou irritado, já dando as costas para os garotos. — Eu não vou atrapalhar.

— Scott, espera. — Isaac o chamou.

McCall voltou a olhar para os dois, ainda irritado.

— Alguns de nós, vêm para a escolar pra estudar e não pra transar em salas vazias. — Ele falou e saiu dali.

— Espera aqui. — Isaac falou pra Matt, se levantando da mesa do professor, e foi atrás do amigo.

— Você não tem que dar satisfações pra ele. — Matt falou, mas o outro continuou seu caminho.

McCall entrou no banheiro e se dirigiu a uma das pias. Ele a ligou e jogou água no rosto. Isaac entrou no banheiro, segundos depois, e encarou o amigo, de braços cruzados.

— Cara, O que foi aquilo? — O loiro perguntou. — Não que seja da sua conta, mas eu e o Matt estávamos só ensaiando pra um trabalho idiota. — Scott não falou nada. — Não vai me responder? — Questionou começando a ficar irritado.

O outro garoto desligou a pia, respirou fundo, bateu no mármore com os dois punhos cerrados e ficou de frente para Isaac.

— O que você quer, Isaac? Quer que eu diga que não gosto da forma que o Matt olha pra você? Quer que eu diga que eu sinto ciúmes dele? E que eu tô tentando lutar com todas as minhas forças contra isso? Contra esse desejo que eu tenho de fazer tudo aquilo de novo, de foder você? — Scott despejou.

— Não lute.

— Que se dane.

Scott andou até o outro garoto, com passos pesados e o beijou com desejo. Isaac segurou nos quadris do moreno e correspondeu sem hesitar. Com uma das mãos, McCall segurou os cabelos do amigo, e com a outra segurou em seu pescoço. Ele empurrou Lahey até um dos boxes e o prensou na porta, o fazendo bater nela. Com o impacto, o loiro mordeu os lábios do outro e ambos gemeram. Scott abriu a porta do box e empurrou o outro para dentro.

Isaac puxou a camisa do amigo para cima e o moreno levantou os braços para facilitar sua retirada. Lahey a jogou no chão e McCall fez a mesma coisa, tirou a camisa do loiro e a jogou junto da sua. Scott se virou e fechou a porta do box, a trancando em seguida. Isaac o abraçou por trás e beijou seu pescoço. Depois, o loiro foi se ajoelhando devagar, enquanto traçava uma trilha de beijos molhados nas costas do outro. Lahey desabotoou a calça de Scott e o virou, dando de cara com o volume em seus jeans.

Lentamente, Isaac passou a língua por todo o abdômen do amigo, que olhou para o teto e gemeu baixo, e foi subindo pelo peito, para pescoço e seguiu até encontrar a boca dele novamente. Os rapazes trocaram mais um beijo quente, enquanto as mãos de Lahey agilmente abriam o zíper da calça do outro garoto e a abaixava rápido. O loiro rompeu o beijo e foi descendo sua boca pelo tronco de Scott, deixando beijos no caminho.

E ao chegar ao peitoral do moreno, Isaac deu a devida atenção aos mamilos, que tanto adorava. Ele os beijou, mordiscou e chupou, antes de continuar descendo os beijos pelo abdômen de Scott, enquanto arranhava com as unhas, onde sua boca tinha passado antes. Quando estava com a boca próxima à ereção já formada de McCall, Lahey passou rapidamente a língua no membro do outro, por cima da cueca branca, fazendo-o estremecer. Ele repetiu o processo mais três vezes quando, Scott protestou:

— Para de me provocar. — Ele implorou, colocando suas mãos na cabeça do outro.

Isaac abaixou a cueca do Scott e abocanhou seu membro, levando-o à loucura. Ele fechou os olhos, soltou um gemido alto e agarrou os cachos loiros do outro. Lahey começou num ritmo lento, passando sua língua na glande de Scott, enquanto acariciava os testículos dele, com uma das mãos, e estimulava a base do pênis com a outra. Desesperado por mais, McCall foi guiando a cabeça de Isaac mais rápido, enquanto movimentava seus quadris.

— Isso, assim. — Scott falou, entre gemidos.

Isaac colocou suas mãos na bunda do outro e a apertou. Em seguida, arranhou as nádegas, deixando o amigo arrepiado com aquele ato. Scott gemia, enquanto empurrava a cabeça do outro mais rápido. E quando cada centímetro do seu membro estava dentro da boca de Lahey, o moreno pressionou a cabeça dele contra sua pélvis, até que o loiro engasgasse e se afastasse tossindo e lacrimejando.

Scott se inclinou um pouco e beijou o loiro, o puxando para que ficasse de pé. Em seguida, inverteu suas posições, prensando o outro na porta, sem romper o beijo. McCall se afastou um pouco e observou o corpo do amigo enquanto o acariciava no tronco, causando arrepios em Isaac. Scott começou pelos ombros, desceu as carícias para o peitoral do loiro, onde apertou os mamilos rapidamente e continuou descendo pelo abdômen dele, até o cós da calça.

O moreno desabotoou a calça do amigo, abriu o zíper e a abaixou com a cueca. Em seguida, pegou o pênis de Isaac e o acariciou. Lahey fechou os olhos e mordeu os lábios, para logo depois abrir a boca e soltar baixos gemidos. Enquanto continuava com o movimento de vai e vem no membro do outro, Scott não desviou os olhos do rosto dele. Estava adorando e expressão de deleite no rosto de Isaac.

— Aahh, Scott. — Lahey gemeu.

Scott colocou sua mão livre na nuca de Isaac o puxando para mais um beijo. Porém, ele logo desceu sua boca para o pescoço do outro e o chupou, a ponto de ficar vermelho. Imitando Lahey, McCall distribuiu beijos pelo tronco do amigo e assim como o loiro, ele também mordeu os mamilos do outro, que gemeu um pouco mais alto. Isaac colocou sua mão na nuca do outro e puxou os fios pretos de Scott, que continuou cuidando de seus mamilos, antes de seguir seu caminho de beijos. Assim que ficou de joelhos, Scott olhou para o membro ereto de Isaac com insegurança e vendo a hesitação do amigo, o loiro se pronunciou:

— Não tem que fazer isso por mim.

Mas a resposta que recebeu foi ter seu membro abocanhado. Timidamente, Scott movimentou sua cabeça devagar e passou a chupar o membro do outro, sem muito jeito. Isaac controlou seu impulso de guiar o ritmo do sexo oral, pois, sabia que o amigo não tinha nenhuma experiência com aquilo e queria que ele ficasse confortável. Lahey apenas agarrou os cabelos do outro, com uma das mãos, enquanto a outra, agarrou os próprios cabelos. Scott continuou o que fazia, ainda devagar, tomando cuidado para que não raspasse seus dentes no membro de Isaac, mas algumas vezes, não conseguia evitar.

— Aah, caralho, Scott. — Isaac gemeu mais uma vez, incentivando o amigo, que continuou. Porém, um pouco depois, tirou o pênis do outro de sua boca.

— Você tá gostando? — Scott perguntou, encarando Isaac um pouco envergonhado.

— Sim. — O loiro respondeu ofegante. — Só toma cuidado com os dentes.

— Desculpa.

— Vem aqui. — Isaac se inclinou e ajudou Scott a se levantar.

Eles trocaram mais um beijo e quando o romperam, o loiro pegou seu membro junto ao do outro, com apenas uma mão e masturbou ambos ao mesmo tempo. Os dois gemeram. Isaac olhava para Scott, enquanto o moreno observava seu membro sendo friccionado no do amigo e acariciado pela mão dele. Aquilo era mais uma coisa que McCall descobriu que gostava, era de fato uma sensação muito boa, mas algo que Scott pensou ser melhor ainda, veio a seguir. Lahey parou de usar a mão e movimentou seu corpo, friccionando seu pênis no do outro garoto. Os dois gemeram, porém, o gemido do moreno foi mais alto.

— Você gostou disso? — O loiro perguntou.

— Sim. — Scott respondeu, sorrindo.

Isaac roçou seu pênis no de Scott de novo e de novo e o moreno também se movimentou, fazendo que os dois membros se chocassem mais rápido. McCall puxou o amigo para mais um beijo, sem parar os movimentos. E os dois continuaram por mais alguns segundos, até que Scott virou o loiro. Ele ficou observando a bunda do outro rapaz por um tempo, e em seguida, deu um tapa, não muito forte, lembrando-se que o amigo gostava daquilo. Isaac gemeu e Scott mordeu os lábios. Ele deu outro tapa, do outro lado, e colou seu peito nas costas de Lahey. O moreno friccionou seu pênis na bunda de Isaac, estava pronto para iniciar o ato, mas lembrou-se de uma coisa importante.

— Não temos camisinha. — Scott falou, se afastando.

— Eu tenho. — Isaac falou, virando o pescoço para olhar para o outro. McCall franziu a testa, questionando. — Que foi? Eu sou prevenido.

Isaac se inclinou para pegar a carteira no bolso da calça, que ainda estava nas suas pernas. Scott se deliciou com a visão que teve. Ele levou sua mão até seu membro e o acariciou, sem desviar os olhos da bunda empinada do outro. Lahey tirou um preservativo da carteira, o entregou para o amigo e colocou a carteira de volta no bolso da calça. O moreno rasgou a embalagem com os dentes, tirou a camisinha de dentro e colocou no seu membro, antes de jogar a embalagem vazia no chão.

— Você não tem lubrificante também? — Scott perguntou.

— Não. Vai ter que usar sua saliva. — Isaac respondeu.

Scott cuspiu na mão e espalhou a saliva no seu membro. Em seguida, cuspiu de novo e passou na entrada de Isaac, que apoiou as mãos na porta do box. O moreno posicionou seu membro, segurou nos quadris do amigo e o penetrou lentamente. O loiro soltou um gemido de dor e Scott parou imediatamente.

— Te machuquei? — McCall perguntou, preocupado.

— Não. É que não tô muito acostumado a não usar lubrificante. — Isaac falou. — Pode continuar.

Scott continuou, até que todo o seu membro estivesse abrigado por Isaac. O loiro virou um pouco a cabeça, passou um dos braços, envolta do pescoço do outro e beijou o moreno. McCall dirigiu uma das suas mãos até o membro de Lahey e o estimulou. Depois de alguns minutos, Isaac rompeu o beijo, se virou, colocando sua mão no box novamente e Scott começou com as estocadas, bem devagar, apreciando cada movimento. Ele deixou o membro de Isaac de lado, levou sua mão até a mão do loiro e entrelaçou seus dedos.

— Mais forte. — Isaac pediu, entre gemidos e atendendo ao pedido, McCall acelerou as estocadas e foi mais forte. — Scott. — O loiro gemeu.

— Eu gosto quando você fala meu nome.

— Assim, Scott. Me fode gostoso. — Isaac não pôde controlar e falou, incentivando McCall a continuar.

Scott também gemia, só que mais baixo. Às vezes, entre uma estocada e outra, o moreno parava quando todo seu membro estava dentro de Isaac. Ele também dava tapas na bunda do loiro, fazendo-o gemer um pouco mais alto. Porém, não tanto, já que eles estavam no banheiro do colégio e poderiam ser ouvidos. Em determinado momento, os garotos ouviram a porta do banheiro ser aberta. Nervoso, Scott parou imediatamente com as estocadas e Isaac olhou pra ele, com o dedo indicador na boca. Ambos ficaram tensos, no entanto, Lahey teve uma atitude ousada. Sorrindo travesso, ele se movimentou devagar continuando com a penetração.

— Para. — Scott sussurrou, tentando não gemer.

Mas Isaac não parou. Ele continuou com os movimentos, até que Scott segurasse sua cintura, impedindo que continuasse. Eles ouviram o som da urina do garoto desconhecido no box ao lado. O coração de Scott acelerou, pingos de suor começaram a escorrer da sua testa. Em seguida, ouviram o som da descarga, passos e a água da pia, mais passos e a porta abrindo novamente, antes de ser fechada.

— Podiam ter nos ouvido. — Scott falou, um pouco assustado.

— Cala a boca e me fode.

Ainda receoso, Scott voltou com as estocadas, ao mesmo tempo que Isaac se masturbava na velocidade dos movimentos dele. Nenhum dos dois duraria muito. McCall colocou uma das mãos no membro de Isaac e passou ele mesmo a masturbar o amigo, enquanto ainda o penetrava. Lahey colocou a mão na nuca de Scott e puxou os cabelos dele, ao passo que seu pescoço era atacado com os beijos do moreno.

McCall acelerou o movimento de vai e vem com a mão e logo, Isaac chegou ao orgasmo, sujando a porta do box. Para evitar gemer alto, o loiro virou o pescoço e beijou o outro. Enquanto sua respiração normalizava, Isaac passou a morder o lábio do amigo, que logo se afastou e o estocou mais forte. E para conter os gemidos do outro, tapou a boca dele com a mão. Algumas estocadas depois, Scott também chegou ao seu ápice. Ofegante, ele reclinou sua cabeça no ombro de Isaac e eles ficaram assim por um momento, até que conseguissem controlar a respiração.

Scott retirou seu membro do outro e o loiro se virou para o amigo. Com cuidado, McCall tirou a camisinha, deu um nó nela e jogou no lixo, ao lado do vaso sanitário, enquanto Isaac subia sua cueca junto da calça. Lahey fechou o zíper e abotoou a calça. Em seguida, pegou um pedaço de papel higiênico e passou na porta, numa tentativa falha de limpar, e depois, jogou no lixo. Scott também ajeitou a calça, se abaixou para pegar as camisas e deu uma para Isaac, sem perceber que era a camisa que ele vestia, antes de tudo acontecer.

— Isso foi muito bom. — Isaac falou, passando seus braços pela camisa. Ele terminou de vesti-la e olhou para Scott. — Não vai fugir de novo, vai?

Scott pensou, não sabendo o que dizer pra Isaac naquele momento. Queria poder dizer que não, mas toda essa situação ainda era muito confusa pra ele. O garoto vestiu a camisa do amigo e o encarou.

— Mas eu tenho que ir pra aula. E você também. — O moreno respondeu.

— Alguns de nós, vêm pra escolar pra estudar e não pra transar em banheiros, certo? — Isaac comentou, sorrindo, usando as mesmas palavras que Scott usou mais cedo.

Ele abriu a porta do box e os dois se retiraram. Quando saíram do banheiro, os dois rapazes esbarraram com Stiles, no corredor. O filho do xerife também estava indo usar o sanitário, pelo menos, literalmente falando.

— Vocês estão aí. — Stiles falou. Ele deu uma boa olhada nos amigos e franziu a testa.

— O que foi? — Scott perguntou, nervoso.

— Nada, é que eu achei que vocês estivessem com camisas diferentes. Mas acho que é só coisa da minha cabeça.

Scott e Isaac trocaram olhares, um pouco tensos. Depois, olharam para as camisas que estavam vestindo e notaram que tinham trocado um com o outro, sem perceberem. Eles voltaram a olhar para o amigo, que ainda estava pensativo.

— Acho que você imaginou. — Isaac falou, não muito convicto.

***

— Cara, se eu te perguntar uma coisa, você responde com sinceridade? — Stiles perguntou para Scott.

Depois do momento de tensão que tiveram junto de Isaac, na saída do banheiro, o loiro voltou para a sala, onde Matt ainda o esperava, para pegar suas coisas e ir para a aula. O garoto estranhou o fato de Lahey ter trocado de camisa com McCall, mas decidiu não comentar nada, e os dois seguiram para suas aulas. Scott voltou para sua sala e acabou levando uma bronca do professor, devido à demora. Já era hora do almoço e Scott e Stiles estavam na biblioteca, guardando alguns livros nas estantes.

— O que? — Scott perguntou, curioso.

— Eu não estou julgando você, e estaria sendo hipócrita se estivesse fazendo isso. É que semana passada você ficou todo estranho, depois que tivemos aquela conversa bacana sobre o Isaac e tudo mais. Ontem no jogo, também. Eu achei que você e o Isaac, tivessem brigado e você estivesse chateado, mas agora eu acho que é outra coisa.

— Desembucha, Stiles. — Scott falou, colocando um livro na estante.

— Tá transando com o Isaac? — Stiles indagou, sem mais enrolação.

— O que? Não. — Scott falou, sem muita convicção. — De onde você tirou isso?

— Eu já mencionei a conversa que tivemos semana passada? — Stiles falou, preferindo não mencionar o comentário que Boyd fez no dia anterior.

— Tá, eu posso estar confuso em relação ao Isaac, mas eu não transei com ele. Cara, eu sou hétero.

— Não já passamos por isso? — Stiles questionou, após um suspiro. — Não vem com essa de “hétero” pra cima de mim, Scott. Sabe que meu total apoio. Pode me contar.

Scott suspirou, guardou o último livro que estava segurando e olhou para o chão. Naquele momento, ele odiava o fato de Stiles ser tão observador.

— Aconteceu, duas vezes. — Scott confessou.

Os garotos não sabiam, mas no corredor ao lado, Malia lia um livro, e acabou escutando o que Scott disse. Ela fechou o livro, o colocou junto aos outros e pegou o celular, já procurando a caixa de mensagens. Em seguida, digitou “precisamos conversar”, enviou a mensagem para Kira e saiu da biblioteca, sem que os meninos soubessem. No outro corredor, Stiles pensou por um momento, até que seu deu conta de uma coisa.

— Vocês estavam com as camisas trocadas. — Ele comentou. — Oh, meu Deus. Vocês estavam fazendo no banheiro, não é?

Scott apenas olhou para Stiles, um pouco envergonhado.

— Não conta pra ninguém, tá legal? — Ele implorou, olhando para o amigo. — Eu não quero que as pessoas saibam.

— Scott, se você gosta do Isaac, devia ficar com ele. — Stiles falou, colocando sua mão no ombro do outro. — Não reprima os seus sentimentos mais do que você já reprimiu, isso só vai te deixar infeliz. Não importa o que as pessoas vão falar.

— Stiles.

— Não se preocupa, cara. Eu não vou contar pra ninguém. — Stilinski garantiu.

— Eu tô tão confuso. — Scott falou, sentando-se no chão. Ele encostou a cabeça na estante e mais uma vez suspirou. — Eu nunca me interessei por garoto nenhum e aí o Isaac volta e eu começo a me sentir assim. Eu acabei de terminar com a Kira, como eu pude fazer isso com ela?

Stiles sentou ao lado de Scott.

— Eu já te disse isso antes, acho que você nunca se interessou por garoto nenhum por estar interessado exclusivamente pelo Isaac, no momento. Da mesma forma que você nunca mostrou interesse por nenhuma outra garota, enquanto estava com a Allison, ou com a Kira. Mas Scott, isso não quer dizer que você só sinta tesão pelo Isaac. Você mesmo disse, que ficou excitado vendo pornô gay, né? — Scott assentiu. — E quanto a Kira, aconteceu algo, enquanto você ainda estava com ela?

— Não.

— Então, não tem que se sentir culpado por causa disso.

— Stiles, eu não posso ser... — Scott não conseguia pronunciar a palavra, naquele momento. — Eu amei a Allison.

— E eu acredito. — Stiles falou, colocando sua mão no ombro de Scott novamente. — Eu vou te contar uma coisa, bissexuais não são gays que não conseguem sair completamente do armário e nem indecisos. São pessoas que sentem atração pelos dois gêneros. Você sentir algo pelo Isaac, não anula que você amou a Allison. Você sabe disso, já tivemos essa conversa antes, quando eu disse que também gostava de garotos.

— Eu sei.

Scott refletiu sobre as palavras de Stiles. Ele não sabia como seria a relação dele com Isaac, mas ainda não se sentia confortável com tudo aquilo. Os estomago dos garotos roncaram, lembrando a eles que precisavam comer.

— Vamos almoçar, antes que não dê tempo. — Stiles falou, já se levantando.

Scott também se levantou e os dois saíram da biblioteca.

No corredor dos armários, Malia procurava por Kira e quando avistou a amiga perto do seu armário, foi até ela rapidamente.

— Sei que precisamos conversar sobre o que você me disse ontem, mas eu realmente não tô a fim agora, Malia. Então, se me der licença. — Kira falou, olhando para a garota.

— Preciso te contar uma coisa. — Malia falou, interrompendo Kira. — Eu escutei o Scott e o Stiles conversando e o Scott falou que transou com o tal do Isaac. Eu não tenho certeza, mas acho que pode ter sido por isso, que ele terminou com você.

— O que? O Scott não faria isso. — Kira falou, não acreditando muito nas próprias palavras.

— Eu só te contei porque achei que você devia saber.

Ao avistar Scott e Stiles, um pouco distantes no corredor, Kira não ouviu mais nada. Ela se dirigiu rapidamente até os dois garotos, sem perceber que esbarrou por algumas pessoas, no caminho.

— Você me traiu com o Isaac? — A garota questionou, ao se aproximar do ex-namorado.

Scott arregalou os olhos e olhou em volta, vendo que algumas pessoas ainda estavam no corredor. Ele travou e não conseguiu falar nada.

— Kira, aqui não é lugar pra isso. — Stiles interveio.

— Fica fora disso, Stiles. — A garota falou, olhando para Stilinski e em seguida, voltou a encarar Scott. — E então?

— Eu não sei como você ficou sabendo, mas eu não te traí. — Scott falou baixo. — O que aconteceu, foi depois que eu terminei com você.

— Como você pôde, Scott? — Kira indagou alto. — Você me usou só como disfarce pra o seu armário?

— Kira, você está sendo injusta. — Scott falou, olhando envergonhado para as pessoas que passavam. — Eu nunca te usei. Eu senti alguma coisa por você no início. Mas infelizmente não foi o bastante. Sinto muito ter te magoado.

— Sente mesmo? Porque parece que o Isaac te consolou bastante, não é? — A garota alterou a voz.

— Kira, por favor. — Scott pediu.

A nipo-americana olhou em volta e viu que alguns estudantes os encaravam.

— O que estão olhando? — Ela perguntou, dando as costas a Scott e já se afastando dele.

— Cara, você tá bem? — Stiles perguntou para o amigo, porém, McCall não respondeu. Ele queria fugir o mais rápido possível, dos olhares das pessoas. — Scott? — O garoto correu sem rumo, ignorando os chamados do amigo. — Acabou o show, pessoal. Já podem voltar para os seus afazeres. — Stiles falou, um pouco irritado, fazendo com que os estudantes seguissem seus caminhos. E o filho do xerife também seguiu o seu, ainda preocupado com Scott.

***

Isaac estava na aula de física, era sua última do dia. Ele olhava atentamente para o professor, tentando entender a matéria. E quando o sinal tocou, o garoto se levantou animado, juntou suas coisas e saiu da sala, com seus colegas. No corredor, Lahey avistou Boyd e Erica, andando de mãos dadas, um pouco a frente dele, e correu até o casal.

— E aí? Pronto pra o treino de hoje? — O loiro perguntou, se colocando ao lado do amigo. — Agora que ganhamos o primeiro jogo, o treinador vai pegar pesado com a gente.

— Com certeza. Ainda mais com o Scott. — Boyd falou. — Por falar no Scott, tá tudo bem com ele?

— Por que não estaria? — Isaac perguntou, com a testa franzida.

— Você não soube? — Erica indagou. — Tão dizendo que ele e a Kira tiveram uma DR no meio do corredor, mais cedo.

— O que? E vocês sabem o porquê? — Isaac indagou, querendo saber se o nome dele estava envolvido.

— Não. — Boyd respondeu.

Erica se despediu deles e os garotos foram para o vestiário. Ao chegarem lá, Isaac procurou por Scott, mas o moreno ainda não tinha chegado. Enquanto vestia uniforme, Lahey sentiu os olhares de seu colega de time, Tucker Cornish, sobre si. Ele estranhou, já que Tucker sempre se mostrou muito aberto em relação a ele e Danny, e também, não dava indícios de que sentia atração pelo mesmo sexo.

— Me paquerando, Tucker?

— Só se for nos seus sonhos, Lahey. Eu gosto de garotas.

Tucker e os outros garotos do time terminaram de se vestir e seguiram para o campo, deixando Isaac sozinho. Ele estava terminando de vestir a camisa, quando Stiles entrou no vestiário, para trocar de roupa.

— Ei, Isaac, já falou com o Scott? — Stiles falou, tirando a camisa. Ele guardou no armário, tirou os sapatos e depois a calça os guardando junto da camisa. Depois, pegou seu uniforme e começou a vesti-lo.

— Não. Eu não o vejo desde a primeira aula. — Isaac respondeu. — Tem algum problema? Eu fiquei sabendo que ele e a Kira discutiram.

— Acho melhor você conversar com ele. — Stiles falou, terminando de vestir a camisa do uniforme. Em seguida, ele pegou seu taco e saiu do vestiário.

Isaac estava preocupado com Scott. Ele pegou seu celular no bolso da calça e mandou uma mensagem pra o moreno, perguntando se estava tudo bem. Depois de esperar alguns minutos pela resposta, que não veio, guardou o celular no armário, o fechou, pegou o seu taco e seu capacete e saiu do vestiário. Ao chegar na porta, ele esbarrou com Scott.

— Cara, onde você tava? Tá tudo bem com você?

— Tá tudo bem, Isaac. — Scott falou, tentando passar pelo amigo. — Tenho que me vestir, senão vou me atrasar.

— Scott? — Isaac insistiu, não acreditando no amigo.

— Olha, o que eu quero nesse momento é focar no treino, tá legal? Então por favor, não vamos falar sobre isso agora.

Isaac assentiu, deixando Scott entrar no vestiário, e foi para o campo. McCall trocou de roupa rapidamente e logo já estava no campo escutando o discurso do treinador, antes do treino. Enquanto Finstock falava, Scott notou que Tucker Cornish olhava para ele e cochichava alguma coisa para o garoto ao seu lado. Aquilo o deixou tenso, o fato de as pessoas comentarem sobre ele e Isaac o assustava. Porém, Scott pensou que fosse apenas paranoia sua. Ele parou de prestar atenção em Tucker, olhou discretamente para Isaac e o viu ao lado de Boyd. E então, passou a se concentrou no que o treinador falava.

— Nós vencemos Devonford ontem, mas isso não quer dizer que vamos pegar leve nos treinos. Nosso próximo jogo será na quinta e eu espero que vocês se saiam melhor do que ontem, ouviram?

— Sim, treinador! — Os jogadores falam, num coro.

O treinador soou o apito e os jogadores se espalharam pelo campo para treinar. Primeiro, eles formaram uma fila e cada um deles lançou a bola para o gol, que Danny defendia. Depois, Finstock falou para Scott e Boyd formarem dois times para simularem um jogo. Scott escolheu Isaac primeiro, pois, sabia que Boyd o escolheria. Matt e Tucker ficaram no time do garoto negro e Stiles no de McCall. Enquanto eles jogavam, Scott começou a ficar irritado com uma coisa: sempre que ele passava a bola para Isaac, Tucker cochichava alguma coisa com outro jogador. O garoto passou o resto do treino tentando não pensar naquilo.

Após o treino, os rapazes foram tomar seu merecido banho. Scott estava passando desodorante, quando ouviu algumas risadas. Ele olhou na direção delas e viu Tucker, junto de dois de seus companheiros de time. Cornish olhou para McCall e cochichou alguma coisa para os dois colegas. Scott se deu conta de que não era coisa da sua cabeça, Tucker tinha passado todo o treino fazendo comentários sobre ele, com outros jogadores. O moreno guardou o desodorante no armário, vestiu sua camisa e se aproximou do colega.

— Algum problema, Cornish? — Scott questionou.

— Na verdade, tem sim, McCall. Queremos saber se você vai mostrar favoritismo em relação ao Lahey, já que agora vocês tão se pegando.

Naquele momento, uma fúria irracional se apossou de Scott. Ele agarrou Tucker, pela camisa, e o empurrou nos armários.

— Cara, ficou maluco? — Um dos amigos de Tucker perguntou, assustado.

— Ei, eu não quis ofender você. — Tucker falou, erguendo os braços. — Não tem problema nenhum se você é gay.

Scott empurrou Tucker nos armários mais uma vez e o largou em seguida. O garoto se desequilibrou e caiu no chão.

— Eu não sou gay!

— Tá, cara. Desculpa. — Tucker falou se levantando, com a ajuda de seus amigos.

Scott pegou sua mochila e saiu do vestiário o mais rápido possível. Ele foi até o seu armário, onde pegou o capacete. E em seguida, saiu da escola, se dirigiu até o estacionamento, subiu na moto, colocou o capacete, deu a partida e foi embora. Quando chegou em casa, subiu para o seu quarto e largou a mochila no chão, com o capacete em cima. Ele tirou a camisa de Isaac, cuja o cheiro do amigo estava impregnado, a jogou no chão e se deitou na sua cama.

***

— Valeu a carona. — Isaac falou, olhando pra Matt.

Após o treino, Boyd ofereceu carona para Isaac, quando eles souberam que Scott já tinha ido embora. No entanto, o loiro recusou, alegando que ele e Matt iam se encontrar para fechar a apresentação do trabalho deles e que depois, Daehler daria carona pra ele. Os dois passaram o resto da tarde na casa de Matt ensaiando. E quando já estava ficando tarde, Isaac pediu para ir embora.

— O que tá rolando com o McCall? — Matt perguntou. Ele não estava realmente interessado no que se passava com Scott, estava apenas adiando a ida de Isaac.

— O relacionamento com a ex dele, pressão para a faculdade. Essas coisas normais.

— Vocês ficaram? — Matt perguntou. — Eu reparei que você trocou de camisa com ele. — Isaac não falou nada, apenas encarou pra o amigo, pedindo com o olhar, para que ele mantivesse segredo. — Fica tranquilo que eu não vou contar pra ninguém. Mas só pra você saber, se eu tivesse a chance de ficar com você, eu não esconderia de ninguém.

— É complicado, Matt. O Scott tá passando pela fase que todos nós passamos. Pra alguns é mais fácil do que pra outros.

— Você gosta dele, não é?

Isaac não respondeu. Eles ficaram em silêncio por um tempo, até que o loiro se despediu e saiu do carro. Lahey entrou em casa e subiu para o andar de cima. Ao passar pelo quarto de Scott, viu o moreno deitado em sua cama, então, decidiu entrar no cômodo.

— Scott, os garotos do time disseram que você atacou o Tucker sem motivo. Qual é o problema?

— Me deixa em paz, Isaac. — Scott falou, virando-se para ficar de costas para o amigo.

— Eu tô aqui, Scott. Pode conversar comigo.

— Você tá aqui? — Scott falou, sentando na cama, alterando um pouco a voz. — É exatamente por você estar aqui que essas coisas estão acontecendo. — Ele ficou de pé e encarou Isaac. — Você mudou tudo com aquele beijo. Por que você tinha que me beijar? Tava tudo bem, tudo normal. Mas aí você me beijou e agora eu tô confuso. Só que eu não sou assim, Isaac. Eu não sou viado, que fica se agarrando com o primeiro cara que encontra, eu não sou como você. Eu sou homem. Tudo que aconteceu entre a gente foi um erro. Então por favor, me dá um tempo. Porra! — O garoto se arrependeu de suas palavras, quando viu o olhar de decepção de Isaac. Ele tentou se aproximar do loiro, no entanto, Lahey recuou. — Isaac, me desculpa eu não quis te chamar disso.

— Eu te beijei uma vez. — Isaac falou baixo, claramente triste com Scott. — E depois disso nunca tentei nada com você. Foi você, que veio atrás de mim. Todas as vezes que nos beijamos depois, e quando transamos, foi você. Você que iniciou. Se você não queria, era sua obrigação ter parado. Porque eu queria, queria muito, Scott. E não tenho vergonha de admitir isso. — Isaac deu as costas para o outro, mas voltou a encará-lo. — Quer saber, Scott? Você realmente não é como eu. Porque eu não uso meus amigos pra sanar minhas frustrações sexuais. E eu com certeza não reprimo a minha sexualidade e não fico por aí, agredindo as pessoas por não saber como lidar com minha sexualidade confusa. E eu não tenho vergonha de admitir, que eu gosto de foder com homens. E eu ser gay, não me torna menos homem que você.

— Isaac, por favor. — Scott falou, tentando tocar os braços do amigo.

— Não toca em mim. Não quero que você pense que eu estou tentando te beijar ou te seduzir. — O loiro falou, se afastando mais. — Eu estou feliz que você finalmente esteja conseguindo se expressar, Scott. E vou tornar as coisas fáceis pra você. Não vou ficar aqui pra te lembrar todo dia do erro que você cometeu. Então, você vai poder voltar pra sua vida heterossexual frágil, como se nada tivesse acontecido. — Isaac deu as costas para Scott e finalmente saiu do quarto.

Scott foi atrás do outro e segurou o braço dele para pará-lo. Lahey então, empurrou McCall na parede e olhou pra ele, por um segundo, com mágoa. Aquele olhar fez Scott se arrepender mais ainda de suas palavras. O loiro voltou a andar pra o seu quarto, porém, mais uma vez o outro agarrou seu braço. E não conseguindo controlar seus sentimentos, se virou para o amigo, dando um soco no seu olho esquerdo, fazendo com que o moreno soltasse seu braço. Lahey olhou para o outro, que estava com a mão no rosto, onde tinha recebido o soco, surpreso com o que tinha feito. Ele encarou sua mão dolorida, mas logo, correu para o seu quarto e trancou a porta. Isaac jogou sua mochila na cama, foi até o guarda-roupa, o abriu, pegou a maioria de suas camisas e colocou no colchão.

No corredor, Scott ainda estava parado, também surpreso com o soco que recebera de Isaac. Mas o moreno achava que merecia mesmo. Ele acabou magoando a pessoa mais importante na sua vida, depois de sua mãe, com suas palavras. Agora não tinha mais volta, nem todos os pedidos de perdão do mundo iriam fazer as coisas voltarem ao normal, era o que pensava. Sua amizade com Isaac estava perdida pra sempre e a culpa era toda sua. Scott voltou ao seu quarto e num ato impulsivo e desesperado, serrou o punho e socou a parede muito forte. Ele gemeu de dor, porém, achava que a merecia.

— Idiota! Seu escroto de merda! — O garoto continuou batendo sua mão na parede, até que ela começasse a sangrar.

— Já chega! — Melissa falou, na porta do quarto. — O que está acontecendo nessa casa?

Scott olhou para sua mãe, ainda com o punho colado na parede suja de sangue, e fez o que há muito não fazia. Ele começou a soluçar, sem se importar o quão ridículo poderia parecer. Melissa se aproximou do filho, pegou sua mão machucada, o puxou para se sentar na cama e sentou ao lado dele. A mulher pediu para que Scott abrisse a mão e ele fez, com um pouco de dificuldade, gemendo e com um semblante de dor.

— Mãe...

— Não está quebrada. — Melissa disse. — Espera aqui, preciso limpar isso e fazer um curativo.

Melissa saiu do quarto e foi até o banheiro, onde pegou a toalha de rosto. No armário, ela pegou um vidro de antisséptico, algodão, gaze e esparadrapo. Quando voltou ao corredor, avistou Isaac descendo as escadas apressadamente, com a mochila nas costas, e estranhou aquilo. A mulher seguiu o garoto.

— Isaac? — Melissa o chamou, quando o loiro abriu a porta. Ele se virou pra ela, mas manteve os olhos no chão. — Pra onde você está indo?

— Me desculpa, Melissa, mas eu não posso mais ficar aqui. — Ele respondeu, com a voz vacilante.

— O que aconteceu? Você e o Scott, brigaram? — Melissa falou, se aproximando. — Isaac, não pode fugir dos seus problemas, vocês dois têm que conversar e se resolver.

— Não dá, não agora. — Isaac falou. — O Scott me magoou muito. Eu não quero te colocar contra o seu filho. Então, é melhor que eu vá embora.

— E pra onde você vai? — Melissa indagou, preocupada.

— Eu não sei, só preciso sair daqui. Eu te agradeço por tudo que você fez por mim, mas nunca vou conseguir retribuir. — Isaac falou, passando pela porta. Naquele momento, uma chuva forte começou a cair, fazendo o garoto hesitar por um segundo. Entretanto, não podia voltar atrás. Ele saiu de casa, entrando na chuva. Após alguns passos, se virou para a mulher novamente e disse. — Eu te amo, Melissa. — E voltou a seguir, para o seu caminho incerto.


Notas Finais


Então pessoas lindas, não me matem e nem matem o Scott, senão não tem mais história. Brincadeiras a parte, agora vamos falar sério. Eu sei que eu já disse que Scisaac ta perto de acontecer e que esse capítulo faz parecer o contrário. Mas acreditem quando eu digo que está perto sim. Infelizmente muitas pessoas acabam agindo como o Scott agiu quando tentam negar o que realmente são. E pela forma que Scott vem agindo desde que ele e Isaac ficaram, isso ia acabar acontecendo cedo ou tarde. Então eu achei melhor que acontecesse antes de Scott e Isaac assumirem qualquer compromisso um com o outro, porque senão os dois acabariam bem mais magoados. E agora que ele "perdeu" o amigo por ter sido tão estupido, ele vai entrar de vez no caminho da auto aceitação dele e vai correr atrás e fazer de tudo pra conseguir o perdão de Isaac.
Por enquanto é isso. Eu espero que tenham gostado do capítulo apesar de tudo. Como eu postei esse bem antes do que deveria, o próximo vai demorar um pouquinho mais pra sair.


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