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História Secret Desires - Scisaac's Secret Chronicles Volume 1 - Pelo menos alguém aqui tá feliz que eu voltei


Escrita por: XManoelVieira

Notas do Autor


A partir desse capítulo alguns flashbacks aparecerão no decorrer da história. Sempre que isso acontecer eles estarão em itálico. Eu espero que gostem.

Capítulo 2 - Pelo menos alguém aqui tá feliz que eu voltei


Isaac estava deitado na cama do quarto de hóspedes, ou melhor dizendo, seu quarto, na residência dos McCall, olhando para o teto branco. Seus olhos inchados, acompanhados por grandes olheiras, mostravam que o garoto não vinha dormindo muito bem nos últimos dias e que chorara muito. Ele pensava nos acontecimentos da última semana, principalmente na morte de Allison, ainda muito abalado, pois, se sentia culpado pelo ocorrido e desde então, estava evitando Scott. E de qualquer forma, McCall já estava lidando com o luto isoladamente trancado em seu quarto. A amizade dos dois já estava um pouco conturbada, desde que o moreno tinha descoberto que Isaac e Allison estavam saindo juntos, como amigos, apesar de Scott pensar outra coisa.

O loiro pensava também na proposta que Chris Argent, o pai de Allison, o fizera no dia anterior. O garoto tinha ido visitá-lo e foi praticamente expulso do apartamento pelo mais velho, com o argumento de que não precisava que se preocupassem com ele, já que estava bem. Porém, Isaac confessou que ele próprio não estava nada bem e que se sentia muito perdido. Foi quando Chris disse que iria passar um tempo na França e chamou o garoto para acompanhá-lo.

A princípio, Lahey estranhou a proposta, já que não o conhecia muito bem. No entanto, achou que talvez fosse uma boa ideia mudar de ares. Depois de tanto pensar, Isaac levantou-se, pegou sua mochila, jogada no chão e a colocou na cama. Em seguida, foi até o closet, pegou suas poucas roupas guardadas e as espalhou no colchão. Ele estava jogando as camisas e calças de qualquer jeito dentro da mochila, quando Scott bateu na porta do quarto e sem esperar por alguma resposta, a abriu e entrou. Seu estado era semelhante ao de Isaac, andara chorando e não dormia direito, mas diferente do loiro, Scott tinha pesadelos com a morte de Allison, pois, presenciara o fato.

— Isaac, podemos conversar? — Scott perguntou, mas ao ver o que o outro fazia, o olhou com o cenho franzido. — O que está fazendo?

Isaac parou de guardar as roupas na mochila e olhou rápido para Scott, entretanto, logo voltou ao que fazia. Ele cogitava muito conversar com o amigo, no entanto, não queria ouvir o outro o acusando pela morte de Allison.

— Eu vou embora. — Isaac respondeu, sem olhar para Scott.

— O que? Mas pra onde? — O moreno questionou, confuso.

— O Senhor Argent me chamou pra ir pra França com ele, e eu aceitei. — Lahey respondeu.

— Como assim? — Scott perguntou, ainda mais confuso. — Isaac, você não pode ir pra França.

Mais uma vez, Isaac deixou suas roupas de lado e voltou a olhar para o amigo.

— É melhor assim, Scott.

— Melhor pra quem? — McCall indagou, triste.

— Melhor pra todos nós. — O loiro disse por fim.

Isaac terminou de guardar as últimas peças de roupa na sua mochila, fechou o zíper e colocou a mochila nas costas. Ele andou até a porta do quarto, mas Scott se colocou na sua frente.

— Isaac, não vai. Por favor, fica. Vamos conversar. — O moreno praticamente implorou.

— Eu preciso, Scott. — Lahey falou, com os olhos marejados.

Scott saiu da frente de Isaac. Ele pôde notar que o seu amigo também estava sofrendo e precisava de um tempo, então, decidiu deixá-lo fazer o que era melhor pra ele naquele momento. Isaac passou por Scott e quando saiu do quarto, se virou para o moreno e deu uma última olhada nele, antes de ir embora sem nem se despedir, tanto de seu amigo, quanto de Melissa.

***

A lembrança do dia em que foi embora para a França veio à mente de Isaac. O garoto ainda estava parado na cozinha, olhando para a porta, esperando que Scott fosse voltar, mas o barulho da porta da sala batendo o dizia que o moreno não voltaria tão cedo. Ele soltou um suspiro pesado. Tinha imaginado várias vezes como seria o reencontro deles, imaginou Scott o chamando de assassino e o socando, mas nenhum dos reencontros imaginários chegou perto. Ouvir de Scott que queria que ele fosse embora da casa dele o quebrara, mas ele merecia, certo?

Isaac juntou os cacos do prato quebrado na pia, os colocou num saco de lixo pequeno e o deixou em cima da mesa. Depois, foi até a sala, pegou sua mala e subiu com ela para o quarto que costumava dormir, quando morava lá. O cômodo não estava tão diferente, o closet continuava no mesmo lugar, assim como a cama, só que ao contrário de antes, ela estava desforrada. Enquanto morou lá, Isaac não fez muita questão de decorar o quarto, por mais que Melissa e Scott dissessem que poderia ficar até terminar o colégio, ele sentia que não pertencia àquele lugar. E agora que Scott não o queria ali a sensação era muito maior. Quando Melissa voltasse, o garoto conversaria com ela e diria que não poderia ficar ali, porém, ele não fugiria de novo, faria as coisas da maneira correta.

Isaac deixou a mala na cama descoberta e voltou para andar de baixo. Foi até a cozinha, pegou o saco de lixo com o prato quebrado e saiu da casa, trancando-a com a chave extra, que ele sabia que Melissa e Scott guardavam embaixo do tapete na entrada. Colocou o saco num dos baldes prateados de lixo, que tinham na rua e decidiu andar pela cidade, lembrando-se dos dias que morava lá.

Enquanto passava por casas conhecidas, o garoto pegou seu celular e o desbloqueou. Ele colocou na lista de contatos, procurou pelo nome Chris Argent e ligou pra ele. À medida que o celular chamava, Isaac constatou que já deveria ser quase umas onze da noite em Paris, mas, como Chris costumava dormir mais tarde que isso, continuou a chamada.

— Alô? — O homem falou, do outro lado da linha, depois de alguns segundos.

— Oi! Sou eu. — Isaac falou. — Só liguei pra dizer que cheguei bem.

— Que bom, garoto. — Chris falou. — Vai ficar com os McCall?

— Sim. — Isaac soltou um suspiro um pouco cansado e o homem não deixou de notar.

— Algum problema? — Chris indagou, realmente preocupado.

— Não é nada. Só o Scott que tá chateado comigo, mas logo a gente se resolve.

— Tenho certeza que sim, é só conversar com ele. — Argent incentivou. — O Scott é um bom garoto e não é de guardar mágoas. — A ligação ficou em silêncio por alguns segundos, até que o homem disse. — Já tá ficando tarde aqui. Tenho que ir dormir. Se cuida, garoto.

— Você também. — Isaac falou. — Tchau!

O garoto desligou a ligação. Ele sentiria falta do homem que por sete meses tinha sido, mesmo que de uma maneira meio estranha e completamente não convencional, uma figura paterna pra si. Mas, Isaac tinha seus motivos pra ter ido embora da França. Lahey andou por mais alguns minutos até que chegou a uma casa familiar.

***

Scott pilotava sua moto sem rumo, um pouco transtornado. Quando deixou Isaac ir embora sete meses antes, ele esperava que o loiro fosse voltar logo, mas depois de dois meses sem receber nenhuma notícia sequer, perdeu a esperança e aceitou que nunca mais veria o outro garoto, que até então era seu melhor amigo. Depois de passar algum tempo sem prestar atenção aonde ia, Scott percebeu que estava no meio da floresta e que não dava mais pra seguir de moto. Ele freou e desceu da moto, sem nem se preocupar em arriar o descanso, o que fez com que o automóvel tombasse no chão, e então, caminhou com passos fortes, por entre as árvores.

Scott pensou em Allison. Ele sabia que a sua ex-namorada e Isaac tiveram um lance depois que ela terminou com ele e o moreno tinha certeza que esse foi o motivo principal de o amigo ter partido. Eles tiveram alguns desentendimentos em relação à garota, mas nunca chegaram a ter uma briga séria de fato. Depois de passar vinte minutos andando, o garoto chegou a uma parte da floresta onde as árvores pareciam fazer um círculo em volta de um tronco cortado. Chamavam aquele tronco de Nemeton e diziam que ele tinha poderes, porém, era só uma lenda local. Scott parou para descansar e quando notou onde estava, ficou mais irritado ainda. Era o lugar em que conheceu Isaac. A lembrança daquele dia veio à tona.

Nove anos antes, Scott e seu amigo Stiles Stilinski, em suas versões de nove anos, corriam pela floresta brincando de pega-pega. McCall corria atrás do filho do xerife da cidade, tentando pegá-lo, mas depois de várias tentativas falhas, o garotinho de queixo torto se cansou. Ele parou de correr e apoiou as mãos nos joelhos, respirando com dificuldade. Scott pegou sua bombinha de asma no bolso do casaco que estava usando, a inalou e foi se sentar no tronco de árvore cortado que tinha ali.

— Espera. — Ele disse, ainda recuperando o fôlego. — Asmáticos não deviam brincar de pega-pega.

Stiles, que estava um pouco distante do amigo, correu para o seu lado.

— Você tá bem? — Stilinski perguntou. — Não precisa ir pra o hospital, precisa? Da última vez eu fiquei bem assustado.

Dias atrás, Scott tivera uma crise de asma tão forte, que precisou ser hospitalizado. Ele e Stiles estavam juntos e o garoto hiperativo achou mesmo que seu melhor amigo fosse morrer, no entanto, McCall só ficou no hospital por algumas horas, antes de ser liberado.

— Não, eu tô bem. — Scott respondeu. — Só preciso descansar.

— Que bom! Porque se você morresse a sua mãe me mataria, não, o meu pai me mataria. — Stiles falou, com uma careta. — Ele disse que não podíamos vir para a floresta.

— Stiles, eu não vou morrer. — Scott revirou os olhos.

Stiles abriu a boca para falar mais alguma coisa, no entanto, um barulho foi ouvido pelos dois. Scott levantou e olhou ao redor da floresta, sendo imitado pelo amigo.

— O que foi isso? — O garoto de queixo torto indagou, sussurrando.

— Fica aqui descansando, vou ver o que é. — Stilinski falou, no mesmo tom.

— Stiles, não. E se for um lobo?

— Scott, não existem lobos em Beacon Hills.

E dito isso, Stiles andou floresta adentro até que Scott não pudesse mais vê-lo. O barulho de passos ficou mais alto e McCall começou a ficar realmente assustado. Ele começou a imaginar todas as maneiras possíveis, para a sua mente de nove anos, que um animal selvagem pudesse matá-lo e todas elas envolviam muito sangue.

— Stiles? — Ele chamou, mas não obteve resposta. — Stiles? — A única resposta que Scott teve foi mais barulhos de passos e de galhos quebrando. Ele já ia começar a correr atrás de Stiles quando viu um garoto, um pouco mais alto que ele, correndo entre as árvores. O garoto tropeçou numa raiz e caiu no chão. Rapidamente, Scott correu até ele. — Você tá bem?

Quando o garoto levantou seu rosto, Scott viu um hematoma em volta de seu olho esquerdo. Primeiramente pensou que foi causado pela queda, mas ele logo se deu conta de que o machucado já estava lá há algum tempo.

— Eu acho que ralei o joelho. — O garoto respondeu, pressionando o local.

Scott se abaixou para examinar o joelho do outro e viu que sangrava um pouco.

— É, tá só um pouquinho ralado. Mas nada de mais. Minha mãe é enfermeira e se fosse algo sério, eu saberia. — Scott falou, tentando impressionar o outro. — Consegue andar? — O garoto assentiu e tentou se levantar, porém, quase foi ao chão de novo se Scott não o tivesse feito se apoiar em si. — Vem, vamos sentar no Nemeton. Quem sabe ele não te cura? — McCall levou o outro garoto para o tronco e quando se sentaram, perguntou. — Qual o seu nome?

— Isaac. — O outro respondeu, olhando para o joelho.

— Isaac, eu sou Scott. — McCall falou, estendendo mão. 

— Prazer, Scott. — Isaac falou, apertando a mão de Scott.

— O que foi isso no seu rosto Isaac? Não foi da queda.

Isaac hesitou. Não queria que Scott e nem ninguém soubesse o que tinha acontecido.

— Eu... eu bati na... na porta se-sem querer. — O pequeno Lahey gaguejou.

Scott abriu a boca para falar alguma coisa, mas fora interrompido por Stiles, que tinha voltado da sua procura por nada.

— Eu não achei nada. — Disse ele.

Um som de música tirou Scott de seus devaneios e ele demorou alguns segundos pra perceber que o som vinha de dentro do bolso da sua calça. Ele pegou seu celular e viu o nome Alan Deaton no visor. O rapaz também reparou que tinha mais duas chamadas não atendidas. Naquele momento, soube que estava um pouco encrencado. Depois de alguns segundos, finalmente atendeu.

— Scott, tá atrasado, onde você tá? — O chefe de McCall disse, do outro lado da linha.

— Deaton, eu já tô indo.

Scott desligou o telefone e voltou até onde deixou sua moto largada. Ele a levantou, montou nela, deu a partida e seguiu para a clínica veterinária, onde trabalhava, em alta velocidade. McCall chegou ao seu destino em quinze minutos.

***

Isaac bateu sem parar na porta da casa.

— Já vai! — Ele escutou uma voz gritar. O loiro sorriu e continuou a bater, mais forte. — Já vai, porra! — A voz voltou a gritar, só que dessa vez com raiva e mais perto. — Aí, quer que eu bata assim na sua cara, otário? — O garoto alto, mais que Isaac, musculoso e com a pele negra, disse quando abriu a porta, mas ao ver de quem se tratava, a sua expressão facial mudou de irritada, para surpresa e animada. — Lahey!

O garoto negro abraçou o loiro com força sendo correspondido por ele.

— Oi, Boyd.

Após romperem o abraço, o dono da casa convidou o outro pra dentro e quando eles entraram foram para o quarto de Boyd.

— Cara, por que não me ligou? Eu ia te pegar no aeroporto. — Boyd o repreendeu, ao entrar no quarto.

— Eu peguei um táxi, queria passar na casa do Scott. — Isaac disse, sentando-se na cama.

— Scott, hein? — Boyd disse, com um sorriso malicioso no rosto.

— Boyd, não. — Isaac falou, fazendo um sinal negativo com a cabeça.

— Tá bom, tá bom. — O outro garoto falou, erguendo os braços, como sinal de rendição — Tem que me contar tudo. Como foi na França? Como são as garotas? — Boyd lançou um olhar de cumplicidade e disse. — Como são os garotos?

— Você não quer saber como são os garotos. — Isaac falou, revirando os olhos.

— É, você tem razão.

Boyd tinha sido o único com quem Isaac manteve contato durante todo o tempo que esteve na França. Ele era a única pessoa que sabia o real motivo de o loiro ter ido embora. E Boyd também foi o único com quem Lahey compartilhou sua sexualidade e também por quem era interessado. Demorou um pouco para contar, por ter medo de como o outro iria reagir. Isaac tinha receio de que Boyd fosse parar de falar com ele e o loiro não queria adicionar mais um motivo pra isso além da distância. Mas, quando finalmente contou por vídeo chamada, o amigo lhe deu total apoio porque entendia bem o preconceito e lhe disse que eles encarariam o mundo, juntos, pois, suas lutas eram parecidas.

— E você já falou com o Scott? — Boyd perguntou, depois de um tempo de silêncio.

— Já — Isaac respondeu, após um longo suspiro.

— Não foi muito bem, né?

Isaac abaixou a cabeça e notou um machucado na sua mão, que não tinha reparado antes. Provavelmente causado quando foi pegar o prato quebrado na pia da cozinha dos McCall. Era um corte pequeno, mas, que simbolizava a sua situação atual com Scott, os dois estavam machucados e sua relação cortada.

— Não. — Isaac respondeu, tristemente. — Pelo menos alguém aqui tá feliz que eu voltei.

***

— Aí, Deaton. Foi mal. — Scott disse, ao entrar na clínica. — Aconteceram umas coisas e eu me distraí um pouco. Não vai acontecer novamente.

— Tudo bem, Scott. Só porque você é um bom funcionário não vou reclamar hoje, mas, espero que isso não se torne constante. — O homem negro falou, enquanto aplicava uma injeção em um gato preto.

O dia não foi muito produtivo pra Scott, que estava completamente distraído. E aquilo não passou despercebido por seu chefe. Após cuidar do gato, Deaton teve que examinar dois cachorros e mais outro gato e sempre que pedia para o seu auxiliar fazer alguma coisa, ou ele tinha que repetir, pois, Scott não ouviu, ou o garoto pegava algo completamente diferente do que foi solicitado. Depois de pouco mais de uma hora, eles escutaram o sino da porta tocando e em seguida, Stiles apareceu segurando um cachorro pequeno, da raça Spaniel anão continental, com pelos brancos e marrons na face.

— Stiles, o que tá fazendo aqui? — Scott perguntou.

— A Lydia me pediu pra trazer a Prada, pra o Deaton examinar e ver por que ela tá vomitando. Eu te disse, não lembra? — O rapaz respondeu.

— Ah! Foi. — Scott falou.

Deaton pegou a cadela e a levou para a mesa para examiná-la.

— Você tá liberado por hoje, Scott. — O dono da clínica falou.

— Mas... — O garoto tentou argumentar.

— Você está muito distraído. — Deaton o interrompeu. — É melhor você ir pra casa descansar.

Sem contestar, Scott saiu da clínica sendo seguido por Stiles.

— Aí, Scott? — Stilinski o chamou, quando ele já tinha montado na moto. — Você tá bem?

— Tô sim. — Scott respondeu, porém, Stiles não acreditou naquilo.

— O Deaton disse que você tá distraído. — O filho do xerife insistiu. — Aconteceu alguma coisa? Você e a Kira brigaram, ou o que?

Stiles sabia que estava sendo meio inconveniente, porém, se preocupava com seu melhor amigo.

— Não foi nada disso. — Scott respondeu.

— E foi o que então?

— O Isaac voltou. — Scott falou, melancólico.

— O Isaac? Isaac Lahey? Aquele Isaac?

— É, aquele Isaac. — Scott suspirou.

Stiles não deixou de notar a forma que Scott pronunciou o nome de Isaac. Ele sabia o quanto o amigo tinha ficado magoado com a partida do outro.

— Você tá bem? — Ele perguntou mais uma vez.

— Eu não sei. — Scott confessou. — Eu... eu disse que queria que ele fosse embora, mas aparentemente a minha mãe o convidou a ficar ficar na nossa casa.

— Cara, que situação, hein?

— Nem me fale. — Scott disse, com o pensamento longe. — Bom, vai lá ver o que a Prada tem.

McCall ligou a moto.

— Você vai ficar bem?

— Cara, eu vou ficar sim. Não se preocupe.

Scott começou a pilotar, deixando Stiles pra trás. Ele pensou em ir até o hospital confrontar a sua mãe, perguntar o porquê de ela ter chamado Isaac pra morar com eles novamente. Mas pensou que não seria legal de sua parte fazer uma cena no ambiente de trabalho dela. Além disso, o garoto não seria hipócrita, a ponto de não admitir pra si mesmo que ainda se importava com Isaac e que por mais que tenha falado para o outro que fosse embora da sua casa, sabia que não podia deixá-lo desamparado. Não podia deixar Lahey morar sozinho na casa do pai dele. Scott sabia que aquela casa trazia péssimas lembranças para Isaac e ele não ia lá há anos. Não era tão egoísta assim. Depois de tanto refletir, o garoto decidiu seguir para sua casa. Ele não abandonaria Isaac, em respeito a amizade que eles tinham. Entretanto, a relação deles não seria mais a mesma.


Notas Finais


Podemos ver um pouco da amizade de Scott e Isaac, um pouco diferente da série ne? Eu vou mostrar mais um pouco da amizade deles antes do Isaac ir pra França. Por enquanto é só isso pessoal, espero que tenham gostado. Se gostaram comentem o que acharam e deixem um autor feliz. Até o próximo capítulo.


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