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História Secret Life (HIATUS) - 02. Opportunity


Escrita por: ballantines

Notas do Autor


Olá amores, voltei <3
Espero que gostem deste capítulo, vou dar um pequeno spoiler, o Justin finalmente aparece haha.

Boa leitura!

Capítulo 3 - 02. Opportunity


Fanfic / Fanfiction Secret Life (HIATUS) - 02. Opportunity

​O sol adentra a janela do meu quarto, anunciando que mais um dia havia começado. A noite passada foi bem movimentada para mim, não que eu me orgulhe disso, mas eu consegui bastante dinheiro para quitar a dívida na clínica, hoje mesmo vou até lá para pagar todo  prejuízo causado pelo meu pai. Vai ser um longo dia e eu apenas queria poder ficar deitada o dia todo, mas infelizmente eu não posso.

Depois de uma grande luta interna, eu me levanto da cama tentando deixar o desânimo de lado e entro no banheiro. Tiro meu pijama e o coloco no cesto de roupas sujas. Olho para o espelho e encaro o meu reflexo. Eu nem consigo mais me reconhecer, não sou mais a mesma garota. Tanta coisa mudou em tão pouco tempo, agora estou fazendo coisas que eu jamais pensei que faria ou seria capaz de fazer,  eu chego a sentir nojo de mim. Abaixo a cabeça e solto todo a ar que estava preso.

Entro no box, me posiciono debaixo do chuveiro, abro o registro e deixo com que a água me banhe por inteira. Terminado o banho, pego minha toalha e começo a me secar, saio sem muita pressa do banheiro e vou até meu armário. Visto uma lingerie simples na cor branca, uma calça jeans preta surrada, camiseta branca e meu tênis velho. Passo uma maquiagem leve, apenas a base, um pouco de pó compacto, blush rosinha para dar um ar de saudável e um gloss transparente nos lábios. Pego minha bolsa e saio do quarto.

Ao chegar no andar de baixo observo minha mãe sentada na banqueta da cozinha com alguns papéis em sua mão, ela estava tão concentrada que nem notou a minha presença.

​— Bom dia, mãe. — Disse dando um beijo estalado na sua bochecha. ​ — O que são todos esses papéis?

— Bom dia, querida, já preparei o seu café. — Ela comenta apontando para o prato de panquecas na bancada. — Não é nada importante, não se preocupe. Como foi a aula ontem? Não te vi chegando.

— Normal, as mesmas matérias chatas de sempre. — Me limitei apenas em dizer isso para encerrar o assunto, não me sinto bem falando da minha falsa faculdade para minha mãe. Me sento à frente do meu prato e começo a comer a minha panqueca que aparenta estar deliciosa.

— Filha, você pode pedir a Elizabeth para levar sua irmã para a escola hoje? — Ela questiona depois que termino de comer.

— Claro, eu peço assim que sair. — Olho para o relógio na parede e percebo que já deveria ter saído. — Tenho que ir, até mais tarde mãe.

Coloquei o meu prato na pia, me despedi dela pegando minha bolsa e saindo de casa fechando a porta atrás de mim. Andei até a casa da tia Eliza, ela é a melhor amiga da minha mãe. Elas se conheceram quando a tia Eliza se mudou para esse bairro, ela se mudou para a casa ao lado para ser exata, onde o meu velho amigo Chris morava.

Ela tem dois filhos, o Toby que tem a mesma idade de Madison, elas souberam que estavam grávidas quase na mesma época. Lembro da alegria das duas quando descobriram isso. Maddie e Toby estudam na mesma escola, e se dão muito bem, acredito que são melhores amigos, pois os dois vivem grudados. Tia Eliza tem uma filha, a implicante Sofia. Ela tem 19 anos, que ao contrário da minha irmã e Toby, nós duas nunca nos demos bem.

Sofia sempre se achou superior em tudo, no colégio ela era a querida por todos e pisava em qualquer um que se metesse no seu caminho, e isso incluiu a mim. Apesar de ser um ano mais velha que ela e a vantagem de nossas mães serem melhores amigas não me livrou de ser vítima das suas piadinhas idiotas. Eu nunca me importei com o que ela pensava de mim, eu apenas me importo com o que as pessoas que eu amo pensam.

— Olá tia Eliza, bom dia. — Disse chamando sua atenção, pois ela estava distraída cuidando do seu jardim.  — Será que poderia levar Madison a escola hoje? Minha mãe não pode levá-la hoje.

— Claro que sim, Toby ficará muito feliz com isso. Está tudo bem com sua mãe? — Ela questionou com um semblante de preocupação.

— Creio que sim, ela não me explicou o motivo, mas acredito não ser nada demais. — Ela sabia dos problemas enfrentados pela minha mãe e se preocupava muito com ela.

— Mais tarde vou passar em sua casa para conversar com ela. — Ela comentou com um doce sorriso nos lábios.

— Agradeço por isso, tenho que ir para o trabalho agora. Obrigada por levar minha irmã. — Agradeci a sua gentileza.

— Não precisa me agradecer. Tenha um bom trabalho, querida. — Sorri para a mulher em minha frente me despedindo e percorri o caminho até o ponto de ônibus para ir trabalhar.

Passei pela porta de entrada do banco, andei pelos corredores ao mesmo tempo que cumprimentava todos os funcionários que encontrava durante o meu pequeno trajeto. Parei de frente ao meu armário, peguei meu uniforme diário e fui até o vestiário para me trocar.

Já uniformizada, peguei minhas roupas e a minha bolsa às colocando no armário. Tranquei-o e coloquei a chave no bolso do meu avental. Fui para a sala dos funcionários para aguardar o gerente, que pretendia conversar com os todos hoje.

— Bom dia a todos... — Desejou o Sr. Carter, ele é o Gerente Executivo do banco, o que lhe dá o poder de mandar em todos. Ele comentou algumas coisas sobre o banco, mas minha mente vagou para longe e acabei nem prestando atenção no que ele informava. Ele designou a atividade de todos e as metas dos gerentes inferiores a ele. A medida que os funcionários foram recebendo suas atividades eles iam saindo da sala. Até que notei que só havia sobrado apenas a mim. Então tratei de prestar atenção em sua fala.  — Senhorita Lovato, poderia me acompanhar até a minha sala, preciso falar com você em particular.

— Claro. —  O acompanhei até sua sala meio receosa, imaginando o que de errado eu poderia ter feito. Eu não posso perder esse emprego. Espero que não seja nada de ruim, mas minha imaginação pensava nas piores coisas que poderiam acontecer e isso não estava me ajudando.

— Entre. — Ele disse me dando passagem para entrar na sua sala. — Sente-se, por favor.

— Eu fiz algo de errado Sr. Carter? — Aquela angústia de não saber do que se tratava estava me matando, eu tive que perguntar.

— Claro que não, pelo contrário. — Respirei mais aliviada e me sentei como ele havia pedido. — O motivo pelo qual te chamei aqui é que andei observando o seu trabalho. Você é muito jovem, tem garra e força de vontade, isso são grandes qualidades ao meu ver. Então gostaria de te fazer uma proposta, o que acha?

— Que tipo de proposta? — Murmurei curiosa.

— Bom... estamos precisando de uma nova gerente de vendas. Você é comunicativa, se dá bem com todos, até mesmo com nossos clientes, você é bastante carismática e isso cativa as pessoas. Apesar de você não ter nenhuma experiência nesse tipo de trabalho, é notório que você tem talento para isso. Conversei com meu supervisor e ele achou uma ótima ideia te dar essa oportunidade, porém você precisa conseguir entrar em uma faculdade de administração, você conseguindo esse feito, conseguira sua vaga na gerência, o que me diz? — Eu o encarei boquiaberta sem acreditar no que havia acabado de escutar.

— O meu Deus, Sr. Carter, eu nem sei como te agradecer por isso. Essa oportunidade veio em uma ótima hora, eu te agradeço muito por isso. — O respondo alegremente. — É claro, eu aceito sim. Vou hoje mesmo começar a procurar uma universidade.

— Ótimo, nós temos parcerias com algumas universidades, você pode conseguir alguma bolsa se estudar bastante. Você tem 6 meses para conseguir esse feito, estamos combinados? — Ele me encarou com um olhar questionador.

— Sim, não vou decepcionar o senhor. — Fiquei de pé e apertei sua mão. Ele me acompanhou até a porta e eu sai com um enorme sorriso em meu rosto.

O sorriso em meus lábios ia de orelha a orelha, é impossível explicar o quão feliz eu estou por ter essa oportunidade. Com esse trabalho na gerência eu poderia finalmente parar de trabalhar na boate. As mentiras finalmente vão acabar e eu não vou precisaria me vender para sustentar minha família. É bom demais para ser verdade, que alguém me belisque se isso for um sonho.

— Oi, você poderia me dar uma informação? — Um homem disse me tirando dos meus devaneios.

— Claro. — Olhei para o homem em minha frente e assim que pus meus olhos nele, eu paralisei. Ele tem os cabelos loiros platinados, confesso que esse tom de cabelo é para poucos, mas nele parece que completa o seu ar másculo. Os olhos intensos em tons de mel pareciam adentrar em minha alma de tão belos. O rosto foi cuidadosamente desenhado, eu poderia passar o dia inteiro admirando suas feições belíssimas e a sua forma física robusta, incrivelmente sexy e atraente. Eu estava admirada pela beleza do homem em minha frente. Mal notei que contraia meus lábios.

— Sabe onde fica a sala do Carter? — Ele questionou passando sua língua lentamente em seus lábios salientes enquanto encarava profundamente meus olhos.

— Fica... fica... hum... — As palavras simplesmente não conseguiam ser pronunciadas corretamente, a minha respiração estava descompensada e eu não conseguia parar de encarar seus lábios que pareciam precisar dos meus.

— Você está bem? — Ele tocou meu braço com sua mão, senti uma corrente elétrica me percorrer devido ao seu singelo toque. Levei o meu olhar de encontro a sua mãe, mas rapidamente voltei o meu olhar para ele.

— É... sim! Fica no final... no final do corredor. — Desviei o meu olhar do seu. O jeito que ele olha para mim me deixa desconfortável e perdida ao mesmo tempo.

— Obrigada... Qual seu nome? — Ele questionou com um maravilhoso sorriso em seus lábios.

— Demetria. — Eu quase não consigo dizer o meu nome corretamente, estou tão nervosa perto desse homem. — Quer dizer... é só Demi, senhor...

— Justin, apenas Justin. — O seu celular começa a tocar e sua feição mudou de serena para furiosa. Quem quer que seja a pessoa que está ligando para ele, não parece ser uma das suas favoritas — Eu preciso ir, adeus.

Ele se afastou depressa e o observei até ele entrar na sala do Sr. Carter. Esse encontro foi intenso. Agora finalmente consigo respirar normalmente. Não sei o que aconteceu comigo, aquele homem me deixou nervosa. Mas espero poder encontrá-lo outra vez.

 

[...]

 

Saio do banco após mais um dia intenso de trabalho, mal posso esperar para contar a grande oportunidade para minha mãe. Claro que vou ocultar a parte de entrar em uma faculdade pois ela acredita que eu já faço faculdade a um ano. Ela ficará tão feliz com essa notícia.

— Demi? — Um carro prateado parou em alta velocidade do meu lado me causando um grande susto, eu levei minha mão ao meu peito para tentar controlar minha respiração, mas ao perceber quem era a pessoa no carro, meu coração se acalma.

— Chris, você quer me matar? — Grito com ele depois de me recuperar do grande susto que levei.

— Desculpe, não foi minha intenção. — Ele fala rindo. — Para onde está indo? Eu te levo.

— Estou indo buscar minha irmã, mas não quero incomodar, não precisa.

— Eu faço questão de te levar até lá, vamos entre, não me faça descer do carro. — Ele me alertou e eu apenas concordei. Entrei no carro e coloquei o cinto de segurança.

Passo o endereço da escola de Madison e logo ele dá a partida em direção a escola. O caminho todo foi uma grande nostalgia, relembramos nossa infância e demos muitas risadas juntos. Estar ao lado dele me trás coisas do passado e eu me sinto bem de resgatar a antiga eu ao seu lado.

— Olá, Sra. Codes. — Disse para ela assim que chego no portão da escola da Maddie. Ela sorri gentilmente, mas encara o Chris que está ao meu lado com uma expressão engraçada.

— Oi, quem é esse rapaz? — Ela pergunta lançando um olhar sensual para Chris que parecia estar desconfortável com as olhadas indiscretas da Sra. Codes. Eu até poderia rir da cara dele se ela não estivesse bem a nossa frente, provavelmente ela estranharia minhas risadas do nada.

— Esse é o Chris, um velho amigo de infância. — Falei apresentando os dois.

— Prazer em conhecê-lo rapaz. — Ela lançou aquele mesmo olhar para ele. Era evidente que a Sra. Codes havia se interessado por ele, não seria por menos, ele se tornou um homem muito atraente.

— Demi. — Maddie correu em minha direção pulando no meu colo e me dando um forte abraço. — Quem é esse? — Ela me olhou com uma expressão confusa escondendo seu rosto na curvatura do meu pescoço.

— Oi, Madison, sou o Chris, um velho amigo da sua irmã, ela me falou muito de você. Estava ansioso para te conhecer. — Chris disse arrancando um sorriso tímido dela.

— Vocês são namorados? — Nós nos entreolhamos e começamos a rir, Maddie nos olhava com a mesma expressão confusa. Coitadinha, ela ainda não entende e acha que qualquer garoto é meu namorado.

— Não pequena, somos amigos, não escutou o Chris? — Disse dando um beijo estalado em seu rosto. — Até amanhã, Sra. Codes.

— Até querida, prazer em conhecê-lo garotão. — Ela disse olhando para ele e eu não pude deixar de soltar um riso baixinho.

— Isso foi constrangedor... — Chris disse ao abrir a porta do seu carro para mim. — Impressão minha ou ela estava flertando comigo?

— Parece que alguém virou um conquistador. — Disse aos risos e o contemplei rolando os olhos.

— Para com isso. — Entrei no carro com a Maddie em meu colo e logo ele fez o mesmo, saindo com o carro pelas ruas de LA.

Chris me deixou em casa e depois nos despedimos. Maddie acabou adormecendo durante o trajeto, tive que carregá-la até em casa, o que não foi fácil. Ao abrir  a porta vejo minha mãe na sala cabisbaixa o que me deixa um pouco preocupada. Então subo com a pequena e a levo até o seu quarto. Deito ela na sua cama, tiro seus sapatos para não machucá-la e a cubro com uma manta. Desço as escadas até a sala para conversar com minha mãe.

— Mãe, o que houve? — A questiono me sentando ao seu lado no sofá.

— Desculpe minha filha. — Ela diz aos prantos, era notório que ela havia passado o dia todo chorando, seu rosto estava vermelho e os olhos inchados.

— Pelo que mãe? — Disse preocupada passando minha mão em suas costas na tentativa de confortá-la.

— Nós vamos perder a nossa casa  — Ela comunica com dificuldade.  — Eu e seu pai não pagamos a hipoteca à anos... achamos que não ia dar em nada, pois o proprietário já faleceu, mas os seus filhos resolveram entrar na justiça. — Ela chorava ainda mais, sua voz estava embargada, ela não conseguia mais se controlar e eu me mantinha forte para lhe passar segurança. — As únicas opções são pagar o que devemos ou sair da casa em trinta dias.

— Não se preocupe, nós vamos conseguir pagar, eu vou dar um jeito. — Ela balançava a cabeça negando e chorando ainda mais.

— Você não está entendendo a gravidade da situação, Demetria, estamos devendo mais de um milhão de dólares, foram anos e anos de dívidas, nunca vamos conseguir pagar essa quantia em um mês...

Ela tinha razão, nem se eu passasse o dia e a noite na boate, eu jamais conseguiria tal quantia para quitar essa dívida. Agora o meu chão foi tirado de mim, como vamos viver agora, onde vamos morar?

 


Notas Finais


Isso foi tenso, espero que tenham gostado.
Não se esqueçam de comentar o que acharam logo abaixo, tá? Leva apenas 1 minuto, não custa nada.
Até o próximo capítulo, beijos meus amores <3


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