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História Secret Life (HIATUS) - 05. Are You Going to Work For Me


Escrita por: ballantines

Notas do Autor


Olá amores da minha life, cheguei com mais um capítulo.
Aproveitem e leiam as notas finais <3

Capítulo 6 - 05. Are You Going to Work For Me


Fanfic / Fanfiction Secret Life (HIATUS) - 05. Are You Going to Work For Me

​— Desculpe, não me lembro mesmo de você. — Digo tentando parecer o mais segura possível. Queria que ele acreditasse que eu não sabia de nada.

— Por quê está fugindo então, gata? — Ele questionou com um sorrisinho falso nos lábios e se aproximou, eu conseguia sentir sua respiração pesada batendo contra o meu rosto.

— Não estou, apenas ia checar o que o meu chefe quer comigo. — Digo com firmeza pela primeira vez.

— Não vejo ninguém te chamando. — Ele olha ao redor e constata que não há ninguém a minha procura. É óbvio que ele sabe quem sou eu e que também sei que foi ele que assaltou o banco, está estampado no modo que ele me observa com o seu olhar frio. — Não vai dizer nada? Ficou muda agora?

— Eu realmente não faço a mínima ideia de quem seja o senhor. — Olho para os lados na esperança de que alguém da boate me ajudasse a sair daquela situação, mas eu não consigo avistar ninguém. Eu estou apavorada, mal consigo focar o meu olhar em algo.

— Ok, chega de brincadeiras. — Ele diz rude e leva suas mãos ao seus fios de cabelo extremamente loiro, aparentemente ele parece está muito nervoso, o que piora ainda mais.

— Realmente... — Começo a falar, mas ele me interrompe.

— Chega de joguinhos, porra. — Ele esbravejou com muita raiva e segurou no meu braço com firmeza. — Você sabe quem eu sou e eu vim aqui para acabar com você, então sua puta de merda, vai para o beco atrás da boate agora. Antes que eu mate todos daqui.

Ele solta meu braço com violência e caminha para fora da boate junto aos outros rapazes que o acompanhava, Chris passou por mim sem ao menos me olhar. Eu fui mesmo uma burra, ele nem ao menos se importa se aquele Justin vai me matar ou não, todas aquelas promessas eram falsas, eu deveria ter contado a verdade a polícia. Se eu tivesse falado provavelmente eles estariam presos agora e nada disso estaria acontecendo.

Respiro fundo para tentar tomar coragem, observo de longe eles saindo da boate e caminho para os fundos como fui ordenada por ele. Quando abro a porta da saída, noto que todos já eles estavam ali a minha espera, inclusive o Christian.

— Você manteve a boca fechada, não é mesmo, vadia? — Eu o olho rapidamente e afirmo balançando minha cabeça.

— Acabe logo com isso, por favor. — Ele começa a gargalhar, me causando um pouco surpresa com sua reação inesperada. Não vejo graça alguma em tirar vidas de pessoas inocentes, mas para ele deve ser tão comum matar. Ele atirou na Brianna tão facilmente e com tanta frieza, provavelmente ele deve estar num estágio de que nem se importa mais com as vidas que ele tira. Se é que algum dia ele se importou.

— Qual é, não vai nem implorar pela sua vida medíocre? Qual é, gosto de quando imploram. — Abaixo a cabeça com um sorriso cínico em meu rosto, mesmo estando muito apavorada.

— Não. — Afirmo. — Como dá para notar, a minha vida não vale tanto assim para que eu implore. — Aponto para minha vestimenta e o olho fixamente em seus olhos castanhos que estavam mais sombrios. Eu não ia implorar e nem pedir para que ele não me matasse, a minha vida não vale muito para ele. Ele pode me matar agora que ninguém vai se importar. Vou me tornar apenas mais uma nas estatísticas de morte de "vagabundas" da cidade.

— Garota esperta, sabe que não vai adiantar em nada se lamentar. — Concordo com suas palavras, pois era a mais pura verdade. Nada do que eu dissesse ou fizesse, o faria mudar de ideia.

Ele pega a pistola automática que estava nas suas costas e se aproxima apontando aquela coisa para minha cabeça. Fecho meus olhos e espero logo o meu fim. Desejo que minha família fique bem sem mim.

— Chega, Justin. — Ouço a voz de Chris gritando com o ele, mas permaneço com os meus olhos fechados.

— Qual foi, seu viadinho, vai ficar defendendo essa vadia agora? Olha só pra essa cadela. — Abro meus olhos imediatamente e o encaro com muita raiva após ouvir o seu comentário infeliz.

— Ela não viu nada. — Chris se aproxima de nós dois e eu aproveito a sua distração para conseguir arrancar a arma dele. Dou um tapa bem forte em sua mão e contemplo a arma cair no chão com rapidez. Não penso duas vezes e pego o revólver. Miro em sua direção, ele me encarou surpreso e depois abre um pequeno sorriso maligno. Acho que ele não esperava por isso.

— Vai atirar em mim? Se fizer isso você sabe que está assinando sua sentença de morte, não sabe? — Ele tenta se aproximar devagar, mas eu dou um passo para trás e destravo a arma.

— Pelo menos não serei a única a morrer aqui hoje. — Digo firme.

— Você não teria coragem de atirar. — Ele afirma convicto de que pronunciava uma verdade. — Nunca deve ter pego em uma arma na vida.

— Eu não duvidaria. — Nunca peguei em uma arma, de fato, e não tenho noção de como se usa essa coisa. Consegui desarmá-lo porque tive aulas de defesa pessoal na época de escola, o que foi bom para mim, pois uma stripper lida com várias situações embaraçosas. Nessa profissão é preciso saber se defender sem a ajuda de ninguém. Nunca se sabe que tipo de pessoas vamos lidar no nosso dia a dia.

— Solta.essa.arma. — Ele diz entredentes e noto o seu maxilar travado por conta da raiva evidente por ter sido desarmado por uma garota.

— Não, eu vou sair daqui e vocês vão me deixar em paz. — Ele começa a gargalhar em deboche e os outros homens que estavam presente o acompanham com as risadas. Exceto o Chris, que permanece imóvel.

— Você bebeu se realmente acha que vou te deixar sair daqui. Não vou deixar você nos entregar para a polícia. — Ele diz depois de — finalmente — cessar as risadas diabólicas.

— Se eu quisesse entregar vocês a polícia, eu já teria feito não acha? — O encaro séria e ele contempla o nada. Parece que ele está pensando em algo.

— Mas você ainda pode nos entregar, não vou arriscar. — Ele diz depois de alguns segundos em um total silêncio.

— Eu já falei com os policiais. Disse a eles que não vi o rosto de vocês e muito menos os conhecia. — Digo olhando diretamente para Christian, que me observa com uma expressão preocupada.

— Por quê fez isso? — Ele questiona curioso com as sobrancelhas arqueadas.

— Porque não quis! Não tenho nada com a vida que vocês levam, só me deixem em paz, por favor. — Eu apenas quero que eles me deixem ir embora daqui. Meu braço inteiro dói, ficar com a arma apontada o tempo todo para ele estava me incomodando.

— Eu posso até te deixar ir... — Ele pronuncia com o tom de voz duvidoso.

— Você está maluco, dude? Ela vai correndo nós entregar para os tiras. — Um loiro que estava presente afirmou.

— Cala a sua maldita boca, Ryan, me deixa cuidar disso. — Ele olha para o loiro enfurecido e depois mantém o seu olhar fixo em mim novamente. — Vamos fazer um acordo.

— Que tipo de acordo? — Digo com receio e apavorada ao mesmo tempo,  pois eu não quero fazer acordo com um marginal.

— Sei muito sobre você. — Ele leva suas mãos ao bolso de sua calça e eu balanço a arma em minha mão, para lembrá-lo que eu ainda poderia atirar. Não que eu realmente fosse fazer isso, mas queria que ele acreditasse que eu conseguiria. — Durante o dia é uma vadiazinha que trabalha de empregada no Banco Central.  A noite uma vadia que distribui a buceta pra todo mundo. Confesso que estou impressionado com seu estilo de vida, achei que você era uma menina chatinha e normal, mas está bem longe disso, não é mesmo?

— Acho melhor você medir suas palavras, lembre-se que eu ainda tenho uma arma apontada para sua cabeça. — Digo enfurecida e ele começa a gargalhar novamente. Essa sua risada diabolica me causa náusea.

— Você não vai atirar, se fosse mesmo, já tinha feito isso. — Ele afirma seguro.

— Quer pagar pra ver? — O questiono com um sorriso cínico em meus lábios.

— Você vai trabalhar para mim. — Ele diz rapidamente me deixando completamente surpresa. Trabalhar para ele? Não.

— Você ficou maluco? Eu não vou. — Proclamo com firmeza.

— Você tem uma família muito bonita, Demi. — Como é que ele sabe da minha família e o meu nome? Aposto que o Chris disse tudo a ele. — Seu pai está numa clínica de reabilitação, problemas com álcool e drogas? Nossa quem diria. Ele anda causando muito prejuízo por lá, pelo que me informaram. E a sua mãe, ela está melhor? Você tem mesmo a quem puxar, pois ela é uma coroa muito gostosa, pena que pode não durar muito. Já a sua irmã, eu falei com ela a alguns dias atrás. Acredita que ela me adorou, ao contrário de você né? Adoraria conversar com a Madison outra vez.

— Chega, não envolve a minha família nisso e fique longe deles. Se você ousar se aproximar da minha irmã, eu acabo com você. —  Digo aos berros ao mesmo tempo que tento me controlar para não partir para cima dele. Como uma pessoa de aparência tão bonita pode ser tão cruel e doentia ao ponto de incluir a minha familia nisso tudo? E Como ele conseguiu todas essas informações sobre mim?

— Descobri seu ponto fraco. — Ele ri vitorioso e olha para os homens que se divertem as minhas custas enquanto Chris não faz nada, ele apenas me olha com pena. Só de pensar que acreditei em seu papo furado de que iria protegeria minha família. Sou uma idiota por acreditar nele. Agora todos eles sabem tudo sobre mim e minha família. — Então... vai trabalhar para mim ou prefere que eu faça uma visita definitiva a sua família?

— Só deixa eles fora disso. Faço tudo que quiser, só deixe eles em paz. — Digo simplesmente.

— Vamos começar com você me entregando a minha arma. — Olho para a arma em minha mão e jogo ela em sua direção. — Cuidado vadia, ela custa mais que toda a sua vida.

— Será que dá pra parar de me chamar assim? Eu tenho um nome. — Ele me olha com um sorriso cínico no rosto.

— Já se olhou no espelho? — Afirmo balançando minha cabeça e ele aponta para minha roupa. — Você é uma puta de merda.

— Então por quê quer que eu trabalhe para você? — Ele pega a sua arma que está no chão e a coloca dentro da parte de trás da sua calça. Ele se aproxima e eu recuo, porém ele é mais rápido e me puxa pelo braço com certa força.

— Se você está achando que o tipo de serviço que eu quero de você é sexo, fique despreocupada. Você é até bem gostosa, mas meu pau não entra em qualquer buraco, ainda mais em um arrombado como o seu deve ser. — Ele solta meu braço com violência e toma uma distância considerável. — Eu entro em contato para te passar o seu primeiro trabalho. Acho melhor não abrir essa boca grande para ninguém, ou você já sabe.

Ele grita para que eu consiga ouvir e sai ao som de risadas com os rapazes que foram andando logo atrás dele. Chris esperou que eles fossem embora e se aproximou de mim rapidamente.

— Eu juro que tentei...

— Foda-se, Christian! Não quero mais saber de nada, suma da minha frente, você ainda tem a cara de pau de vir falar comigo depois de tudo que me prometeu naquele quarto? Você disse que ia cuidar disso, que eles iam me deixar em paz se eu ficasse trancada em casa, e olha o que isso virou, aquele filho da puta sabe até da minha família, da minha família, Christian. — Proclamei nervosa em voz alta.

— Se acalma... Eu tentei, mas ele ficou maluco quando soube que você era uma... bom... você sabe. — Ele diz meio sem jeito e eu logo entendo de que se tratava do meu "trabalho".

— Como vocês ficaram sabendo disso? — Perguntei com curiosidade, pois essa questão estava me atormentando.

— Ele tem te vigiado a dias. Hoje quando você saiu de casa, nós seguimos você até aqui e ficamos esperando um bom tempo do lado de fora, até que ele decidiu entrar e bom... Você vestida dessa forma, dançando sensualmente em um palco e servindo bebidas, ficou meio óbvio, não acha? Por quê você virou uma stripper, Demi? — Ele questiona indignado me deixando nervosa.

— Eu não tenho a vida ganha como você. Aconteceu muita coisas, meu pai está internado, minha mãe doente e tenho que cuidar da minha irmã, foi o modo mais fácil de conseguir dinheiro para pagar todas nossas despesas, já que não consegui nada melhor para manter a minha família. — Resumo um pouco de toda a história, se eu fosse mesmo contar tudo, duraria por dias.

— Isso é errado. — Ao ouvi-lo solto uma risada debochada.

— Olha só quem fala, o cara que assaltou um banco a duas semanas atrás e provavelmente deve fazer coisas bem piores. — Digo usando o meu tom irônico.

— É diferente, Demi. — Ele diz nervoso passando a mão sobre o seus cabelos.

— Diferente? Diferente como? — O questiono irrita. — Minha família nunca foi rica, com meu pai e minha mãe impossibilitados de cuidar da casa, quem teve que criar responsabilidades logo cedo, fui eu. Tive que crescer muito rápido e a aprender a me virar sozinha para manter minha família. Não estou roubando e nem matando ninguém, não é certo me vender dessa forma, eu sei, mas pelo menos não vou ser presa por isso.

— Agora você vai, você vai trabalhar para ele. —  Ele diz se referindo ao acordo que fiz com o seu amigo Justin.

— Você queria que eu tivesse negado? Ele ameaçou as pessoas mais importante para mim, eu não poderia deixá-lo fazer nada com eles. — Falo simplesmente.

— Eu disse que estava cuidando disso, porra. — Ele está me irritando bastante.

— Cuidando do que? Ele conseguiu me encontrar, sabe da minha família, aonde trabalho e aonde eu moro. Percebi como você cuida bem dos seus assuntos, está indo super bem. — Eu estou com muita raiva dele por ter entrado na minha vida novamente, raiva do Justin por me obrigar a fazer esse acordo e trabalhar para ele e raiva daqueles homens. Estou enfurecida com tudo e todos.

— O Justin não é um cara bom, Demi, você não podia ter aceitado. Deveria ter me deixado resolver as coisas. — Ele diz com o tom de voz sereno na tentativa de me deixar mais calma.

— Jura? Acho que eu notei que ele não vale nada. — Digo sarcástica.

— Você não está entendendo, o Justin não é esse dono de bordel que você não está acostumada. Você não o conhece, então não tente não provocá-lo, vai por mim. Isso que você fez... Apontar uma arma para ele, com toda certeza ele vai se vingar. Então se prepare. — Ele me alerta.

— Eu sei me cuidar. — Digo terminando aquela conversa. Dou meia volta e entro na boate, o deixando falando sozinho.

— Aonde você estava minha cherie? Te procurei por todo lugar! — Pablo diz assim que me vê passando pela porta.

— Desculpa, não me senti bem e fui lá fora tomar um ar. — Ele me observa com um olhar gentil e sorri.

— Oh minha criança, vá para casa, descanse e volte amanhã, ok? — Concordo e vou para o camarim tirar essa roupa. Realmente eu não tinha mais cabeça para continuar aqui.

Me sento em minha cadeira e olho o meu reflexo no espelho. Eu não sei o que será de mim agora, estou completamente fodida. Não posso trabalhar para um marginal, não agora que tenho a grande oportunidade de crescer dentro do banco. A única esperança que eu tinha de sair dessa vida suja, e agora lá vou eu embarcando em uma vida ainda mais suja. Droga, por quê só acontece coisas ruins em minha vida? O que eu fiz de tão errado assim?

Levanto da cadeira, pego minha roupa que estava pendurada na parede e troco de roupa o mais rápido possível. Apanhei minha bolsa e entrei no banheiro para jogar um pouco de água em meu rosto. Ainda não consigo acreditar que isso está mesmo mesmo acontecendo comigo. Saio da boate sem me despedir de ninguém, chamo o primeiro táxi que vejo passar na avenida e o peço para me levar para casa.

Quando chego em casa, abro a porta com cuidado para não acordar ninguém, tranco novamente e deixo as chaves na bancada da cozinha. Subi às pressas para o meu quarto, mas com cautela para não fazer barulho. Fecho a porta com os pés, tiro meus sapatos com agilidade, me jogo em minha cama e deixo com as lágrimas caírem sobre meu rosto.

Estou cansada fisicamente e psicologicamente. Também estou perdida, sinto que a minha vida está saindo do meu controle. Vou ter que trabalhar para um criminoso sem escrúpulos, contra a minha vontade. Mas o que eu poderia fazer? Eu não conseguiria atirar nele nem se quisesse, mesmo o odiando com todas as minhas forças, eu jamais seria capaz de tirar a vida de alguém, também não pude recusar. Se eu não tivesse aceitado, ele viria atrás da minha família, eu sei disso, eu vi nos olhos dele, aqueles mesmos olhos que antes me atraíram agora se tornaram meu pior pesadelo.

Eu deveria ter entregado eles para a polícia quando tive minha chance, deveria ter contado toda a verdade para o detetive, mas agora estou ainda mais enrolada nesse mundo sujo. Porém não vou ficar lamentando, tenho que ser forte e pensar em uma alternativa convincente para me livrar desse maldito acordo.

 


Notas Finais


Obrigada por todos os comentários no capítulo passado amores, sei que faz tempo que não respondo vocês, é que eu sou uma enrolada e são tantos comentários carinhosos que eu fico até sem saber como responder vocês. Mas eu vou, prometo que irei arranjar tempo para responder todos vocês, pois adoro saber o que estão achando de tudo.

Quero imensamente agradecer vocês por tudo, eu não sei se vou postar capítulo novo semana que vem, mas eu quero desejar a todos um Feliz Natal e um prospero Ano Novo, que 2017 traga coisas boas para todos vocês!

Beijos amores e boas festas <3


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