POV JUSTIN
Depois daquela cena, Sophie saiu horrorizada com tudo que soube sobre Katherine. Ela se debateu e logo depois foi embora dizendo que voltaria a ser minha, e eu dela.
Entrei no elevador e apertei várias vezes o botão do primeiro andar e nada, uma demora enorme pra descer. Aquilo estava me deixando nervoso, até porque não sabia onde Sophie estava, e se ela encontrava bem. Do jeito que ela era, não ia saber nem onde estava.
Peguei meu celular e disquei o número dela, não conseguia completar a ligação por o telefone estar desligado. O elevador desceu e depois de várias chamadas, o mesmo acontecia, nada.
Cheguei no saguão do SPA, e corri desperado pra recepção, esperando que alguém soubesse onde ela teria ido.
— Moça, com licença, você viu uma garota loira passando por aqui? — Perguntei à uma moça alta na recepção.
— Não, comecei meu turno agora, me desculpe! — Disse ela em um gesto calmo.
— Oh, tudo bem! Se ela voltar me avise. — Disse e senti meu celular vibrar no bolso.
Atendi o celular, e vinha do número de Sophie. Por um momento, senti um alívio, ela estaria bem, porém com raiva, o que passaria logo.
— Olá, falo com o Justin? — Perguntou uma voz aflita do outro lado, e reconheci que não era Sophie.
— Sim, sou eu! O que aconteceu? Onde está a Sophie? — Perguntei aflito, passando a mão em meus cabelos.
— Ela foi atropelada, e o único contato recente que encontramos foi o seu. — Disse a moça do outro lado.
— Ela está bem? Onde ela está? Me passa o endereço daí agora! — Disse e peguei as chaves do carro em meu bolso, saindo desesperado para o carro.
— Calma senhor, ela irá ficar bem! O endereço é... — Conforme ela ia falando o endereço do hospital, escrevia em um pedaço de papel que encontrei no porta luvas.
— Ok, obrigada! — Disse e desliguei o telefone dando partida no carro.
Saí do SPA em direção ao hospital do endereço anotado, a cada quarteirão um semáforo, o que me fazia parar em todos eles, me desejando mais aflito pela demora em que chegaria lá.
Estacionei meu carro em frente ao hospital e corri até a portaria.
— Onde está a Sophie? — Disse chegando na recepção, em um tom que se podia ouvir do lado de fora.
— Calma senhor! Só um minuto! — Disse o rapaz teclando no seu computador.
— Gente é o Justin! — Gritou uma moça pra que todos ali ouvissem.
— Ah meu Deus, ferrou! — Disse e peguei o telefone e disquei para Ryan.
— Tira uma foto comigo? Sou sua fã! — Disse uma garotinha empolgada.
— Claro, vem aqui! — Coloquei a no colo enquanto sua mãe tirava a fotografia.
— Obrigada Justin! Nós te amamos! — Disse a mãe da pequena garotinha.
— De nada, eu também amo vocês! — Disse e sorri.
— Sr Bieber? Sophie está na uti, não sabemos se foi grave o atropelamento. Receio que o médico te dirá melhor sobre o assunto. — Disse o rapaz e eu assenti.
Me sentei em uma das poltronas na sala de espera, e fiquei parado pensando em como faria se Sophie não sobrevivesse. Era muitos pensamentos idiotas e medíocres ao mesmo tempo. Na quinta ligação, Ryan atendeu com uma voz de sono.
— Ryan, é o Justin! Aconteceu algo grave.. — Disse pausadamente.
— O que? Você está bem? — Disse ele e suspirou.
— A Sophie, ela viu uma coisa que não devia, e saiu correndo pela rua, o carro a atropelou... — Disse e percebi que estava mais preocupado que o normal.
— Isso foi culpa sua? Vou te matar se acontecer algo com ela. — Disse Ryan.
— Não foi minha culpa, e Katherine apareceu lá e... — Disse e ele me interrompeu.
— Aquela naja de novo? Você já devia ter se livrado dela Dude. Estou indo aí, me manda o endereço por sms, conversamos quando chegar! — Disse Ryan e finalizou a ligação.
Passei o endereço para Ryan, por sms, e guardei o telefone no meu bolso. O mais errado era que Sophie não tinha família com quem pudesse contar, e nem a minha sabia sobre ela. Seria um trágico acontecimento se ela não ficasse melhor. Coisas se passavam pela minha mente, e não sabia o que seria certo naquele momento. Deixar Ryan cuidar dela, ou ir embora? Eram perguntas as quais eu me fazia a todo momento. Se algum paparazzo me vesse ali, aparecia sobre meu relacionamento com Sophie. Não queria me expor e nem expor ela, a essa fama de namorada no Bieber, ou a garota que me divertia. Senti alguém chegando por trás de mim e deduzi que era Ryan.
— Justin, cadê ela? — Perguntou ele impaciente.
— Ela está na uti, não tenho notícias dela. — Disse e suspirei.
— É melhor você ir embora, daqui a pouco os paparazzo sabem que você está aqui, e será uma fofoca mentirosa atrás de outra. — Disse Ryan se sentando ao meu lado.
— Tem razão! Mas não posso deixá-la aqui sozinha. — Disse o fitando.
— Ficarei aqui, qualquer coisa você será o primeiro a saber. — Disse Ryan e assenti.
— Mesmo assim, não irei embora daqui até que ela acorde! — Disse e dei de ombros.
— Tudo bem Sr Teimoso, coloque a touca da blusa e fique distante da recepção, será menos reconhecível. — Disse Ryan e concordei.
— Irei fazer isso, obrigada Ryan. — Disse e me levantei da poltrona.
— Sr Bieber? Você é parente da Sophie? - Disse um médico entrando pelo saguão do hospital.
— Por um lado sim, estou com ela! Ela está bem? — Perguntei inquieto.
— Ela passou por alguns exames, está tudo bem agora, apesar da pancada ter sido um pouco forte demais, ela será encaminhada para o quarto. — Disse ele e sorriu.
— Posso vê-la? — Perguntei e ele assentiu.
— Só você vai entrar ou seu amigo também? — Questionou ele.
— Ryan você quer entrar comigo? — Perguntei olhando pra Ryan.
— Melhor não, entre você, logo depois entrarei. — Disse ele e balançou a cabeça.
— Tudo bem! Vamos doutor? — Disse.
— Vamos, por aqui. — Disse o médico e saiu andando pelo longo corredor.
Andei por um longo corredor que dava acesso a várias salas e quartos de pacientes. As pessoas ali não sorriam muito, notei que a maior parte apenas estavam sedados e descansando. Tinha muito medo que Sophie estivesse nesse situação, e o desespero dentro de mim, só aumentava.
— É a terceira porta, a direita. — Disse o doutor e desapareceu.
Caminhei até a porta e o silêncio no corredor era assustador, não tinha sequer barulho de agulhas ou de médicos e enfermeiros passando pelos corredores e escadas. Ao chegar na porta do quarto, abri lentamente a mesma e notei Sophie olhando para a vidraça lá fora.
— Justin? — Disse ela voltando o olhar sobre mim.
— Como está? Sei que não é hora mas precisamos conversar sobre... — Disse e ela me interrompeu.
— Estou ótima, não precisamos falar sobre isso agora. Era só isso? — Disse ela e engoli seco.
— Sim, era apenas isso, depois conversamos. — Disse, e senti a frieza em seu olhar.
— Ryan veio me ver? — Perguntou ela.
— Hm, está lá fora. Vou chamá-lo... — Disse e olhei pra vidraça.
— Okay. — Disse ela e virou o rosto pro lado.
— Sophie temos que conversar, porque você saiu daquele jeito de lá? Qual seu problema? — Disse e sentei na cama, a fitando.
— Meu problema? Ah Justin, meu problema é ser uma idiota que sempre quis o seu bem e esperei amor de você, de onde nunca veio nenhum gesto de carinho. — Disse ela e percebi que seus olhos marejaram.
— Você sabe como deveria ser as coisas, não se faça de boba agora, te ajudei a construir seu futuro e em troca você ficaria comigo, você nunca foi forçada a isso. — Disse e meus olhos se encheram de raiva.
— Sabe por que concordei? Porque amo você e só fui uma boba todo esse tempo. Cansei dessa vida, de ficar bem com você e outra hora não, você me bateu várias vezes por conta de erros que cometi. E não venha me dizer que foi por proteção e porque sou importante pra você, porque nunca fui. — Disse ela em soluços.
— Para com esse drama, não me importo com o que você sente e muito menos com o que você considera importante pra nós dois, sabe por que? Porque não existe nós dois Sophie, caí na real, você sempre vai ficar ligada a mim independente de qualquer coisa e sempre será minha, não preciso demonstrar nada pra você, porque você é exatamente um nada pra mim! — Disse cuspindo as palavras.
— Um dia você sentirá minha falta Bieber, quando não tiver mais ninguém ao seu lado que mime você e que te apoie. Todo mundo precisa de alguém que nos apoie e esteja sempre conosco. — Disse ela em um tom alto.
— Menos você, você não tem essa pessoa na sua vida, apenas eu, estou com você há muito tempo, tempo suficiente pra saber o quanto você é mimada e frágil. Não é atoa que ninguém te quis quando sua mãe morreu, e seu pai nunca te suportou, você não tem sentido nenhum na vida de alguém! — Disse e levantei bravo da cama.
— Você não precisa colocar minha mãe no meio disso! — Gritou ela.
— Ah não? Ela morreu porque você nunca a ajudou, sempre foi uma garotinha mimada, que nunca soube nem se defender das outras pessoas. Por isso está sozinha no mundo, se não fosse eu, você estaria totalmente sozinha. — Disse e a encarei sério.
— Não precisa me mostrar isso, não preciso disso tudo que você tem, de dinheiro, de nada. Só queria atenção da sua parte, quero alguém que fique do meu lado e me entenda... — Disse ela e a interrompi.
— Então vai morrer aí esperando! — Disse abrindo a porta.
— Não que eu precise! Quando olhar pra trás será tarde demais Bieber. — Disse ela, soluçando.
— Sim será, pra você! — Disse e saí batendo a porta.
Qual o problema dela? Sempre com esse drama de querer ser amada e carinho, por mais que soubesse desde o começo que não seria assim com ela, Insistia infinitamente no assunto. Ah a atenção que ela queria, quando podemos dar a quem nao conseguimos? Transformando isso em um amor? Só em contos de fadas, não era assim e jamais seria o príncipe perfeito pra qualquer garota.
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