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História Secret Love - XXXVI


Escrita por: opsamoraa

Notas do Autor


AVISO: Grupo da fanfiction no WhatsApp pra quem tiver interesse! O link irei deixar nas notas finais! ❤

Capítulo 36 - XXXVI


Fanfic / Fanfiction Secret Love - XXXVI

POV JUSTIN

Já eram umas quatro horas da manhã, e meus pensamentos não me deixavam dormir a muito tempo. Desde a conversa com Sophie, e ela soltou aquela história sobre Ally, até minha mãe me olha estranho dentro de casa, mas não fala nada. Ally continua sendo o mesmo amor que sempre foi comigo, e me fazendo ter piores pesadelos à noite com Sophie. Parece que cada vez que ela desenhava algo, ela sentia que deveria dar o nome de Sophie. E o último desenho me deixou atordoado, aquele bebê, a figura de família que ela tinha, me deixava sem reação sobre o que fazer.

Ouvi umas batidas na porta, e me sentei na cama olhando estranhamente pra vidraça.

— Quem é? — falei, passando a mão nos olhos e no cabelo logo em seguida.

— Sou eu, Ryan. Vi a luz acesa, e como também estava sem sono resolvi te chamar pra jogar vídeo game. Topa? — disse ele, entrando pelo quarto.

— Agora que entrou... liga o vídeo game, vamos jogar um pouco, depois vou dormir.

— Tá. Amanhã você tem entrevista não é? Naquele programa de fofocas ridículo... você vai? — perguntou Ryan, enquanto procurava os controles.

— Infelizmente. Scooter fez questão que eu fosse, até porque eu deveria esclarecer meu sumiço todo aquele tempo...

— E ele tem razão! Mas você quer contar a verdade ou irá mentir? — disse ele, me entregando um controle e ficando com o outro.

— Acho que mentir, não tem como contar a verdade, ficaria tudo muito pior. Iriam me questionar sobre Sophie, e não teria nada pra falar dela. — disse, e suspirei, dando play no jogo.

— Teria, que você a abandonou...

— O quê você disse? — disse em um tom um pouco alto, e o encarei seriamente.

— Isso mesmo que você ouviu Justin! Você a abandonou! Sabe onde ela está agora? Ou que faz da vida? Agora ela está com quatro meses de gestação, e você nem procurou saber do estado dela nesses últimos meses.

— E isso me interessa? Não quero saber mais dela, você sabe Ryan, eu gosto dela, posso até sentir algo a mais que carinho ou sei lá, mas não é assim que as coisas funcionam! Antes dela falar sobre a gravidez eu já tinha decidido o que queria fazer da minha vida.

— Justin olha sério pra mim, sem mentir! Você sente o quê pela Sophie? Aquilo era só atração, sexo fixo? Ela merece muito mais do que dinheiro e luxo, ela nunca quis isso de você droga! — disse Ryan se exaltando e levantando da cama.

— E o que deu em você? Pra falar assim comigo e vir defendê-la?

— Não estou falando de nenhum jeito, estou falando o que você merece ouvir. Sempre foi um babaca com ela, e sinceramente, torço muito pra que ela te esnobe e te deixe muito mal quando você for atrás dela arrependido, porque eu sei que você vai!

— Quem disse que eu vou? Ela está longe de mim há dois meses, acha mesmo que se eu a quisesse de volta eu não teria a procurado? — disse, e levantei irritado.

— Você só não está sentindo falta agora, está aí coberto de vadias que fazem tudo que você quer Justin! Quando você ver ela feliz em algum lugar, com uma família, você vai sentir falta!

— Eu não vou sentir falta dela, e sabe por que Ryan? Porque eu nunca precisei de amor pra ser feliz! — disse e abri a porta, fazendo sinal pra que ele saísse.

— Na boa Justin, você ainda vai quebrar a cara uma hora, e mesmo sendo seu amigo, eu vou rir de você. Você perdeu a oportunidade de ser feliz e ter uma família linda, pela primeira vez na sua vida. Mas você estragou tudo isso! Torço pra que você deixe de ser rude, e ache alguém que te maltrate igual fez com ela. — disse ele, e saiu irritado pelo corredor.

— VALEU SEU CUZÃO DA PORRA, OBRIGADA POR ESTRAGAR O RESTO DA MINHA MADRUGADA, DROGA! — disse gritando, e olhando pra ele no corredor.

Bati a porta com força, e pensei comigo: "Droga Justin, você acordou a Ally!", abri a porta indo até o quarto dela e abrindo a porta. Ally estava sentada na cama, com uma carinha de sono e cabelo bagunçado.

— Papai? Foi vuxê esse baruinho? Acodei assustada... — disse Ally, abraçando seu ursinho.

— Desculpa meu amor, me exaltei. Está tudo bem, vou ficar com você essa noite, está bem? — disse, e fechei a porta.

— Sim papai! Mas só se vuxê dormir apetadinho comigo, tá bom? — disse ela, puxando o cobertor pra que eu me deitasse ao seu lado.

— Claro princesa! — disse, e deitei ao seu lado na cama, e puxando Ally e a deitando sobre meu peito.

Em alguns minutos ela dormiu, e fiquei olhando pro centro da cidade pela janela, todas aquelas pessoas em algum lugar dali, tinham algo pra se preocupar, e a maior preocupação delas, em maior parte, era um filho. Olhei pra Ally, e dei um beijo em sua testa, olhando seguidamente para um mural de fotos no quarto dela, que Pattie tinha feito questão sobre colocá-lo ali. Várias fotos de Ally, em momentos comigo e com a Avó, algumas fotos da nova escolinha e com amiguinhos, e vi uma com a mãe dela, Katherine.

Katherine, a pessoa que mais amei, e depois que perdi, senti muita falta. A única lembrança desse amor, era Ally, que eu fui um idiota e a escondi por tanto tempo.

Já havia se passado dois meses desde o acidente com Sophie, e nesse meio tempo, a mídia toda sabia sobre Ally, mas nunca falei publicamente ou respondi perguntas sobre ela, não queria toda aquela mídia ridícula em cima da minha garotinha.

O sono veio com algum tempo, e acabei dormindo junto a Ally, e com seu cobertor de unicórnio, era o maior amor dela.


Algumas horas depois...


— Justin acorda! Você está se atrasando! Scooter ligou e passa aqui em vinte minutos! Ande! — gritou minha mãe, me balançando na cama.

— Droga mãe! Por que não me acordou? Cadê a Ally? — disse, me levantando da cama e correndo pro meu quarto.

— Te acordei agora Justin! Ally foi no parquinho com Ryan, volta no almoço. Tome banho logo, sua entrevista é em algumas horas! — disse Pattie, passando no corredor aos berros.

Corri pro banho, e fiz minhas higienes, em menos de vinte minutos eu estava pronto, e se aproximando do corredor da sala. Quando ouvi Scooter chegar, já questionando minha mãe sobre mim.

— Justin já está pronto? Espero que não esteja atrasado como sempre... — disse Scooter, conversando com Pattie na sala.

— Acordei ele faz uns trinta minutos, deve estar no banho ainda, sabe como ele é... — disse Pattie.

— Já estou aqui! Não estou atrasado! Vamos Scooter? — disse, chegando na sala e cumprimentando o mesmo.

— Não vai tomar café Justin? Precisamos conversar sobre minha volta ao Havaí depois! — disse Pattie, me olhando séria.

— Conversamos depois, estou atrasado! Tchau Pattie! — disse, passando por ela e lhe dando um beijo na testa.

— Tchau filho, vou ligar a TV!!! — disse ela, e eu sorri ao sair.

Descemos para o estacionamento, onde Scooter deu partida e formos para os estúdios do programa.

— Já sabe que irão te perguntar sobre tudo não é? Se não quiser responder, fale que não quer falar sobre o assunto. — disse Scooter, enquanto estávamos dentro do carro, estacionando bem em frente aos estúdios.

— Sim, eu sei. Não vou falar nada que eu não devo, não se preocupe! — disse, retirando o cinto de segurança e descendo do carro.

Caminhei junto aos seguranças até a entrada, onde já tinha várias fãs desesperadas por mim, tirei algumas fotos, e conversei com algumas, mas logo entrei e elas se foram.

— Justin Bieber, meu grande homem! Você entrará no ar daqui dois minutos, não se esqueça de responder todas as perguntas que lhe forem feitas! — disse um homem alto e forte, se aproximando de mim e de Scooter.

— Ele não tem a mínima obrigação de responder o que não quer, ele responderá apenas o que tiver vontade Thomas! — disse Scooter, rebatendo Thomas logo em seguida.

— Isso que você ouviu, agora me deixe em paz! — disse, ficando estressado.

— Venha Bieber, já iremos entrar ao vivo, por aqui senhor... — disse uma moça loira de olhos claros, sorrindo pra mim e me mostrando o caminho até o set de gravação.

— Boa tarde meus queridos telespectadores! Hoje teremos uma entrevista divertida e com babados, com ele, nosso querido Justin Bieber! — disse o apresentador do programa de fofocas.

— É sua hora Justin! Lembre-se do mais importante, não fale nada que possa levantar especulações em sua carreira e na vida pessoal. — disse Scooter, dando um tapinha em meu ombro.

— Tudo bem, se esse babaca não perguntar demais... — disse, e saí andando em direção aos bastidores do programa, junto com a produtora do programa.

O apresentador anunciou que entraria, e falei com todos inclusive com as fãs na platéia em frente, e me sentei em uma poltrona proximo ao apresentador.

— Esse homem brilhante e talentoso está aqui hoje, e finalmente podemos esclarecer várias coisas, para vocês, meus queridos telespetadores! — disse o apresentador, que se chamava Marvin.

— Obrigada por me convidar e me receber aqui, é sempre uma honra! — disse, e sorri pra todos.

— A honra é toda nossa Bieber! Então vamos começar... estou vendo aqui, que você recentemente sumiu por algum tempo, e nós queremos saber onde você estava todo esse tempo?

— Bom, é uma longa história, tive que relaxar e ficar em um SPA por algum tempo, minha cabeça estava a mil nos últimos dias! Sabe como é, a vida de artista é muito cansativa! — disse, e olhei pra Scooter no canto do estúdio, que sorriu e assentiu positivamente.

— Não foi bem isso que as fontes me contaram. Tem um fundo de verdade, sobre sua suposta filha que descobriu recentemente? — disse Marvin, e a pessoas na platéia começaram a me encarar, me deixando sem respostas.

— Ahn... Acabei descobrindo a paternidade recentemente, e realmente estou dando o meu melhor à minha filha. Quanto à isso, todos podem ficar despreocupados!

— Olha, que legal! Bieber papai! E qual o nome e idade dela? Pode revelar pra gente, ou não? — perguntou Marvin, e olhei rapidamente pra Scooter, que fez um gesto negativo.

— Creio que não seja a hora, não quero deixá-la à exposição para mídia. A vida dela tentará ser o mais normal possível. — disse calmamente, e cruzei as pernas na poltrona.

— Ok! E sobre a mãe da garotinha? Vocês se falam bastante? Ou ela é o tipo de mãe que some do mapa?

— A gente tem uma boa relação, acho que isso é fundamental para a criação dela. Mas não estamos juntos, ela já tem um namorado! — menti.

— E o seu status de relacionamento? Como ele está atualmente? Tem em vista uma nova moça para ocupar seu coração?

— Não tenho em vista nada, e planejo me dedicar apenas a minha carreira, e aos meus fãs, que são a base de tudo. — disse, e fiz um coração para algumas fãs na platéia, que usavam uma blusa da minha turnê.

— Realmente, elas são as pessoas que mais amam você. E já tem em vista algo novo? — perguntou Marvin, olhando pro meu novo álbum, Purpose.

— Estamos pensando em algo novo, junto com meu amigo Poo Bear, que é um grande produtor e muito próximo de mim. Quero que seja algo inovador, e que me traga muita paz e amor, como Purpose! — disse, e sorri pra ele, mexendo em meu cabelo logo em seguida.

— E será! Você é um grande artista! Mas e quanto algumas polêmicas, você costuma deixar suas fãs revoltadas na Internet, com algumas atitudes suas. O que tem a dizer sobre isso?

— Sabe, eu as entendo muito bem, e peço perdão porque sou impulsivo e não sei o que faço às vezes. Sou humano, mas eu sinto que as machuco. E quando na internet elas ficam bravas comigo elas devem pensar que eu não vejo o que elas postam, mas sim eu vejo tudo. Acabo ficando horas vendo as postagens, tanto de carinho quanto de raiva por algumas coisas. E às vezes choro quando dizem ‘Não quero mais ser Belieber’.

— Creio que não só a minha opinião e das suas fãs, sejam a mesma, se forem realmente suas fãs, jamais te deixaram, e você tem sã consciência disso! — disse Marvin, e abriu um enorme sorriso.

— Mas eu as entendo quando se vão e amaria se ficassem. Eu abraçaria todas se pudesse, uma por uma, as que se foram e as que seguem me apoiando. Não gosto delas, eu as amo! E não é publicidade, eu sinto que as amo de verdade. E as peço perdão se as feri algumas vezes. — disse, e fiz um gesto pras algumas fãs que estavam ali.

— O amor entre as Beliebers e o Bieber é realmente muito grande! Te desejamos o melhor!

— Eu e toda a produção que faz isso valer a pena, te agradecemos! E beliebers, eu amo vocês! — disse, e dei um gole na minha água, que estava próximo à mim, em uma bandeja.

— Agradecemos por sua presença aqui, e esperamos que sempre volte! Obrigado Bieber! — disse Marvin, se levantando e vindo me cumprimentar.

— Eu que agradeço pela oportunidade, Marvin! Um beijo à todos! — disse, e o cumprimentei, saindo do set de gravação, com aplausos.

Falei com algumas pessoas na saída, que me parabenizaram, e me desejaram sucesso e outras coisas. Abracei algumas fãs e tirei fotos com algumas. Logo depois, segui para o carro na portaria junto com os seguranças, onde Scooter já me esperava.

— Parabéns garoto! Por hoje e por saber realmente fazer as coisas acontecerem! Twitter está bombando com as tags em todo mundo, #BieberDaddy, confesso que até dei algumas curtidas em alguns. — disse Scooter, assim que entrei no carro e coloquei o cinto de segurança.

— Espero que as pessoas estejam reagindo bem à isso. E onde vamos? Posso ir pra casa e tirar o dia livre hoje? — perguntei, abaixando o vidro da janela do carro.

— Infelizmente não! Teremos que fazer umas fotos pra uma editora, logo depois te deixo livre, prometo. — disse ele, e bufei.

— Tudo bem então! Irei ligar pra Pattie, e avisar que chegarei um pouco tarde. — disse, e ele assentiu.

Peguei meu celular, e procurei na agenda de contatos, o número dela. Logo começou a chamar, e esperei que ela atendesse.

— Oi filho, aconteceu algo? — disse ela, assim que atendeu o telefone, calmamente.

— Não, só liguei pra avisar que chegarei um pouco tarde, leve Ally para à escola. Irei fazer umas fotos, e não chego a tempo de levá-la.

— Tudo bem, era só isso? Traz algum presente pra Ally, ela vai se chatear porque não te viu o dia todo. — disse Pattie, e ouvi a voz de Ally no fundo da ligação.

— Sim. Vou comprar algo. Manda um beijo pra ela. Até mais! — disse, e desliguei o celular.

Coloquei o celular no bolso, e em seguida disse à Scooter que poderíamos ir. Ele assentiu, e logo saímos em direção à editora.

POV RYAN

Assim que cheguei em casa com Ally no colo, ouvi Pattie falando com alguém no celular, deduzi que fosse Justin, ele sempre ligava e nunca se despedia como uma pessoa normal.

— Chegamos Pattie! Vai pro seu quarto brincar, preciso falar com a vovó Ally! — disse, colocando Ally no chão, e seu ursinho em cima do sofá.

— Tá bem titio! — disse Ally, e me deu um beijo coberto de saliva, na bochecha. Aquele tipo beijo de crianças, que te matam de fofura. Logo depois, saiu pelo corredor.

— O quê quer falar Ryan? É sobre alguma coisa na sua família? — perguntou Pattie, se sentando no sofá em minha frente.

— Ahn não. É que bom, você é ótima com conselhos, e sempre me ajudou em muita coisa. Preciso desabafar... — disse, e me sentei perto dela.

— Claro meu amor, sobre o quê? — disse ela, calmamente.

— É que você sabe, estou namorando Lola, mas não sei se realmente quero isso. Ela me faz feliz, mas sinto que a pedi em namoro por ter sido forçado, não por ela, ou que ela tenha dito algo, só que não era hora de me envolver tanto com alguém.

— Como assim? Você não tem certeza sobre o que sente por ela?

— Eu gosto dela, mesmo, ela me faz bem, mas não chega a ser amor, entende? Só a pedi em namoro, porque ela sempre ficava jogando indiretas do tipo pra mim, e me sentia mal por isso. — disse, e suspirei, abaixando a cabeça.

— Olha, não adianta você ficar com alguém que você sente um carinho, se ela te faz feliz, é porque você sente necessidade de alguém que nunca tinha feito isso pra você.

— Sim, mas então, eu fico com ela ou a deixo? Sinto que a magoaria muito, mas não quero ficar preso em algo pro resto da minha vida, e ainda mais sem amá-la!

— Tenta conversar com ela, e explicar a situação, e pelo o que vi, ela realmente forçou você a ter um sentimento rápido demais.

— A verdade é que ela sempre me cobra, por não ser um cara romântico e especial com ela, mas não sinto que sou esse tipo de cara, posso até ser, como fui para a minha primeira namorada.

— E com ela você não sente a necessidade de fazê-la feliz?

— Não, eu não sinto. Eu me esforço pra que ela possa confiar em mim, como sempre fez, e que saiba que pode contar comigo. Nesses dois meses, eu não sinto que me apaixonei por ela, ou que a comecei a amá-la.

— Então acho melhor você pensar sobre isso, antes de tomar qualquer decisão. Mas não se preenda alguém por ela ter apenas você, você merece ser amado e amar também, só ser amado não basta!

— Tem razão, obrigada Pattie. — disse e abracei forte.

— De nada. E no que se decidir, e precisar de ajuda, eu estarei aqui. Agora preciso cuidar de Ally. Pode levá-la à aula hoje? — disse ela.

— Posso sim. Irei almoçar e já a levo! — disse, e me levantei indo em direção à cozinha.

Coloquei minha comida no prato, e peguei um copo de suco de laranja na geladeira. Me sentei na mesa, e coloquei o celular sobre a mesa, próximo ao meu prato.

Comecei a pensar no que Pattie disse, e acabei percebendo que eu não tinha nada de amor em relação à Lola, e sim, um sentimento de carinho. Eu não amava, e desde que comecei esse relacionamento, não me sentia bem.

Pensei por uns quinze minutos. Levantei da mesa assim que terminei de almoçar, e peguei meu celular, procurando o número de Lola.

Mandei uma mensagem assim que encontrei o contato, esperava que ela não se desesperasse e me entendesse.

"Lola, preciso conversar sério com você. Passo aí em alguns minutos.

Ryan"

Coloquei o celular no bolso, e andei até o quarto de Ally, onde senti um cheiro de perfume de bebê maravilhoso, e bati na porta.

— Pode entrar titio! — falou Ally.

— Está pronta meu amor? Vamos? — perguntei, entrando no quarto, e vendo ela já com seu uniforme azul marinho.

— Sim, a vovó vai colocar meu lacinho, pera um pouquinho! — disse ela, indo até o armário e pegando uma caixa de lacinhos de fita.

— Ok. Pattie? — disse, e chamei a atenção dela.

— Sim?

— Me decidi, vou passar lá assim que deixar Ally na aula.

— Espero que esteja fazendo o certo, você verá o quanto será feliz, na hora certa! — disse Pattie, arrumando o laço no cabelo de Ally.

— Espero!

— Onde você vai titio? — perguntou Ally, olhando pra mim.

— Resolver uma coisa, depois titio te conta. Vamos? — disse, e a peguei no colo.

— Vamu! — disse ela, e peguei sua mochila junto com seu lanche, saindo em direção à sala.

— Beijos Ally, se comporte, vovó te ama. Tchau Ryan, se cuida! — disse Pattie, e sorri, assintindo pra ela.

Descemos até o estacionamento, e coloquei Ally na cadeirinha, arrumando a mesma junto com seu ursinho. Coloquei a mochila em cima do banco de trás, e entrei no carro, dando partida até à escola de Ally.

— Chegamos princesa! — disse, e estacionei o carro, descendo e indo abrir a porta para Ally, logo em seguida.

— Titio, vuxê vem me buscar também? — perguntou Ally, quando a tirei do carro e peguei sua mochila.

— Não sei princesa, só se seu pai não tiver em casa ainda. — respondi, e dei a mão pra Ally, e travando o carro logo em seguida.

— Ah sim. Pegou meu lanchinho? — perguntou ela, quando chegamos próximo à porta, onde as crianças já entravam.

— Está na sua mochila. Beijos, e boa aula princesa! — disse, e a dei um beijo na bochecha.

— Tchauzinho titio, amu vuxê! — disse ela, e saiu correndo junto com alguns coleguinhas.

— Também te amo. — disse, como se ela ainda pudesse me ouvir.

Voltei para o carro, e dei partida, para á casa de Lola. Em alguns minutos, esperava resolver minha vida.

Quando cheguei na frente da casa dela, estacionei o carro, e suspirei fundo. Toquei a campainha e fiquei ouvindo os passos dela vindo até a porta.

— Oi meu amor! — disse Lola, assim que abriu a porta, e me abraçou.

— Oi Lola! Podemos conversar? — disse, e notei que sua expressão mudou.

— Claro, entre. É algo ruim pela sua expressão. — disse ela, fechando a porta, assim que entrei.

— Não sei se é bem isso. Mas a gente precisa conversar sobre nosso relacionamento.

— Ok. Sobre exatamente o que Ry? — perguntou ela, se sentando ao meu lado no sofá.

— Não tenho certeza sobre o que sinto por você, e você acabou forçando...

— Eu forcei o que Ryan? Nunca forcei nada, você que me pediu em namoro, e disse que me queria, lembra?

— Eu disse, porque achei que queria. Você me forçava a te pedir em namoro, sempre ficava falando sobre a gente, e me mandando indiretas, isso destruiu tudo... — disse, e percebi que a expressão dela, era de choro, porém nenhuma lágrima descia.

— Se não me amava porque fez isso? Se queria continuar solteiro ou saindo por aí podia ter me falado, a gente devia está só ficando ou nem isso até hoje! Porra Ryan, eu sempre gostei tanto de você, nunca gostei de alguém como gosto de você, eu te amo! E você faz isso comigo? — disse ela, e as lágrimas começaram a descer, mas a expressão dela era séria.

— PORRA LOLA! SÓ QUERO QUE ENTENDA QUE EU NÃO AMO VOCÊ! Não quero ficar com alguém que não me faz feliz, e que eu sei que vou decepcionar lá na frente, entende isso! — disse, e percebi que tinha aumetado o tom, e ela se assustou.

— Ryan vai embora daqui, não quero te ver nunca mais, você é um idiota! Espero que ninguém nunca te ame, porque igual à mim, certamente você não achará! — disse ela irritada e aos prantos, indo até a porta e apontando pra ela aberta.

— Só queria que a gente conversasse civilizadamente, não assim, não se termina algo com toda essa falta de maturidade! Pensei que você me entenderia! — disse, e andei até a porta, ficando próximo à ela.

— Você parou pra pensar como eu me sentiria? Eu te amo tanto, nunca quis algo com alguém, como queria com você. A gente tava indo tão bem, você estragou tudo Ryan. — disse Lola e abaixou a cabeça.

— Não tem como estragar algo que já estava estragado! Tchau Lola. — disse, e saí sem olhar pra ela.

Ouvi o barulho da porta batendo com força, suspirei, porém não olhei pra trás. Entrei no carro, e dei partida, pra qualquer lugar que fosse, só não precisava ouvir perguntas de ninguém. Minha vida não deveria ser infeliz pra sempre, uma hora ou outra, as coisas aconteceriam. E não ficando com Lola, de certa forma eu estaria bem melhor agora. Ás vezes precisamos entender, que permanecer em algo que não te faz bem, é pedir pra ser pisoteado o resto da vida.


Notas Finais


Espero voltar em breve! Comentem o que acharam do capítulo, isso é muito importante para mim!

Link do grupo de SL: https://chat.whatsapp.com/ENkyzbjk6k513RVfEF0Hjw


Amo vocês, XoXo! ❤


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