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História Secret Truths - ''Agora Draco, vá!''


Escrita por: IzzeM

Notas do Autor


Mais um capítulo quentinho. Espero que gostem. :)

Capítulo 2 - ''Agora Draco, vá!''


POV - Draco Malfoy

Um grito de dor cortou a noite, e despedaçou ainda mais sua alma. Se é que era possível. Tentou se levantar e ir até a porta, precisava fazer algo, mais grossas correntes prendiam seus pés a parede, e a medida que tentava se soltar elas o queimavam. Mais um grito, tão doloroso quanto o primeiro. Ele não aguentava mais aquilo, ouvir os gritos de sua mãe, era tão doloroso quando as queimaduras que sentia em seus tornozelos. Draco tentou mais uma vez se soltar, mais foi em vão. Então a porta se abriu e no batente da porta um homem, alto, loiro e completamente fora de si. Lúcio Malfoy ria de toda aquela cena.
                ‘’Olhe só seu aborto imundo, aprecie a vadia traidora!’’ Com um aceno da varinha seu pai arrastou sua mãe até seus pés. Lúcio estava cada vez mais louco, e ria sem parar.
                O menino olhou do pai para a mãe, caída aos seus pés, e se ajoelhou para coloca-la em seu colo. Narcisa tinha longos cortes pelo corpo agora à amostra. Seus tornozelos estavam igualmente queimados como o de Draco. Ela também ficava acorrentada quando não estava sendo torturada, ou abusada sexualmente por Lúcio. Um sentimento de ódio o tomou, e não pensando no que castigo que receberia gritou com seu pai.

                ‘’SEU PORCO IMUNDO, O QUE VOCÊ FEZ Á ELA? ME SOLTE E LUTE COMIGO COMO HOMEM, NÃO COMO O COVARDE QUE É!’’ Draco podia sentir o ódio o dominando. Mais ao ouvir aquelas palavras, seu pai também estava tomado por ódio.

                ‘’COVARDE? EU, LÚCIO MALFOY, UM CONVARDE, COMO SE ATREVE?’’ e sem remorso gritou ‘’CRUCIO!’’

     O menino caiu ao lado da mãe, uma dor torturante passou pelo seu corpo, era como se seus ossos estivessem se quebrando, sua cabeça sendo amassada por mil balaços, uma dor que invadia a sua alma. E então tudo ficou escuro.
                Quando Draco acordou, sua mãe já estava acorrentada ao seu lado, o cortes haviam parado de sangrar, e agora era visível um grande hematoma roxo em seus olhos. Narcisa estava sentada, olhando a esmo, como se estivesse em um transe ou algo do tipo. Nunca vira sua mãe naquele estado, nem em seu pir pesadelo imaginou que aquilo um dia iria acontecer. Chamou pela mãe.
                ‘’Mãe, você está bem? Fale comigo?’’
                Ela o olhou, parecia ter sido puxada para a realidade.
                ‘’Ah Draco, me perdoe por tudo isso” Seus olhos encheram de lágrimas. Draco nunca tinha visto Narcisa chorando, e no último mês isso ocorria todos os dias.
                ‘’A culpa não é sua mãe, a culpa é daquele maldito’’ SE aproximou mais da mãe, que agora soluçava.

  Narcisa se culpava todos os dias, era só o que sabia dizer desde que acordaram naquele lugar. Sua mãe e ele, não sabiam como haviam chegado ali. Lembravam-se apenas de estarem na Mansão Malfoy, poucas horas depois do fim da Guerra. E então acordaram naquele lugar, acorrentados. A princípio pensaram que estavam es Azkabam, pois sabiam que não demoraria muito e o Ministério começaria a capturar os Comensais que haviam sobrevivido. Ele e sua mãe tinham decidido se entregar se fosse preciso, a culpa não era deles, era de Lúcio. Ele sempre os havia forçado a participar das reuniões, os ameaçando e castigando para dar o exemplo, nunca tiveram escolha. Ou ficavam ao lado de Lúcio e do Lorde das Trevas, ou sofreriam as consequências. Mas então a porta que ficava a frente deles foi aberta, e um vulto encapuzado estava parado. Draco demorou a reconhecer, ou só não queria admitir. Lúcio estava com um olhar doentio, e então se dirigiu a Narcisa.
                Ele gritava, xingava, e dizia que a culpa era da mulher por terem perdido a Guerra. Ela havia mentido, dizendo que Potter estava morto, quando na verdade não estava, só para poder encontrar Draco no castelo e fugir com o filho. Que agora ele chamava de bastardo ou aborto. Sua mãe já havia contado para ele o que havia feito, e para ele não podia significar outra coisa, se não que sua mãe o amava mais que a própria vida. Não que ele duvidasse disso. Mas para seu pai, esse ato fora ridículo, para ele Draco deveria ter sido esperto o suficiente para se sair do castelo sem a ajuda de sua mãe. Lúcio se sentia humilhado, traído e a cada dia que passava ficava cada vez mais fora de si.
                 Ele os mantinha presos, no que Draco sabia ser a velha casa de tortura de sua tia Bellatriz, um lugar que ninguém poderia encontrar pois pertencia a trouxas, agora mortos e enterrados em algum lugar do jardim. No começo Lúcio aparecia uma vez ao dia para castiga-los, mas com o passar dos dias e com o aumento da sua loucura, começou a castiga-los e tortura-los três, quatro vezes ao dia. Narcisa era à que mais sofria, era evidente o ódio que Lúcio sentia pela mulher. Ela suplicava para que ele deixasse Draco ir embora, mais de nada adiantava. Os gritos de dor, eram como músicas para ele. Até que em uma das noites ele conseguiu despertar em Draco nojo, repulsa e uma vontade enorme de matar, coisa que o garoto nunca pensou em fazer. Lúcio abusava sexualmente de Narcisa, Draco não via, mais sabia exatamente o que o pai estava fazendo com sua mãe. E então Lúcio jogou sua mãe aos seus pés, ele acertou um soco no rosto do pai. Desde aquele dia as correntes começaram a queimar a pele dos dois, para que evitassem se mexer e tentar qualquer coisa contra ele.
                Os abusos e torturas aumentavam a cada dia. O menino se sentia um monte de lixo humano, por não poder fazer nada para ajudar a mãe. Aquilo o matava por dentro, não sabia quanto tempo mais aguentaria. Dois dias se passaram desde a última vez eu seu pai o torturou com um crucio. Sua mãe estava a alguns centímetros do filho. E então o chamou.

                ‘’Draco, meu filho, preste atenção...’’ sua mãe falava tão baixo, que era quase imperceptível. ‘’Esteja preparado, assim que seu pai vier me buscar, vou dar um jeito de desarma-lo e te soltar. Não, me escute Draco...’’ disse ela percebendo o olhar de pânico do filho ‘’Você precisa guardar todas as forças que puder, para conseguir aparatar e pedir ajuda, vai ter que ser rápido meu filho, eu não vou conseguir segura-lo por muito tempo.’’

                ‘’Não, isso é loucura mãe’’ sua voz saiu ainda mais desesperada que seu olhar

               ‘’Ah meu amor, loucura é nós continuarmos aqui, precisamos tentar. Eu confio em você, sei que vai conseguir’’ Ela disse com tanta certeza e convicção.

                ‘’Mas mãe, não era melhor a senhora ir e eu fico com ele, tentou desarma-lo, ou até mata-lo’’ Por um momento, a idéia de matar seu próprio pai lhe pareceu muito a melhor ideia que já teve em toda sua vida.

                ‘’Draco, eu sei que você não seria capaz, mesmo com todo o rancor que carrega no seu peito. E eu não tenho forças para correr, muito menos aparatar.’’ Ela tinha razão, a pouca comida que recebiam, mal conseguia sustentar os dois. Narcisa recebia muitos mais castigos, e torturas que Draco, á tornando ainda mais frágil, ele não fazia ideia de como a mãe ainda estava viva, e agora de como iria conseguir render o pai, e se conseguisse, para quem o garoto pediria ajuda? Ele não tinha amigos, ninguém acreditaria nele, e se fosse ao Ministério com certeza seria preso antes mesmo de dizer porque estava lá. E como se adivinhasse o que o menino estava pensando, sua mãe lhe disse:

                ‘’Quando conseguir fugir, quero que vá até o Potter, e peça ajuda á ele, Por mim Draco.’’ Ela terminou dizendo, ao notar o olhar incrédulo do filho. ‘’Tenho certeza de que ele lembrará do que fiz na Floresta Proibida, e não hesitará em vir’’ E como se estivesse pondo fim a conversa, e acreditando que o filho iria fazer o que ela disse, virou-se para o lado e fechou os olhos.

                Aquela noite Draco não dormiu, o que realmente quase não fazia devido aos gritos e súplicas de sua mãe. Mas dessa vez era diferente, ele pensava no que Narcisa tinha dito. Se ele realmente conseguisse fugir, deveria mesmo ir atrás do Santo Potter? Será que o garoto de ouro acreditaria nele, caso ele fosse até sua porta pedir socorro? Ele não sabia as respostas para essas perguntas, a única coisa que sabia era que sua mãe acreditava que ele faria isso, que ele os ajudaria. E pensando nisso, mau notou quando a porta se abriu e seu pai andou em direção a Narcisa.
                Ele ergueu a mulher, que dormia no chão, soltou-a de suas correntes e puxou pelo braço para fora. Alguma coisa chamou a atenção do menino quando seu pai se virou para sair do local, estava cambaleando e cheirava a uísque de fogo, Lúcio Malfoy estava bêbado. E como se soubesse o que aconteceria a seguir, reuniu todas as suas forças e aguardou por sua mãe. E não demorou muito, Narcisa apareceu a porta, forte o suficiente para andar até a parede de Draco. Ele percebeu que ela estava com a varinha de seu pai, mais não ouve tempo para perguntas. Ela apontou a varinha para as correntes, olhos no fundo dos olhos e disse:

                ‘’Agora Draco, vá.’’

               Ele obedeceu, e mesmo desejando dizer que a amava e voltaria para resgata-la, não conseguiu dizer uma só palavra. Agora ele já estava correndo porta a fora, passou rapidamente pela sala e viu Lúcio caído com um enorme corte na cabeça. Não parou. Continuou correndo, até conseguir achar um lugar para aparatar. E não sabendo para onde ir, simplesmente aparatou.
                Ele parou em frente a uma enorme e luxuosa mansão, tão bonita quanto aquela em que ele morava. E como por milagre, ou seja lá o que fosse, o garoto que procurava estava saindo. Blásio Zabini. Eles não eram muito amigos, mas estavam na mesma casa em Hogwarts. Sábia que o garoto era tão rico e inteligente quanto Draco. Apesar de estar na Sonserina, Blás, como era chamado, era extremamente famoso entre as outras casas, vivia cercado de amigos e garotas. E vez ou outra era visto ajudando os primeiranistas da Sonserina. Não sabendo exatamente o porque de ter ido ali, apenas o chamou.

                ‘’Blásio, espere, sou eu Malfoy. Draco Malfoy’’ Disse não querendo assustar o outro, mais pela expressão do garoto, tinha causado o contrário.

                ‘’Hey cara, o que é significa isso? ‘’ Disse apontando para seus diversos machucados ‘’ Entre, vou pedir para alguém cuidar de você’’ Nesse instante seu coração se encheu de algo que ele não sabia  exatamente o que era, mas era algo bom, devia ser a tal de esperança, foi uma boa escolha ir até Blásio, ele sabia disso.

                ‘’Sinto muito Blásio, não tenho tempo para curativos. Preciso da sua ajuda’’ Nunca pensou que diria aquilo algum dia na sua, e vendo novamente a expressão de Blásio, o mesmo também não acreditava no que estava ouvindo. Porém não disse nada sobre isso.

      ‘’Ok, eu te ajudo. O que precisa Draco?’’ Seu tom era calmo, mais ao mesmo tempo curioso.

    ‘’Potter, preciso saber onde onde ele está!’’ Agora sim a expressão de espanto de Blásio aumentou, e ficou difícil de ser disfarçada. Mais Draco não ligou era a vida da sua mãe que estava em jogo.

                Já acordando do choque que era ter Draco Malfoy, todo machucado e sujo, pedindo ajuda e pior ainda, pedindo por Harry Potter, Blás o puxou para dentro da mansão. Mesmo sem entender, o motivo de tal desespero de Draco, ele sabia que deveria ser algo sério, realmente muito sério a ponto do garoto pedir para encontrar Harry Potter, seu inimigo numero 1. Mais ainda sim, ele não deixaria de ajudar o colega. E também porque estava curioso, não podia negar. Draco percebendo isso, se deixou levar para dentro.
                A casa era realmente tão bonita por dentro, quanto era por fora. O chão era todo em mármore branco, moveis, e sofás da grande sala de visitas, era igualmente brancos. Os detalhes ficavam por conta das maçanetas de ouro puro, um ou outro cristal, pequenos enfeites de rubi, esmeralda, prata, e logo acima da lareira, um quadro todo cravejado em esmeraldas formavam uma serpente, que Draco sabia ser do brasão da Sonserina. Nem percebeu quando Blásio o deixou sozinho ali, mas o viu retornar a sala, seguido por uma mulher, devia ser sua mãe, uma linda mulher com cabelos negros que desciam até a cintura. A mãe de Blásio era realmente, uma bruxa muito linda. E pensando na mãe do colega, lembrou-se porque estava ali. Sua mãe.

                ‘’Cara, me desculpe, mas tive de chamar minha mãe. Não faço ideia de onde o Potter mora.’’ Disse o garoto, um tanto envergonhado. E antes que Draco pudesse responde-lo, a sra. Zabini falou.

                ‘’Céus garoto, o que ouve com você? Quando Blás me disse, quase não acreditei’’ Seu tom não era de curiosidade, nem espanto, mas sim de preocupação. Como toda mãe se preocupa. Isso irritou, mas de novo se coração o encheu de pesar ao lembrar de sua própria mãe.

                ‘’Mãe, sem perguntas ok? Sabe ou não onde o Potter mora?’’ Draco ficou grato pelo menino ter perguntado, antes que ele tivesse de responder qualquer pergunta. Ou ter de pedir qualquer ajuda novamente, não sabia se conseguiria fazer isso mais vezes, e tinha de reunir toda a força que conseguia, para dizer isso ao Santo Potter, ainda naquela noite.
                A mulher andou em direção, ao que parecia ser o escritório da mansão. E voltou com um exemplar do Profeta Diáro. A principio não entendeu porque a mulher voltou com aquilo na mão, mas assim que o pegou e começou a ler, pode entender. Ali havia uma matéria de duas páginas sobre a nova casa do Potter, uma herança antiga de seu padrinho Sirius Black. Draco memorizou apenas o endereço, deixando de lado todas as fofocas e especulações sobre o novo morador do Largo Grimmauld n°12. Sem pensar duas vezes, saiu correndo porta a fora e só parou quando uma mão o segurou. Blásio Zabini, estava parado pouco atrás dele.

                ‘’Se você pensa que vai sozinho, tá enganado Malfoy. Eu vou com você’’ o garoto que o segurava pelo braço, agora ria. ‘’Vamos, não disse que estava com pressa?’’ Disse, dando um sorriso ainda maior.
                Draco não soube o que dizer, não estava acostumado a ter pessoas sorrindo para ele, pelo menos não sem querer algo em troca. E pela segunda vez, sentiu que tiverá feito a escolha certa em ir até a casa do garoto. Então concordou, e juntos aparataram. Poucos segundos depois, estavam parados em frente ao número 12, do Largo Grimmauld. Seu coração acelerou.


Notas Finais


Desculpem os erros. Mas não via a hora de postar. Então revisei apenas ''por cima'' :$


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