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História Secret Truths - ''Hotel WILKINS''


Escrita por: IzzeM

Notas do Autor


Aproveitem o capitulo ;)

Capítulo 3 - ''Hotel WILKINS''


POV - HERMIONE GRANGER

‘’Vamos, vai dar tudo certo. ’’ Neville dizia calmamente a amiga, que estava visivelmente preocupada e insegura.
            O sol mal havia nascido, quando Hermione e Neville decidiram partir para o pequeno hotel de seus pais. Decidiram que não ficariam muito tempo hospedados ali, somente o necessário para Hermione descobrir se havia alguma forma de restaurar suas memórias. Abby deu a eles duas mochilas para guardarem algumas coisas, já que os dois tinham apenas a bolsinha de contas de Hermione. Abby e Lincon desejaram a eles boa sorte, e acreditavam que talvez quando os pais da garota a vissem parte de sua memória voltaria. E foi com esse incentivo, e pequena esperança que a menina aparatou com Neville para um estacionamento perto do hotel, que agora pertencia a seus pais. Eles foram andando calmamente até a entrada, e agora estavam parados lado a lado observando a placa onde se lia ‘’ Hotel Wilkins ‘’. O hotel ficava um pouco mais afastado, era rodeado de árvores e palmeiras, possuía uma pequena praia particular. Um pequeno portal na entrada, era seguido por um caminho de pedras que dava ao pequeno prédio de 3 andares. Ela pode notar que os andares a cima eram os quartos, devia haver pouco mais de 15 quartos. O andar térreo era cercado por janelas de vidro, e ela conseguia ver a recepção e a escada que dava acesso aos andares superiores. Era realmente um lugar muito bonito, pequeno se comparado aos hotéis que ela conhecia no mundo trouxa, era simples, mais a simplicidade contrastava com a calmaria do lugar. Como se tudo se completasse. Após a breve olhada ao local, ela se dirigiu ao amigo ao seu lado:

            ‘’Ok, Neville, vamos. ’’ E antes que ele pudesse responder, ela já estava andando em direção ao pequeno portal de entrada.

Seguiram o pequeno caminho de calçada de pedras, e entraram em direção à recepção. Lá dentro, o local era ainda mais acolhedor do que visto de fora, simples mais muito organizado e limpo, algumas flores decoravam o local, havia varias poltrona próxima às janelas. Neville cutucou suas costelas, fazendo a garota olhar a direção em que ele apontava com a cabeça.
            Descendo as escadas, vinha um homem com pouco mais de 40 anos, ralos cabelos castanhos que já apresentavam fios brancos, um sorriso contagiante em seus rosto, e olhos castanhos esverdeados que transmitiam uma serenidade que Hermione reconheceria em qualquer lugar. **Pai!** ela pensou, e sua vontade era correr até ele, mais sabia que não poderia. O homem dirigiu-se a eles, muito animado.

            ‘’Bom dia, em que posso ajuda-los?’’

        ‘’Ah sim, eu e minha prima estamos precisando de dois quartos, o senhor teria algo para nós?’’ Vendo que a amiga não conseguiria responder, ele respondeu a pergunta do sr. Granger.

            ‘’Claro. Temos ótimos quartos. Seria para quantos dias, para eu poder encontrar o mais adequado?’’ Respondeu já procurando no que Hermione sabia ser um computador, quarto vago para os dois, ela mesma respondeu a pergunta.

            ‘’Quatro dias, estamos aproveitando o fim das férias. ’’ Tentou parecer natural, mais não conseguiu, mas seu pai não notou. E também não a reconheceu. Ela tinha um pouco de esperança de que ao ouvir sua voz, ele talvez lembrasse algo, mais nada. Seu coração se partiu, e um vazio a tomou.


            Ela olhava seu pai, ele pouco mudou desde que ela o viu pela última vez. Lembrou-se de como ele era protetor e até um pouco ciumento. A tratava com uma princesa, e vez ou outra lhe dava doces escondido de sua mãe. Os dois eram dentistas e a mãe da menina era contra qualquer tipo de doce em casa. Ela lembrava como ele ficou assustado quando ela recebeu a carta para Hogwarts, e depois igualmente assustado e nervoso quando Dumbledore apareceu na sua casa, para explicar a eles sobre o mundo bruxo. Depois disso ele ficou realmente animado e muito feliz em ter uma filha bruxa. Se ela soubesse que ter ido a Hogwarts, ter conhecido o mundo o bruxo traria como consequência anos de luta contra as trevas, e no final a perda de seus pais, talvez ela não tivesse aceitado ir.
            Não demorou muito e uma mulher pouco mais alta que ela, com cabelos e olhos castanhos apareceu por uma porta mais ao lado da recepção, logo após as escadas. Ela estava com um lindo vestido azul claro, os cabelos cacheados, que lhe caiam pouco abaixo dos ombros. **Aaah mamãe!** ela não pode evitar que seus olhos se enchessem de água, a vontade que sentiu de correr e abraçar seu pai voltou duas vezes maior quando viu sua mãe andando em sua direção com um sorriso doce nos lábios. Será que ela havia a reconhecido, ou qualquer outra coisa do tipo. Mas seu coração se partiu em mil pedaços quando a mulher apenas disse.

            ‘’ Olá, eu sou Mônica, esposa de Wedell. Sejam bem vindos ao nosso hotel!’’

            Não conseguindo mais segurar o choro, ela abraçou Neville, e se escondeu em seu peito. O amigo não esperando o repentino abraço, demorou alguns segundos para retribuir. E percebendo o que a amiga estava sentido, abraçou ainda mais forte, ele sabia o que era aquela dor.

            ‘’Meu Deus, aconteceu alguma coisa?’’ A mulher, que agora se chamava Mônica, disse preocupada e andou em direção a eles.

            ‘’Minha prima não está muito bem, desculpem. ’’ Disse Neville, calmamente. E para sua surpresa, Hermione também respondeu a pergunta, se dirigindo ao casal a sua frente.

            ‘’Sinto muito pelo meu descontrole, mais há pouco tempo perdi meus pais. E os senhores me lembraram os dois.’’ Algumas poucas lágrimas escorriam pelo seu rosto, seu olhar era de profunda tristeza e seu coração parecia ter congelado. Ela queria correr até eles e dizer que ela era filha deles, que os amava, e pedir perdão por ter os feito esquecerem a própria filha, a vida que levavam em Londres. Era doloroso demais, aquilo tudo era culpa dela, somente dela.
            O casal a sua frente, trocou um sorriso terno e doce, e a senhora andou em sua direção. E lhe tomou em um abraço acolhedor. Hermione não resistiu e chorou mais uma vez. Era aquele abraço que sua mãe lhe dava toda vez que ela caía, ou se machucava. Era aquele abraço que ela recebia quando acordava de um pesadelo, ou tinha medo de algum filme que assistia. Foi aquele abraço que a consolou no dia que ela contou que havia sido chamada de sangue-ruim por um garoto chamado Draco Malfoy. Sua mãe a abraçou e disse que ela era uma boa filha, uma excelente bruxa e que estaria ali para defender e cuidar de sua menina. Mais agora, ela nem sabia que a menina a quem ela abraçava era sua menina, sua filha.

            ‘’Querida, sinto muito. Tenho certeza que seus pais a amavam’’ Disse a mulher, tentando transmitir tranquilidade à menina que chorava em seu abraço.

            ‘’Sinto muito, eu realmente não sei o que dizer’’ Seu pai dirigiu-se a ela e Neville, um tanto preocupado.

 Após aquele primeiro momento confuso, o sr. Wilkins/Granger os acompanhou até seus quartos, e os acomodou. Não fez nenhuma pergunta a nenhum dos dois novos hóspedes e alegando ter que ir resolver um problema em dos quartos os deixou ali. Neville, acompanhou Hermione até seu quarto e já prevendo o que aconteceria novamente, abraçou a amiga que mais uma vez chorou. Um choro silencioso, carregado de dor. Ele guiou Hermione até a pequena cama no quarto, deitou sua amiga em seu colo, e deixou que ela chorasse o quanto quisesse. E vendo que ela já não chorava, e estava em um sono profundo. Ele foi para seu quarto.
            Hermione acordou algumas horas depois, estava cansada, com muita dor de cabeça, e uma dor maior ainda no coração. Deu uma rápida olhada no quarto. Não era muito grande, mas era realmente aconchegante. Uma pequena cama onde agora ela estava deitada, com um criado-mudo ao lado, a frente havia uma janela grande, e sob ela uma escrivaninha com uma cadeira, no canto direito uma pequena porta, que ela julgou ser a do banheiro. Um armário de duas portas ao lado da porta. Tudo era muito claro, incluindo os móveis. O pouco colorido ficava por conta de um tapete em frente ao armário. E um vaso de flores, na escrivaninha. Ela andou em direção à janela, e viu que a mesma dava vista para o mar. Uma bela paisagem, sem dúvidas. Decidiu tomar um banho para relaxar, e ir até o quarto de Neville para conversar. E assim o fez.
            Pouco tempo depois estava batendo a porta do quarto, e não recebendo nenhuma resposta, resolveu descer e explorar o lugar. Quando chegou a recepção viu Neville sentado em uma das poltronas admirando a praia. Haviam mais algumas pessoas sentadas por ali, deviam ser os outros hóspedes. Deu uma olhada rápida em direção à recepção, mais não havia ninguém ali. Foi até o amigo e sentou ao seu lado.

            ‘’Boa tarde dorminhoca’’, disse o amigo rindo quando percebeu quem estava ao seu lado.

            ‘’Oi Neville, o que está fazendo?’’ Percebeu que o garoto estava com um papel e caneta na mão.

            ‘’Escrevendo para Luna, tive que pedir papel e caneta para um trouxa que encontrei no corredor, acho que eles estranhariam pergaminhos e penas’’ disse achando graça no que havia dito. Mais realmente, os trouxas dali não estão acostumados com pergaminhos e penas. Ela lembrou que precisava escrever a Harry e Rony também, fazia algum tempo que não escrevia aos amigos.

            Ficaram sentados observando o dia escurecer, e conversando sobre diversos assuntos, parecia que ambos não queriam tocar no motivo que os trouxera até ali. E como Hermione havia ficado abalada em ver os pais.

            ‘’Mais então, quer dizer que você e o Rony não estão namorando?’’ Continuou com a conversa.

            ‘’Não, depois que voltamos para À Toca, tentamos nos beijar e juro que foi o mesmo que beijar meu irmão, se eu tivesse um. Nós dois rimos da situação e percebemos que o que aconteceu na Batalha em Hogwarts, na verdade fora um impulso, adrenalina, sabe lá o nome’’ Ela respondeu se lembrando da conversa que teve com Rony poucos dias depois do primeiro beijo.

            ‘’Mais vocês são amigos ainda não são?’’

            ‘’Sim, claro que sim, nossa amizade continua a mesma. Continuamos nos vendo todos os dias, porque eu ainda não confio naqueles dois morando sozinhos. ’’

E nisso entraram no assunto da nova casa de Harry, e de como ele é um ótimo padrinho para Ted. Neville gargalhou quando ela contou que os meninos tentavam ensinar Ted a voar, mais ele quase caiu da vassoura e se não fosse por ela Ted daria com o rosto no chão. Mais logo Neville parou de rir, ao ver o olhar de censura da menina. E assim seguiram por mais uma hora, por fim decidiram subir aos seus quartos, tomar um banho e descer para o jantar. Neville já havia descoberto um restaurante somente para hóspedes do lugar.
            Hermione demorou um pouco mais no banho, a agua morna há tranquilizava. Quando por fim se banhou e colocou um vestido mais leve, pois fazia muito calor mesmo a noite, foi de encontro a Neville. Ele já a esperava na recepção. Agora conversando com o pai da menina. Os dois sorriram quando ela chegou até eles.

            ‘’Hey Mione, o sr. Wilkins nos convidou para jantar, o que acha?’’ Perguntou o garoto com um pequeno sorriso nos lábios, enquanto o homem ao lado enchia o local com seu largo sorriso.

            ‘’Por mim tudo bem. Nós aceitamos’’ Ela não sabia se era ou não uma boa ideia, mais o motivo da viagem era esse, se aproximar ao máximo deles e descobrir se eles lembravam qualquer coisa sobre a antiga, e tentar de alguma forma restaurar a memória deles.

            Meia hora depois, os quatro estavam sentados no pequeno restaurante do hotel. O local era muito bem arejado, com enormes janelas ao redor, uma brisa leve do mar preenchia o local. A iluminação era baixa, algumas mesas redondas eram dispostas por todo o local. Havia um pequeno bar, e um balcão com algumas cadeiras. Poucas pessoas trabalhavam no local, atendendo as outras mesas.

            ‘’Obrigado pelo convite sr. e sra. Wilkins...’’ Hermione começou falando ‘’... e me desculpem pelo ocorrido quando chegamos’’ finalizou.

            ‘’Ah não querida, não se desculpe, não podemos imaginar o que está sentindo...’’ Foi sua mãe quem respondeu, seguida por seu pai:

            ‘’Mônica tem razão. Não se desculpe, deve ser dolorosa uma garota tão jovem como você perder os pais tão cedo. Se pudermos ajudar em qualquer coisa, nos chame por favor.’’ Finalizou com um sorriso bondoso nos lábios.

 Ela queria dizer a eles que e podiam ajudar sim, lembrando que ela era filha deles. Mas afastou o pensamento antes que voltasse a chorar, e apenas assentiu com a cabeça. O jantar correu bem, calmo. O casal procurava saber mais sobre os jovens que estavam a sua frente. Neville foi mais rápido, e inventou uma história. Na verdade só inventou que eram primos, pois o resto era verdadeiro. Viajavam enquanto as aulas ainda não retornavam, pois sua escola havia desabado e paralisado os estudos, logo voltariam para Londres. Neville contou sobre sua namorada, e prometeu traze-la até ali um dia.
            Mais foi quando os pais dela começaram a contar sobre eles, que a menina começou a perder as esperanças de um dia tê-los de volta. Eles contaram que haviam comprado o local a pouco mais de um ano, haviam vendido o consultório que tinham em Londres e foram em busca de algo novo e tranquilo, e como Mônica adorava sol, decidiram mudar-se para Austrália e então compraram o hotel. Fizeram algumas reformas, e o abriram ao público. O local dificilmente ficava vazio, e logo tiveram de contratar algumas pessoas para ajuda-los. Mais foi quando eles disseram que não tinham filhos e nunca haviam pensado nisso realmente, que o coração da menina quebrou.

            ‘’Mônica até queria quando nos casamos, mais como ainda éramos muito jovens e precisávamos construir nossas vidas, nos sustentar, adiávamos os planos de ano após ano. Até que um dia não tocamos mais no assunto, e não tivemos filhos. ’’

            Finalizou seu pai, e então ela vendo que não conseguiria mais segurar. Pediu desculpa, alegando dor de cabeça e saiu. Correu para fora daquele lugar, correu até suas pernas não aguentarem mais. Caiu de joelhos na areia, e gritou. Um grito que estava trancado em sua garganta. Dor. Era só o que sentia. E lágrimas escorreram de seus olhos, mais uma vez naquele dia.  Ela estava quebrada.



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