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História Secret Truths - Três últimos nomes.


Escrita por: IzzeM

Notas do Autor


// nos vemos nas notas finais.

Capítulo 8 - Três últimos nomes.


POV - Hermione Granger

**Ual!**Pensou.

Ela tinha que admitir, Malfoy sabia como chegar e causar em um jantar. Não só pelo falto de ser um jantar de honras as vitimas da guerra, e ele ter sido um comensal, mas pelo fato de que estava ainda bonito do que ela jamais se lembrará.

Logo seus pensamentos foram afastados por insultos dirigidos a ele.

                ‘’Mas que diabos pensa estar fazendo aqui Malfoy? Veio tripudiar em cima da família das vitimas?’’ Dizia um homem baixinho, que ela não sabia quem era.

                ‘’Não foi o bastante o que mal que vocês comensais fizeram?’’ Uma mulher extremamente raivosa se dirigia a ele.

De alguma forma aquilo começou a incomoda-la, olhou para Malfoy e se surpreendeu com a calma e frieza que lidava com aquilo. Apenas respirando, calmamente. Ela andou lentamente até ele.

                ‘’Quem ousa convidar um Comensal da Morte, um praticante de arte das trevas, para este jantar?’’ Disse um mesmo homem baixinho. Ela continuava a não saber quem era.

                ‘’Eu!’’ Respondeu ela. ‘’Eu o convidei, ele é meu convidado de hora, que bom que aceitou meu convite Malfoy.’’ Disse calmamente, e o mais educada possível.

                ‘’Sempre uma honra, Granger!’’ Ele riu de lado, e aproximou-se dela. ‘’ Permita-me.’’ Pegou uma de suas mãos, e beijou.

Uma exclamação em uníssono foi ouvida no salão.  Mas os dois apenas riram, e seguiram juntos para uma das mesas. Todos os olhares eram direcionados a eles, conversinhas maldosas eram ouvidas em todos os cantos. Alguns afirmavam que ela devia estar bêbada, ou usando alguma droga trouxa, como já havia saído nos jornais. Outros diziam que ela era uma pobre e doce garota que caiu nos encantos de um Malfoy.

Ela procurou os amigos, e os encontrou olhando em sua direção, ambos com expressões indecifráveis. A sra. Weasley e Gina eram as únicas que a olhavam carinhosamente, e lhe davam pequenos sorrisos.

                ‘’Posso saber o que foi isso?’’ Malfoy a tirou de seus pensamentos.

                ‘’Isso o que?’’ Disse um pouco mais grosseira do que pretendia.

                ‘’Essa cena patética de ‘’meu convidado de honra’’, todos sabem que vim acompanhando a família Zabini.’’ Ríspido.

                ‘’Ah isso.’’ Disse sem interesse algum ‘’Bom, não foi nada de mais, quer beber alguma coisa?’’

Ele a olhou confuso, mas logo voltou a ficar a com cara de tédio. Apenas negou.

                ‘’Okay.’’ Levantou-se da mesa, e se foi em direção ao que parecia uma mesa de bebidas.

POV – Draco Malfoy

***Por Salazar, o que foi isso?*** Pensou.

Observou Granger levantar. Impossível não segui-la com os olhos. Nunca a viu tão bonita assim. Um vestido vermelho, que lhe caia perfeitamente no corpo magro e esguio. Suas costas desnudas, cobertas apenas por uma longa e alinhada cascata de cachos castanhos. Se não soubesse quem era, poderia dizer que era a garota mais linda que já viu na vida. Riu com tal pensamento.

Correu os olhos pelo salão. Algumas pessoas ainda olhavam em sua direção, e cochichavam. Ele pouco se importava, sabia que isso iria acontecer então o que restava era se concentrar na sua respiração, antes de avançar em alguém. Na verdade isso até o deixava um pouco entediado. Conseguiu avistar Blás conversando animadamente com uma garota de cabelos loiros, e olhar vago. Di-Lua. Anotou mentalmente que depois perguntaria o por que dele estar falando com ela. Olhou mais um pouco e viu a sra. Zabini sorrindo para fotos, ao lado do mesmo homem que havia implicado com ele. Apenas deu de ombros.

Mais foi um menininho de cabelo azul que chamou sua atenção. Ele corria entre as mesas, se escondendo de alguém. E seus cabelos mudavam de tonalidade quando ele ria. O mesmo garotinho correu em sua direção.

                ‘’Senhole esconde ted?’’

Draco nunca foi fã de crianças, sentia um enjoo só de vê-las, mais algo nesse menino chamou sua atenção. E o pegou no colo.

                ‘’Desculpa rapazinho, mais eu não entendi nada.’’ O garotinho o olhou bravo, não queria colo, queria se esconder.

                ‘’Ele disse que queria se esconder na sua mesa.’’ Um Potter cansado se aproximou.

                ‘’Não tenho dicionário de bebês Potter.’’ Respondeu, observou o menino se jogar para o colo do outro.

                ‘’Quelo vovó!’’ Pediu, e se jogou no chão, correndo em direção ao outro lado do salão.

                ‘’Ted Lupin, meu afilhado.’’ Dizia um Potter cansado, mais cheio de orgulho. ‘’De certa forma ele é seu parente, por parte de mãe.’’

Mãe. Sua mãe. Isso ainda o machucava de certa forma, ainda era tão recente. Potter notou o incomodo, e tentou mudar o assunto.

                ‘’O que foi isso com a Hermione?’’

                ‘’E eu é que sei? A amiga é sua, você deveria saber.’’

                ‘’Há algum tempo ela anda imprevisível. ’’ Disse pensativo ‘’Ainda é ela na essência, mais ainda sim imprevisível, e hoje foi mais uma situação inesperada. ’’

Draco não entende muita coisa do que o outro diz, então prefere não dizer nada. Era fato que na noite em que há viu no bar, nunca pensou que ela aceitaria sua companhia, e passaria boa parte da noite apenas bebendo em silencio, desejando fumar um cigarro, e então pagando a conta.

                ‘’Não deixe que ela se meta em encrencas Malfoy.’’ E saiu.

***Mas que diabos deu nessas pessoas hoje?*** Pensava sem entender nada.

Olhou a sua frente e viu que ela estava voltando. Dois copos, e uma garrafa de whisky de fogo. Onde ela os pegou, ele não fazia ideia, mas iria ajuda-la a beber tudo aquilo. Sentou-se ao lado dele, e sem dizer nada ofereceu um copo.

Assim permaneceram durante um bom tempo, apenas bebendo e olhando as pessoas em volta. Pessoas essas que pareciam menos eufóricas em relação à presença de um Malfoy. Observou a nova diretora de Hogwarts se dirigir a um pequeno palco e começar as homenagens da noite. Muitos nomes surgiram em uma enorme placa, que seria colocado no memorial próximo ao logo negro. O Ministro tomou seu lugar à frente do palco, e homenageou os combatentes, e destacou a importância de cada um para terem de fato chegado a vitória.

Aquilo embrulhava seu estômago. Não havia como não lembrar, enquanto centenas de pessoas lutavam por um bem maior, ele e sua família eram aliados ao Lorde das Trevas. Causadores de muitos maus, e principalmente mortes. Enquanto todos tiveram uma escolha, lutar pelo lado certo, ou morrer do lado errado, ele apenas foi jogado em um dos lados e obrigado a ficar ali. Se fosse por ele, não escolheria lado algum, talvez fugisse com sua mãe até tudo acabar. Ridículo, ele sabia, mais era só no que pensava que poderia ter mantido sua mãe viva.

Ouviu a Prof° McGonagall chamar o ‘’Trio de Ouro’’ ao palco. Granger se levantou, e caminhou em direção ao local. Visivelmente bêbada. Todos olhavam para ela.

POV -  Hermione Granger.

                Andou lentamente, tentando não virar o pé, ou cair em cima de alguém. Parou ao lado Harry e Ron, e sentiu a mão de Ron em sua cintura, como se para apoia-la em pé. Ambos, Kingsley e Minerva falaram dos feitos dos três, do quanto se arriscaram, lutaram, e correram contra o tempo pra por fim a Guerra. Do que tiveram de deixar para trás, e ela lembrou-se dos seus pais. Do fato de que nunca mais a veriam como filha, de como a vida foi cruel com ela.

Justo ela que lutou para salvar um mundo, e como prêmio teve seus pais arrancados dela. E o pior, por suas próprias mãos. Não adiantava dizer que eles estavam bem, e seguros, e quem sabe até felizes com a nova vida. Ela não estava. Ela só queria os pais.

De que adiantava ter dado paz e segurança a milhares, se ela mesma não tinha isso agora. Ninguém ali entendia, nunca entenderiam. Só sabiam julga-la pelo seu comportamento atual, lamentar que uma mente tão brilhante estivesse se perdendo. Afinal era só isso que enxergavam nela. A mente brilhante de Hermione Granger!

                ‘’Senhorita Granger, está se sentindo bem?’’ Minerva sussurrou em seu ouvido.

                ‘’Claro. Gostaria de dizer algumas palavras. Posso?’’ Olhou para a mulher, que parecia visivelmente preocupada. ‘’Não vou fazer escanda-lo.’’ Garantiu, e a outra concordou.

                ‘’Senhoras, e senhores, a Srta. Granger gostaria de dizer algumas palavras. ’’ O silêncio foi imediato. Todos olhavam curiosos, e com certo olhar duvidoso para o palco.

Ela adiantou-se a frente, retirando delicadamente a mãe de Ron de sua cintura. Respirou fundo.

                ‘’Boa noite a todos.’’ começou, ‘’É com grande satisfação que venha aqui esta noite, prestigiar e homenagear entes queridos, que perdemos durante a Guerra, e principalmente aqueles que perderam suas vidas neste Castelo. Mas sinto, em dizer que há nomes faltando nesse memorando. Sim, três nomes na verdade. ’’ Ela andou em direção a mesa onde estava Malfoy.

                ‘’Bom dois desses nomes vocês se quer ouviram! Se quer sabem que existem, ou há quem pertenceram, como e de que forma perderam suas vidas, e quem as tirou. Não é de conhecimento de nenhum de vocês o quanto eles amavam e faziam de tudo pela sua única filha.’’ Respirou fundo ‘’Sim, eles a amavam, mais do que tudo no mundo. E sabe como ela retribuiu esse amor? Tirou-lhes a memória! É isso mesmo, a própria filha apagou suas memórias e os mandou pra outro país, porque nem ela tinha certeza se venceriam a guerra. Mas ela egoistamente arrancou-lhes o direito de escolher lutar ao lado dela, mesmo sendo apenas trouxas, ela escolheu correr pelo país em busca de objetos que ela nem sabia quais eram, ao invés de ficar, cuidar e proteger a única família que ela tinha.’’ Lágrimas escorriam de seus olhos, o salão estava em completo e mórbido silêncio. Ela sentiu uma mão tocar a sua, e percebeu ser a de Malfoy.

                ‘’Essa mesma menina que hoje recebe homenagens por salvar um mundo do qual ela nem sabia que existia, é a mesma que um dia afastou as únicas pessoas que a amavam pura e verdadeiramente. É a mesma que abriu mão de uma família, para lutar em uma batalha quem nem ao menos era sua. E hoje todos os dias, antes de dormir, tudo que ela quer é só um abraço puro e sincero, mais então ela lembra que nunca vai tê-los. E a pior dor da sua vida, pior que a morte em si, foi ter ficado frente a frente com eles, e eles nem ao menos se lembrarem dela. Ela só queria ter morrido na Mansão dos Malfoy aquela noite, tudo é válido, menos a expressão de algo desconhecidos nos rostos dos pais.’’ Suspirou, e apertou ainda mais forte a mãe que a mantinha em pé. ‘’Sendo assim, eu acrescento mais dois nomes, Mary Anne e Jhonatan Petter Granger.’’

Pequenas conversas começaram pelo salão, dois nomes apareciam na placa do memorial, a dor era sentida em cada letra que ali aparecia. Algumas pessoas derramavam lágrimas. A sra. Weasley parecia um poço sem fundo de lágrimas, e era amparada por um dos filhos. Hermione pigarreou, pedindo silêncio, e o mesmo se fez novamente.

                ‘’Então, resta apenas um nome. Particularmente eu não conheci essa pessoa, mesmo estando em sua casa uma vez. Mais eu conheço alguém que pode fazer isso por mim.’’ Ela gentilmente puxa Malfoy da cadeira, e o faz ficar de frente para o salão.

                ‘’Por favor sr. Malfoy, a palavra é toda sua.’’ Ela sorri.

POV  - Draco Malfoy

                Ele ri. E sem entender o real motivo daquilo, nem porque concordou com aquilo. Mas talvez o fato de ser a única chance de falar de uma só vez a verdade, o tenha incentivado a começar a falar.

                ‘’Creio eu que vocês nunca a conheceram. Apenas matérias, e especulações que saiam em jornais e revistas. Nenhum de vocês sabe como ela era doce, gentil, e amava seu único filho. Como ela era dedicada, e verdadeiramente apaixonada por ele, e apenas ele. Como ela adorava cuidar do seu imenso jardim, ou ler livros de romance, onde haviam finais felizes para os casais e suas famílias. Ninguém sabe, como la no fundo ela suplicava para que um dia seu marido a amasse, e protegesse a sua família, ao invés de servir alguém que o desprezava.’’ Sua mão tremia, e dessa vez foi Granger quem o segurou.

                ‘’Nenhum de vocês estava lá quando ela apanhou pela primeira vez, e mentiu para o filho dizendo que foi um acidente doméstico. Ninguém estava lá enquanto ela viu o próprio filho ser castigado por não ser como o pai. Algum de vocês sabe quantas vezes ela implorou para ela ser castigada no lugar do pequeno menino? Não, não sabem, mais eu digo... Milhares de vezes. Ela chorou, implorou, suplicou. Ela viu seu único filho ser obrigado a participar de algo que ele não queria, mais para não ver a mãe sofrer ele foi. Ele viu sua mãe ser traída e enganada dentro da própria casa. Ele viu sua mãe aguentar cada momento de dor, sem nunca perder a esperança. Ela teve a coragem a de mentir para o homem mais poderoso que ela, apenas para ver seu filho. Reencontra-lo e salva-lo do próprio pai.’’

Ele respirava ainda mais fundo, e mais rápido. Agora de olhos fechados, não queria deixar cair uma lágrima se quer.

                ‘’Essa mesma mulher e o filho foram aprisionados, e torturados devido a essa mentira. O homem os julgou culpados e aliados dos inimigos. Ambos foram cortados, queimados. Ela foi estuprada e espancada durante horas, repetidas vezes. Mais isso ninguém viu ninguém estava lá! Mais ainda sim ela não perdia a esperança, de que um dia sairiam dali, conseguiriam ajuda e seriam felizes juntos, somente os dois, mãe e filho. Ela sonhava com um pequeno chalé, onde ela poderia finalmente ser ela, ser livre, fazer o que quisesse ter amigos, conversar com pessoas sem ser acusada de nada. Ela só queria paz. Mais esse mesmo homem, que a machucou e torturou durante anos, tirou sua vida. E para aquele menino, que morreu com a mãe nos braços, tudo o que ele queria é se juntar a ela. Ele havia acabado de perder sua fonte de amor, paz e esperança. Ele estava sozinho. Agora ele andava sozinho por ai, ouvindo insultos de pessoas que se quer sabem da verdadeira história. Eles estava sozinho, sem ninguém para ama-lo, ou amar.’’ Abriu os olhos lentamente, respirou fundo.

                 ‘’Sendo assim, o último nome da última vitima é: Narcisa Malfoy.’’


Notas Finais


oi gente, cá estou novamente após dias sem postar... a verdade é que perdi um pouco da vontade, visto que não tive retornos. è chato, não gosto de pedir as coisas, mas pensei que se tivessem gostando mesmo iriam comentar sabe, pois é isso que eu faço, mas não foi o que tive aqui. Isso desanima, sério, porque a gente passa horas e horas, apagando e reescrevendo. Eu so tenho tempo durante a madrugada, e aproveitei que hoje é feriado para escrever (estou escrevendo desde as 3 da manhã, e só terminei agora, 06:45!)
Enfim, gostaria de agradecer única e exclusivamente á Elizabella, primeiro por ter expressado sua opinião e mais ainda ter me dado uma luz durante meu bloqueio criativo. - Obrigada mesmo, de todo coração.. Enfim, é isso galeuras... Obrigado se alguém chegou até aqui, e leu isso também.

Beijos, até qualquer dia...


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