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História Secreto (II Temporada) - Elcastian - Parte um.


Escrita por: Satoji

Notas do Autor


Boa noite leitores.

Mais um capítulo para vocês, a partir do próximo muitas coisas vão mudar para três personagens: Kagome, Ikuto e Meredith.

Bem, estou sem Beta >: infelizmente ela teve problemas, então, peço desculpas por qualquer erro que venha a ter na fanfic.

Ah, estarei indo viajar no sábado, então, pode ser que eu demore um pouco mais para postar, sem mais delongas, boa leitura.

Capítulo 5 - Elcastian - Parte um.


Fanfic / Fanfiction Secreto (II Temporada) - Elcastian - Parte um.

24 de Fevereiro de 1885 — 10h36min 

 

Kagome deu um passo a frente, deixando os rapazes sem reação, ela iria mesmo enfrentar aquele projeto de zumbi? Caminhando em direção a ele, ela tirou a espada da bainha. Sim, ela já suspeitava que algo assim aconteceria. 

 

— Kagome — Chamou Inuyasha pela primeira vez — KAGOME — Chamou pela segunda, mas a garota já estava tomada pelo ódio. 

 

Caminhava de encontro ao objetivo. Iria matar aquele projeto mal feito do chapeleiro. Ela dava passos largos e rápidos, mirava os olhos verdes e brilhantes nos castanhos escuros da criatura a sua frente, aquela que era parecida com seu marido, morto, a anos atrás. 

O zumbi começou a correr em direção a Kagome, ele não tinha medo, ele não tinha alma. Ikuto arregalou os olhos, ela corria rápido e iria se machucar. Então, o garoto ouviu um sussurro, algo que pelo que ele via, ninguém mais conseguia escutar. 

 

"Joia... Jaguadarte..." 

 

O barulho das espadas cantando chamou a atenção do jovem, ele estava perdido no sussurro que ouvirá, viu o rosto da mãe fechado e irritado, o rosto do finado pai, o qual, conheceu por fotos e pelo sonho que havia tido, carrancudo ele estava, se o garoto não intervisse sua mãe poderia se machucar. 

Deu um passo e sentiu algo segurar seu peito, o impedindo de continuar. 

 

— Não — Boris o parou — Isso é com a Kagome. — O garoto voltou a olhar a mãe, ela havia derrubado o projeto de zumbi no chão, chutando o estomago do mesmo. Porém, o monstro levantou-se e continuou a investir contra ela. 

— Não vou assistir isso — Inuyasha desembainhou sua espada e seguiu em direção a Kagome e Blood. 

 

Tweedle Dum também já caminhava, indo em direção a eles, assim como Peter, Julius e Eliot. Porém, foram impedidos por uma voz vinda do meio  das folhagens. 

 

— Parece que todos os homens e cavalos da rainha se colocaram em ação — O Zumbi parou seu movimento, fazendo Kagome arquear a sobrancelha e mirar o dono da voz, o qual, caminhava em direção a eles naquele mesmo momento. 

— Suma daqui — Sesshoumaru estava ao lado de Kagome, o que a assustou um pouco. Como seu pai havia chegado tão rápido ao seu lado? — Wonderland pertence a Alice, agora. 

— Não por muito tempo... — Piscou — Volte Duplê, temos coisas a fazer... 

— Você não vai a lugar algum com ele — Kagome com um balançar de espada, iria arrancar a cabeça do chapeleiro, porém, sentiu algo segurar seu braço e um fio gelado se aproximar de seu pescoço. 

— Essa cena — Sorriu o Joker, enquanto segurava sua adaga contra o pescoço de Kagome. Sesshoumaru levantou a espada em direção a cabeça de Joker, que sorriu de maneira ainda mais larga — Tente me cortar e eu cortarei ela, é somente um efeito dominó. 

— MÃE! — Gritou Ikuto. Kagome tentou levantar mais o pescoço, mas sentiu a lamina lhe fazer um fino corte, o sangue escorria por seu pescoço. Mordeu a boca com força. Estava fraca, seus poderes mentais não estavam funcionando. 

— Solte-a — Ordenou Sesshoumaru. 

— Calma — Joker se colocou a caminhar junto de Kagome. Ela se manteve calma — Vejo que toda vez que a encontro, seu cheiro é diferente... Estaria prenha novamente? — Sussurrou as palavras ao ouvido de Kagome, fazendo com que somente ela ouvisse.  

 

Começou a ficar mais irritada que antes. Inuyasha e os outros pareciam de mãos atadas, um movimento em falso e ele separaria a cabeça do corpo da garota. 

 

— Como voltou a vida, Joker?  

— Bem, isso é uma coisa que somente eu sei — O homem se pronunciou ficando próximo a Kagome — Vim lhes fazer um convite... O festival da colheita do Reino de Elcastian se aproxima, como sabem, precisamos unir os reinos — Sorriso largo e maldoso formou-se no rosto do homem — Adoraria que o reino de Wonderland e de Elcastian se unissem nesse festival. 

— Você só pode estar ficando louco — Falou Dum, com os punhos serrados — Sabe que Elcastian está morta. O rei Destraniam se foi a anos, nada cresce e nada se move naqueles lados... 

— Nada CRESCIA ou se MOVIA, com minha chegada as coisas ficaram bem mais... como posso dizer?... 

— Bonitas, meu senhor — Joker ainda segurava a adaga contra o pescoço de Kagome, a fazendo se irritar cada vez mais. 

— Isso — Sorriu — Espero os ver em nossa celebração — O homem, possuidor de uma capa longa e negra se colocou a caminhar devagar em direção a floresta novamente. 

— Espero a ver logo, querida Alice — Joker mordeu a orelha de Kagome e a jogou no chão, fazendo ela ralar as próprias mãos no chão de grama aspera. 

— Venha Duplê.  

— Não mesmo — Kagome se levantou e com o balançar de sua espada, arrancou a cabeça do "zumbi". 

 

Ikuto arregalou os olhos, vendo o tamanho da força que sua mãe poderia ter quando irritada. Observou a cabeça rolando pelo jardim e o sangue. Viu o corpo sem vida cair de joelhos e depois se esparramar pela grama. Ouviu Meredith gritar, mas não se virou para ver. Ele estava paralisado pela cena. 

As coisas sempre foram assim? Sua mãe sempre fora sem coração? Ela fazia realmente esse tipo de coisa? Ou foi transformada nisso? Sentiu suas pernas arquearem e caiu de joelhos sobre a grama, estava tonto.  

Boris abaixou-se e sussurrou baixinho para ele. 

 

— Não é seu pai, não se preocupe — Abraçou o garoto, que sentia as lágrimas descerem pelo rosto, o que era aquele sentimento? 

— Como você sabe? — Sussurrou, sentindo os braços do gato sobre ele, as coisas estavam estranhas. 

 

Porém, uma fumaça se formou, fazendo com que o corpo sumisse e um boneco de madeira, pequeno, tomasse o lugar do corpo que deveria estar atirado ao chão. 

 

— Achou mesmo que eu iria traze-lo de verdade? Minha cara... — Kagome arregalava os olhos, o que significava aquilo? — Eu não poderia deixar meu brinquedo se machucar logo de cara. Sorriu.  

— Maldito seja você, Naraku — Kagome ergueu os olhos a Naraku e então disse por fim — Eu estarei lá — Apertou com força o cabo da espada, vendo o sorriso cada vez mais largo na face de Naraku. O antes intitulado "rei de copas". 

— Três semanas... Meu objetivo aqui está concluído, vamos Joker — Deu as costas, caminhando de volta a floresta. Kagome foi em direção a Boris, arrancando de suas costas o porta flechas, pegou do chão o arco e então com uma das flechas , lançou em direção ao homem. 

 

Joker sorriu, ao ver como a flecha passou pelo corpo do homem e nada aconteceu, fazendo Kagome ficar mais irritada. A garota pegou outra flecha e jogou em direção a Joker. O mesmo aconteceu com ele. 

 

— Não sou tão idiota — Falou o homem ainda de costas — Não me daria o luxo de aparecer para você tão cedo.  

 

Dito isso, como fumaça, ambos desapareceram. Kagome sentiu as lágrimas caírem por seu rosto, havia sido enganada? Estavam brincando com ela? Jogou o arco no chão e correu para dentro do castelo. 

 

— KAGOME —  Gritou Inuyasha, quando estava prestes a correr em direção a ela, foi segurado por Sesshoumaru. 

— Deixe-a — Ordenou — Ela precisa absorver isso...  

 

Inuyasha olhou o boneco de madeira jogado no chão do jardim, apertou o próprio punho. Mais uma vez, ele não conseguiu proteger Kagome de Blood e muito menos de um dos herdeiros do reino de copas. 

 

24 de fevereiro de 1885 — 21h22min 

 

Observava o teto, estava confuso. Quem era aquele homem? E porque tanto ódio sua mãe sentia por Blood? Sentou-se sobre a cama e passou os olhos confusos por todo o quarto. Lembrava-se das histórias de Boris, Peter e Eliot sobre seu pai. 

Eliot tinha um jeito animado e risonho de falar de Duplê, era como se fossem um só, era mágico. Peter falava de maneira mais rígida sobre Blood, falava em como o chapeleiro era cruel com erros e coisas desagradáveis. Já Boris, bem, Boris falava que o chapeleiro fazia de tudo para ter o que era seu por direito. 

Precisava saber o porque das coisas estarem caminhando para aquele rumo. O sussurro, o sonho... Tudo tornava-se tão confuso e tão limpo. O sonho parecia real, estaria ele visitando memórias passadas de sua mãe? Lembrou-se da face da mesma quando terminou de falar sobre o sonho.  

Os olhos dela ficaram paralisados, teria ela tido algum sonho parecido? Queria abrir o peito e gritar todas as duvidas que tinha mas, era impossível, pelo menos naquele momento. 

 

— Posso entrar? — Meredith estava em pé do lado de dentro do quarto, ela observava Ikuto a um bom tempo. 

— Me assustou — O rapaz mordeu o próprio lábio — Sente-se aqui e me ajude a pensar. 

— Pensar? Sobre o que? — A garota caminhou de maneira calma até a cama do rapaz, sentando-se ao seu lado. 

— Acha que meu pai pode ter mentido? 

— Como? 

— Não sei, sobre algo que aconteceu no passado? — Os olhos deles se encararam, Ikuto se aproximava dela, Meredith levantou-se e então falou. 

— ER... Vou dormir, qualquer coisa, sabe onde me encontrar — Sorriu, saindo do quarto e deixando o rapaz sozinho novamente.  

 

Ikuto deitou e observou o teto, olhando de maneira fixa um ponto qualquer em seu teto. Sentia a cabeça latejar, era como se uma enxaqueca repentina estivesse a se manifestar. Apertou os olhos com força. Sentia uma dor chata indo e vindo.  

Era como se algo fosse lhe arrebentar a cabeça e sair daquele local. Seus olhos ainda fechados, estavam a formigar lentamente. Sentiu-os molhados. Passou a mão por eles e não havia lágrimas, até que então, sentiu o corpo estremecer. Era uma visão. 

Abriu os olhos. Não estava em seu quarto, era um local frio. O gelo fazia camadas e mais camadas sobre o chão. Olhou em volta, queria encontrar algo para lhe mostrar onde estava, não conseguia. Estava sentindo-se enjoado, o vento frio cortava suas bochechas, abraçou os próprios braços e então algo se modificou no cenário. 

Imenso e assustador, pelos brancos, olhos incrivelmente vermelhos, em sua testa havia uma lua roxa. Ikuto deu um passo para trás e sentiu os pés gelados. Estava descalço. Moveu-se mais um pouco, a criatura estava a lhe encarar, o que fazia o rapaz ficar mais e mais nervoso.  

Sentiu algo molhado embaixo de seus pés. Impossível, pensou o rapaz. Estava na neve, não era possível que existisse algo líquido, ainda mais na temperatura que se encontrava a região. Abaixou os olhos e a poça vermelha se fazia presente, enchendo seus olhos de terror. 

O enorme e assustador cão, andava de maneira lenta indo em direção ao corpo que era o causador da poça de sangue sobre a neve. O rapaz engoliu em seco, o animal era enorme, como não havia o notado? Um uivo. Ikuto assustou-se. 

O homem dono do sangue que se encontrava fora de seu corpo, possuía cabelos brancos e em seu rosto possuía duas marcas roxas, parecidas com as que seu avô carregava no dele. Aproximou-se devagar e viu o grande cão aproximar-se novamente do corpo e mexer com o focinho sobre ele. Outro uivo. O homem realmente estava morto. 

Ikuto fechou os olhos e apertou de maneira forte, quando os abriu de novo. Um tumulo e o grande cão estava sobre ele novamente. Uivando de maneira descontrolada. Ikuto caminhou em sua direção e quando estava prestes a tocar seus pelos prateados, uma garota apareceu. 

Ela caminhou na direção do enorme cão. Seus cabelos eram longos e negros como a noite. Seus olhos castanhos estavam marejados. Ela usava um casaco enorme e branco, passou a mão sobre os pelos do animal e o abraçou em seguida. 

 
 

— Sesshy... — Sussurrou ainda abraçando o enorme animal. 

— Sesshy? — Ikuto perguntou a si mesmo, seria possível ser seu avô e sua avó? 

— Não se preocupe, vamos dar um jeito para que tudo se resolva — Ela continuava a acariciar os pelos do animal. Outro uivo, agora mais alto e estridente. Assustou a garota. Rosnando para ela. Sorriu, voltando a acariciar o animal, mas agora, acariciava sua enorme orelha. — Eu sei, também odeio o maldito Copas e sua linhagem — Cuspiu as palavras — Não se preocupe, não vou me entregar a ele. 

— Vovó? — Chamou Ikuto, mas parecia que eles não o ouviam. O grande animal saiu correndo em direção a neve, deixando a garota sozinha em frente a lápide. 

 
Ikuto aproximou-se e pode ler o nome escrito nela. Destraniam, sussurrou baixo em seus próprios pensamentos, esse era o nome de seu bisavô? Tentou buscar o nome dele em sua memória mas, acabou por fracassar. Ele realmente não sabia. Voltou os olhos a sua avó e viu um longo e enorme vulto preto a abraçar por trás. Correu até ela, tentando a ajudar. Mas acabará por acordar da visão. 

 
— QUE DROGA FOI ESSA? — Olhava as próprias mãos abismado, o que estava ocorrendo com ele? Precisava falar com sua mãe o mais rápido possível.  

 
 

Levantou-se de sua cama em um pulo, sentiu a claridade incomodar seus olhos e aos mirar na janela, viu que a manha ja havia chegado. Eu não dormi? Quanto tempo isso durou? As perguntas sem resposta. Apertou o punho, finalmente havia despertado seus poderes? Era possível isso? Correu em direção a porta e a abriu.  

Não sabia as horas ao certo, mas, com toda certeza já era mais de sete da manha. Correu o imenso e extenso corredor, a porta de sua mãe era logo adiante, queria falar com ela a sós, sem ninguém a atrapalhar. 

Durante a corrida, pensou em falar com seu avô mas, ao se lembrar da cena do mesmo correndo em direção a neve, de maneira desesperada, achou melhor não cutucar feridas antigas. 

Ouviu cochichos, ergueu a sobrancelha, estaria sua mãe acordada? 

 
 

— Quer dizer que não sentiu eles chegando? — A voz era masculina. Inuyasha, certamente é Inuyasha. 

— Não — Respondeu friamente — E eu não sinto mais presença nenhuma — Bufou a garota. Ikuto abriu a porta devagar, vigiando somente pela brecha, os dois estavam com suas roupas de guerra. Kagome vestia sua armadura e Inuyasha também —  Creio que perdi meus poderes. 

— Impossível — Pegou nos ombros da garota — Você só precisa descansar, creio que isso fará diferença. 

— Inuyasha — Virou-se em direção a ele e encarou seu rosto, estava preocupada — Naraku veio assombrar meus pais. Sesshoumaru o matou a anos atrás para impedir o casamento dele com Rin, e ele voltou. 

— Não — Negou, abraçando a mulher a sua frente. Ikuto da porta arregalou seus olhos, sua mãe e Inuyasha tinham um caso? Ele estava ouvindo toda a conversa, por mais que estivessem falando baixo — Naraku quer dominar Wonderland e seus arredores. Ele começou isso tudo matando meu pai — Suspirou — Casar-se com Rin era somente um pretexto para evitar uma guerra como a de Elcastian.  

— Por favor, não conte a ninguém que perdi os poderes — Pediu Kagome — Eu tenho medo de chegar ao ouvido de Naraku... 

— Nunca abriria meus lábios sobre isso — Sorriu — Venha, tire essa armadura e deite-se. — Kagome assentiu com a cabeça e Inuyasha beijou seus lábios devagar. Da porta Ikuto viu a cena e sorriu, realmente, eles tinham um caso. Quando finalmente decidiu entrar, ouviu um barulho vindo atrás de si, decidiu se esconder atrás da pilastra próxima ao quarto e foi o que fez. 

 

Correu até o local e se apoiou de modo que ainda tivesse uma visão ampla da entrada do quarto de sua mãe. Tweedle Dum vinha de maneira majestosa pelo corredor. Ikuto estreitou os olhos. O que o guarda costas do reino iria querer com a rainha tão cedo? 

Ao chegar próximo a porta, bateu na mesma. Bateu uma, duas, três e quando iria bater a quarta vez, Inuyasha apareceu. Saiu do quarto e fechou a porta atrás de si, cruzou os braços frente ao corpo e encarou o outro homem. Essa eu quero ver. Pensou o garoto enquanto imaginava o que o tio diria ao guarda costas. 

 

— Muito cedo para estar nos aposentos da rainha, não acha? — Perguntou Tweedle Dum com arrogância. 

— Digo o mesmo ao ser que iria a atrapalhar em seu sono. Kagome não dormiu. 

— Tenho noticias de Elcastian que devo passar a ela... 

— Mais tarde, Kagome precisa descansar — Falou Inuyasha novamente, segurando o ombro de Tweedle Dum. 

— Eu não sei... Mas acredito que você me encara de uma forma diferente, eu diria... Como um inimigo, estou certo? 

— Você sabe quais meus sentimentos em relação a rainha e quais os teus — Inuyasha encarava os olhos vermelhos de Dum com superioridade, nem parecia que era somente o cavaleiro — Eu espero que dê meia volta e saia daqui, agora. 

— Espero que saiba que, eu não irei desistir — Dum pareceu estar sério em sua decisão. 

— E espero que saiba que minha lamina é fria e afiada. 

— Nos vemos mais tarde — Dum deu as costas, caminhou em direção as escadas e desapareceu. 

 
Inuyasha esperou um tempo e depois fez o mesmo. Ikuto saiu de trás da pilastra, sorriu e caminhou de volta a seu quarto. Falaria com sua mãe mais tarde. 

 

25 de fevereiro de 1885 - 10h23min 

 

— Tio Inuyasha — Chamou Ikuto, enquanto via Inuyasha adentrar um dos corredores — Posso falar com você?  

— Claro — Inuyasha foi até Ikuto, caminhando em passos largos. 

— Vamos a biblioteca — Sugeriu o garoto, o homem assentiu e ambos andaram pelo enorme corredor. 

 
Inuyasha não fazia ideia do que o garoto queria com ele, ou talvez, ele tivesse suspeitado da relação que esse tinha com sua mãe. De qualquer modo, ele contaria a ele sobre tudo mais cedo ou mais tarde. 

A larga porta se abriu, dando espaço para que ambos entrassem na sala. Ikuto entrou primeiro e sentou-se a mesa, onde antes, era ocupada por Blood. Inuyasha não poderia negar, a semelhança entre ambos era muita. Desde os cabelos a voz, a face, tudo em Ikuto lembrava Blood, a não ser por seus olhos verdes, aos quais, eram de Kagome. 

 

— O reino de Elcastian fica onde? — A pergunta do rapaz desnorteou a Inuyasha. Essa era sua duvida?  

— Ao norte — Respondeu — O inverno do local dura três estações das nossas — Sentou-se em frente ao rapaz. 

— Então, está frio... — Ikuto parecia querer saber como era o terreno inimigo, parecia querer se preparar para a batalha — Os lobos? Como são? 

— Brancos e grandes... Diria que até maiores que a Ruin Colossal... Porque todo esse interesse? 

— Tio, prometa que não contará a mamãe... Eu estou tendo mais visões em meus sonhos. Eu vi um grande lobo branco, sobre um tumulo. Este tumulo tinha o nome de Destraniam, que creio ser o antigo rei daquelas terras. 

— Exato — Inuyasha estreitou os olhos — Tem certeza disso? Não acha que está os associando por conta do que ouviu e viu?  

— Não — Ikuto respondeu — Eu iria falar com a minha mãe antes do treino, mas percebi que estava ocupada — Corou. Inuyasha observou o semblante do rapaz e então perguntou. 

— Você... Nos viu? 

— Sim. — Respondeu prontamente — Não sou contra, mas, deveriam tomar mais cuidado. Peter e Tweedle Dum tem ouvidos sobre as paredes. 

— Malditos — Praguejou — Então, você nos viu e retornou por que? — Perguntou arqueando a sobrancelha. 

— O primeiro foi Tweedle Dum. Ele pareceu quando eu iria entrar no quarto e o segundo... Ela está diferente — Respondeu novamente — Não reconheço essa Kagome. 

— Calma — Pediu Inuyasha — Continua a mesma porém, quando guerras se aproximam ela fica mais rígida, mais... Fria. 

— Isso — Suspirou — Nem parece a minha mãe. 

— Tenha paciência... Ikuto, preciso contar a você uma coisa. 

— Espere — Pediu o garoto — Tem alguém a porta. 

 

Ambos se viraram, Tweedle Dee entrava sorrindo, sendo seguido por Meredith que também sorria de alguma coisa qualquer. O fato da garota que lhe roubará o coração estar sorrindo para outro o irritava. 

 

— Posso saber o que fazem aqui? — Perguntou em seu tom mais frio. Inuyasha encontrou mais uma das semelhanças entre ele e Blood. O jeito frio ao tratar sobre o que era seu naquelas circunstancias. 

— Majestade — Tweedle Dee se reverenciou sendo seguido por Meredith — Desculpem estarmos atrapalhando, eu só estava mostrando o castelo a... 

— Não há necessidade de mostrar nada a ela — Encarou a garota, que mordeu o lábio.  

— Ikuto — Repreendeu-o Inuyasha — Deixe a garota conhecer o castelo... Tweedle Dee, chame Ayame, por favor. — O rapaz deu meia volta e saiu, tendo a deixar os três sozinhos na sala — Vou me retirar — Falou Inuyasha — Terminamos nossa conversa mais tarde — Ikuto assentiu, vendo o "tio" sair pela porta e a fechando. Deixando os dois sozinhos. 

 

Meredith não sabia explicar, mas se sentia bem ao lado de Tweedle Dee, assim como se sentia bem ao lado de Ikuto. A garota caminhou em direção a ele, devagar, sentindo seus joelhos balançarem. 

 
— Espero que esteja gostando da estadia no castelo — Sorriu de maneira sarcástica — E espero imensamente que a companhia de Dee a satisfaça, pois é a única coisa que terá a partir de agora. 

— Espera — Ela correu até ele e se ajoelhou a sua frente, segurando sua mão — Não é isso, estávamos somente conversando. 

— Continue a conversar — Levantou-se, Meredith se levantou em seguida, ainda tentando o impedir de sair daquele local — Não quero trocar nem mais uma meia dúzia de palavras contigo. Primeiro Eduardo, agora Tweedle Dee... Quem será o próximo? Não cansa de ser uma vagabunda? — Sentiu o arder em seu rosto, o som ecoou o cômodo. Devagar ele virou o rosto em direção a ela. 

— Idiota — Os olhos de Meredith estava marejados, as lágrimas escorriam sem dó por sua face. 

— Lágrimas de vagabunda — Cuspiu as palavras, a deixando mais machucada. Levantou novamente a mão para lhe dar outro tapa, mas ele segurou seu pulso — Espero que fique bem — Soltou o pulso da garota, passando por ela e indo em direção a porta. 

 

Caiu de joelho e chorou, estava machucada. Será que Ikuto não entendia o valor de uma amizade? Não entendia que as coisas entre ela e Dee e entre ela e ele eram diferentes? Não entendi que não eram os mesmos sentimentos? 

 
— Meredith? — Tweedle Dee não havia ido chamar Ayame de maneira alguma. 

— Saia Dee — Pediu ela, ainda em lágrimas. Ele fechou a porta atrás de si e foi em direção a garota que chorava desesperada. 

— Desculpe, acho que lhe causei problemas — Balançou a cabeça de forma negativa, sorrindo em meio as lágrimas. 

— Eu tinha razão Dee... Ikuto é demais para uma simples camponesa do vilarejo — Sentiu as lágrimas lhe invadirem os olhos com mais força e vigor, sendo abraçada por Tweedle Dee.  

— Não fale asneiras — Sorriu — Você é perfeita, Ikuto tem medo de perder seu coração... 

— Acabou de perder — Limpou as lágrimas — Foi a ultima vez que tentei falar sobre meus sentimentos com ele.  

— Meredith... 

— Eu sei que somos de mundos diferentes, as preocupações dele são com o reino e nada mais. Amanhã retorno ao vilarejo. Espero que entenda — Sorriu a cariciando o rosto do rapaz a sua frente — E me desculpe. 

 
  

 

And that's all...? 

(E isso é tudo...?)


Notas Finais


Bem, é isso. Espero que estejam gostando. Deixem seus comentários, o que acham que irá acontecer?

Beijos e até mais ~


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