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História Secreto (II Temporada) - Elcastian - Parte dois - Ikuto.


Escrita por: Satoji

Notas do Autor


Como disse, eu voltei :D
Esse é o complemento do capítulo anterior e a segunda parte do capítulo cinco. As coisas realmente estão mudando para nossos queridos "amigos", o próximo capítulo voltará a narração normal. Espero que gostem.

Sem mais delongas, boa leitura.

Capítulo 7 - Elcastian - Parte dois - Ikuto.


Fanfic / Fanfiction Secreto (II Temporada) - Elcastian - Parte dois - Ikuto.

IKUTO

 

26 de fevereiro de 1885 – 08h16min

— Certo — Minha mãe cruzou os braços em frente ao corpo, estranhei seu rosto estar sério daquela maneira — O que você fez?

— QUE? — Espantei-me — Eu não fiz nada!

— Não? — Bufou — Então, me explique o motivo de Meredith decidir voltar a aldeia tão de repente.

— Como assim? — Parecia que minha ficha havia caído. Eu a tratei mal na noite anterior, é claro que ela iria embora — Quando?

— Escute aqui — Minha mãe se aproximava de mim e seus olhos tomavam a cor vermelha de maneira violenta. Comecei a sentir medo — Garotinho sem coração, se eu sonhar que você maltratou essa garota — Senti meu coração gelar, eu havia a maltratado sim — Eu arranco seus olhos... — Com seus olhos em chamas ela saiu. Deixando-me sozinho.

— Droga! — Sentei-me a mesa e fechei meus olhos. Eu não deveria ter dito aquelas coisas de cabeça quente.

 

                Eu não sei o que acontece comigo quando se trata e Meredith, é como se uma força tomasse conta do meu interior e me tirasse do comando. Senti meus olhos latejarem. Tentei os abrir mas não conseguia. Apertei a toalha da mesa com força e a puxei, eu ouvi os talheres caindo mas, não conseguia os ver.

                Soltei um berro, a dor vinha como agulhas em meus olhos e então finalmente consegui os abrir mas, não era na sala de chá que eu estava e sim, na FLORESTA NEGRA.

 

— Maldição — Sussurrei. Eu ainda não conseguia controlar as visões. Já tinha entendido que esse era meu dom, porém, elas vem e vão sem prévio aviso, o que me deixa irritado de maneira absurda.

 

                Cavalos, eles vinham como próprios mensageiros do inferno. Suas crinas negras balançando de maneira brusca ao vento, seus cascos cantavam em contato com o solo. Seus pelos eram brilhantes ao contato com o sol.

                Arregalei meus olhos, os cavaleiros possuíam espadas e armaduras negras. Corriam atrás de algo, eu ainda não conseguia ver o que era. Apertei meus olhos e então eu vi, era uma mulher... Vi seus longos cabelos loiros caindo como cascata sobre suas costas, sua pele branca e quando ela olhou para trás, pude ver seus olhos verdes arderem de medo.

                Ela corria de maneira desesperada enquanto os cavaleiros brincavam de a cercar com seus cavalos. Segurava a barra do vestido branco que ela usava na manhã desse dia, eu queria me mover e não conseguia. Diferente da visão que tive do vovô, eu não conseguia mexer um musculo.

                Foi então, que ela caiu no chão e um dos cavalos partiu para cima dela...

 

— MEREDITH!

— IKUTO! — Gritou comigo, me despertando — O que foi isso? — Levantei meus olhos, meu peito subia e descia, conseguia ouvir as batidas do meu coração se acelerando de maneira brusca.

— Cadê a Meredith? — Meu olhos estavam espantados, eu não podia acreditar que minhas palavras haviam a levado direto a morte.

— Ela saiu a tempos... Faz mais de uma hora que estou tentando acorda-lo.

— DROGA! — Levantei-me em um salto saindo dos braços de minha mãe. Corri para fora da sala de chá em direção a saída do palácio. Eu precisava do meu cavalo. Precisava salvar Meredith.

 

26 de fevereiro de 1885 — 10h23min

                Fiquei aliviado em ver que Meredith estava viva, porém, vendo os corpos de Álvaro e Gregório espetados por lanças, isso eu nunca imaginei que encontraria. Senti meus olhos arderem. Boris veio em minha direção assim como Elliot.

 

— Calma, ela está abalada — Ouvi a voz de Elliot, ele parecia distante de mais, assim como todos a volta.

— Porque minha visão não mostrou isso? — Perguntava a mim mesmo sobre os acontecimentos. Eu havia visto Meredith sendo ataca e não os irmãos dela.

— Bem, sua visão estava certa — A voz feminina entrou em meus ouvidos me trazendo para perto — Os cavaleiros negros do inferno vieram, meu filho — Minha mãe observava a cena — Levaram um pedaço de Meredith com eles. Porém, não havia o que ser feito... Pelo cheiro e a maneira que os corpos estão, isso foi feito a calada da noite.

— Como sabe? — Impossível ela saber isso, ela mesma disse que perdeu os poderes a Inuyasha. Estaria ela mentindo sobre isso?

— Sente esse cheiro? Já estão se decompondo.

 

                Boris segurou meu ombro e em seguida sussurrou algo fazendo com que eu concordasse em ir com eles embora. Minha mãe ficaria para analisar algumas coisas, Inuyasha e Tweedle Dum ficaram para ajudá-la.

                Meredith continuava a chorar descontroladamente, mas não era meu apoio que ela precisava no momento.

 

26 de fevereiro de 1885 — 14h20min

— Stephen King uma vez escreveu "Os pesadelos não estão sujeitos à lógica, não tem sentido explica-los; a explicação é a antítese da poesia do medo". — Kagome estava sentada lendo alguns livros da biblioteca — Talvez, Ikuto possa ajudar — Ela olhou para mim, eu estava perdido com tudo que aconteceu.

— Não deveríamos meter ele nisso, pelo menos, não por enquanto — Sesshoumaru rebateu, vendo a filha lhe olhar de maneira negativa. Eu odiava ficar em meio a esse fogo cruzado.

— Acredito que devemos dar uma chance aos dons de Ikuto — Peter se pronunciou, indo em direção a mesa — O rapaz tem talento.

— Exato — Dum falava o que eu nunca pensei escutar — Se treinado de maneira correta — Vi seus olhos se voltarem a Inuyasha, que era quem cuidava de meus treinos diários junto a Boris e Elliot — Ele logo terá controle sobre as visões.

— Podemos fazer assim como fizemos com Kagome — Nightmare se pronunciou, ele era o mais centrado e calado comparado a todos os outros. Menos a Julius, esse nem se pronunciava.

— Ikuto — Minha mãe voltou seus olhos a mim, me deixando mais perdido — O que você quer?

— Sinceramente? Parar de ter visões. — Vi os rapazes se olhando e então voltei a falar — Eu não gosto delas, é como se eu fosse uma sombra indo e voltando... Meus olhos doem, meu coração acelera, parece que vou morrer. Isso não é agradável...

— Filho — Ela se aproximou e se abaixou ficando na minha altura, já que eu estava sentado em uma das cadeiras — Sei que dói e que é difícil mas, você vai ter que viver com esse dom — Apertou minha mão com força — Eu sei exatamente o que está passando e como está passando... A diferença é que suas visões não tem a ver com seu passado e sim com os dos seus avôs — Olhou para Sesshoumaru e depois voltou a olhar para mim — Sinto muito por ter que ver as coisas que está vendo.

— Nosso tempo de vida é diferente das cartas, certo? — Perguntei fugindo do assunto.

— Sim — Elliot me respondeu, mordi meu lábio e continuei.

— Bem, se somos diferentes... Eles morrem antes, então, porque o pai da Meredith ainda está vivo?

— Como assim? — Julius se pronunciou, quase como um milagre.

— Porque o pai da Meredith também é como nós — Tweedle Dee entrava na sala, ele estava sério. Diferente da aldeia, quando ele estava no castelo só usava sua forma adulta.

— Então... Meredith e os irmãos...

— Sim, eles são descendentes da carta espadas — Tweedle Dee parecia irritado — O pai de Meredith sumiu a mais de um mês, creio que deve estar envolvido com Naraku.

— Como pode ter tanta certeza? — Minha mãe se levantou e encarrou os olhos de Tweedle Dee.

— Porque ele não sumiria sem motivo. Todos sabemos que ele era o cientista que cuidava das coisas do rei  de copas. Os monstros foram construídos por ele e sabemos que ele não era confiável, mas mesmo assim, ele ficou morando na aldeia...

— Tweedle Dee — Dum parecia irritado, e eu estava mais confuso do que antes — Chega!

— Não! — Virou-se e encarou o irmão — Estou farto de esconderem tudo de Kagome e Ikuto. Para mim já basta.

— Cale-se ou eu irei o prender — Tweedle Dum parecia mais irritado, vi meu avô levantar e segurar o braço de Dum, vi também Inuyasha segurar o braço de Dee.

— Você não é a autoridade máxima por aqui... E eu achei que fossemos amigos — Minha mãe encarava e falava para Dum de maneira séria, eu não estava entendendo nada — Continue Dee. Por favor.

— A mãe de Meredith...

— Namoradinha do Dee — Dum sorriu e Dee voou em cima dele. Então, ele realmente não queria nada com a minha Meredith?

— CALADOS! BASTA! — Minha mãe bateu com força sobre a mesa. Eu sabia que eles brigavam mas não achei que eram desta maneira.

 

                Peter White e Boris se olhavam e me encaravam. Nightmare continuava tomando seu chá enquanto meu tio e meu avô seguravam os dois guardas que queriam se matar.

 

— Somente Tweedle Dee fala, não quero que abra a boca Tweedle Dum.

— Certo — Dum suspirou e olhou para baixo, creio que a vergonha caiu sobre sua face.

— Como eu dizia... A mãe de Meredith pediu que eu cuidasse dela e dos irmãos, por isso eu vivia no vilarejo, ela não confiava em Espadas, ela acreditava que o mal poderia voltar a qualquer momento e em um acesso de raiva matar seus filhos.

— Sabemos que a mãe de Meredith morreu... Mas o que ela tinha? — Eu perguntei de maneira inocente, não fazia ideia do que havia acontecido, Meredith nunca mencionou.

— Foi morta por um Card Guardian — Quem me respondeu foi Tweedle Dum — Dee chegou tarde demais.

— Espadas jurou não ter nada a ver com a situação... Sesshoumaru estava ciente e ainda sim o deixou ficar na aldeia. Vivendo entre as cartas sem rosto, os deixando expostos a qualquer coisa... — Dee apertou o punho e mirou os olhos sobre o vovô — Não o culpo, mas deveria ter pensado antes de deixar que alguém como ele vivesse entre nós.

— Não pode falar dessa maneira — Nigthmare levantou-se e caminhou em direção a Dee e o vovô — Espadas me ajudou em vários antídotos para curar doenças das crianças e adultos da aldeia...

— Mas ele tem a semente do mal dentro dele — Dee parecia irritado.

— Assim como eu também tenho — Elliot parecia magoado — Eu vou me retirar, se precisarem estarei no meu quarto.

— Não, Elliot — Elliot saiu da biblioteca, Tweedle Dee foi atrás dele.

— O que mais tenho que saber? — Olhei para minha mãe — Eu estou mais confuso do que antes.

— Saiam.

— Kagome... — Inuyasha foi até ela e pegou em seus ombros.

— Preciso pensar no que fazer, Meredith é filha de Espadas e logo eles viram atrás dela. Ele deve ter feito algo que desagradou ao rei de copas para ter os filhos mortos, creio que Meredith será a próxima.

— Mãe... Eu posso ajudar, vou treinar com Dum — Olhei para a pessoa que eu não acreditava que um dia trabalharia junto.

— Como é? — Inuyasha parecia surpreso.

— O que foi? Está com medo de deixar de ser o favorito? — Dum adorava afrontar Inuyasha e vice versa, eu estava me metendo em fogo cruzado novamente.

— Não, você vai trabalhar com todos nós — Foi direta — Irei cuidar de seu treinamento pessoalmente.

— Você não pode se esforçar, Kagome — Inuyasha parecia exaltado.

— EU ESTOU GRAVIDA, NÃO MORRENDO — Minha mãe gritou e bateu com ambas as mãos sobre a mesa.

 

                Eu pensei uma, duas, três, quatro vezes na frase que ela acabou por soltar. Minha mãe estava grávida? Teria um filho com Inuyasha? Olhei para o vovô que já partia para cima de Inuyasha e vi os rapazes o segurando.

 

— VOCÊ FEZ ISSO MESMO? — Sesshoumaru gritava com Inuyasha.

— CHEGA! — Minha mãe gritou novamente — EU SOU A RAINHA, EU FAÇO MINHAS ESCOLHAS! Estou farta de esconderem as coisas de mim e eu ter de me esconder... E sim, é do Inuyasha e estamos juntos. Aceitem isso. Eu não sou mais uma criança.

 

                Minha mãe saiu da sala, deixando todos nós. Vi Boris brigando com Inuyasha, vi meu avô sair atrás de minha mãe. Dum e Petter estavam extremamente irritados e pareciam querer matar Inuyasha com os olhos.

                Julius se juntou a Boris para dar bronca em Inuyasha e vi que o único a vir a minha direção foi Nigthmare.

 

— Você deveria ir ver como Meredith está — Concordei com a cabeça, me levantei, porém, senti algo começar a me puxar para o chão — Ikuto? — Nigthmare me chamou. Eu acabei por sentar novamente.

               

                Meus olhos ficaram estranhos, ouvi Inuyasha gritar algo a Nigthmare e logo tudo ficou escuro. Eu estava tendo outra visão, mas dessa vez meus olhos não formigaram.

                Esperei um tempo, até que consegui os abrir por completo. Neve novamente. Passei minhas mãos sobre meus cabelos e os senti gelados, minhas mãos estavam machucadas... Eu estava cansado de toda vez a mesma coisa. Era como se eu fosse a sombra nas lembranças das pessoas.

                Comecei a caminhar em direção ao castelo de gelo, algo me dizia que teria de entrar nesse território para ver o que deveria.

 

— Certo, frio, gelo, sangue... Devo estar novamente em Elcastian, vamos lá, o que terei de ver agora? — Ouvi um ruído e fui em direção a um dos arbustos. Vi um corpo ser atirado contra o gelo.

— VOCÊ NÃO PRESTA NEM PARA MATAR UM SIMPLES YOUKAI! — A voz metálica e velha invadiu meus ouvidos.

— Eu não tive escolha, ok? — Vi o homem se levantar e bater a neve da roupa — SABE O QUANTO ISSO ME CUSTOU? EU ESTOU MORRENDO!

— POUCO ME IMPORTA — Saiu do arbusto o homem de cabelos longos e negros. Estava com a voz e os olhos em chamas.

— Você vai ser morto pelo Sesshoumaru, não terá Rin e nem o reino Branco — Sorriu — Você é um completo fracasso. — Piscou e passou pelo homem, o deixando só.

 

                Caminhei em direção a ele, quando vi seu rosto não pude acreditar. Ele estava chorando. Eram lágrimas reais. Então, até os monstros choram?

 

— Sim — Ele falou e eu arregalei meus olhos — Até os monstros choram — Ele voltou os olhos até mim, dei alguns passos para trás — E é por isso, que devemos ser um só... Você não vê? Somos parecidos. Temos até o mesmo poder.

— Não... — Andei de costas e tropecei, caindo na neve e sentindo ela me engolir — NÃO!

 

— Calma, calma — Minha mãe segurava meu rosto com suas duas mãos — Já passou.

— MÃE — Agarrei-a no abraço — Ele pode me ver nas minhas visões...

— Ele quem, filho? — Inuyasha estava no quarto, assim como os outros.

— Naraku.

 

 

And that's all...?

(E isso é tudo...?)

 


Notas Finais


Em breve estarei com o próximo capítulo postado. Espero que tenham gostado :)

Até mais e me deixem suas teorias, adoro lê-las \o


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