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História Secretos of a Mermaid Life - Things from the past


Escrita por: Gio_Gio_Fics

Notas do Autor


Olá people! se vc está lendo isto então quero te agradecer, e pedir que não se assuste com a demora que foi para postar, não foi por falta de vontade, mas meu computador estava no conserto com o da Tia Chii (minha migona) e dai só ficou pronto hj então corri para escrever o mais rápido possível, não gosto de mudar de POV durante o capitulo mas foi necessario, bjs

Capítulo 2 - Things from the past


POV’s Alicia

Flashback On: (sete anos atrás)

 

Desesperados, todos corriam no barco, que lentamente afundava, mesmo sabendo que não havia para onde correr. Ao contrário de todos, mantive a calma, sabia que ficar em pânico não ajudaria em nada, ao contrário, atrapalharia muito, e diminuiria minhas chances de sobreviver.

 

Algumas pessoas já saltavam do barco e se afogavam na água gélida do oceano Pacífico, acabando com a vida de maneira rápida, mas dolorosa e desesperadora.

 

Quando o último bote saiu do navio, esperei pacientemente pelo barco estar quase todo coberto, corri até a cabine do comandante e peguei dois coletes salva-vidas, um para mim e outro para a menininha que se encolhia no fundo daquela cabine minúscula, mesmo tendo somente nove anos de idade, sabia que tentar salvar a menina era o máximo que podia tentar, afinal, a garotinha, mesmo que com apenas cinco anos, já entendia o que acontecia. Estendi minha mão à menina, que a segurou e se levantou, sentia o barco se inclinar cada vez mais, então comecei a correr o máximo que minhas pernas permitiam, coloquei o colete nela e em mim, mesmo sabendo que não precisaria, pois era muito boa em nadar.

 

— Você confia em mim? — perguntei a ela, tentando passar confiança em minhas palavras.

 

Ela assentiu, peguei a mão dela, contei até três, e pulamos na imensidão azul, senti aquela sensação de bolhas em minhas pernas, que logo viraram uma longa cauda azul, que reluzia a luz do sol debaixo d’água. Observei que a pequena menina tremia muito, já que a água era muito gelada naquela época do ano, peguei sua mão e puxei até a ilha mais próxima que encontrei, naquele momento, vi em seus olhos sua tristeza, me sequei, voltando à minha forma humana, vi que havia uma casa ali, peguei a pequena menina e bati na porta três vezes, logo, um homem alto seguido de uma menina bem pequena atendeu à porta, ele então começou a falar, e para minha sorte ele falava minha língua materna, inglês.

 

— Me desculpe, mas um barco logo ali afundou, os pais desta criança provavelmente morreram afogados, não sabia o que fazer, então peguei ela e trouxe até esta ilha, que ficava bem próxima, o senhor pode, por favor, me ajudar — tentei explicar de maneira resumida o que havia acontecido, tentando esclarecer o máximo possível.

 

— Claro! — o homem respondeu sorridente — mas e você, minha criança? O que vai fazer?

 

Oh ou...

 

— Tenho para onde ir por agora, mas não posso leva-la junto neste estado, só preciso de ajuda para mantê-la aquecida, depois posso resolver sozinha — disse me mostrando segura, mesmo não estando, sabia que a rainha não ia gostar quando contasse meu plano.

 

O homem abriu a porta revelando assim sua casa, pegou algumas roupas limpas de sua filha, que tinha a mesma idade que a menina, e nos deu, fez um chá para mantê-la quente e secou seu cabelo com ajuda de sua esposa e me deram alguma comida, agradeci e pedi por um biquíni, me deram e eu me despedi.

 

Caminhamos pela praia até achar duas conchas parecidas de tamanho, achei, depois de um tempo, mas achei. Peguei aquelas duas conchas grandes, fiz elas maiores, e fechei, encaixando-as perfeitamente, fazendo dela quase uma mochila, serviria.

 

Mergulhei com ela, que já estava de biquíni, peguei a concha com suas roupas e nadei até o fundo do mar, a menina já estava desacordada em uma bolha de oxigênio, sabia que ela não teria muitas horas de vida fora d’água, me senti mal por ser tão má com ela, não que fosse minha culpa, ela já teria mesmo que não tivesse a arrastado comigo para o fundo do mar, seu coração já batia devagar. Pedi a Rainha para transformá-la em sereia, já que já havia visto muito, e, por incrível que pareça, ela aceitou rapidamente, então deixei-a a seus cuidados e fui para casa.

 

Flashback off:

 

Lembrar de tudo aquilo foi horrível! Acordei no quarto de hospedes da casa de Noah, Catherina, Chloe e Lolla. Lembrei-me de que hoje era segunda-feira e que teria que ir para a escola, sabia que as seis horas da manhã teria que estar acordada para me arrumar, instruções da Catherina, resolvi não questionar, na noite passada ela havia me explicado como as coisas funcionavam na Austrália, e acabamos nos tornando bem amigas.

 

Olhei o relógio, 06:58 AM, faltavam apenas dois minutos, então me levantei e arrumei a cama, fui até o espelho do outro lado e fiquei me encarando, minhas mechas loiras caíam em meu rosto de forma bagunçada, mas não tirava o brilho que as sereias possuíam, meus olhos azul-escuros e penetrantes possuíam um brilho novo, mas bonito, e minha pele pálida estava levemente vermelha, não muito, por causa do Sol.

 

Batidas na porta anunciaram a chegada de Catherina.

 

— Pode entrar... — eu disse

 

— Aly — foi o apelido que Cath me deu —, já você não tem roupas aqui, vamos sair para fazer compras hoje à tarde, ok? Por hoje te empresto as minhas. Vamos lá, ainda temos que te arrumar.

 

Cath me levou até seu quarto, onde me disse que toda menina deveria passar um pouco de maquiagem, eu discordava, mas deixei ela fazer sua transformação, não mudou muito de qualquer forma, a única diferença que notava em meu rosto era o corado acentuado em minhas bochechas, como se fosse uma queimadura solar suave, Cath disse que parecia mais natural assim.

 

Arrumamos meu cabelo, deixando-o solto com apenas uma mecha presa em uma trança no meio, meu cabelo era bem ondulado, dando um ar de praia para o mesmo, fiquei contente com o resultado, agora tinha que colocar a roupa.

 

Acabei por optar por uma blusa branca mais solta com uma estampa dizendo ‘mermaids have more fun”, e um short jeans, nos pés, um all-star de cano alto branco. Cath vestiu o uniforme, mas como eu não tinha, fui com outra roupa de qualquer jeito.

 

Fomos para a escola onde ela me apresentou à diretora, que me aceitou de braços abertos, e o melhor daquela escola era eles oferecerem bolsa integral, o que significa que se eu passar na prova de entrada com uma boa pontuação não teria que pagar pelos estudos, fiz a prova, comparada à escola de sereias era bem fácil, por isso já sabia o resultado quando a diretora veio anunciar que eu tinha sido aceita na escola, com bolsa, claro.

 

Ela me disse que começaria as aulas no dia seguinte, me entregou o uniforme e disse que podia esperar por Cath o Noah ali mesmo, já que as aulas já estavam acabando. Quando último sinal soou, eu, Cath e Noah fomos fazer compras, Noah foi junto pois sua mãe pediu que nos acompanhasse, alegou que “Cath não tem o mínimo senso de direção e que já que eu era nova precisavam me mostrar Byron Bay completa! ”, não me incomodei com isso, até estava achando legal, já que conheceria a cidade.

 

Chegando no Shopping, fiquei encantada, o lugar era ao ar livre e cheirava a brisa de mar, me lembrava de casa, tudo naquela cidade era mágico.

 

 

POV’s Noah

 

As meninas acabaram as compras bem tarde, mas mesmo assim fomos conhecer alguns pontos turísticos de BB (1), não demoramos muito, mas para quem acordaria bem cedo para ir à escola no dia seguinte, tinha um lugar que não fomos, não por falta de tempo, mas porque, algum dia, levaria Alicia ali sozinha e não teria graça alguma se ela já conhecesse o lugar.

 

O último lugar que visitamos foi a Belongil Beach, foi onde conhecemos Alicia, mas foi de um lado não tão bonito, vimos o pôr-do-sol lá, é bem bonito, depois voltamos à minha casa e pedimos uma pizza. Durante o jantar, conversamos sobre o dia de cada um, mesmo que tenham sido quase iguais, mas conversamos do mesmo jeito. No fim fomos dormir.

 

Acordei bem cedo, graças ao maravilhoso despertador da minha querida irmã, resolvi que, já que já estava acordado mesmo, iria me arrumar, coloquei o uniforme da escola, arrumei a cama e desci, para a minha surpresa eu não era o único acordado, Alicia já estava acordada preparando algo que cheirava muito bem, tinha cheiro de flor.

 

— Bom dia, Alicia. O que está cozinhando? — perguntei curioso.

 

— Bom dia Noah. Não estou cozinhando nada, quer dizer, o que eu estou preparando é uma salada de flores, pode não ser muito comum, mas é muito saborosa! Se preferirem podemos misturar com frutas, acentua a doçura — Alicia me respondeu sorridente, parecia feliz quando falava sobre a salada, mais contente que o normal. — Costumava fazer isso em casa, só que as flores daqui são bem mais saborosas, as do ma... quer dizer, da minha antiga casa, eram meio amargas...

 

Percebi que ela parecia meio insegura enquanto falava sobre sua ‘ma... antiga casa’. Quando a “salada” ficou pronta, Alicia fez todo mundo experimentar, e, por mais incrível que pareça, era fantástica! Não sei se é porque eu estava morrendo de fome ou porque era realmente bom, mas eu comeria de novo.

 

Fomos para a escola, hoje teria uma aula extra no fim do dia, para explicar algumas regras de comportamento, na semana anterior alguns alunos fizeram uma brincadeira com o antigo professor de química, que acabou parando no hospital. Os alunos explodiram uma bombinha dentro da tarefa, que acabou pegando fogo, o professor agora está no hospital.

 

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A aula acabou um pouco mais tarde que o normal, mas não muito. Agora a escola possui um programa de fiscalização de alunos suspeitos de carga ilegal, o PFASI, pelo menos assim a escola ficaria mais segura.

 

Hoje não tínhamos muito a fazer, estava bem quente, então fomos na praia, eu, Cath, Alicia, e uns outros amigos, Todd, Maya e Bruno.

.

 

POV Catherina

 

Depois da escola fomos à praia, eu, a Alicia, o Noah, o Todd, a Maya e o Bruno, eles eram amigos nossos de muito tempo, são trigêmeos e tinham ido morar na Itália por dois anos, e voltaram faz uma semana...

 

Tivemos aquele momento estranho de apresentações com a Alicia, já que ela não conhecia ninguém

 

Essa Alicia está me deixando curiosa, não sei, mas essa garota tem algo de estranho...

 

De qualquer maneira, eu, Noah, Todd, Maya e Bruno jogamos verdade ou desafio, não sei aonde a Alicia foi, mas não estava aqui, tinha me dito que ia andar...

 

— Verdade ou desafio? — Maya pergunta a mim, fazendo com que eu volte a realidade.

 

— Desafio, sempre! — respondi com um sorriso vitorioso.

 

— Eu te desafio a passar um trote para alguém... — não terminamos de ouvir o que Maya tinha a dizer, pois uma onda GIGANTE veio em nossa direção e nos molhou muito.

 

Nós todos precisávamos nos trocar, mas não sabíamos onde estava Alicia

 

De repente, vemos Alicia correndo em nossa direção apressada.

 

— O que aconteceu com vocês? — pergunta apressada. — Ouvi um barulho alto e corri para ver o que aconteceu! Fiquei tão assustada! Ainda bem que foi só o barulho mesmo...

 

— Calma! Estamos bem... foi só uma onda grande. — Respondi, coitada, ela estava tão preocupada!

 

Nos levantamos dizendo que íamos para casa já que nossas roupas estavam molhadas, mas Lice disse que ia ficar, não havia coletado tudo o que queria.

 

Fomos caminhando em silencio até chegarmos em casa, onde encontramos minha mãe fazendo o jantar, estranho, ela só faz o jantar quando meu pai vem e acredite, isso não é bom.

 

— Mãe, papai vem aqui? — pergunto, torcendo para que a resposta seja não, mesmo sabendo que torcia em vão...

 

— Eu sei que não gosta de quando ele vem aqui, mas... — ela começou a falar, mas eu a interrompi.

 

— NÃO! Você melhor que ninguém devia saber o quanto isso te faz mal, o quanto isso nos faz mal... — falei ainda sem acreditar que ELE viria até a NOSSA casa depois de ter a coragem de nos abandonar por oito anos! Oito anos sem um pai, sabendo que ele está vivo, quando ele quis voltar, eu e minha mãe decidimos que ele já havia nos feito sofrer o suficiente. — Vou sair... — murmuro.

 

Subo para o meu quarto e tomo um banho rápido, queria sair o quanto antes, meu pai me fez sofrer muito, não queria passar por tudo aquilo de novo. Peguei uma bolsa com meu celular e saí.

 

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A noite não estava exatamente quente, mas também não estava fria, estava agradável...

 

Fui a praia caminhar, adorava andar de noite, observando as estrelas brilhantes, me transmitiam uma sensação de paz maravilhosa. Olhava o brilho da lua e não pude deixar de sorrir, olhei para o mar e vi uma menina mergulhar na água e segundos depois emergir, mas em vez de longos cabelos loiros, a menina possuía cabelos cor-de-rosa, no lugar de suas pernas havia uma cauda de sereia, de cor azul turquesa. Não era possível que fosse uma sereia, afinal, elas não existem. Aquela praia me atordoava, não sei se foi porque tive uma alucinação maluca ou porque estava pensando em meu pai, mas o melhor a fazer era sair dali.

 

Caminhei até o centro e me senti um pouco melhor, com todas aquelas perguntas e tudo mais, tudo o que eu precisava era alguém para me consolar, mas Alicia ainda não havia voltado da praia, e mesmo que tivesse, não poderia fazer nada a respeito. Dou um longo suspiro e começo a caminhar em direção a uma loja, comprar sempre me acalma...

 

 

POV’S Alicia

 

Chegamos a praia logo depois do termino das aulas e antes que pudesse explicar o porquê de eu ter vindo a praia, Cath e Maya já queriam brincar de verdade ou desafio, sabia que devia evitar aquela brincadeira, então só disse que iria dar uma volta na praia.

 

Andava pela praia descalça, sentindo cada grão daquela areia macia e quentinha, tão confortável que até me esqueci das conchinhas que procurava. Queria fazer um colar de amizade para Cath, ele também serviria de agradecimento pela gentileza de me deixar ficar em sua casa.

 

Já estava escuro quando encontrei a última concha, agora só faltava a pérola que ficaria dentro da concha maior servindo de enfeite. Eu já sabia exatamente onde acha-la, também faria um colar para mim, então teria que achar duas pérolas.

 

Caminhei até um lugar onde mar aparentava ser mais fundo do que o resto e mergulhei, segundos depois, eu já não era mais humana, meu cabelo já não era mais loiro e ondulado, agora eram de um cor-de-rosa vivo e bem liso, visto que estava molhado. Minhas pernas agora davam lugar a uma cauda azul turquesa, me proporcionando uma sensação de liberdade que jurava já ter sentido antes.

 

Nadei até o fundo daquele mar azul e esbelto que tinha aguas não muito geladas, mas ao mesmo tempo não muito quentes.

 

Não demorei muito para achar o que procurava, então me permiti ficar só mais alguns minutinhos nadando naquela imensidão azul, não queria sair dali mas sabia que ficar por ali muito tempo seria arriscado, elas poderiam me encontrar...

 

Saí de lá a contragosto, queria muito poder ficar mais, mas era perigoso, algumas pessoas que estavam atrás de mim iriam acabar me encontrando, e isso não seria bom.

 

Calcei a sandália e saí andando em direção a minha próxima parada, a loja de bijuteria, só precisava de mais alguns cordões e estaria tudo pronto para começar a montar.

 

Assim que cheguei em casa, corri para o meu quarto. Tirei da sacola as pequenas conchinhas e comecei a montar o colar, o toque final foi a pérola, estava realmente bonito, não tinha como ficar melhor, a única coisa que falta é entregar à Cath.

 

Bati na porta de seu quarto três vezes, ela não abriu, bati novamente, sem resposta.

 

Desci as escadas e encontrei a Lolla com outro homem, não o conhecia, mas minha intuição dizia que ele era o tipo de pessoa que causa muitos problemas, do tipo que já causou sofrimento a muitas pessoas.

 

— Olá, Lolla, olá — disse me dirigindo à Lolla e ao homem. — Viram Cath, Chloe ou Noah?

 

— Não, querida, sinto muito. Cath saiu há algumas horas e Noah saiu com Chloe há dez minutos, mas por que você não vai procura-los?

 

Agradeci e corri para procura-los.

 

Não fazia muito tempo que havia saído e quando estava dobrando a esquina encontrei Cath, ela não me parecia contente.

 

— Cath, tudo bem? Seus olhos estão inchados... esteve chorando? — perguntei, a maioria das pessoas perguntaria da boca para fora, mas ela era minha amiga, eu perguntei porque me importo e considero-a minha família.

 

— Aly! — Cath disse antes de desabar em lágrimas. — Meu pai simplesmente apareceu em casa, ele não é uma boa pessoa, nos fez sofrer muitos, cansei de brigar com ele, não quero vê-lo nunca mais! Aly... o que eu faço?

 

Cath chorava muito, acho que nunca vi alguém chorando tanto, aquilo me dava um aperto no coração, me fazia querer chorar também.

 

— Não chore, Cath. Nós vamos resolver isso. Só tente manter a calma e pensar em coisas que não sejam sobre seus pais, esfrie sua mente, respire fundo, vamos lá.

 

Ela lutava contra os soluços e as lágrimas teimosas que rolavam por seu rosto, aos poucos elas foram diminuindo até pararem completamente.

 

Nos levantamos e fomos caminhando até a praia, era incrível como aquilo era um calmante natural para todos.

 

— Cath, Aly? Está tudo bem? — uma voz vinda de trás de nós nos chamou atenção. Eram Noah e Chloe.

 

— Oi, o que fazem aqui tão tarde? — perhuntei, não era um horário muito comum para se ir à praia.

 

— Viemos andar um pouco, a brisa noturna do mar é relaxante, então decidimos que em vez de voltar à casa e encontrar nossa mãe junto com nosso pai.

 

— Entendo... então acho que ficaremos todos juntos, certo? — eles assentiram sorrindo levemente, era evidente que o assunto referente ao pai era doloroso. — Chloe, quer ir passear?

 

— Claro! Posso ir?

 

— Claro pequena, pode ir, mas Aly — Noah disse se virado paa mim — tome conta dela!

 

Peguei na pequena mãozinha de Chloe e saímos andando em direção à outra ponta da praia conversando sobre assuntos tranquilos, Chloe ria de um jeito contagiante, me fazendo sorrir junto.

 

Quando resolvemos voltar, a pequena já esfregava os olhinhos com sono. Olhei no relógio, eram duas da manhã, minha energia também já me abandonava, e manter os olhos abertos era extremamente difícil.

 

Quando finalmente chegamos à praia, Chloe já dormia em meus braços e eu já cambaleava de sono.

 

A primeira coisa que fiz ao chegar em casa foi colocar um pijama, depois fui dormir, mas tive um sono agitado, cheio de momentos embaçados e vozes que cantavam uma canção cheia de ódio e rancor, palavras em uma língua estranha e de repente uma luz forte que poderia chegar a cegar. Acordei gritando e me encolhi no canto do quarto, olhei no relógio, quatro e meia da manhã.

 

Ouvi batidas na porta, eram suaves, mas fortes ao mesmo tempo. Abri a porta o Noah se encontrava do outro lado, não parecia com sono ou cansado, mas sim preocupado. Meus olhos estavam vermelhos de tanto chorar e um pouco inchados, não queria que ninguém me visse assim, mas estava tão mal que acabei nem me importando tanto assim.

 

— Ei, Aly, você está bem? Quer conversar?

 

— Não sei, e-eu realmente não sei o que fazer, Noah! — comecei a chorar, mesmo que lutasse, era em vão, as lágrimas continuavam a rolar insistentes. — O que eu faço? Eu tive esse sonho estranho que não sei o que significa, mas era confuso e escuro, e me fazia temer o que estava para acontecer, com se aquelas pessoas do sonho estivessem machucando inocentes, mas foi tão horrível...

 

— Shh... Calma, foi só um pesadelo. Quando você acorda passa, agora volte a dormir, você precisa descansar. Boa noite, Aly... — Noah disse me dando um beijo na testa e saiu do quarto.

 

Eu sabia que precisava dormir, mas não conseguia pensar em sonhar...                                                                                                


Notas Finais


Foi isso até quando der!


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