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História SECRETS - A Newtmas Fanfic - Slasher Movies


Escrita por: fulgordonewt

Notas do Autor


HELLO, PEOPLE
Me desculpem pela demora! Como eu disse, estava em meu período de provas...
Enfim, preparados para conhecer alguns dos personagens principais? Espero que gostem ❤
Música do capítulo: Heathens - Twenty One Pilots (Essa música é perfeita pra descrever os personagens de SECRETS)
Ps: Filmes Slasher são filmes de terror que envolvem assassinos psicopatas.

Capítulo 2 - Slasher Movies


Fanfic / Fanfiction SECRETS - A Newtmas Fanfic - Slasher Movies

Os gemidos praticamente inaudíveis de Newt eram o único som que os dois jovens ofegantes podiam escutar aprisionados dentro do veículo estacionado na entrada da John Adams High School. Ben mantinha movimentos acelerados, tentando a cada instante colocar todo o membro pulsante de Newt em sua boca.

— Ben... Acho melhor a gente parar. — Newt gesticulou em meio a gemidos. — Chegar com o rosto coberto por gozo justamente no primeiro dia de aula não é uma boa ideia.

— Tem razão. — Ben sussurrou enquanto mordiscava a glande de Newt, fazendo com que o loiro soltasse um gemido abafado. — Mas vamos ter que terminar isso ainda hoje.

— Eu concordo. — Newt disse enquanto organizava as suas vestes e observava o namorado se acomodar no banco do carona de seu carro. — Mas tem uma condição.

— E qual seria? — Ben perguntou curioso.

— Você me dizer a verdade sobre onde estava ontem à noite. — Newt esclareceu em tom sério. — Você não respondeu nenhuma das mensagens que eu te enviei.

— Eu já te expliquei, Newtie. — Ben disse incomodado. — O meu celular estava sem bateria e eu estava com dor de cabeça, então fui dormir. Por isso não respondi as suas mensagens.

— É bom que não esteja mesmo mentindo para mim, Sheffield. — Newt disse em voz baixa e intimidadora. — Não sabe do que eu sou capaz.

— Por favor, pare. — disse Ben, que revirou os olhos após ouvir as palavras do namorado. — Você não seria capaz de encostar um dedo em mim se por acaso descobrisse que eu escondo algo de você.

— Eu não teria tanta certeza disso. — Newt sussurrou em resposta enquanto pegava a sua mochila e abria a porta de seu carro, sendo presenteado por uma brisa agradável. — Eu não gosto nem um pouco de mentiras, Ben.

— E muito menos eu! — Ben rebateu ao sair carro, depositando as suas mãos ao redor do pescoço de Newt assim que o alcançou parado ao lado da porta do motorista. — Confie em mim, okay?

— Eu vou me arrepender disso, não vou? — Newt perguntou enquanto prendia a cintura do outro com os seus braços ágeis.

— Provavelmente. — Ben disse em resposta, presenteando Newt com um beijo calmo e delicado.

— As pessoas estão olhando. — Newt disse assim que separaram os seus lábios.

— Foda-se esses imbecis. — Ben sussurrou. — Estamos em Riverwood, Newt. Todo mundo aqui sabe da vida um do outro. Somos seis mil pessoas confinadas em uma cidade rodeada por montanhas. Nunca conseguiríamos esconder os nossos segredos por muito tempo enquanto estivermos morando aqui.

— Você tem razão. — Newt concordou em resposta. — Mas, mudando de assunto, qual é a sua primeira aula mesmo?

— Biologia. — respondeu Ben. — E a sua?

— Inglês. — esclareceu Newt. — Nos vemos depois, certo?

— Nós só não nos veremos novamente caso Vince Maddox apareça no banheiro da escola vestido com a sua fantasia de médico da peste negra e tente me matar. — Ben disse brincalhão.

— Isso nunca vai acontecer. — Newt rebateu com um sorriso. — É impossível. Vince Maddox está morto.

***

O metal refletia a luz acesa do quarto coberto por densas cortinas. Thomas retirou o canivete do alcance da luminosidade e o guardou dentro de sua mochila, fechando-a logo em seguida. O objeto era apenas uma garantia de que não teria que lidar com ninguém lhe enchendo a paciência por ser novo na cidade, o que na verdade era uma mentira. Thomas havia morado em Riverwood até os seus sete anos, mas depois que os seus pais se separaram o moreno teve que se mudar para Nova York junto com o seu pai. Porém, depois do que ocorrera na semana passada, o garoto teve que abandonar tudo e retornar para o lugar onde vivera os piores anos de sua vida.

— Thomas, o café está na mesa! — a voz irritante de Mary ecoou do andar inferior. — Já estou de saída. Se você chegar da escola e não me encontrar, não precisa se preocupar. O almoço está na geladeira, é só você esquentar.

E então Thomas percebeu a porta da sala ser aberta e fechada em um movimento rápido. Logo em seguida, o moreno escutou o som do carro de Mary ganhando vida e partindo em questão de segundos. Finalmente estava sozinho. Colocando a mochila em suas costas, Thomas saiu de seu quarto e desceu a escada que o levaria para o andar inferior. Assim que chegou à cozinha, encontrou uma garrafa térmica repleta de café depositada sobre a mesa, juntamente com algumas torradas largadas de uma forma desajeitada sobre um prato.

Largando a sua mochila em uma das cadeiras, Thomas pegou um copo de vidro que estava no balcão e o preencheu com o líquido negro, permitindo que a fumaça de cheiro inebriante ganhasse espaço em sua consciência. Em questão de segundos, o copo estava vazio novamente. O moreno nem sequer se preocupou em comer uma das torradas, afinal estava sem fome.

Caminhando a passos largos, Thomas foi em direção à geladeira. Assim que a abriu, o moreno se surpreendeu com o que encontrou. O interior branco estava praticamente vazio, sendo ocupado apenas por alguns recipientes de água e algumas frutas, verduras e carnes. O garoto concluiu que aquilo era uma das consequências de se morar sozinho por tantos anos. Rapidamente, Thomas pegou uma maçã e fechou a porta da geladeira, guardando a fruta em sua mochila logo em seguida.

Após colocar a mochila em suas costas, Thomas caminhou para a sala e pegou a chave extra que estava escondida dentro de um vaso de flores depositado na simplória mesa de centro. Assim que abriu a porta, o moreno foi agraciado pela sensação arrepiante de uma leve brisa tocando a sua face de uma forma caridosa, deixando a impressão de que pequenas mãos enluvadas brincavam por suas bochechas. Após fechar a porta calmamente, Thomas a trancou e guardou as chaves no bolso de sua jeans desgastada, pondo-se a caminhar tranquilamente pela calçada. Pelo menos morar em uma cidade pequena trazia algumas vantagens, tais como o fato de que você sempre vai morar perto de sua escola e, no caso de Thomas, ele teria que percorrer apenas três quadras para chegar ao seu destino. Após caminhar alguns instantes, Thomas foi interrompido por uma voz que reconheceria em qualquer lugar.

— Tom, me espere! — a voz feminina gritou enquanto iniciava uma corrida para alcança-lo; a jaqueta de couro preta esvoaçando devido ao vento.

— Pelo visto a minha vizinha favorita se tornou uma excelente corredora. — observou assim que a garota o alcançou.

— Seu idiota! — Brenda retrucou, lançando-se no pescoço do amigo de infância e o abraçando com a força de um urso. — Não acredito que você está de volta. Eu queria ter te visitado quando você chegou no sábado, mas meus pais me disseram para esperar até hoje. Eu senti muitas saudades de você.

— Eu também senti. — Thomas gesticulou enquanto acariciava os cabelos curtos da morena, percebendo algo que o fez quebrar seu abraço. — Brenda, por que diabos você cortou o seu cabelo?!

— O quê? — a outra perguntou confusa. — Ah, claro! Eu o cortei no início do ano. E de acordo com os meus cálculos, a última vez que você veio aqui foi no Natal. Além disso, eu sou uma pessoa antissocial que troca a foto do perfil no Facebook uma vez na vida e outra na morte, ou seja, você teve que descobrir isso somente agora.

— Você devia tentar ser menos antissocial. — Thomas aconselhou enquanto retomavam a caminhada. — Sei lá, talvez tentar fazer mais algumas amizades?

— Eu já tenho o Mark — observou Brenda. — E agora eu tenho você também. Não quero quebrar a minha cara como da última vez que fiz um novo melhor amigo.

— Está falando daquele garoto que você brigou, não é? — Thomas indagou.

— Sim, estou falando do Newt. — Brenda respondeu cabisbaixa. — Eu ainda não o perdoei. Ele e o Mark ainda conversam, mas por compensação ele nem sequer olha na minha cara. Ele está diferente desde que fez aqueles novos amiguinhos estúpidos.

— Sabe, eu ainda não entendi por que vocês brigaram. — disse Thomas. — Você tentou me explicar no Natal, mas como eu não o conheço eu não entendi.

— Quer que eu te explique novamente, não é? — Brenda indagou.

— Eu adoraria escutar essa sua linda voz. — gesticulou o moreno.

— Como queira — disse com um suspiro. — Bom, vamos começar com o simples fato de que Newton Sangster se tornou um completo babaca depois do que aconteceu com a mãe dele no Halloween do ano passado. Eu sei que deve ser difícil superar o fato de você ter encontrado a mulher que te colocou no mundo amarrada em uma cadeira e com as entranhas todas para fora, mas Newt se perdeu de uma forma que eu não consigo entender. Ele simplesmente se deixou levar. Primeiro ele saiu com Trina Waller e com os amiguinhos dela, depois começou a usar drogas e a ficar agressivo comigo e com os outros. Eu tentei o perdoar, mas ele só piorou. A gente acabou brigando e ele abandonou a mim e ao Mark para poder ficar com aqueles idiotas.

— Você deve realmente odiar ele. — observou Thomas.

— Eu não odeio o Newt. — Brenda sussurrou. — Eu só... Só queria que ele me pedisse perdão e tentasse se reaproximar.

— Hey, melhore essa carinha. — Thomas disse ao fitar a amiga. — E sorria. Afinal alguém pode se apaixonar pelo seu sorriso.

— Idiota. — Brenda disse, permitindo que um sorriso ganhasse vida em seus lábios. — Estou feliz por poder estudar com você. Tenho certeza que você vai se dar bem com o Mark.

— Fico feliz que você esteja feliz. — Thomas disse sério. — Agora terá mais alguém em sua matilha e se tornará cada vez mais forte.

— O que quer dizer com isso? — indagou a morena.

— Ora, você sabe. — Thomas disse com uma expressão sombria que fez os batimentos de cardíacos de Brenda acelerarem. — É uma aplicação antiga e honrada da cadeia alimentar. Os fracos são excluídos e depois devorados. Não pode ficar sozinha. Pessoas isoladas se tornam fracas e sempre acabam se dando mal.

— Okay, pode parar de tentar me assustar. — Brenda retrucou. — Você está se tornando um velho amigo cruel e malvado.

— Eu não sou malvado. — Thomas rebateu. — Eu sou brutalmente honesto. É um tipo diferente de maldade.

Após jogarem um pouco mais de conversa fora, os dois finalmente chegaram à escola, que já estava repleta de alunos. Caminhando apressados pelo gramado da entrada, os jovens subiram os poucos degraus e adentraram na estrutura, os ouvidos sendo presenteados com dezenas de vozes.

— Ora, ora! — Brenda reconheceu a voz de Mark irromper ao seu lado, fazendo com se assustasse. — Me trocou por outro mundano?

— Que susto, Mark! — Brenda exclamou enquanto observava o amigo arrumando os seus óculos de grau. — Eu não te troquei por ninguém. Esse é o Thomas. Já falei dele para você.

— Olá, Thomas! — Mark disse com um sorriso brincalhão. — É um prazer finalmente conhecer você.

— O prazer é todo meu. — Thomas disse, também sorrindo.

— Sinto muito pessoas, mas eu tenho que ir para a minha aula de psicologia. — Mark disse entediado. — A professora Lana me pediu ajuda com alguns papéis, vejo vocês no intervalo, okay? E Thomas, antes que eu me esqueça, a Brenda me contou sobre o que aconteceu com o seu pai. Sinto muito.

— Obrigado. — Thomas sussurrou enquanto observava o outro garoto sumir em meio à multidão de alunos.

— Tom, está tudo bem? — Brenda perguntou ao observar a expressão do moreno.

— Claro. — respondeu com um sorriso fraco. — É só que tudo o que aconteceu é muito recente para mim. Meu pai morreu na semana passada e eu tive que aceitar que a minha mãe me matriculasse em outra escola antes mesmo de eu voltar para Riverwood. Eu perdi tudo em questão de dias.

— Você não perdeu tudo. — Brenda disse enquanto depositava o seu braço direito sobre os ombros de Thomas. — Você tem a mim e eu tenho certeza que logo irá se sentir confortável com o Mark também. Ele é um cara legal. E isso sem contar que você ainda tem a Mary.

— A minha mãe? — Thomas perguntou com desdém. — Ela não dá a mínima pra mim. Você sabe da reputação que ela tem aqui na cidade, não sabe? Você também sabe com o que dizem que ela trabalha, não é, Brenda?

— É claro que eu sei — a garota gaguejou em resposta. — Acho melhor mudarmos de assunto. Qual é a sua primeira aula?

— Eu não conferi direito o horário que a minha mãe me deu, mas se eu não me engano é inglês.

— Ótimo. — disse Brenda. — A minha também é.

***

— Onde o Ben está? — Minho perguntou para Newt assim que estacou o seu corpo ao lado do loiro.

— Ele foi ao banheiro. — Newt esclareceu enquanto abria o seu armário. — Vocês estão animados para o primeiro dia de aula?

— Animada é uma coisa que eu não estou. — Sonya reclamou enquanto retirava um batom de sua mochila. — Eu detesto quando as aulas recomeçam.

— Eu também. — Newt concordou, guardando alguns livros em seu armário logo em seguida. — Os mesmos rostos, os mesmos professores e a mesma rotina entediante. Típico de cidades pequenas.

— Vocês reclamam demais! — Harriet disse enquanto sorria. — Sonya, você deveria se mostrar mais feliz coma volta às aulas, afinal você é a filha do prefeito. Precisa ser a garotinha perfeita do papai em todos os lugares.

— Você está razoavelmente certa — a loira disse enquanto abria o seu batom. — Mas como você mesma disse, eu sou a filha do prefeito de uma cidade esquecida no interior dos Estados Unidos e não do presidente Obama, ou seja, sem muitas regras. E isso sem contar que o Newtie é o filho do xerife Janson e também está reclamando.

— Eu não estou reclamando. — Newt rebateu. — Só estou sendo since...

— Olha lá, Newt! — Minho exclamou, interrompendo a fala do loiro e apontando para Brenda, que cruzava o corredor a alguns metros de distância do grupo. — A sua amiguinha deusa das lésbicas chegou!

— Brenda não é mais a minha amiguinha, seu imbecil — Newt retrucou enquanto revirava os olhos, fechando o seu armário em um movimento apressado.

— Mas ainda é a rainha das lésbicas. — Sonya gesticulou enquanto retocava o seu batom, usando o seu iPhone como espelho.

— E ainda é uma pessoa! — Harriet bradou com um suspiro de tédio. — Deixem a garota em paz.

— Quem é aquele garoto que está com ela? — Newt indagou ao observar Brenda com os braços largados nos ombros de um moreno.

— O nome dele é Thomas. — Sonya disse com um sorriso malicioso estampado em sua face. — E ele é o meu mais novo irmãozinho.

— O quê? — Newt perguntou confuso.

— Thomas é filho da ficante secreta do meu pai. — Sonya esclareceu.

— Espera, ele é filho da Mary Monroe? — Minho indagou, pronunciando o apelido da mulher com certo desdém.

— Gente, chega. — Harriet os interrompeu, já entediada. — Vamos falar de alguma coisa realmente importante. Que tal começarmos com alguém me explicando onde estão Trina e Zart?

— Eu não faço a mínima ideia. — Sonya disse enquanto guardava o seu batom na mochila. — Mas eu também queria saber, afinal Trina é a primeira pessoa a chegar à escola pelo simples fato de querer esfregar na cara de todo mundo que está com um carro novo.

— Eu também não sei onde eles estão. — Minho esclareceu. — A última vez que vi ela e o Zart foi ontem à noite.

— Como assim? — Newt perguntou confuso. — Onde vocês estavam ontem à noite?

— O Ben não te contou? — Minho perguntou surpreso. — Nós dois saímos com a Trina e com o Zart ontem à noite.

Porra!, pensou Newt. Ele mentiu para mim outra vez!

— Está tudo bem com você, Newtie? — Harriet perguntou ao avaliar a expressão do garoto.

— Claro — respondeu. — Bom, acho melhor a gente ir ou vamos chegar atrasados. Alguém aqui também vai ter que rever o professor Jorge junto comigo?

— Eu. — Sonya disse enquanto levantava as mãos, agitando-as no ar.

— E eu também. — Minho esclareceu.

Após se despedirem de Harriet, os três partiram em direção à sua devida sala. Enquanto caminhavam, o sinal ecoou pela escola, anunciando o início das aulas. Como Newt havia previsto, eles acabaram chegando atrasados. Assim que entraram na sala, perceberam que todos os alunos já haviam chegado, restando apenas três carteiras vazias.

— É uma honra receber vocês, meus alunos atrasados favoritos. — o professor Jorge disse enquanto sinalizava para que os três se sentassem.

Sem hesitar, os amigos começaram a caminhar em meio às fileiras de alunos. Enquanto fazia o seu trajeto em direção a uma das carteiras vazias, Newt percebeu o olhar acusatório de Brenda caindo sobre si, fazendo com que o garoto olhasse para os próprios pés. Assim que se acomodou, Newt percebeu que havia acabado de se sentar ao lado de Thomas, o novo amiguinho de Brenda. Maravilha, pensou. Mais um para foder com a minha paciência. Após retirar o seu material da mochila, Newt decidiu prestar atenção no que o professor de inglês dizia, afinal estava em seu último ano e não queria ser reprovado.

— Os homens das cavernas fizeram fogueiras. — Jorge gesticulou enquanto anotava na lousa o que parecia ser o nome de um livro, virando-se para a classe logo em seguida. — Os incêndios ocasionados pelas fogueiras lançaram sombras e essas mesmas sombras criaram o medo e o caos. A partir daí, os homens se obcecaram em assustar uns aos outros. Minho, você poderia me dizer o gênero originado de “O Castelo de Otranto”?

— O gênero de castelos? — Minho lançou sarcástico ao observar o nome do livro anotado na lousa, ganhando os risos abafados de alguns alunos.

— O gênero gótico. — Brenda respondeu ao professor, ignorando a piadinha do asiático.

— Obrigado, Brenda. — Jorge agradeceu com um singelo sorriso. — Pessoal, eu entendo que ninguém aqui quer ler quinhentas páginas empoeiradas e com cheiro de cadáveres, mas já repararam que ninguém obriga vocês a passarem o seu tempo livre assistindo American Horror Story e vocês assistem mesmo assim?

— American Horror Story vai cair na prova? — Minho perguntou animado.

— É claro que não, Minho! — Newt respondeu enquanto sorria. — Séries não são literatura.

— E por que não são? — Newt percebeu que a pergunta havia sido proferida por Thomas. — Bates Motel foi inspirada no filme Psicose e esse filme foi inspirado em um livro que tinha o mesmo nome.

— Ele está certo. — Jorge disse empolgado, apontando o giz preso em sua mão direita para Thomas. — O gênero gótico está em todos os lugares agora, inclusive nos filmes clássicos de terror e em séries como American Horror Story, Bates Motel e Hannibal.

— Já que é assim, por que não falamos do gênero gótico na atualidade, professor? — Newt indagou esperançoso. — Já que o gênero gótico está em todos os lugares, nós o conhecemos muito bem. Poderíamos iniciar uma ótima conversa falando sobre os assassinos em série dos nossos filmes slasher favoritos.

— Ótima ideia! — Minho exclamou. — Que tal falarmos do Ghostface em Pânico?

— Ou do Michael Myers em Halloween?! — Sonya sugeriu animada.

— Na verdade, nós não podemos falar sobre eles, garotos. — Jorge respondeu enquanto sorria. — Apesar de ter me desviado um pouco, na minha aula iremos falar apenas de livros e não de...

— O professor tem razão. — Thomas interrompeu a fala do homem. — Vocês querem falar de filmes slasher e, como ele mesmo disse, a aula é sobre livros do gênero gótico. Apesar de haverem algumas semelhanças, não se pode escrever o roteiro de um filme slasher da mesma forma que se escreve um livro, não importa se ele é do gênero gótico ou não.

— Pelo visto temos alguém que entende do assunto! — Jorge exclamou com um sorriso ainda maior estampado em sua face. — Pode nos explicar por que pensa assim, senhor...?

— O’Brien. Thomas O’Brien. — o garoto respondeu a pergunta do mais velho enquanto sorria, atraindo a atenção de toda a classe. — Bem, pensem sobre qualquer filme slasher que vocês gostem, okay? — Thomas disse, ainda sorrindo. — Um personagem e seus amigos chegam à boate, ao campo, à cidade deserta, tanto faz. O assassino os mata um a um. Depois de noventa minutos, o sol aparece e o personagem sobrevivente, sentado em uma ambulância, vê os corpos de seus amigos passando. Filmes slasher passam muito rápido. Mas quando se escreve algo, você precisa esticar as coisas. Precisa adicionar detalhes que são impossíveis de serem fielmente reproduzidos em noventa minutos na tela de um cinema. Mas eu arrisco em dizer que talvez possa existir algo em comum entre livros que falam de assassinos em série e roteiros de filmes slasher.

— E o que seria? — Newt indagou com um sorriso brincando por seus finos lábios, fitando o moreno sentado ao seu lado e ganhando o olhar curioso do mesmo.

— Depois que o primeiro corpo é encontrado, é só uma questão de tempo até o verdadeiro banho de sangue começar.


Notas Finais


Gente de Deus! Tem umas viaturas paradas ali na mansão da Trina, parece até que encontraram alguma coisa...
Brincadeiras à parte, o que acharam? De quem desconfiam? Já tem alguma teoria?
Tá bom, chega de perguntas! Enfim, espero que vocês tenham gostado ❤
E lembrem-se: You'll never know the murderer sitting next to you
XoXo


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