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História Secrets - Os Encantos do Escorpião - Capítulo 10


Escrita por: Jess_Monteiro

Notas do Autor


Já voltamos :-P...
E aí povo e pova do Brasil da Dilma <3 kkkkk Vamos lá, gente, eu amo demais vocês suas lindas, a cada pessoa nova que aparece nos comentários eu fico feito uma boba feliz. Tipo, chegamos a doze super rapido, o que eu disse? Parece que cada vez que aumenta a proposta, mais rápido vocês atingem ela. Estou super feliz que ganhamos mais alguns favoritos, e cada vez estamos tendo cada vez mais visualizações por dia. Então acho justo subir o que? mais uns dois? Bom vamos fazer o teste pra 14 Pessoas, em 48 horas. Em questão das 48 horas quem me acompanha já sabe que quase nunca eu posto nas 48, muitas vezes é bem antes como hoje ,por exemplo, que fez 24 horas que a ultima garota 12 comentou agorinha.
Eu acho que vamos conseguir de boa, os últimos capítulos foram com 15, e temos 56 favoritos, está na hora de alguns fantasminhas conhecer Tassy e Adriana Tavares antes delas começarem a ser um tiquinho violentas e começaram com as tags monstros delas (eu tenho medo delas senhores fantasmas, já vi essas duas pegarem pesado com pessoas como vocês, então acho melhor aparecerem quando terminarem de ler esse capítulo porque tem mais que nem ela lá embaixo).
Bom por hora é só, vejo vocês lá embaixo ;) Boa leitura

Capítulo 10 - Capítulo 10


Fanfic / Fanfiction Secrets - Os Encantos do Escorpião - Capítulo 10

 

Ethan Parker

 

—Ela fez o que? – Perguntei incrédulo.

—Hannah mandou a carta de demissão hoje mais cedo, já está no Rh. Alana apenas pediu para avisa-lo que ira tentar mandar os novos assistentes o mais rápido possível e que irá ver o que fazer para o cargo de Supervisora de Marketing, ela e Dylan estavam contando realmente com Hannah.

 Era oficial, essa garota era completamente um problema na minha vida. Hannah conseguia irritar até mesmo o mais calmo dos homens, e esse não era o meu caso porque eu já estava perturbado demais.

 A ligação do dia anterior foi um estorvo, ela estava confusa, mal falou comigo e toda aquela história de hospital me deixou louco, fora que não atendeu nenhuma das minhas ligações após me mandar uma mensagem cheia de informações.  Agora, ela simplesmente falta dando ares a minha imaginação sobre sua situação e quando recebe uma das melhores propostas feitas na rede ela simplesmente se despede.

 É, ela realmente estava querendo me deixar maluco, não tinha outra explicação lógica para isso.

—Mais alguma coisa, Ethan? – Judith perguntou com o meu silêncio.

—Eu quero a carta de demissão dela na minha mesa, peça para Alana não falar com Dylan, eu vou dar um jeito de conversar com Hannah.

—Sério? – Judith perguntou desconfiada trocando o peso do corpo de um pé para o outro com um sorriso de lado – Quer dizer, eu vou falar com ela agora mesmo. Mais alguma coisa?

 Apenas neguei e ela saiu da sala ainda desconfiada. Alguma coisa me dizia que a demissão de Hannah poderia ter alguma coisa haver comigo dessa vez, ela já havia expressado alguma ideia de sair da empresa no Nigth 1, mas agora... Era diferente não era? Ou ela ia voltar aquele status de me fazer um pau ambulante?

 Céus, o pior é que eu ainda queria sentir meu pau deslizando para dentro dela de novo. Ouvir seus gemidos roucos, tocar seu piercing com a língua ou olhar para cada uma das suas tatuagens pequenas e sexys enquanto eu a fodia. Eu não me cansava de ver seus olhos cinzentos escurecerem, de tocar suas costas macias com aquela enorme fênix que apenas deixava-a ainda mais misteriosa para mim, um desafio ainda maior e mais viciante.

 Eu queria tocar, lamber e foder aquela mulher, que estava fazendo a minha vida um inferno.

 O sexo na sala de arquivo apenas piorou a situação. E eu pensando que outra vez com aquela garota ia me ajudar a esquecer e parar te conturbar ainda mais minha cabeça, quem deras que isso fosse verdade. Tudo que eu conseguia pensar era naquilo, em minhas mãos apalpando as suas curvas, no seu cheiro incrível, no sabor da sua boca encostada na minha, fora o boquete maravilhoso. Ela sabia o que fazer com a boca e só de me lembrar daquilo eu já ficava maluco e completamente duro.

 Ela era viciante.

 Desde os olhos até a personalidade cativante. Merda! Ela era incrível.

 O fato de ela ser tão jovem estava acabando com meus neurônios de tanto pensar, eu nunca gostei de garotas jovens, sempre preferi as mais maduras e novamente ela destruiu todo o padrão que eu estava acostumado. Mulheres mais velhas eram mais seguras, eu já tinha minha cota de decepção com mulheres novas demais e sem experiência real de vida, minha única ex já me vacinou contra isso anos atrás e mesmo Hannah parecendo diferente, envolver-me com ela era algo que eu não podia fazer, mas não conseguia evitar.

 Eu tinha uma atração por ela, uma atração forte do tipo que não podíamos ficar no mesmo lugar que eu já ficava duro apenas de olha-la. Só que eu não queria simplesmente estragar a carreira dela por conta disso, ela era brilhante, tinha um futuro incrível em qualquer área que quisesse atuar e pela primeira vez eu não estava pensando com o meu pau quando o assunto era Hannah Swift.

...

 Ela não apareceu na academia, muito menos atendeu todas as vezes que eu liguei. Minha última esperança foi Charles que não estava no seu escritório naquele horário, o que era raro. No terceiro toque, meu melhor amigo atendeu.

—Charl...

—Você sabe que sou eu engraçadinho – o interrompi.

—Oi para você também, Ethan.

—Certo, você está com Hannah? Eu preciso falar com ela.

 Charles riu abafado do outro lado da linha, e depois tentou soar casual.

—Sobre?

—Você sabia que ela pediu demissão da empresa sem mais nem menos?

—Fiquei sabendo disso – respondeu com certo divertimento na voz – Eu estou aqui no apartamento deles com os pés dela no meu colo, na verdade hoje eu sou o babá.

—E eu posso falar com ela?

—Espera um minuto...

  O celular ficou mudo durante quase um minuto.

—Ela pediu para falar que está dormindo... Aí sua vaca.

 Sorri ao imaginar o chute que ele deve ter levado.

—Passe para ela – mandei.

 Eles discutiram alguma coisa e Charles soltou uma gargalhada. Uma respiração funda foi ouvida do outro lado e depois sua voz sensual chegou aos meus ouvidos.

—Olá Ethan Parker.

—Então você pediu para falar que estava dormindo? – perguntei em tom divertido – É sério que você realmente fez isso?

—Eu não estou muito criativa ultimamente – respondeu suspirando.

—Por que você fez isso, Hannah?

—Porque eu não queria falar com você agora.

  A sinceridade dela ás vezes era comovente.

—Eu imaginei isso quando você não me atendeu hoje. Contudo, não é sobre isso que eu falei e acho que você já sabe o que quero falar com você.

A demissão. Não precisei falar, ela já sabia o porquê de eu estar ligando.

—Eu tive meus motivos.

—E foi por minha causa?

Alguns segundos se passaram antes dela responder.

—Em partes...

—Será que podemos conversar? Você tinha me dito que íamos resolver a situação na sala de arquivos, só que saiu correndo de lá. Eu falei que queria a situação resolvida, Hannah, e não menti sobre isso. Você deveria saber que não gosto de deixar as coisas para depois, principalmente ás más resolvidas.

—Podemos conversar amanhã ou depois, sei lá, peço para Judith marcar alguns minutos com você na sua agenda entre alguma reunião...

—Eu quero falar com você, agora – meu tom era autoritário e nem me importei.

—Espere, que eu vou para meu quarto, Charles está quase encostando a orelha no celular para escutar.

 O barulho de televisão ficou alto quando ela se moveu.

—Não Hannah, você não está me entendendo. Eu quero falar com você pessoalmente, podemos nos encontrar em meia hora no Caverna?

—Agora? – perguntou exasperada.

—Obviamente.

  Ela esperou mais alguns segundos antes de responder.

—Ok. Só vou tomar um banho rápido e peço para Charles me deixar lá.

—Certo então. Até lá.

...

 Estava olhando no relógio pela terceira vez quando a Mercedes preta de Charles encostou a algumas vagas da porta do Caverna. Poucos segundos depois, ela desceu. Droga! A minha reação a ela era instantânea e me mexi desconfortável no aperto da minha bermuda.

 Eu sempre me surpreendia com ela, cada vez que a via, ela parecia diferente. Aquela garota parecia ter mil facetas e naquele dia ela parecia muito mais jovem do que realmente era. Seu rosto estava sem maquiagem, deixando-a mais bonita e revelando algumas pequenas sardas quase imperceptíveis em seu nariz. Seu cabelo estava amarrado em um rabo de cavalo frouxo e desleixado com algumas mechas caiando sobre seu rosto.

 Suas pernas estavam expostas em uma mini saia desfiada e com os bolsos aparecendo na parte de baixo. A camiseta polo feminina era listrada na vertical e dois, dos três botões, estavam abertos revelando um pequeno, e já mortal, decote.

 Só que essas reações foram secundárias quando olhei para a mão dela com uma tala azul escura. Era estranho novo extinto ao ver aquilo, geralmente, eu era muito mais protetor do que a maioria das pessoas. Com a minha mãe, meu irmão, minha irmãs, ás vezes até com meus amigos por questão de segurança e bem estar e até mesmo com meu padrasto assim como com as minhas empresas.

 Só que mais nenhuma mulher em especial havia despertado esse sentimento em mim, esse extinto. Olhei para a garota que se aproximava. Parecia pequena e frágil com aquela tala dando-me vontade de protegê-la. Saco! As coisas estavam muito erradas, realmente precisávamos conversar.

—Er... Oi? – ela acenou.

 Nos cumprimentamos de uma maneira distante, com beijos na bochecha sem nos tocar realmente.

—Vamos entrar? – convidei abrindo a porta do bar.

 Ela passou por mim cumprimentando as pessoas que já conhecia, como os garçons e os clientes, pelo nome. A mesa que usamos nas vezes que tivemos ali estava vazia e Hannah nos guiou até ela se sentando e apontando para eu me sentar de frente para ela.

—Vai querer algo para beber? – ela perguntou.

—Um Malte puro.

 Ela me olhou um pouco surpresa, pra falar a verdade eu também estava. Era terça-feira, meio de semana e eu tinha uma pilha de documentos e pelo menos uma dúzia de e-mails para resolver porque não gostava de confiar inteiramente em outras pessoas em assuntos mais importantes como a compra dos novos Resorts.

—Olha, eu estou morrendo de fome – ela confessou – Ainda não jantei. Aqui eles fazem uma porção de babatas fritas com catupiry que é divino. Vai querer?

 Apenas confirmei e ela chamou o garçom, o mesmo ruivo que não demorou a aparecer e parecia um colegial quando ficava perto dela.

—Duas porções juntas de batatas fritas com catupiry, bem caprichada de preferência Troy, estou faminta.

—E quando você não está? – ele sorriu todo derretido anotando o pedido como se eu não estivesse ali – Alguma coisa para beber?

—Um Malte puro para mim por hora e uma coca-cola para ela – respondi, cortando-o e obrigando-o a olhar para mim, assim como ela – Você está tomando remédio certo? Por causa da sua mão.

 Ela piscou algumas vezes surpresa.

—Er... Estou, obrigado pela consideração.

—Ei você se machucou princesa, foi alguma coisa grave? – o garçom perguntou arregalando os olhos.

—Nada demais, logo já estou boa.

 Troy, o sedutor de quinta, enrolou com uma preocupação exagerada e se foi levando nossos pedidos.

—Como você sabia sobre a coca, Ethan?

—Quase todos os dias, depois do trabalho ou quando de vejo nas horas livres você está tomando– dei de ombros.

—Você é muito observador.

—Isso é ruim?

—Não, não mesmo. Eu também sou – ela se mexeu inquieta e colocou a mão machucada em cima da boa na mesa – Você deve estar com pressa...

—Não, eu não estou – a interrompi – Por que você desligou na minha cara ontem?

—Eu não estava numa situação muito legal quando você ligou e achei muita cara de pau sua me ligar depois do que fizemos no arquivo.

Ergui uma sobrancelha para ela sem entender.

—Você achou que eu te liguei por conta de uma caçada? – perguntei quando a ficha caiu – Que absurdo Hannah, é claro que eu não te liguei por conta disso. Eu não sou tão sem tato assim.

Desviando a atenção de onde os homens jogavam sinuca, ela olhou para mim.

—Sério? Eu tinha certeza que era por causa disso.

Nossas bebidas foram colocadas na mesa e o garçom se afastou.

—Por que você se demitiu? – perguntei direto – Quando Judith me contou eu não lidei muito bem com essa informação. Foi por causa do que fizemos ontem? Porque se foi Hannah, eu não tenho a mínima intenção de estragar sua carreira, eu tinha certeza que você ficaria feliz em aceitar a área de Marketing.

 Alguma coisa nela estava diferente, ela não parecia estar bem. Não como no dia anterior, eu podia imaginar o quanto sua mão deveria estar incomodando-a, mas alguma coisa me dizia que não era só isso.

—Esse foi apenas um dos motivos – ela falou mais baixo olhando para sua latinha – Eu não entrei lá pelos métodos, er, digamos normais e descobri isso apenas ontem. Tudo que eu sempre quis era arrumar um emprego por conta própria, só que não foi isso que aconteceu.

—Entendo. Bom, eu fiquei curioso para saber os motivos do meu Rh contratar alguém mais jovem e descobri que meu padrasto que te indicou a Alana. O porquê de ele fazer isso eu não sei, você o conhece?

 Ela ficou um pouco surpresa pelo que eu disse.

—Não, nunca falei com ele antes, acho que o vi de longe na academia junto com seus irmãos mais novos algumas vezes, só que nunca nem fomos apresentados – ela respondeu um pouco distante e pensativa – Ele foi ex-agente da CIA, certo? – afirmei sem entender, ainda me incomodava o fato dela saber mais das coisas sobre mim, como a profissão do meu padrasto, do que eu saber sobre ela – Então deve ser por aí que a agente Lewis me colocou lá sem levantar muitas suspeitas e eu só gostaria de saber o porque.

 Eu não tinha certeza se as últimas palavras dela eram mesmo para eu escutar.

 Certo. Ela era mais complicada do que eu havia imaginado.

—Nem vou perguntar o que isso tem haver com meu padrasto de te colocar lá – falei logo – A questão é que independente disso você é muito competente. Em relação ao mérito, ás vezes eu acho que você deveria estar numa empresa de publicidade que poderia destacar melhor o seu talento. Talvez a RIH pode ser pequena para tudo que você ainda pode conseguir.

—Você não gostou muito de saber que eu estava trabalhando lá naquela sexta, não pelo modo como você me tratou.

 Parei um pouco para olha-la. Será que essa foi a impressão que ela teve daquele dia? Talvez eu tivesse analisado a situação errada, eu jurava que ela tinha ficado excitada após ser pega no flagra falando mal de mim.

—Definitivamente você interpretou mal os sinais. Naquele dia eu estava mais concentrado em não te foder ali mesmo do que como você entrou na empresa, e o modo como você entrou lá eu só descobri ontem – falei sincero – quando eu disse que fiquei impressionado, eu realmente fiquei garota. Além de excitado vendo você naquele jeans e me desafiando daquela forma. Eu queria calar sua boca petulante com meu pau deslizando por ela, não fico muito amigável quando quero foder e não posso.

—Falando desse jeito fica difícil me concentrar – murmurou – Vamos nos concentrar na nossa conversa.

 Ela se mexeu desconfortável no assento.

—Se você acha que eu não te queria lá, Hannah, está enganada.

—Então você me transferiu para a área de Marketing para ficar longe de mim, assim eu não te causo problemas?

—É claro que não! Você sempre tira conclusões precipitadas assim, ou é só em relação a mim?

Ela deu de ombros e Troy colocou as batatas na mesa.

—Eu sou uma boa observadora e minhas conclusões quase sempre estão certas, pelo visto não com você – disse ela pegando uma batata – O que eu podia achar? Eu tinha duas opções, ou era de novo algo forçado por quem me colocou lá dentro, ou era porque você queria se afastar o máximo possível de mim e ser sua assistente pessoal poderia tornas as coisas mais difíceis, não estou te julgando, eu talvez faria isso se tivesse no seu lugar.

—Você pelo menos tentou uma terceira opção? – questionei – Que a promoção é porque você realmente merece, porque Dylan e Alana já estavam de olho em você antes mesmo de transarmos? Você deveria pelo menos ter considerado isso, pelo amor de Deus!

—Sei.

 —Não, você não sabe, Hannah – virei o resto da minha dose e coloquei o copo na mesa – Não foi só você que foi recrutada para a área de Marketing, outras pessoas na empresa também foram. E se não acredita em mim, pergunte Alana ou a Dylan, melhor pergunte a Rafael.

—O Rafael?

—É, ele era apenas um temporário como assistente. A contratação dele era na intenção dele trabalhar como designer, ele recebeu a notícia hoje a tarde, o segundo designer da equipe de marketing ainda não foi contratado, assim como o resto da equipe. Não é algo exclusivo apenas para você, se o seu cargo é importante assim logo de cara é por causa do seu currículo e suas formações. Não pense que eu brinco com meu dinheiro e com as minhas empresas Hannah, uma coisa é você ser contratada para ser minha assistente, outra é ser supervisora de Marketing que é um cargo muito importante. Sua falta de fé em mim é frustrante.

 Ela não falou nada de imediato, apenas se encostou no banco e começou a comer pensativa. Comemos as porções que foram servidas em silêncio por alguns minutos, ela parecia refletir sobre alguma coisa, quando chegamos na metade ela parou de comer.

—Me desculpa – ela disse, levantei o olhar para ela – Por julgar errado a situação. Acredite, eu não faço isso com as outras pessoas.

 —Eu entendo.

 E entendia mesmo. Algumas reações minhas em relação a ela também eram diferentes.

—Mesmo assim, eu deveria ter falado com você ontem – ela continuou.

—Deveria. Vamos deixar isso para lá, ok? Apenas volte para a empresa, tudo fica certo e eu também me esqueço dos seus julgamentos – sorri para ela que retribuiu.

—Falar é fácil, eu acho que não vai ser uma boa ideia. As coisas já estão estranhas entre nós e eu já mandei minha carta de demissão.

—Sobre as coisas estarem estranhas, podemos resolver isso se conversamos direito. Já a carta de demissão não é um problema, Alana ainda não contou para Dylan e sua carta de demissão está comigo. Eu realmente quero que você volte Hannah, se for para sair que seja por motivos que não envolvam esse negócio de não merecer e nem que envolva o que fizemos na boate ou ontem.

 Ela tamborilou os dedos da mão boa pensativa, alguma coisa rondando sua mente e seus olhos atingiram um tom claro e misterioso de cinza.

—Certo então.

—Certo não envolve, ou certo você vai desistir dessa coisa de demissão?

 Ela sorriu.

—Certo, eu vou desistir dessa coisa de demissão.

 Sorrimos um para o outro e voltamos a comer de novo em silêncio. Dava gosto de vê-la comer, não era do tipo que comia pouco, comia com gosto do tipo que deixaria Abigail feliz em cozinhar para ela.

– Por que você pensou que eu te liguei para você trabalhar? – perguntei inclinando-me para frente.

—Você só me liga para isso Ethan, o que eu ia pensar?

—Que eu estava preocupado com você? – Sugeri.

—Por que motivos você estaria preocupado comigo?

 Boa pergunta.

—Tá vendo? – ela falou com o meu silêncio – Eu agi errado, mas não pode me julgar. Tá bom, eu falei que era para agirmos como se nada tivesse acontecido e que esse é o seu acordo, mas vamos falar sério... Arrume outra pessoa para as suas caçadas, é estranho arrumar as coisas para você transar com outra mulher depois de termos transado. Pensei que você fosse uma maquina sexual, tínhamos transado mais cedo e na hora que me machuquei você me liga, pensei que era para alguma coisa do tipo.

—Você ficou com ciúmes?

—Vai se foder Ethan – ela riu levando o copo com coca a boca – Eu não tenho motivos para ter ciúmes de você só porque transamos.

—Seria estranho eu dizer que quero foder você de novo?

Ela engasgou, me fazendo rir.

—Seu tarado! Você não pode falar essas coisas quando estou bebendo ou comendo.

—Você não respondeu minha pergunta, Hannah.

—Não seria estranho se você não fosse Ethan Parker, o cara que não repete a dose está querendo repetir pela terceira vez? – ela sorriu – Olha, temos que ver um jeito disso não ficar estranho entre a gente.

—Mais estranho do que já está?

—Sim, mais estranho do que já tá. Temos os mesmo amigos, eu trabalho para você... Eu nem contei para o Charles e Brian o que aconteceu e nem acho bom contarmos por hora. Se vamos continuar transando como estamos fazendo, as coisas vão ficar ainda mais estranhas entre nós depois – seus olhos cinzentos me encararam firmes – Um dia, e a gente sabe que esse dia vai chegar, você vai se cansar de mim. Não vamos mais transar e as coisas vão ficar mais do que estranhas porque vamos ter que nos ver cinco dias na semana e para não dividirmos nossos amigos vamos nos ver alguns fins de semana também, e depois como é que vai ser?

—O que você está querendo dizer?

—Eu não sou sua boneca inflável, Ethan Parker, para você usar e quando cansar me colocar de lado.

Dessa vez foi eu que engasguei, mas ela não parou de falar por isso.

—É obvio que eu quero repetir a dose, mas isso não significa que eu quero que me sentir descartável depois. Vamos ter que ser amigos, por eles e por nós também, quando esse tesão todo acabar, ainda vamos poder nos olhar sem constrangimento e falar abertamente sobre isso. Não quero um relacionamento amoroso com você, não se preocupe, já tive um ou dois amigos com benefícios antes.

 Ela fez uma pausa para mastigar outra batata, mas eu não falei nada. Estava tentando entender o que ela estava tentando dizer.

—Não vejo problemas de continuar fazendo isso até cansarmos. Somos adultos e vacinados, não somos idiotas e temos consciência de todas as nossas ações– ela continuou – Um dia vai ficar repetitivo demais para você e um dia eu vou querer que algo fique repetitivo. Por hora podemos continuar fazendo isso, mas quando você cansar, ou eu arrumar um namorado, vamos poder continuar sendo amigos. Só que sem os benefícios.

—Namorado?

—Essa conversa vamos ter quando sermos amigos, eu quero namorar, casar ter filhos e não é o tipo de conversa que quero ter com você, não se preocupe – ela sorriu.

—Hannah, eu não sei fazer essas coisas – falei sincero.

—Que coisa?

—Sabe por que eu sou amigo de Alana, Judith e Ivy? – ela negou com a cabeça – Porque eu nunca transei com elas. Elas estão comigo desde quando éramos jovens, nossa amizade é do tipo distante porque não me relaciono muito bem com o sexo oposto quando não envolve sexo. Elas sabem que podem contar comigo e sei que posso contar com elas. Eu nem sei o que é transar mais de duas vezes com a mesma pessoa, desde quando eu sai do exercito eu vivo assim, há seis anos. Agora imagina uma amizade assim? Não sei se vou me sair muito bem, nunca envolvi amizade e sexo.

 Encarei o copo vazio. Caramba, eu havia sido realmente sincero com ela como fui pouca vezes na vida sobre meus relacionamentos. Só que eu queria mais, não queria? A boca rosa claro e o decote na sua blusa respondia minha pergunta. Eu precisava de mais, eu precisava mais dela e isso me fez prosseguir, ela tinha que saber no que estava se metendo.

 —Eu quero muito você, quero arrastar você para o canto e te dar tanto prazer quanto já teve. Eu não sei como vamos seguir, você vai precisar ter paciência e vamos ter que pensar bem antes de agir. Charles é meu melhor amigo e você é importante para ele, acho que antes de tudo, temos que ser amigos por ele, mesmo que não saibamos como isso vai acabar no fim das contas.

—Ei não estou pedindo para você comprar chocolate quando eu tiver menstruada e com cólica enquanto assistimos algum romance e choramos – ela falou naturalmente – Nem de falar sobre sentimentos. O resto eu lido bem. Eu moro com dois homens, Ethan. Brian hoje é meu irmão, mas um dia ele foi apenas meu melhor amigo.

—E vocês transavam?

A pergunta escapuliu.

—Eco, que nojo Ethan! As coisas nunca funcionaram assim comigo e Brian. Eu sempre fui rodeada de homens na minha vida. Meu pai, Adam, Martin, Brian, meus ficantes ridículos... tenho mais amigos homens do que mulheres, não se preocupe se acha que eu vou ligar para você e falar dos meus sentimentos, para isso que existe o Brian.

 O telefone tocou e ela atendeu falando bem rápido, enquanto eu tentava absorver o rumo da nossa conversa. Ok, seriamos amigos com benefícios. Minha cabeça deu um nó. Desde quando as coisas ficaram tão complicadas?

—Tudo bem? –Perguntei quando ela desligou.

—Problemas no paraíso – ela me respondeu – Brian está em um encontro e algum segurança idiota acabou conseguindo acha-lo e está vigiando-o. Apenas pedi para ele ignorar, as coisas vão ficar certas com o tempo.

—Um dia eu vou entender isso?

—Tem assuntos que eu não vou conseguir de contar e que não são fáceis de falar, Ethan. Um dia eu te explico sobre isso – ela sorriu fraco – mas não agora também. Acho que tenho que ir, vou pegar um táxi quero aproveitar dessa liberdade momentânea e me vingar mais um pouquinho de Martin, está tarde e apesar de estar a poucas quadras de casa ainda sim está de noite e aqui é Nova York no fim das contas.

—Eu posso te levar em casa – ofereci.

—Não precisa se incomodar, eu vou de táxi.

—Eu vou te levar em casa, Hannah – falei firme – podemos conversar um pouco no caminho. Será estranho se eu não te perguntar onde você mora e te levar diretamente lá?

Ela riu.

—Não tão estranho quanto eu saber que você mora em uma cobertura duas quadras da academia ou que você nunca teve uma passagem pela policia.

—Não, nada estranho então.

  Ela custou me deixar pagar a conta e ficou alguns minutos flertando com o garçom. Conversamos um pouco a caminho do carro, sobre as reuniões que eu havia tido naquele dia e sobre a equipe de Marketing que estava sendo montada.

—Você vai me levar para casa num Porsche 911? – Ela perguntou animada quando paramos na frente do carro prata.

—Vim direto da academia – abri a porta para ela entrar.

 O assunto não morreu no carro, mudamos o foco da nossa conversa para coisas mais pessoais. Ela me fez contar todos os meus filmes preferidos me criticando sobre alguns efeitos especiais ruins de alguns de ação.

 Hannah me fazia falar, falar mais do que eu estava acostumado fazer. Geralmente eu era a pessoa que ouvia nas reuniões, nos encontros com outros amigos geralmente eu escutava mais as besteiras que Charles falava com Roger e Dylan, mas com ela era diferente. Ela parecia interessada a me ouvir, ria abertamente e não tinha vergonha de me criticar ou de fazer alguma piada sem graça.

 Era a mesma coisa de estar com outros caras, a diferença era que eu ficava o tempo todo olhando para ela sempre que tinha a oportunidade. Olhando para o modo como ela ria e fazia duas covinhas aparecerem nas suas bochechas, quando ela fuçava no som do carro trocando de música e fazendo cara feia cada vez que uma muito ruim estava passando.

—Então você tem um R8, só que não dirige? – perguntei a ela, quando ela contou que ganhou o carro há dois anos e meio.

—Não estou acostumada com Nova York e não sou a pessoa mais paciente do mundo – ela sorriu de lado – eu sempre gostei de Audis, eu que os R8 são extremamente caros, mas que vale a pena ter um. Um dia eu ainda vou voltar a dirigi-lo, só não estou pronta para isso ainda e tenho medo de acabar com o carro, foi um presente muito especial.

Especial é a minha assistente ter um Audi que custa centenas de milhares de dólares na garagem ganhando o que ela ganhava por mês.

—E por que um Audi R8, e não um Porsche ou Lamborghini? – perguntei – geralmente mulheres gostam de Porsches amarelos ou rosas.

 Ela olhou indignada para mim.

—Você é tão machista.

—Apenas um fato, Maggie tem um amarelo e Mel já fez Julius prometer dar um pra ela mais pra a frente.

—Eles são um dos carros mais seguros para se dirigir – ela respondeu, eu não a conhecia muito, mas sabia que ela ia se empolgar – Já assistiu Homem de Ferro? – ela não esperou eu responder – No primeiro filme laçando em 2008 Tony Stark usa um Audi R8, no segundo filme, em 2010, ele usa um R8 Spyder, o mesmo que eu ganhei e usei toda a minha persuasão para isso.

Ela se inclinou para mim e mexeu a mão machucada para explicar.

— Ele tem um motor V10 de 5.2 litros e 568 cv. É uma máquina com todo o prazer da coisa e o Robert Downey Jr. usou esse bebê em seu segundo filme. Eu fui ao cinema assistir, e foi maravilhoso, fingi estar gripada para isso. Você assistiu o 3?

 Neguei com a cabeça. Geralmente eu gostava de ir ao cinema, mas esse ano de 2013 não estava me dando muitas oportunidades para isso.

—O Homem de Ferro 3 foi lançado esse ano, e é claro, adivinha o que ele usou? Um Audi R8 LMS e-tron elétrico, todos os R8 são clássicos e maravilhosos, ás vezes eu fico apenas passando um pano tirando a poeira do meu e suspirando porque eu sou apaixonada por ele, é o potente da minha vida.

 Nós dois rimos com isso. Ela realmente parecia amar toda a linha de R8 e vê-la tão animada assim, me fez querer passar mais tempo com ela e descobrir o que mais ela gostava.

—Então você gosta dos R8 por que foi usado em um filme por Robert Downey Jr.? – olhei para ela de canto enquanto dirigia.

—Não – ela parou para refletir – Talvez isso influencie um pouco. Mas eu adoro meu R8 Spyder porque a aceleração vai 0 a 100 km/h em 3,8 segundos e pode atingir a velocidade máxima de 313 km/h. Conta com rodas de liga leve aro 19 com pneus 235/35 no dianteiro e 295/30 no traseiro. São 525 cavalos de potência abrigados em carroceria feita da mescla de compostos de alumínio, carbono e magnésio...

 Oh Meu Deus!

—Eu já entendi – a interrompi.

  Ela parou surpresa arregalando os olhos.

 —Falei demais né? Desculpe, falei algo errado?

 Neguei com a cabeça. Como uma mulher falando sobre carros era tão excitante? Eu adorava isso nela, o modo como ela falava as coisas do seu jeito “simples”, como se tivesse apenas falando do tempo e não dos compostos que compunham a lataria de um veiculo.

 Ela deve ter me visto ajeitando a bermuda que ficou bem mais apertada e aumentando o ar dentro do carro que ficou um pouco mais quente que o normal.

—Enfim – ela continuou – se eu fosse você compraria um R8.

 Abrindo um sorriso fácil ela se ajeitou no banco. Aquela garota era mesmo minha perdição.

 Hannah era o tipo de pessoa que você quer por perto para te fazer rir, não apenas para transar. Ela era inteligente, sabia das coisas, não era ingênua e nenhuma conversa com ela podia ser entediante.

 Paramos no último semáforo antes do prédio dela. De onde estávamos dava para ver que era mais luxuoso do que muitos outros ao redor, a dúvida sobre o assunto da morada dela e da conta bancaria que eu havia descoberto outro dia atrás me assolou, e resolvi não perguntar. Hannah não precisaria trabalhar tão cedo se não quisesse, sua fortuna era maior do que a que meu pai deixou para mim quando morreu.

 Pela primeira vez desde quando saímos do bar, ficamos em silêncio esperando o sinal abrir. E me senti estranho.

—Como uma mulher moderna que sou... O que você acha de jantarmos juntos hoje? – Ela perguntou do nada.

—Bom...

—Se você não tiver nenhum compromisso, é claro.

—Não, não tenho. Posso voltar para te buscar em uma hora – falei olhando o relógio – Pode ser na Red Intense Gourmet, da Madison?

—Não, eu estou de convidando para jantar –ela respondeu com um sorriso — Pode ser no meu apartamento, você pode escolher entre pizza, comida japonesa, mexicana ou italiana. Eu e Brian temos os catálogos dos restaurantes, inclusive esse seu.

—Eu não sei...

—Ethan, somos amigos. Você pode se acostumar em vir até aqui em casa, não estou te chamando para transarmos no meu apartamento, estou te chamando para assistirmos um filme ruim e comermos comida barata ou boa dependendo de onde vamos pedir. Pode ir para o estacionamento e fazer isso ou parar na frente de prédio e nos vemos amanhã, sem pressão nenhuma. Qualquer que for sua escolha é só questão de amizade.

 Olhei bem para o seu sorriso, meu Deus, eu nunca ia me acostumar de olhar para aquele sorriso. O modo como ela era fazia e dizia as coisas deixando tudo bem claro para mim, ela não estava realmente me colocando pressão, estava me dando uma escolha.

 Eu nunca ia á casa de uma mulher, principalmente se quisesse transar com ela ou já tivesse transado, o máximo que eu fazia era deixa-las na porta de suas casas e ir para a minha. A coisa era bem simples assim. O sinal ficou verde e eu poderia fazer uma das duas escolhas, seguir em frente e deixa-la na porta da casa dela e conversarmos no dia seguinte ou virar á esquerda e entrar na sua garagem.

 Eu apenas virei á esquerda.

 


Notas Finais


Bom, espero que tenham gostado. Esse capítulo é mais um dialogo se vocês perceberam, mas não é conversando que as pessoas se entendem?
Duvidas? Lá em baixo nos comentários, sobre a proposta tá esclarecido lá em cima.
Ah, gente eu fiz um negocio que uma menina mandou eu fazer. Ok, eu sei que sou uma aberração com as modernidades e pra mim era uma novidade, mas eu acho que vocês já conhecem o ask, fiz agorinha isso pq fiquei três dias tentando e nada kkk Eu não sei mexer direito, mas estou tentando vou deixar o link e tudo que sei é que as pessoas deixam perguntas lá, então me ajudem a mexer nesse negócio kkkkk

http://ask.fm/Jessi_Monteiro

Acho que é só por hora, nos vemos no próximo e vou deixar vocês com um spoiler super quente hahahaha

Spoiler narrado por Hannah: "Meu cabelo caiu sobre os ombros até para baixo do meio das minhas costas quando tirei o prendedor. Nossos olhos se encontraram de uma forma quente, eu sabia como minhas pupilas deviam estar dilatadas nesse momento, assim com as dele estavam. Ainda olhando em meus olhos, Ethan tocou meu seio devagar com as pontas dos dedos, e em seguida os segurou inteiro. Arfei com aquela cena erótica, seus olhos brilharam de malicia quando se desviaram para onde tocava. Sua boca quente e molhada pegou um dos meus mamilos e me senti ainda mais excitada com os dedos dele fazendo os milagres lá embaixo. Suas estocadas eram fortes e ritmadas, sem deixar de me estimular com a palma da mão."


Então é só, comentem fantasminhas :D

Ps: Tô ficando abusada com esses hots né kkk


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