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História Secrets - Os Encantos do Escorpião - Capítulo 16


Escrita por: Jess_Monteiro

Notas do Autor


Olá meu povo lindo e gostoso, nem demoramos tanto assim dessa vez. Passando aqui rapidinho apenas para postar o capítulo de hoje, eu não tô fora do prazo, mas era para eu ter postado ontem e não deu certo. Pessoas eu fiz um vídeo bem bacana com os personagens da história, sei lá, gostei dele e estou tentando postar aqui, só que não estou conseguindo. Vou ver com a Tassy se postamos no youtube e vou deixar os links nas notas finais depois editando o capítulo nas notas finais. Ficou bem interessante, é como eu imagino cada personagem e a música é muito foda, porque acho que ela combina com a história.
Bom, a proposta vai aumentar, já tem dois capítulos que falei que ia subir e já estamos com 118 favoritos, então vamos subir para 20 PESSOAS em 48 horas.
Por hora é só, boa leitura :)

Capítulo 16 - Capítulo 16


Ethan Parker

 

—Claro Parker – Stuart se voltou para Hannah – Na segunda, Hannah. Com licença.

 Assenti ligeiramente e nem forcei um sorriso. Stuart se aproximou dela beijando sua bochecha e nos deu as costas para sair da pista da dança. Trinquei o maxilar com essa cena e meus punhos se fecharam próximos ao corpo. Hannah não se virou para mim, ficou de costas, a respiração funda.

—Eu estou um pouco cansada – ela falou – fico de devendo para uma próxima.

—Hannah... – segurei seu braço – pode parecer impressão minha, mas eu acho que você não quer dançar comigo em especial, porque tenho certeza que você dançou com quase todo mundo aqui, menos eu.

 Os ombros dela caíram.

—Tudo bem – ela se virou para mim e segurou minha mão, mas não olhou para mim.

  A puxei para perto e ela veio sem falar nada, apenas me deixando guia-la.

  Meu corpo inteiro estava tenso pela proximidade dela com Stuart, o modo como ele a chamou pelo primeiro nome, como a tocou enquanto dançavam. Eu já havia percebido o quanto ela estava estranha, era como se me evitasse a noite inteira. Eu poderia contar nos dedos ás vezes que trocou um mínimo olhar comigo, era só eu me aproximar que seu sorriso sumia do rosto e ela se encolhia. Isso era novo para mim. Essa muralha que ela havia construído era completamente nova, na verdade.

 Era tão bom vê-la rir, e passei a noite inteira longe, evitando me aproximar apenas para vê-la fazer isso. Minha presença a incomodava, sua atitude, sua resistência, palavras... tudo naquela noite foi diferente.

—Você vai sair com ele? – perguntei, havia me segurado por uma música quase toda.

—Vamos almoçar na segunda.

—Na segunda? –nos afastei um pouco para olha-la – então não vai ao mexicano com a gente.

 Toda segunda-feira nosso grupo quase todo se reunia para almoçar no restaurante mexicano ao prédio da RIH. Tradição que começou com a paixão dela por comidas pesadas e apimentadas.

—Nessa segunda não.

 Eu queria ser indiferente a essa resposta, não sentir a raiva que senti ao imagina-la com aquele cara ao invés de estar com nossos amigos, comigo.

—Eu não queria que você fosse – me vi falando, e me surpreendi comigo mesmo.

 Ela levantou a cabeça e pela primeira vez olhou dentro dos meus olhos, também surpresa.

—Por quê?

 Eu não sabia o que responder. Eu só não queria, não tinha por quê... Ou na verdade tinha. Tinha porquês demais.

  Porque eu não estaria lá, porque eu não queria que ela ficasse com ele, porque eu não queria que ele a tocasse como eu estava tocando nela agora, ou como ele tocou minutos atrás. A lista de porquês era grande demais para eu recitar, ou ter coragem de falar sem que a assustasse e assustasse a mim próprio.

 Eu já estava puto da vida só de me lembrar que outros caras, que não foram eu, tiveram o prazer de dançar várias e várias músicas com ela. Que eles puderam sentir a maciez de suas mãos, tocar sua pele através do tecido fino e macio do vestido. Que eles puderam sentir o cheiro delicioso, afrodisíaco e exótico que apenas ela tinha.

 Pior, foram para eles todos os seus maravilhosos sorrisos. No fundo além de inveja, eu tinha dó deles. Ela estava tão absurdamente linda naquela noite que chegava deixa-los tontos, e apesar de odiar o fato de ver cada um dos seus dezenove pares anteriores, incluídos meus amigos, dançarem com ela, eu senti pena de muito deles. Mas Stuart não era um desses.

  A fitei de novo, e lá estavam seus olhos cinzas esperando minhas respostas.

—Porque eu vou sentir muita inveja dele, como senti agora a pouco.

 Ela prendeu a respiração e parou.

—Você não pode falar essas coisas – disse sacudindo a cabeça.

 Ergui as sobrancelhas surpreso.

—Hannah, agora você realmente está me deixando preocupado. Eu fiz alguma coisa errada? Porque eu tenho certeza que você não está muito feliz em estar perto de mim, e acho que isso é novo. Para nós dois.

 Uma sensação estranha no peito tomou conta de mim, quando ela desviou o olhar. Hannah não fazia isso. Ela realmente não fazia isso, não daquela forma.

 Sem me importar com as outras pessoas ao redor, puxei-a pela cintura nos aproximando. Ela não resistiu como pensei, apenas encostou a cabeça no meu peito suspirando.

—Eu estou confusa, muito confusa na verdade.

—Então você precisa falar comigo. Combinamos em ser sinceros, apesar de tudo somos amigos, não somos?

 Ela confirmou com a cabeça.

—Então me diga o que está acontecendo ou o que você quer.

 A música trocou, mas eu nem me importei. Apenas esperei.

—Você não fez nada errado, Ethan... Não foi você, sou eu – ela suspirou, cansada – eu estou um poço de confusão hoje. E ainda tivemos a discussão com Brian, as coisas que falamos, e nós dois sabemos que ele de certa forma está certo.

—A sua conversa com Julius também tem alguma coisa a ver com isso? – disparei, se ele tivesse falado alguma coisa...

—Não, acho que já resolvemos um pouco nossa situação – respondeu – Estou pensando em um monte de coisas que não deveria pensar.

—Talvez falar ajuda.

—Não quero falar, vou me sentir patética fazendo isso.

 Ela tirou a cabeça do meu peito e olhou para o lado.

—Ótimo, agora estão achando que estamos sendo românticos – bufou.

 Olhei para onde ela olhava, muitas pessoas nos olhavam. Algumas disfarçadamente, outras nem tanto, o último caso era a minha família e nossos melhores amigos, eles eram um poço de sutileza.

—Só estamos dançando, como você estava com Stuart. Na verdade, vocês estavam bem mais íntimos.

 As palavras simplesmente escapuliram, de novo, e ela fechou a cara para mim.

—Algum problema comigo dançar com ele, Ethan?

—Não sei, você foi mais amistosa com ele. Pelo menos, mais do que comigo.

 Ela riu pelo nariz.

—Então foi por isso que você veio aqui me tirar dos braços dele?

—Não sei, talvez.

 Novamente me surpreendi com o que eu disse. Qual era o meu problema?

—Isso não foi muito legal da sua parte, Ethan – ela levantou o queixo, seus olhos me desafiando – Eu estava gostando muito de dançar com ele.

— Você realmente está tentando me irritar agora, garota?

 Ela deu de ombros.

—Não sei por que eu dançar com Stuart te irritaria. Você não está sendo muito justo, eu não fui lá te tirar de Anne Collins, ou eu fui?

 Demorei alguns segundos para entender o que ela tinha dito.

—Como você sabe que aquela é Anne?

—Isso não é da sua conta – cuspiu virando o rosto para o outro lado – íntimo parecia você dois dançando e rindo juntos. E eu não fui até lá te tirar dela só porque estamos transando, enquanto você fez isso e eu nunca transei com Stuart, e se alguém aqui poderia interromper algo, sou eu já que você fez coisas com ela. Melhor, já fez isso com metade da população feminina dessa festa.

 A raiva dela estava evidente, só que era uma raiva diferente. Seus olhos estavam meio apertados, e seus dentes cerrados, sua boca vermelha e carnuda fazia uma espécie de beicinho enrugado dos lados. Agora sim ela ainda estava mais linda, um pouco da raiva que eu sentia se desfez ao olha-la assim.

—Você está com ciúmes – não era uma pergunta.

 Ela abriu e fechou algumas vezes a boca sem saber o que falar, e meu sorriso se alargou ainda mais quando ela me cutucou com o ombro.

—Idiota.

 —Um sorriso, eu ganhei um sorriso essa noite.

 Ela se segurou um pouco, seus lábios tremendo enquanto fazia isso e então começou a rir encostando a testa no meu peito. O toque dela teve proporções catastróficas, meu pau acordou na hora nas calças para se pressionar na barriga dela.

—O que sua única namorada na história está fazendo aqui? – ela perguntou de uma vez, tão sutil quanto ela conseguia ser.

—Anne está de volta a Nova York por algum tempo, talvez ela vá voltar a morar aqui e trabalhar na empresa com o pai dela, o marido dela faleceu há dois anos.

 Mentiria se falasse que a volta de Anne não me incomodava, não que eu sentisse algo por ela. Mas não gostava nem um pouco de tê-la por perto, eu a conhecia bem e Anne Collins não era flor que se cheira. E esse papinho de recomeçar aqui, não me agradou muito e pelo visto nem a Hannah.

—Vocês pareciam bem... íntimos.

—Ela é uma amiga da família, apenas isso.

 Meu celular vibrou no bolso e a mensagem de Anne apareceu na tela. Merda. Eu havia ficado de arrumar para ela uma vaga no Scorpions 2, já que esse estava lotado.

—Se ela é isso então.

 A música acabou e ela parou de dançar. Hannah estava mais alegre apesar de ter parado, pelo menos voltou a olhar para mim. Eu queria muito falar com ela, obriga-la a contar tudo que estava pensando, mas novamente meu celular vibrou.

—Eu preciso ir – a guiei para fora da pista.

—Tudo bem então – ela se afastou, mas a segurei.

—Vamos conversar depois?

Meu celular tocou de novo e ela olhou para ele, antes de responder.

—Claro.

...

Hannah Swift

 

 Meus pés estavam doendo tanto, que eu pensava seriamente em tirar os saltos antes mesmo de chegar a limusine.

—A saída dos fundos está liberada – Charles e Ed se aproximaram de mim e Martin – Cadê o Brian?

—Ele vai com a namorada – Martin respondeu – Mason já mandou trazer o carro, o parceiro dele dessa noite já deve estar chegando. Eles irão leva-los em segurança.

 Olhei cética para Martin.

—Parceiro de Mason? Temos que ter uma conversinha com a quantidade de “motoristas” que vocês estão disponibilizando.

 Martin nem se deu o trabalho de responder e seguiu na frente enquanto o seguíamos indo para o fundo. Ed estava um pouco tonto e eu fiquei ao lado dele, seus cabelos estavam bagunçados e ele já havia afrouxado a sua gravata.

 A entrada do hotel estava repleta de reportes e fotógrafos, sair por lá seria um verdadeiro martírio. Os funcionários nos deram passagem, muita gente ainda estava na festa que não terminaria tão cedo, Dylan e Rafael tinham até arrumado duas mulheres e eu tinha suspeitas que iria rolar um Ménage à Quatre, e não era o primeiro desses dois. Pelo menos meus amigos iam transar aquela noite.

 Eles iam e eu não.

 Não éramos os únicos usando a saída dos funcionários, algumas celebridades que beberam demais estavam fazendo isso formando quase uma fila de limusines. Eles realmente acreditavam que ninguém estava notando aquilo?

 Passamos pelos carros sem falar nem olhar para ninguém. Charles ia um pouco mais na frente, com as mãos nos bolsos assoviando, ele bebia muito e nunca ficava bêbado e isso era de se admirar. Martin era a grande vantagem, seu tamanho grande e sua cara de poucos amigos, abriam caminho pelas poucas pessoas que haviam no local. A nossa limusine estava no fim de outra rua, que naquela hora não estava muito movimentada.

—Uma coisa sobre champanhe – Ed me apertou quase nos fazendo tropicar – Eles nos deixam bêbados. Você acha que não tem álcool, mas tem! Isso é quase magia.

—Igual no Harry Potter? – brinquei.

—Garota, eu adoro aquele loirinho bonitinho metido a bad boy – Charles se virou para trás e Ed abriu um grande sorriso – Mas eu prefiro os morenos, amor. Eu prefiro você.

 Charles abriu um sorriso tão bonito que Ed, como se já não tivesse bêbado o suficiente, se derreteu.

—Resposta certa, amor.

 Ele nos esperou e passou a mão do outro lado de Ed, me ajudando a carrega-lo.

—Seus músculos estão maiores ou é impressão minha? – Ed passou a mão pelo peito de Charles.

—Eu sou dono de uma academia, se eu não malhar, como você acha que eu vou ficar?

—Gostoso, você é gostoso de qualquer jeito, amor.

—Meu Deus – Charles riu – Vou te dar mais champanhe. Cerveja e Whisky você não quer. Mas champanhe, fica todo soltinho.

—Eu sou soltinho – ele se balançou – Por você.

—Isso é muito açúcar pra mim – falei rindo dos dois – Parecem que estão em alguma preliminar maluca...

 Parei de falar quando viramos a esquina, nossa limusine estava parada bem ali, mas não foi ela que me fez parar. Ethan estava de costas perto da sua limusine prata, ao lado dele uma mulher, Anne Collins. Em questão de segundos tudo pareceu acontecer rápido demais, o riso ainda estava no meio da minha fala quando os olhos dela se encontraram com os meus e no segundo seguinte desapareceram... para se beijarem.

 Não sei o que eu senti naquele momento. Algo diferente de tudo que eu senti na vida ao ver aquela cena. Era como se meu coração se apertasse tanto dentro do peito que eu ficasse sem ar, como se todo o meu corpo estivesse sofrendo algum golpe forte e quase perdi o equilíbrio. Aquilo era diferente, parecia... dor.

—E é uma preliminar gata – Ed riu – Hannah... o que aconteceu, viu Draco Malfoy?

 Eu olhei para ele numa tentativa de não ver aquilo, e meu olhar os alertou. Quando eu voltei a olhar para frente, piscando algumas vezes para me recuperar, os dois não estavam mais juntos. Ethan estava mais de um braço de distância dela e eles discutiam alguma coisa que eu não entendi.

—Ethan – Charles chamou, sua voz estava grave e firme.

 Ethan se virou de uma vez. Eu parecia estar em algum transe no qual percebia cada pequeno movimento dele, ele olhou primeiro para Charles surpreso e quando o olhar dele caiu sobre mim, ele ficou em choque. Todos os músculos dele ficaram evidentes no smoking. Eu queria desviar o olhar, dar mais alguns passos e entrar na porta que Martin já havia aberto. Mas eu não conseguia, qual era o meu problema?

—Hannah...

—Você fica paradinho aí – Martin se adiantou se virando para ele, sua mão estendida segurando a porta.

—Podemos saber o que está acontecendo aqui? – Charles falou – Espero que não tenhamos atrapalhado algo.

—Eu... Eu não sei – ele sacudiu a cabeça e olhou para a mulher ao lado dela. Eu sentia os olhos dela em mim, mas eu só conseguia olhar para Ethan.

 Não era para eu me sentir assim, ou era? Qual era o meu problema?! Nem tínhamos nada, não tínhamos porra nenhuma na verdade. Eu sabia disso, desde o começo, antes do começo, eu sabia que Ethan não pertencia a mim, que era um grandíssimo caçador. O que eu esperava? Eu realmente tinha esperanças que ele ficasse apenas comigo?

 Sim, eu esperava. E isso doía. Porra, doía mais do que deveria.

Pisquei algumas vezes ao ouvir uma voz um pouco mais alta, a voz de Charles.

—... É melhor você ficar longe, Ethan. Qual é seu problema?

 Com uma força, que me senti orgulhosa, ergui o queixo e a cabeça.

—Está tudo bem Charles – minha voz saiu tão fria, tão calma que me enchi ainda mais de coragem e força para continuar falando – Gente, pra que essa confusão toda?

 Eu era novamente os centros das atenções. Martin olhava para mim entendendo o que eu estava fazendo, usando minhas defesas, erguendo um muro de vidro e uma máscara de papel. Já os outros estavam incrédulos.

 Pisquei e me abaixei desfazendo as fitas do meu salto e pisei no chão com os solados dos pés doendo, eles não eram os únicos e nem era o que doía mais.

—Está tão tarde, meus pés estão realmente acabando comigo – Peguei os dois saltos em apenas uma mão e os joguei nos ombros – Será que podemos ir embora? Eu acho que vou dormir dois anos seguidos depois dessa noite, a festa foi linda Ethan, parabéns pelo aniversário do seu hotel, foi muito lindo e a música foi de muito bom gosto.

—O que você está fazendo? – Charles perguntou.

—Indo para casa dormir – um sorriso forçado saiu, era bem leve na verdade. Apenas uma curvatura, porque eu sabia que se tentasse algo maior seria muito falso – Se ainda querem uma carona é melhor embarcarem.

 Acenei para eles com a mão, da mesma forma que Martin fazia. Charles ficou um pouco tenso, mas cedeu, encolheu os ombros e ensaiou uma despedida nada afetuosa em palavras para Ethan entrando no carro e puxando Ed junto. Abaixei-me um pouco para entrar, mas uma mão muito mais familiar do que eu gostaria me segurou.

—Devagar aí, Parker – Martin o afastou.

—Está tudo bem, Martin – neguei com a cabeça e me virei – Pode entrar, eu fecho a porta.

 Martin cerrou a mandíbula duas vezes antes de ir engolindo as palavras, e entrar no banco do passageiro na frente.

—Eu preciso ir, Ethan.

—Não, Hannah. A gente tem que conversar, isso que você viu... Isso realmente não aconteceu da forma que você pensa, eu nem sei como isso aconteceu – ele se virou para Anne – Por que você fez isso?

 A mulher abriu a boca para responder, mas eu ergui a mão.

—Está tudo bem – quem sabe se eu ficar repetindo isso, se torne verdade – pra que tudo isso? – apontei para todos nós fazendo um circulo – Você não tem nada que se explicar para mim, na verdade, pra ninguém. Desde quando Ethan Parker deve satisfação a alguém?

 Acrescentei um sorriso no final para parecer brincadeira, o que era ainda mais falso.

—Não devo, mas é diferente.

 Se eu não tivesse me esforçando demais para não desmoronar ficaria ali para conversar com ele, porque ele parecia tão perdido quanto eu com aquilo, mas eu não iria conseguir. Eu estava me esforçando demais, mais do que eu queria admitir. Ryan abriu a porta para Anne.

—Com licença – ela disse antes de entrar.

 Olhei para aquele mulherão entrando na limusine dele, e pressionei os lábios.

—Eu preciso ir.

—Hannah, não aconteceu nada. Eu vim apenas acompanha-la, Ryan vai leva-la ao Scorpions 2, ela chegou apenas hoje.

—Isso não é da minha conta – o cortei.

—É claro que é. Eu não a beijei, ela me beijou.

—Claro, porque um homem do seu tamanho não consegue impedir uma mulher de te beijar – ergui uma sobrancelha.

—Eu fui pego de surpresa, Hannah, eu nem sei como chegou a isso. Eu juro, vem aqui – ele segurou minha mão para me puxar, mas eu me soltei – Vamos até lá, pergunte a ela.

 Neguei com a cabeça.

—Na verdade, isso é menos ainda da minha conta. Eu preciso ir Ethan.

 Olhei para o smoking dele, ao invés de seus olhos. Suas mãos seguraram meus braços de leve, eu nunca o vi assim, tão sem saber o que fazer como naquele momento.

—Eu posso ir com você? – ele perguntou.

 Neguei com a cabeça.

—Eu prefiro não, seria uma noite entediante. Você sabe, eu estou naqueles dias, meu humor está péssimo e eu não sou uma boa companhia na verdade.

—Eu não me importo.

—Eu sim.

 O silêncio pesou muito.

—Posso te ligar mais tarde? Quem sabe para marcarmos para irmos a algum lugar durante a tarde.

—Claro. Te vejo depois. Tenha uma boa noite, Ethan.

 Dessa vez entrei muito rápido no carro, só de sentir as mãos dele tocando em mim já estava me matando, me despedir de outra forma ia acabar comigo. Fechei a porta de uma vez e me joguei no banco da limusine pegando minha bolsa, meu coração tão acelerado que eu tinha dificuldades de respirar.

 Não precisei pensar mais do que dois segundos antes de desligar o celular. Eu não olhei para trás, nem pela janela, nem para frente para ver os olhos de Ed e Charles em mim, apenas para o teto quando deitei a cabeça no banco.

—Olha Hannah...

 Ergui a mão e fechei os olhos.

—Não, por favor, Charles.

  Ele me escutou. E eu o amei ainda mais por isso.

...

—Por hoje já chega – Martin segurou o saco de pancadas, vestido de motorista – Desde quando eu saí que você está aqui.

 Se meu olhar pudesse matar, já teria feito os ossos de Martin em pó.

—Eu estou bem – respondi tomando água da garrafa – Só vou treinar mais um pouco.

 Martin olhou para mim por alguns segundos, mas não falou nada. Apenas fechou a porta e saiu me deixando sozinha na sala da Frustração – esse nome realmente pega. E pensar que eu estava ali de novo pelo segundo dia seguido – olhei pela janela – na verdade, fim do segundo dia.

 O sol já estava quase se pondo. Eu havia tido uma noite terrível para falar a verdade, e me obriguei a ficar deitada na cama até dormir nessa madrugada. Não sei a hora que dormi, mas nem os pesadelos me tiraram da cama antes das onze da manhã, porque já estava começando a ficar perturbadamente acostumada com eles.

 Soquei o saco, a tarde inteira e o chutei pelo mesmo período. Minhas canelas estavam doloridas, mas quem liga? Era melhor fazer isso com um saco de pancadas do que com o saco de alguém.

 Era melhor sentir essa dor, do que confessar a mim mesmo o motivo de estar fazendo isso durante tantas horas seguidas. No chão havia uma pilha de embalagens tão grande de chocolate que eu deveria ter vergonha por usar minha TPM como desculpa para comer tudo aquilo, que na verdade havia sido minha única refeição durante todo o dia.

 Parei, respirei, aumentei a música no fone do IPode e voltei com tudo a fazer o mesmo. Jason Walker tocava em modo aleatório depois de ouvir todo o repertório bom de Ed Sheeran, Miley Cyrus e mais outros que eu realmente não prestei atenção.

 Eu tinha que fazer isso, tudo que eu não queria era pensar no que aconteceu durante a madrugada e tentar aprender todas as músicas enquanto espanca um saco de pancadas, realmente ajudava e muito.

 Minutos ou horas devem ter se passado, eu não sei, mas a porta da sala da frustração se abriu de novo. Já ia mandar Martin ver se alguma mulher no planeta estava a fim de trepar com ele, quando Brian entrou.

—Está tudo bem aqui? – ele perguntou guardando meu rival e o colocando junto com o outro – porque se ainda não destruiu suas mãos o suficiente eu posso pegar uma bacia de álcool e enfia-las dentro, você sabe, para ela doerem mais.

—Não antes de eu enfiar a sua cabeça na privada e dar descarga, até você se afogar.

  Tirei as luvas, que não eram de box e eu ia me arrepender disso depois, e coloquei dentro do meu armário. Ótimo, minhas mãos estavam uma verdadeira belezura, teria que usar outros tipos de luvas amanhã.

—O que você está fazendo aqui? – perguntei saindo da sala.

—Eu moro aqui.

  O filho de uma égua me seguiu.

—É mesmo? – parei e me virei para ele – Eu me esqueci disso. Então, porque se lembrou que tem casa?

—Você não está sendo justa comigo, Hannah.

—Não, não estou – falei irônica – Você deveria ter dormido onde passou o dia, e a noite anterior, Brian. Seria melhor para nós dois.

—Eu tentei te avisar, mas parece que todos os telefones dessa casa estavam desligados. E quando eu digo todos, estou falando até o interfone para a portaria me colocar em contato com você.

—Perdeu seu tempo, eu não queria falar com você. Talvez se tivesse aqui, não precisasse ligar. Agora com licença, eu quero privacidade.

Tentei fechar a porta do meu quarto, mas ele colocou o pé.

Brian, Brian, Brian... Você não quer me ver mais brava, não quer mesmo.

—Ele foi embora com a gente Hannah, se esse é o motivo do seu mal humor. Ethan foi para casa com a gente, e foi sozinho, ele me contou o que aconteceu e eu...

—Pegue essas últimas palavras e enfie em um orifício que fica atrás de você. – escancarei a porta para olha-lo – A vida de Ethan não é da minha conta, será que eu preciso ficar repetindo isso? Vai se foder, Brian. Some daqui, se você se lembrou que só tem casa agora para me dar um sermão, volte para a onde estava e me deixa em paz!

 Bati a porta com tanta força que o portal tremeu.

—Alguém deveria chamar um padre para exorcizar você e sua maldita TPM...

 O desgramado era insistente, continuou batendo e me mandando abrir a porta, mas eu não abri. Apenas liguei o som do meu quarto e fui direto para o banheiro.

 Que merda, Brian. Por que tinha esfregar na minha cara? Tudo que eu não queria era ouvir o nome de Ethan, tudo que eu não queria era me sentir tão dependente dele, sentir toda aquela confusão dentro do meu peito. Não, eu não deveria estar me sentindo assim.

 Agora quem estava quebrando as regras, que nem conversamos sobre elas, era eu. E daí que ele beijou a ex-namorada? Puf, ele beijava quem ele quiser, não era da minha conta. Ele trepava com quem quisesse, as camisinhas caras que usávamos para não pegarmos doenças estavam ali para isso, assim como os exames que fizemos.

 Se ele quisesse foder metade da população feminina de Nova York, quem eu era para tentar impedir? Pior, quem eu era para me importar?

 Merda, eu nem precisava da minha maldita consciência para ela tacar na minha cara que eu ignorava cada uma dessas perguntas e apenas sentia. Raiva, ódio... ciúmes. Merda dupla, muito ciúmes.

 A água quente fez meus músculos relaxarem e fechei os olhos. Quem dera que a dor dos nós dos meus dedos fosse a mais forte. Aquela coisa estranha no meu peito parecia doer mais ainda, era como se tivesse um bolo em minha garganta me impedindo de respirar com calma, e isso era algo que eu não tinha.

 Liguei meu celular, e o telefone do meu quarto e fui me vesti, eu teria que ir a casa de Judith concertar seu computador já que havia prometido isso na noite anterior. A secretária apitou várias vezes, mas nem quis ouvir. No meu celular, várias ligações de Ethan assim como algumas mensagens que apertei DELETE antes mesmo de ler. Era infantil, e me arrependi no instante seguinte de fazer isso.

 Grande bosta mesmo. Agora além de infantil, eu estava sendo idiota.

 Na hora de jantar, Maggie não estava. Martin se sentou com nós e Miranda nos serviu na mesa de jantar. Brian ficou me encarando durante um longo tempo, mas fingi que nossa discussão não aconteceu, como eu sempre fazia quando aprontava alguma burrada vergonhosa.

 Meu celular vibrou três vezes e a foto de Ethan apareceu na tela. Recusei todas as chamadas dele e apenas mandei uma mensagem para diminuir um pouco minha culpa.

“Estou muito cansada, depois te ligo.” H.

O símbolo de digitando na nossa janela de conversa ficou assim durante quase três minutos, até finalmente retornar.

“Certo.” E.P

Travei o celular e joguei na mesa ignorando a cara feia de Brian.

...

 Stuart apertou os botões do elevador e ficou ao meu lado após o nosso almoço. Não tinha sido tão ruim assim, tínhamos ido de carro a um restaurante que ele gostava. Martin tinha ido atrás de nós, mas isso não me incomodou muito.

 O almoço havia sido bom, pelo menos não era a pior coisa daquela segunda-feira que eu ralei desde a hora que pisei o pé na recepção. Stuart era o tipo de cara inteligente que até as amenidades são mais interessantes conversando com ele.

 Ele era um pouco sério de mais, e como uma boa idiota que eu era, fiquei comparando-o quase todo tempo com Ethan e o quanto meu pau amigo era melhor e mais interessante em quase tudo. Eu era muito idiota mesmo.

 Mas o almoço foi bom. Stuart era uma boa companhia, não preenchia os espaços vazios com abobrinhas sobre o tempo ou o quanto que a gasolina estava cara. O elevador saiu da garagem vazia já que estávamos quase em cima da hora e poucas pessoas saiam de carro para almoçar, só que a primeira parada fez meu coração acelerar e uma maldição saiu da minha boca quando eu o vi.

 Ethan estava parado conversando com Dylan, Judith, Rafael, Alana e Ivy. Quando seus olhos encontraram com os meus senti minhas pernas ficarem bem bambas. Seu olhar foi de mim para Stuart rapidamente enquanto os outros entravam e falavam alguma coisa comigo, que eu não fazia ideia do que era. Provavelmente me chamando de tratante ou perguntando do meu almoço, eu não tinha certeza.

 Por sorte, Dylan ficou ao meu lado vazio me impedindo de ficar perto dele.

 Quem eu queria enganar?  Eu estava louca para Ethan ficar perto de mim com aquela camisa dobrada até os cotovelos e calça social. Porque o filho da puta, não gostava de ir aos restaurantes mexicanos de terno.

—Podemos conversarmos um pouco? – Ethan me perguntou.

—A reunião de integração da equipe e daqui a pouco tempo – falei me sentindo péssima por fugir dele assim.

—E depois dela? Eu também vou participar dessa reunião, é a primeira oficial do departamento de Marketing.

 As portas se abriram no penúltimo andar e esperamos os outros saírem para descermos também.

—Depois dela então.

 Ele assentiu e eu me despedi apenas com um aceno de Stuart que subiu me dando um sorriso bem bonito. Devia ter uma coisa muito errada comigo, porque Stuart era simplesmente lindo, tinha todas as qualidades que eu procurava em um homem e ainda sim eu não conseguia nem mesmo vê-lo com outros olhos. Principalmente com Ethan perto de mim.

 Ethan foi com Dylan para a sala dele e eu caminhei para a minha.

 Liguei o computador e a minha assistente que eu dividia com os designers, Brenda, veio trazer os relatórios dos Cassinos de Las Vegas, queríamos aumentar a publicidade deles. Ela me lembrou da minha reunião com o restante do pessoal, incluindo Ethan. Íamos ser finalmente uma equipe completa com 15 membros e Brenda não podia estar mais do que animada, finalmente poderíamos assumir todo o Marketing de RIH.

 Conferi o relógio quando estava faltando cinco minutos, Brenda havia saído para levar meu projeto para o Rafael. Eu tinha que admitir, eu poderia facilmente trabalhar como designer, mas não tinha o mínimo de paciência para isso apesar de lidar com qualquer problema usando um computador.

 Qualquer problema, menos Ethan Parker.

 Suspirei fundo e me levantei para retocar batom antes da reunião, quando alguém bateu na porta.

—Posso entrar?

 Eu reconhecia aquela voz em qualquer lugar, meu corpo inteiro ficou tenso ao ouvi-la. Eu tinha me dedicado muito nesses últimos minutos para não pensar que eu teria que enfrenta-lo e estava devendo mais do que um pedido de desculpas pela minha infantilidade.

—Claro.

  A maçaneta girou e ele entrou, dessa vez estava com o terno completo, o que não ajudou em nada. Ele era simplesmente perfeito, seu terno de risca de giz preto era feito sob medida e devia custar quase o meu salário, seu cabelo estava um pouco arrepiado para cima e eu tinha certeza que ele devia ter passado a mão varias vezes por ele durante o dia.

—Eu estou atrasada, não estou? – perguntei pegando minha pasta em cima da mesa – Eu acabei enrolando aqui...

—Hannah, será que você pode parar de falar? – ele se aproximou e apenas encostou a porta atrás dele – Ainda temos – ele olhou no Rolex em seu pulso – Dois minutos para chegarmos a sala de reuniões. Ah, eu me esqueci, eu sou o chefe.

—Ethan – eu não deixei de sorrir com sua prepotência – Eu realmente não quero chegar atrasada a essa reunião.

—Será mesmo? – ele aproximou de mim e arqueou a sobrancelha. Não, a sobrancelha não seu filho da puta, isso é jogo baixo – Ou você só não quer chegar perto de mim?

 Eu estava ciente que aquele homem daquele tamanho estava perto de mais, seu cheiro estava bem mais delicioso do que no elevador e eu umedeci os lábios. Ele estava tão certo e errado ao mesmo tempo.

—Vamos conversar depois, Ethan – consegui falar – Por favor.

 Estiquei a mão e coloquei em seu peito duro e forte, aquele toque me deixou completamente excitada e ele estremeceu. Pensei que ele não gostou, mas eu estava errada, muito errada...

 Suas mãos seguraram minha cintura me forçando a erguer mais e ele se abaixou capturando meus lábios. Ondas pequenas de choques percorreram meu corpo e eu amoleci, sua língua pediu passagem e eu cedi, quem era eu para recusar?

 Foi um beijo rápido, e mesmo assim tão intenso e selvagem que quando ele encostou nossas testas estávamos muito ofegantes. Meus olhos estavam fechados enquanto eu buscava o ar e quando eu o abri, ele me olhava. Os azuis intensos me encaravam como se me questionasse em uma pergunta silenciosa, “O que estamos fazendo?” e eu apenas respondi puxando-o de volta e encostando nossos lábios de forma mais lenta o respondendo “ Eu também não sei”.

 Suas mãos me seguravam com tanta força pela cintura que eu tinha quase certeza que poderia facilmente ficar as marcas através do tecido da minha blusa básica branca. Eu me perdi naquelas sensações de lábios, minhas mãos ao redor do pescoço dele acariciando os cabelos da sua nuca.

—Hannah estamos atrasa... Ai meu Deus.

 Separei-me de Ethan olhando para a porta. Brenda estava parada segurando uma agenda e caneta na mão com a boca aberta, aberta mesmo, e os olhos arregalados. Era a segunda vez que estávamos sendo pegos no flagra, a coisa estava ficando feia.

—Me desculpe, eu... eu... não sabia que tinha... Er... Bom... estava encostada e... com licença. Desculpe Sr. Parker.

 Ethan ajeitou a gravata e arranhou a garganta, fazendo-a parar de balbuciar.

—Já estamos indo – ele falou em tom normal, eu não era a única cara de pau.

—Brenda sobre o que você viu... – comecei, mas Ethan me interrompeu.

—O que ela viu não é dá conta dela Hannah, não precisa pedir para ela não contar para ninguém. Ela sabe que não deve fazer isso, não sabe?

 A pobre mulher balbuciou de novo alguma coisa como um “é claro” ou ela só estava engasgada mesmo, eu não sabia identificar, e saiu da sala.

—Ótimo, agora eu sou a vadia que dá para o chefe e sobe de cargo – peguei meu celular na mesa – isso sim é bom.

—Ei, ela não vai falar para ninguém – As coisas estavam realmente fugindo do controle e eu não sabia se matava ou agradecia Brenda para estragar todo aquele clima. Ele acariciou meu rosto com o polegar e desceu para os meus lábios, mas eu evitei olha-lo – A gente ainda vai conversar depois da reunião, não vai? Antes de eu viajar.

Mordi o lábio sem respondê-lo.

—Eu só queria ser educado mesmo, a gente vai conversar depois da reunião e isso está fora de discussão.

 Eu tive que rir do seu jeito sutil de colocar as coisas, e depois dele me dar mais um selinho – tínhamos que parar com isso vei, eu estava começando a me acostumar – saímos da minha sala para irmos para a de reuniões principal da RIH que ficava naquele andar.

 Brenda não estava do lado de fora e eu sabia que teríamos que enfrenta-la, ela era um dos quinze membros da nossa equipe, eu não fugiria dela para sempre. Seguimos em silêncio, Ethan ao meu lado parecendo intocável e perto demais, mas isso o pessoal já havia se acostumado. Nossos braços se tocavam enquanto andávamos e ele era cumprimentado a todo o momento.

 A cada raspão dos nossos braços, eu sorria um pouco mais e sentia o sorriso dele também que ás vezes olhava para mim.

—Ethan, Hannah estávamos os esperando para começarmos a reunião – Dylan se levantou e depois olhou para mim – Agora eu sei por que vocês demoraram.

 A última parte ele falou baixo, mas eu o fuzilei com os olhos porque Rafael riu com isso, malditos. Ethan foi para o seu lugar na ponta da mesa e eu permaneci em pé encarando Brenda de uma forma estranha.

—Deixe-me apresentar os novos membros – Dylan apontou para dois homens – esses são Nicolas e Lion Smith, analista de Marketing e assistente de comunicação.

 Os dois irmãos apertaram nossas mãos, ambos eram morenos e bem parecidos. Eu tinha minhas suspeitas que talvez fossem gêmeos bivitelinos.

—Sejam bem vindos – apertei a mão de cada um – estavam fazendo falta.

—Obrigado – responderam.

—Estar faltando alguém? – Ethan perguntou desabotoando o terno – Acho que podemos começar...

—Desculpe a demora, eu subi para o outro andar – a porta se abriu atrás de mim interrompendo-o e aquela voz fez meu corpo inteiro virar estatua.

—Ah, e esse é o novo designer gráfico que eu falei...

 Eu nem esperei Dylan terminar e me virei, não podia ser. Meus ouvidos não me enganaram.

—Hannah?

 Encarei o homem moreno a minha frente. O destino só podia estar de sacanagem.

 —Randall.

 Foi tudo que eu consegui dizer em um suspiro. Sim, o destino estava de sacanagem. Anne não causou problemas suficientes, agora tinha mais um.

 Ótimo, agora o romance está cheio de ex-namorados.


Notas Finais


Bom espero que tenham gostado, eu particulamente gosto desse capítulo porque sei lá... eu gosto de criar relacionamentos aos poucos. Não gosto de fazer as pessoas se apaixonarem de um dia para noite e gosto de testa-los um pouco antes de deixa-los tentar algo. Sobre a reação da Hannah, eu super fiquei orgulhosa dela na hora do beijo, acho que ela foi bem adulta, né? Sobre a TPM, eu fico assim! Pura experiência, mas todas ficamos né kkk
Por hoje é só, assim que eu conseguir coloco o link aqui -> https://www.youtube.com/watch?v=MkGnOQw0-7o&feature=youtu.be
(consegui colocar gente, tá ai o link) Agradecimentos para a diva Tassy que confiou em mim sua conta para mim colocar. Tassy sua linda, valeu :)

Spoiler:

"Ele me olhou incrédulo.
—Eu acabei de ouvir do seu ex-namorado dizer que eram para vocês estarem casados e com filhos, ele trabalha na frente da sua sala e estou seriamente pensando em demiti-lo...
—Você não faria isso.
—Está vendo? – ele se afastou – É claro que eu faria isso. Eu não gosto disso Hannah, não gosto de pensar que outro cara vai tocar você.
—Você sabe que isso vai acontecer, Ethan, mais cedo ou mais tarde vai. "

Bom, espero que agora os fantasminhas apareçam, parecem que cada vez tem mais visualizações enquanto os comentários custam chegar para dar a proposta.
Boa noite, bom dia ou boa tarde pessoal e nos vemos logo, né?

Ps: Quando eu colocar o link, vão lá dar uma olhada ;)
Ps 2: Coloquei o link gente, vai lá ver os personagens da fic -> https://www.youtube.com/watch?v=MkGnOQw0-7o&feature=youtu.be


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