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História Secrets - Os Encantos do Escorpião - Capítulo 18


Escrita por: Jess_Monteiro

Notas do Autor


Passada mais rápida da história kkk Quero agradecer a todos que comentaram o capítulo anterior, e por terem completado a proposta. Hoje vai subir só um a mais, geralmente subo dois, mas estou boazinha (rsrsrs) as 23 PESSOAS para postar em 48 horas.
Enquanto os erros, já sabem o que fazem né. Como eu falei para Tassy e disse aqui, gramatica não era minha matéria favorita e eu vi que deixei erros absurdos nos outros capítulos só que estou sem tempo para pode corrigi-los. Boa leitura e espero que gostem.

AVISO: Esse capítulo contém cenas de sexos, quem não gosta, não leia - como se alguma pervertida oculta aqui não gostasse né ¬.¬ . kkk

Capítulo 18 - Capítulo 18


Fanfic / Fanfiction Secrets - Os Encantos do Escorpião - Capítulo 18

Hannah Swift

—Será que eu posso falar com você?

 Essa frase estava sendo tão usada ultimamente que eu poderia me sentir muito mais importante do que realmente era. Girei na cadeira sugando meu canudo no copo de refrigerante do McDonald’s da Broadway e encarei Brian um pouco surpresa, não tínhamos conversado muito depois do meu ataque de pelanca no domingo e já era final de uma terça-feira muito tediosa. Eu havia trabalhado o dia inteiro e malhado até quase uma hora atrás.

—Você não deveria estar aqui – falei, no dia anterior ele tinha vindo sozinho para a nossa “sala secreta”... Tínhamos que parar dar nome as coisas meu Deus – Martin poderia...

—Hoje é o Mason que está de olho, ele me deixou no apartamento de Maggie e eu fugi pela garagem, pedi para ela comprar um carro para mim um bem simples e barato e aluguei uma vaga de garagem no prédio dela para poder sair por lá.

 Apenas assenti e Brian se sentou na cabeceira do sofá.

—Por que Mason que está de olho em você?

—Martin e o padrasto de Maggie foram conversar com a agente Lewis e ela passou nossa segurança para ele e nos deixou ir aos Hamptons, e não me pergunte como. Eu realmente não sei, só sei que quando vi Martin, ele estava cuspindo fogo. Parece que não gostou nenhum pouco de passar a segurança para outra pessoa, e saiu de carro furioso – fofocou e em seguida sacudiu a cabeça – Só que isso não importa, eu não sei se vou para os Hamptons com a família de Maggie.

—Brian...

—Hannah, se você não for eu não vou.

—Você está sendo injusto jogando uma pressão desse tamanho para cima de mim – acusei – Fica muito mais fácil me manipular assim.

—Você sabe que eu não faria isso.

 Merda, ele realmente não faria. Só que mesmo assim, ser responsável por ele perder um final de semana incrível em uma mansão luxuosa nos Hamptons não estava em meus planos.

—Você pode ir – girei de volta para o computador. Estava descodificando o sistema de segurando, era algo rápido e fácil para mim e que eu deveria ter feito á séculos. Eram apenas as dos semáforos de Manhattan, precisávamos de mais rotas para fugir de Martin, e eu tinha passado raspando hoje quando menti que ia para a casa de Charles ao lado da academia antes da tal conversa dele com Julius – Eu vou ficar bem com Martin, vamos comer macarronada e beber um dos uísques que ele esconde de mim.

—Eu não quero ficar longe de você.

 Apertei o maxilar e encarei meu computador, eu realmente estava dando uma daquelas de irmã ciumenta.

—Lá tem muitas distrações, praias, fiquei sabendo que tem até quadra de tênis. Você é ótimo em tênis – tagarelei fingindo não me importar – Roger é um filho da mãe convencido, vai ser bom você mostrar para ele o quão melhor você é...

—Você podia parar de me ignorar dessa forma.

 —Não estou ignorando, estou deixando você... ir Brian – engoli em seco – Mais cedo ou mais tarde isso ia acontecer, você finalmente achou alguém que gosta e está seguindo em frente, estou muito feliz por você. É sinal que as coisas estão seguindo o rumo certo.

 Eu podia ver o reflexo dele pela tela do outro computador ao lado.  Várias janelas de câmaras abriram na tela, bem pequenas. Invadi o sistema de GPS do Mercedes Guardian sincronizando com as câmaras espalhadas por Nova York para rastrear onde Martin estava indo furioso do jeito que estava.

 Se ele soubesse que eu estava fazendo com ele, o que ele fazia com a gente...

—Você está puta da vida comigo.

—Claro que não – e não estava mesmo. Estava puta da vida comigo por ser uma vaca egoísta assim, eu deveria estar muito feliz pelo meu irmão, no entanto me sentia como se tivesse perdendo alguém novamente, minha última família – eu te amo, não posso ficar puta da vida com você.

 A questão é que eu estava apenas me defendendo, me protegendo na verdade. Eu tinha que me acostumar a viver sem Brian, segurei a vontade de chorar que aquilo me deu. Era o certo a fazer.

—Você está se afastando...

—Estou? – perguntei fingindo indiferença – Desculpe, estou muito ocupada esses dias. Trabalhado muito, dentro e fora da empresa, principalmente aqui.

—Mas prometemos que íamos fazer isso juntos.

—Não precisa se preocupar com isso, bom que você descansa – fingi dar de ombros – e é mais na minha área, não na sua, não se preocupe.

—Não, eu me preocupo sim – ele se levantou provavelmente perdendo a pouca paciência – Hannah, quando você ia me contar que Randall Lee estava trabalhando em sua empresa?

Ah, bom, isso era uma merda.

—Eu não vi a oportunidade e nem me lembrei disso.

—Ah claro, porque seu ex trabalhar na mesma empresa que você não é problema algum – falou sarcástico – sabe como fiquei puto quando Dylan falou o nome dele? O pior não é nem isso, o pior é que a obrigação de me contar era sua.

—Você está fazendo drama, Brian. Muito drama na verdade – igual a Ethan, pensei.

—Ele te machucou Hannah, traiu minha amizade por algo tosco e besta. Eu já fui um galinha na minha vida, mas eu nunca, frise a palavra NUNCA, fiz isso com uma das minhas poucas namoradas que tive antes do acidente e nem pretendo fazer com Maggie. Porque a gente não faz com a irmã dos outros, o que não queremos que façam com a nossa – falou exasperado – estou realmente preocupado com suas escolhas destrutivas Hannah, primeiro uma relação nada haver com nosso amigo e seu chefe e agora, bom, agora trabalhar com seu ex.

—Isso porque o tempo todo eu sabia que ele ia trabalhar lá – usei a ironia, ás vezes Brian viajava muito e apesar dele estar preocupado comigo, eu não tinha mesmo culpa nenhum de Randall aparecer na RIH – eu sei me cuidar. Estou mantendo Randall á uma distância segura, não sou mais aquela garota de dezessete anos apaixonada por ele.

—E você ia me contar isso?

 Olhei bem para ele, e eu sabia que esse era realmente o problema. Ele queria que eu contasse, não ficasse sabendo por outro.

—Quando eu tivesse a oportunidade sim. Pra que eu ia esconder isso de você?

 Os ombros dele pareceram relaxar, só que seus punhos ainda estavam cerrados. Bom, eu era a irmã ciumenta e ele o super-protetor, tinha coisas que não mudavam. Ele abriu a boca para falar alguma coisa, provavelmente, muito desagradável, mas seu celular tocou com a música que ele personalizou para Maggie. Affs, isso era fofo.

—Isso ainda não acabou – foi tudo antes dele atender e sair da sala.

—Eu sei disso.

 Tirei os óculos e massageei as pálpebras, cansada. Minhas vistas doíam um pouco e minha cabeça também. O computador apitou sobre a localização que o carro de Martin estava parado. Ele havia ido para o Bronx, isso era muito estranho.

 Rastreei o local exato que ele estava e aproximei a imagem de satélite já que não havia câmaras por lá, era um edifício. Talvez um pouco luxuoso demais para aquele lugar específico com algumas sacadas. Mordi a ponta da caneta enquanto buscava informações para aquele lugar, era um edifício particular.

 O proprietário era um homem de meia idade que tinha uma padaria naquele bairro mesmo, e não era rico não tendo a mínima condição de ter algo com aquilo que apesar da pintura desbotada e estar em um lugar muito, mas muito desvalorizado e perigoso, ainda sim custava mais do que eu consegui achar na conta bancária do tal proprietário...

 Então era um laranja. Anotei tudo na caderneta, ainda não sabia o que ia fazer, mas alguma coisa me dizia que eu teria que ficar de olho naquele lugar.

...

  Observei Brian colocar a sua única mala no carro na quarta-feira a noite.

 Eu não sei como Julius conseguiu, e gostaria muito de saber o que ele fez, mas a agente Lewis não voltou atrás e nos liberou para irmos para a casa nos Hamptons sozinhos, sem nenhuma segurança e não me restando alternativas se não aceitar. Quando Martin veio conversar com a gente e dizer que iria tirar uma folga, e que Julius assumiria a segurança, ele parecia contrariado, mas nos disse que Julius e Ethan continham seguranças suficientes para nos deixar seguros.

 Brian iria com o restante da família, junto com Julius e o motorista de Ethan. Eu e Ethan iriamos na parte da tarde de quinta, pelo que ele me falou iriamos de carro, mas dois seguranças deles iriam nos seguir a distância.

 Brian estava tão curioso quanto eu. Estávamos pensando em várias possibilidades e uma delas era o fato de eles acharem que a ameaça estava sobre controle. O que não seria nada mal na verdade, não quando a CIA abrisse mão assim de nós tão fácil. Em vista da nossa vinda para Nova York, a coisa estava bem mais relaxada para irmos aos Hamptons.

 Mason, o homem de confiança de Martin de pele negra e quase tão grande quanto ele, saiu atrás do Mercedes conversível de Brian me deixando ainda mais confusa com isso. Qual é? Brian iria pegar a Interestadual sem nenhum dos capangas de Martin, mas não poderia dirigir até a casa dos pais de Maggie, sozinho?

 Meu celular vibrou assim que sai do banheiro após um grandioso banho e de ficar muito cismada com isso. Charles e Ed haviam me mandado um beijo, e eu lhes desejei boa viagem assim como fiz para todos os outros do clã. Enquanto secava o cabelo mais uma mensagem chegou e estranhei o fato de Brian usar o celular que Charles havia comprado para nós.

“Hoje foi a minha vez de monitorar, passei mais cedo na sala secreta. Consegui cópias de tudo que assinamos depois do acidente e de tudo que estava em nosso nome do jeito que você me ensinou e que estamos tentando invadir a dias, não sei se fiz direito e se tiver certo traga pra mim. Pode ser bom analisarmos isso longe de Martin.

P.s.: Vê se consegue o relatório da policia sobre o acidente. Acho que estamos prontos.” B.

 Acho que estamos prontos. Acho que estamos prontos.

 Fiquei orgulhosa por ele, mas será que eu estava realmente pronta para isso? Olhei no relógio de novo, eu não tinha muito tempo de passar na sala secreta hoje, mas eu poderia fazer isso amanhã, depois dos meus compromissos.

“Amanhã irei até lá.” H.

 Era isso, eu precisava de tempo, tempo para pensar e me acostumar com essa ideia. Dois minutos depois, ele respondeu.

“Já estamos indo para a estrada, vou ficar fora da ar. Lá tem sinal? Por favor diga que sim, por favor diga que sim, por favor diga que sim...” B.

Ri de sua mensagem.

“Lá não é o fim do mundo dos ricos e famosos atoa, é claro que tem internet e rede de celular seu idiota. Você está muito bem informado viu. Faça boa viagem, te amo.” H

“Obrigado. Também te amo.” B

 Sentei-me de frente para a minha penteadeira, eu realmente não sabia o que fazer com meu cabelo, mas ao ver o tamanho do decote nas costas do vestido que Ed havia me mandado, decidi fazer um coque moderno de lado um pouco frouxo. Levei mais tempo do que realmente gostaria fazendo isso, a casa estava um silêncio quando vesti o vestido.

 Ele ela simplesmente lindo como tudo que Ed fazia, só que dessa vez ele havia se superado. É obvio que eu tinha verificado a lista de convidados e o Sr. e Sra. Collins estavam lá junto com o nome dos seus dois filhos. E apesar de ser ridículo eu queria competir de igual para igual com ela.

 A cor era discreta como eu havia pedido. O vestido era todo preto e seu corte era perfeito, e pela cor, muitos diriam que eu queria me esconder ou camuflar entre várias outras mulheres que usariam com certeza esse tom que não deixa a gente errar. Ele era longo na medida exata para cobrir completamente meus saltos Louboutin deixando-me ter uma noite confortável sem medo de tropicar e dar de cara no chão.

 Mas ele era tão discreto quanto Ed conseguia ser, e parava apenas na cor.

 Não havia apenas um decote V, e sim dois. O primeiro era nas costas, sustentado apenas por uma fina correntinha da cor da pele que ligava de um lado ao outro o vestido para não deixa-lo se abrir. Na frente o decote dos seios era profundo e descia até o umbigo coberto por um tule transparente, meus seios ficaram perfeitos nele, sem aparecer demais e deixa-los vulgar dando apenas a sensação de nudez ao mostrar o vão entre eles e a lateral.

 O que realmente mostrava mais pele era a fenda na perna que subia graciosamente até para cima do meio da minha coxa. Olhei-me no espelho assombrada e adorando o que estava vendo.

Eu parecia terrivelmente sensual principalmente com a maquiagem que caprichei e aprendi nas noites de festas dos pijamas da faculdade onde eu, Britney, Ashley e as outras meninas nos maquiávamos e depois falávamos sobre sexo e o que fazíamos nos homens mostrando em um vibrador. A ideia dessas noites era todas vindas do filme As Branquelas, e simplesmente adotamos.

 Peguei a bolsa que combinava com o vestido e sai do quarto para pedir um taxi, mas me surpreendi ao ver Martin parado na sala vestido impecavelmente de smoking.

—Você está muito bonita – ele disse me elogiando.

—Obrigada. Eu pensei que você já tinha ido para sei lá onde – falei o encarando – Martin, você não vai a essa festa, vai?

Sua expressão de tédio e vazia respondia minha pergunta.

—Mas por quê? Amanhã eu já vou sozinha para Hamptons...

—Como você acabou de dizer, amanhã – ele me cortou e estendeu o braço para mim – Vamos Mason já está com sua limusine.

—Você não vai conseguir entrar, vai precisar de... – ele tirou do bolso do paletó um convite dourado – esquece.

 Mason realmente estava lá embaixo nos esperando e também vestia um smoking o que significava que também iria entrar no Iate. Aquilo me deixou com uma pulga ainda maior atrás da orelha. Para Hamptons podíamos ir de carros sozinhos e passarmos o final de semana sem nenhum segurança pessoal, mas para irmos na casa dos sogros ou a uma festa, precisávamos.

Apenas sacudi a cabeça, tinha muito mais aí do que eu pensei.

...

 O Iate era a coisa mais perfeita que já havia estado e no mínimo luxuoso demais para meus pais se importarem com tal coisa. Deveria ter no mínimo 300 pessoas ali todas ricas demais e doando fortunas para a fundação de crianças com câncer. Garçons bem vestido distribuíam champanhes caros e aperitivos deliciosos que deviam custar minha compra da semana.

Minha opinião sobre os eventos beneficentes? Seria bem melhor doar o dinheiro que se gastou fazendo aquela festa.

 Estávamos no meio do Rio Hudson e as pessoas que tinham bastante dinheiro estavam se divertindo com as de suas classes sociais. Eu sabia que aquele Iate pertencia as Indústrias Scorpions e aquilo me fez olhar tudo com outros olhos, porque já não bastava Ethan ter um jato e uma casa em Hamptons de quase cem milhões de dólares...

 Eu não havia conseguido ver Ethan, estávamos no saguão onde pessoas riam alto e poucas se aventuravam a dançar um pouco. Dylan estava impecável ao meu lado usando um terno azul marinho muito escuro e uma gravata preta, que segundo ele, foi Ed que mandou combinar.

 Minha sorte era que Dylan era uma boa companhia, ele conhecia poucas pessoas a mais do que eu, e isso era graças a Stuart que no ano anterior teve que vir com Olivia. Ele era um homem engraçado que havia se tornado um grande amigo, não estávamos ali como um casal, muito menos como chefe e funcionária, estávamos ali como amigos e como uma boa amiga que eu era, ele ia ficar me devendo por estar ali.

—Esses ricos não sabem dar festas – ele me guiou para a mesa de buffet e pegou um salgado com uma azeitona no meio e um nome estranho – sabe o que é festa?

—Cerveja, música boa e mulher seminua?

—Obviamente – ele fez uma careta – Vamos fazer uma em breve na minha casa. Seus peitos estão sendo minha distração hoje, tenho que agradecer Ed por seu decote.

—Bom sabe que vai ficar me devendo mais essa – o cutuquei – por que mesmo você não convidou Mary? Ela é um cargo acima de mim.

—Ela não teria usado um vestido assim, posso não ser tão rico quanto os homens daqui, mas estou ficando orgulhoso por estar com a mulher mais gostosa, com respeito ao nosso amigo, seja lá qual relação vocês estão tendo.

Revirei os olhos.

—São meus peitos? – brinquei sacudindo o tronco devagar.

—Claro que são – ele riu – mas é sério, Hannah, você está absurdamente linda hoje.

 O seu elogio me incomodou, mas não tanto quanto antigamente me incomodava. Dylan percebeu quando estremeci e colocou uma mão no meu braço.

—Foi mal – disse – eu não queria te deixar sem graça.

 Eu sempre fui rodeada de amigos, nos meus antigos trabalhos, na faculdade, escola... Brian sempre foi de longe o que eu mais amei, e talvez apenas Ashley e Britney ficaram nessa categoria. Eles sempre exageravam dizendo que eu era um imã para pessoas, não importava o sexo, porque eu conseguia sim ser uma boa amiga.

 Só que aqui, eu nunca imaginei que eu fosse dar tanta sorte assim. Eu havia conseguido os melhores amigos que alguém poderia ter, não era mais apenas eu e Brian e apesar de eu ter um número superior de pessoas que não gostavam de mim no serviço, eu tinha pessoas que eu levaria para sempre tanto em meu coração quanto nos meus pensamentos para onde quer que eu fosse.

 Maggie, Judith, Ivy, Alana e Ed junto com Mel tinham se tornado meu clube da Luluzinha. Charles, Rafael, Dylan e Roger meu clube do futebol, cerveja e xingar os juízes. Ethan... Ethan havia se tornado alguma coisa inimaginável, mais do que um amigo ou um amante. No entanto todos se encaixavam perfeitamente comigo.

 Eles não julgavam Brian ou eu com nossas esquisitices, não nos enchiam de perguntas e respeitavam nossas limitações. Não riam das nossas estranhas manias e modo de ás vezes nos fecharmos sobre tudo e todos. Não se importavam de que em todos os lugares que íamos, sempre tinha Martin nos observando e ele nem sempre estava sozinho.

  Nunca pensei que um dia ia amar tanto Nova York como eu estava amando agora. Porque por mais que eu amasse a cidade onde me formei e comecei a ter uma vida social, foi aqui que arrumei os melhores amigos do mundo, os mais compreensivos que pessoas como eu e Brian podíamos arrumar.

—Eu amo muito você – falei para Dylan.

 Ele sorriu de um jeito doce para mim. Pouco mais de dois meses atrás, eu tinha certeza que ele diria uma resposta muito sedutora e daria em cima de mim, assim como Rafael também faria. Hoje não.

—Eu também amo você, Hannah – ele piscou para mim e passou a mão pela minha cintura me puxando para o seu lado entendendo o significado daquelas palavras e dos meus pensamentos – todos nós te amamos, você e Brian se tornaram muito especiais rápido demais para gente, espero que saiba disso.

 E sabíamos mesmo.

—Agora já que você me ama – ele me girou e apontou para uma mulher muito bonita com um vestido vermelho. Eu conhecia aquela mulher, se eu não tivesse enganada era uma crítica de moda famosa na tevê – eu quero o número daquela mulher e quero meu número de celular em um papel no meio dos seios dela.

—Aí vai passar para 3 favores que você vai estar me devendo.

Ele levou a mão ao peito.

—Eu sou seu chefe, e você acabou de falar que me ama. Quer que eu fique sozinho pelo resto da vida?

 Dylan era bem persuasivo. E sim, eu consegui o número daquela mulher para ele, antes mesmo do jantar.

...

 Ethan sorriu para mim algumas mesas de distância e retribui um pouco animada demais. Era a primeira vez que eu o via naquela noite e ele estava simplesmente fascinante com seu terno preto Armani, gravata vermelha e camisa branca. Sua barba estava de três dias e eu a imaginei acariciando minhas coxas de forma bem suave, quando ele estivesse... lá.

 Assim que o jantar acabou e Dylan me guiou para pegarmos mais uma taça de champanhe, os olhos de Ethan percorreram todo meu corpo me deixando completamente quente. Seus olhos azuis ficavam muito escuros e eu tinha certeza que o homem teve que chamar a atenção dele para voltarem a conversar.

 Eu apenas o observei de longe por um tempo, sempre em todos os lugares e eu sabia o que todos ali pensavam. Era a segunda vez que Ethan aparecia em um evento sem nenhuma de suas belas acompanhantes, depois dos dois eventos beneficentes que fomos antes, ele havia ido com Alana e Judith enquanto eu acompanhei Charles uma e Roger em outra, porque éramos cismados demais.

 Continuei com Dylan andando pelo Iate até o convés principal e o encontrei de novo, mas dessa vez fiquei tensa. Dylan murmurou um xingamento baixo também quando o viu e com quem, Anne Collins, a bela mulher ao lado com um vestido verde esmeralda perfeito que modelava completamente seu corpo.

—Aquela vadia – Dylan murmurou – eu não vou com a cara dela, Judith adoraria dar uns tabefes na piranha.

 Olhei para meu amigo, Dylan xingando alguém... Eu adorava meu chefe.

—Judith é muito doce pra dar tabefes em alguém – eu realmente não imaginava Judith Evans brigando com alguém, Ivy com certeza, Alana talvez, já Judith com certeza não – ela não faz a linha violenta.

—Vai nessa! – ele riu – eu tenho uma listinha de pessoas que ela daria uns tabefes, e Anne Collins é a primeira da lista.

 Para desculpa de Ethan, eles não estavam sozinhos. Os pais de Anne e um homem da idade de Brian ou da minha, não sei dizer, e que eu poderia jurar que era irmão, conversavam com eles. Havia ali também mais dois executivos da Scorpions e uma acompanhante muito nova para um deles.

—Vem, vamos colocar algumas comidas nos seus bolsos e minha bolsa– brinquei, apesar de estar louca para sair logo dali.

 Por alguns instantes achei que ele ia me guiar para longe dali, mas ele me fez uma careta de desculpas e quando olhei para Ethan, vi que ele havia nos chamado de algum jeito discreto. Apenas pisquei para Dylan em sinal de “estar tudo bem” e ele colocou a mão na parte inferior das minhas costas abrindo um sorriso impecável e falso.

—Bom, esses são Dylan Miller e Hannah Swift, diretor e supervisora de Marketing da RIH – Ethan nos apresentou.

 Ele poderia ter falado que éramos seus funcionários, mas se ele falasse dessa forma não seria o Ethan que eu conhecia. Ele nos respeitava tanto como Chefe quanto como amigos. Todos murmuraram comprimentos animados quando citados por Ethan, principalmente o irmão de Anne, Lukas, e um executivo safado. Só que não foi neles que eu prestei atenção, foi em Anne.

 A vadia olhou para mim com um sorrisinho que eu queria tirar no tapa, com tamanha falsidade que me fez odiá-la ainda mais. Como se eu precisasse de mais algum motivo para não gostar dela.

—É um prazer conhecê-la Hannah – ela falou com certa intimidade – adorei seu vestido, uma das criações de Edmund?

 Se Ed tivesse aqui, ele daria uns tapas nela. Só tinha uma pessoa que ele aceitava chama-lo de Edmund, e era a mãe de Ethan. Abri um sorriso desafiador para ela.

—Ed é o melhor, ele realmente capricha nos vestidos.

—Ele é magnifico mesmo – Anne bateu suas pestanas perfeitas. Pelo amor de Deus! Aquela mulher poderia ter pelo menos uma estria pra me fazer feliz – ficou muito bonito em você.

—Obrigada.

 Ethan sorriu de lado. Filho da puta! Para os homens existiam os ataques de testosterona e concursos de mijadas, e pras mulheres? Concurso de veneno de cobra?

—Como se você precisasse deles para ficar bonita – Dylan disse displicente – sacos de linho ficariam muito bem em você.

—Dylan está certo – Ethan concordou.

 Ótimo, era o dia de me matar de vergonha. Anne não gostou muito, mas apenas abriu um sorriso amarelo.

—Não duvido disso, você é muito bonita.

 —Obrigada, você também – merda, pior que eu estava falando a verdade.

 A conversa mudou completamente de rumo graças aos céus. No meio da conversa, o celular de Dylan tocou e ele se retirou após me mostrar a tela e o nome da tal mulher de mais cedo. Revirei os olhos, agora meu amigo ia me deixar sozinha enquanto trepava com ela em algum lugar.

 Ethan não me deixou mais depois disso, e pediu para eu ficar quando pedi licença dizendo que ia pegar uma bebida quando nós dois sabíamos que eu iria era fugir dali. Foram as mãos dele que substituíram as de Dylan quase como me reivindicando como sua acompanhante. O toque dos seus dedos na minha pele nua me fez arrepiar inteira e ele sorriu malicioso quando percebeu isso.

 O show anual de fogos de artifícios da Macy’s foi anunciado quase uma hora depois, e ele nos guiou para a área Vip próxima a proa. Dylan apareceu com seu cabelo bagunçado e gravata torta do meu outro lado sem se importar que tinha perdido a acompanhante, no caso eu, ainda bem que eu sabia que ele me amava. Vire-me para ele, sem me afastar de Ethan, apenas pra arrumar sua gravata e ele sorriu malicioso pra mim cheirando a suor e sexo.

 Os fogos preencheram o céu dando início ao feriado. Meus olhos brilharam ao ver aquilo, todos os anos meu pai comprava vários tipos de fogos diferentes e íamos para a cidade solta-los e enfeitar o céu. Todos ali ficavam admirados e com o passar do tempo, se juntaram a nós como uma tradição de fazermos isso na praça principal de minha cidade natal com nem dez mil habitante.

 Fechei os olhos para apenas escutar o som, o cheiro de pólvora não era ruim, os sons me dava a sensação de lar e isso era maravilhoso. Era como se eu ainda estivesse em Lakeway, com Adam e meu pai nos painéis, eu e Brian correndo de um lado para o outro pra afastar as crianças dos fogos antes de começarem.

—Se você ficar assim, não vai ver – Ethan sussurrou no meu ouvido.

Abri os olhos e olhei para ele, sua boca muito próxima da minha orelha.

—Eu estava apenas escutando, se prestarmos atenção nem um som é exatamente igual ao outro e isso os torna únicos. São lindos demais, eu amo isso.

 Ele sorriu.

—Fica difícil chamar alguma coisa de linda com você por perto, Hannah. Temos que ser condescendentes com isso.

—Ethan – gemi quando pressionou os dedos em minhas costas.

—Você está tão sexy com esse vestido – continuou – tudo que eu queria era foder você aqui e agora, mas tenho certeza que não pegaria muito bem.

Ele fez uma pausa e olhou para os lados.

—Alguma fantasia em sexo em iates ou navios? Porque a minha é penetrar você com força enquanto estamos aqui.

 Minhas fantasias eram muitas... Se ele não parasse de fazer promessas seria eu a ataca-lo aqui. Eu tinha sentido muito sua falta, mais do que eu achei possível sentir ou pensei que sentiria.

—Eu preciso de você – respondi levantando o olhar para ele – senti sua falta.

 Um sorriso de lado apareceu e ele percorreu com o polegar pelo meu rosto num gesto muito íntimo e carinhoso. Não estávamos sozinhos apesar de eu saber que a maioria das pessoas estavam olhando para cima, mas Anne não era essa maioria. Encontrei seu olhar quando viramos para sair dali, ela até tentou sorrir, só que não retribui.

—Terceiro corredor a esquerda das cabines está vazio – Dylan nos indicou, acenando – até daqui a pouco.

 Eu não sabia se Ethan o ouviu, apesar de acreditar que ele conhecia esse Iate de cabeça para baixo. Ele nos guiou rapidamente sem que eu prestasse atenção por onde estávamos indo, passamos pelos garçons sem falarmos nada e quando eu menos esperei, estava pressionada contra a parede.

 Não sei se era o terceiro corredor a esquerda, era uma espécie de vão entre duas cabines, as últimas duas daquele corredor, em especial. As luzes na frente estavam acesas, mas onde estávamos, estava escuro.

—Sabe o quanto você está linda com esse vestido? – Ethan começou passando a mão pela fenda da minha perna, subindo pela pele nua bem devagar – não sei se mato ou elogio Ed por isso.

 Sua mão encontrou a parte debaixo da minha calcinha pequena gemendo ao sentir o quanto aquele tecido estava molhado.

—Eu queria chupar, lamber e morder seus seios que estão tão fodidamente sexys nesse vestido – ele falou entredentes – mas isso... – ele passou o dedo pelo tecido transparente – acabou com minha alegria.

 O dedo que estava pressionando a parte molhada da minha calcinha afastou-a e tocou primeiramente meu clitóris bem devagarzinho, como se tivéssemos todo tempo do mundo ao invés de estarmos em uma grande festa que ainda teria um leilão beneficente.

 Engoli um soluço de prazer quando não um, mas dois dedos entraram em mim e Ethan me beijou abafando nossos gemidos, sua língua invadindo minha boca com tanto ardor quanto seus dedos lá embaixo.

 Eu estava molhada, muito molhada na verdade. Tínhamos transado há tempo demais para mim, e apesar de adorar chupar o pau daquele homem, eu queria muito ele dentro de mim. Suas mãos eram habilidosas percorrendo cada centímetro das minhas costas nuas, acariciando minha fênix nas costas e roçando vez ou outra bem devagar minha cicatriz. Antes eu me incomodava com isso, hoje não, pelo menos não com ele.

—Eu senti sua falta – ele encostou nossas testas, e seus dedos ficaram preguiçosos ao entrar – eu preciso sentir seu gosto, o gosto de sua boceta em minha boca.

—Ethan!

 Ele sorriu de lado malicioso, eu sabia que ele falava aquilo apenas para me fazer brigar com ele, quando na verdade eu adorava quando sua boca ficava suja.

—Temos ainda alguns minutos – mordeu meu queixo e passou a língua bem devagar – merda, você me quer tanto que está palpitando em meus dedos. Estou quase gozando nas calças com isso.

 Antes de eu formular alguma resposta sexy ou provocativa, já estava sozinha na parede sem o corpo dele pressionando o meu. Ethan se ajoelhou na minha frente olhando dentro dos meus olhos, levou os dedos até a boca e os lambeu em câmara lenta me deixando hipnotizada com aquela cena.

 Suas mãos subiram devagar pela minha perna começando pelos tornozelos até as coxas, abrindo a fenda do vestido para me deixar exposta. Uma mão rude segurou minha bunda com força para me dar equilíbrio e a outra, ergueu minha perna esquerda colocando-a sobre seu ombro.

—Você cheira tão bem – ele passou o nariz de leve pela minha intimidade – e é tão linda aqui...

—Ah, merda!

 Ele não passou a língua devagar como sempre fazia no começo, ele simplesmente sugou me fazendo cambalear. Novamente seus dedos encontraram minha entrada dando uma atenção a ela com um pouco de suavidade demais, ao contrário das lambidas, chupadas e mordidas que eu levava ali embaixo.

 Aquilo era demais, talvez até diferente de todas as coisas que fizemos e me dava um poder que eu não estava acostumada a ter. Ali estava ele, Ethan Scorpions Parker, ajoelhado aos meus pés me dando tanto prazer que eu me sentia engasgada com meus próprios gemidos.

 Seus dedos se retiraram deixando-me vazia, só que em compensação sua língua os substituiu com estocadas superficiais. Seus dedos molhados pela minha excitação encaminharam-se para trás, em minha outra entrada, molhando-a.

 Eu já havia praticado sexo anal antes com dois “namorados” diferentes. Um era Randall, que me iniciou no mundo sexual e namoramos durante um ano e meio, o outro era um relacionamento que tive depois do acidente que durou mais tempo que os outros quando eu tentava usar o prazer para esquecer-me da minha perda. Nunca foi grande coisa para mim e nunca havia praticado com Ethan antes.

 Ele voltou para frente penetrando apenas um dedo em minha vagina, umedecendo ele novamente e se encaminhou para trás. Lubrificado, seu dedo entrou com facilidade ali fazendo meu corpo inteiro se incendiar de uma forma única. Sua língua me chupando e sugando tudo de mim, e seu dedo indicador me invadindo por trás. Primeiro devagar, até igualar suas lambidas com a penetração anal em um ritmo mais feroz. Aquilo era diferente, não era um pênis, era apenas um dedo e estava me levando para a beira de um precipício nunca atingido de prazer.

Uma estocada mais profunda atrás e uma sucção na frente foram o suficiente para me fazer explodir. Senti a nevoa se formar atrás dos meus olhos de forma que eu não pudesse ver nada. Ele lambeu tudo, com passadas vagarosas de suas línguas aproveitando cada gota do meu prazer, como eu havia feito com ele tantas outras vezes.

  Antes de eu voltar a raciocinar, ele estava de pé, descendo a braguilha da calça e vestindo uma camisinha em seu pau completamente duro e imponente.

—Por mais que eu adore a sua boca, eu gosto mais ainda da sua boceta – e pronto, uma estocada forte e rápida e ele estava dentro, em minha umidade.

 Gemi mordendo seu ombro com a mistura de dor e prazer que isso me proporcionou. Ele se retirou quase todo deixando apenas a glande e depois se colocou novamente bem devagarzinho, abrindo as minhas paredes vaginais e acostumando-as novamente com seu tamanho pra lá de especial.

—Por favor, mais rápido – pedi.

 Pegando minha outra perna ele me suspendeu no ar, pressionando minhas costas contra a parede e contornando as duas ao redor de seu quadril para poder colocar mais força em suas penetrações violentas. Suas mãos seguravam minha bunda e eu rebolava sentindo-o entrar e sair de mim cada vez mais rápido em busca do próprio prazer, nossas bocas abafavam os barulhos dos nossos gemidos para não ecoarem pelo corredor vazio.

 Aquilo era bom demais, e viciante demais. Nada mais importava, apenas aquele momento em que ele me tornava sua. Reivindicava-me, penetrava, buscava e oferecia prazer com tanta pericia quanto podia. E se alguém chegasse ali? Foda-se. Não íamos parar por conta disso, não, não íamos mesmo. Isso me fez gozar gloriosamente, aquela sensação de proibido, imprudência e prazer que apenas esses momentos proporcionavam, me fez deixar os espasmos tomar conta de mim por completo.

  Ethan se afastou o suficiente apenas para me olhar, seu rosto estava contorcido e suas pupilas dilatadas deixando seus olhos azuis quase totalmente pretos e, apertados. O vestido estava aberto na fenda e empurrado para cima da minha barriga, apenas minhas costas e suas mãos – que subiram para minha cintura – não me impediam de cair.

 Mas ele não me deixaria cair, nisso eu confiava de olhos fechados.

 Suas estocadas foram ganhando mais ritmo, mais descontrole e entrega da parte dele.

—Goza de novo – ele gemeu – vamos garota, quero gozar com você. Quero que me aperte quando estivermos gozando.

 Tirando uma as mãos do seu pescoço, toquei meu clitóris inchado e pulsante. Ethan olhava para onde nossos corpos estavam ligados com tanta fome que eu pensava que não seria o suficiente para conseguir satisfazer aquele homem naquela noite.

—Ethan... eu vou gozar, eu vou gozar – sua visão descontrolada, suas estocadas e palavras sujas cheias de promessas para aquele feriado prolongado foram o suficiente para me fazerem explodir e cair em espiral.

—Porra garota, porra.

 Como ele havia pedido meu orgasmo violento o apertou inteiro contraindo-o em mim. Meus espasmos ainda estavam o apertando quando senti a pressão da camisinha. Eu estava quase sem forças quando firmei minhas pernas no chão e sua mão circulou minha cintura para não me deixar cair.

 Nossas respirações estavam mais altas do que nossos gemidos, era como se o ar tivesse fugido dos nossos pulmões. A testa suada de Ethan se encostou na minha quando ele se retirou de mim por completo deixando aquele vazio desconfortável que ele sempre deixava após me preencher tão gloriosamente.

—Eu senti tanta saudades disso – Ethan tirou o lenço do bolso para passar na minha testa suada e entregou-me outro para me limpar– gosto de estar dentro de você.

—Que bom! – sorri maliciosa – eu gosto de você dentro de mim.

—Hannah... – ele rosnou se aproximando de mim – eu queria muito ficar aqui e fazermos isso mais algumas vezes, mas não posso, então pegue leve com suas palavras.

 Meu sorriso se alargou.

—Minhas palavras? – enlacei meus braços em seu pescoço, trazendo-o para mais perto de mim – Ethan, Ethan, Ethan... você estava agorinha mesmo falando que queria que eu te chupasse durante toda a nossa viagem, que queria meter em mim na praia particular da sua família, que íamos estrear alguns cômodos apertados da sua casa nos Hamptons...

—Hannah...

—O que foi? Foi você que disse tudo isso. Espero que cumpra as suas palavras, se não, terei que levar Bolt.

—Seu vibrador pode ficar quietinho naquela sua cômoda pervertida, não vai precisar dele. Na verdade, você vai voltar muito dolorida para pensar em qualquer coisa, principalmente um vibrador, depois que eu foder você várias e várias vezes.

 Quando eu ia entender que dois podiam jogar esse jogo? Minha arma foi usada contra mim e senti meu ventre se apertando de prazer ali mesmo.

—Você está bem? – acenei confirmando e ele apertou minha mão – você vai ficar essa noite por aqui?

—Eu tenho que levantar cedo para resolver algumas coisas e depois vou até a Nigth 3. Martin queria me levar até sua casa, mas eu já o avisei que vamos nos encontrar na empresa por causa dos documentos, ele vai me deixar lá. Você vai estar ocupado ainda, mas de lá até a Nigth 3 é um pulo e vou deixar minha mala no salão do prédio da RIH.

—Ele não vai querer ficar lá com você?

—Não, ele não sabe que você vai estar ocupado. Pelo que sei Martin não vai ficar em casa esse feriado, acho que ele realmente vai aproveitar as primeiras férias que ele tira em anos, apesar de não estar gostando nada disso.

 —Te encontro lá as três da tarde, acha que está bom?

 Acenei confirmando, seria o suficiente.

O barulho dos fogos já havia terminado lá fora. Olhamos pela janela redonda e o céu não estava mais brilhante e colorido com minutos atrás.

—Precisamos ir – falou.

 Eu já estava recomposta e dado um passo para sairmos daquele lugar quando as mãos dele seguraram meu braço e me pressionaram novamente na parede, só que dessa vez bem devagar e com muito mais cuidado. Segurando meu rosto com as duas mãos, ele me beijou.

 Não era um beijo selvagem, nem mesmo fazia sentido com nosso acordo de amigos com benefícios, mas era tão bom que acho que nem importávamos mais com esse tipo de beijo. Seus lábios apenas acariciaram os meus, sua língua me dando leves passadas enroscando na minha sem nenhuma pressa e muita leveza.

 Quando nos separamos meu coração estava ainda mais acelerado, seus olhos estavam lá, me encarando de uma forma assustadora ao refletir os meus. Seu polegar acariciou a maça do meu rosto bem de leve e a ponta do meu nariz, fazendo meus pelos se eriçarem e meus olhos se fecharam. Era carinhoso e assustador sentir aquilo.

—Eu preciso de você de novo – ele falou, sua voz grave e sexy mandando correntes elétricas para todos os lugares.

 E eu apenas cedi, porque eu sabia que precisava dele de novo também.


Notas Finais


Eu sei, eu sei... Estou perdendo o resto da vergonha que eu tinha na cara kkk
Espero que tenham gostado, próximo capítulo vem com algumas pequenas relevações para fazer vocês se encherem de teoria.
Bom, eu tenho duas perguntas para vocês. O capítulo depois do próximo - o 20- vai ser dois em um. Já programei ele para isso e está enorme. Só que entre dois pontos diferentes eu deixei uma quebra de tempo normal pra uma ação e outra e apesar de eu gostar muito dele, ele não cena de sexo. As perguntas são: vocês querem que eu acrescente uma cena nessa quebra de tempo? E se quiserem, preferem praia ou mata? (SIM, mata mesmo ¬.¬) respondem aí quem se atreve a ler as notas e que eu amo que façam isso.
Ponham a imaginação erótica de vocês para fluírem e me contem onde vocês queriam uma cena bem quente. Eu preferiria na mata - moro no interior, julguem-me kkk - Mas se quiserem na praia eu posso caprichar também. Lembrando, se for acrescentar, o capítulo que já é dois vem um pouco maior, então pesem suas preferencias, vocês sabem como vem os dois em um.
É isso, espero respostas, e os fantasminhas que quiserem me responder, apareçam! Tem fantasma demais aqui :/

Spoiler:
"Tem aqueles momentos que realmente agimos como se fossemos um robô. Meu terapeuta estava certo, tinha uma parte do meu cérebro que funcionava diferente das outras pessoas, eu tinha um lado diferente, um lado que jogava lá tudo que era ruim e ocultava disfarçando a dor. E era isso que eu estava fazendo.
Essa não era a dor de poucos dias atrás, por Ethan ter beijado a ex, aquela era uma dor nova e sem controle. O que eu sentia agora era velho, uma que eu aprendi a burlar, mentir e enganar mais facilmente. Só que mesmo assim sempre voltava.
Velhos hábitos sempre voltam mais destrutivos."

Eu amo de paixão esse capítulo gente. Eu já tinha falado isso pra Tassy e Aline, o 19 é um capítulo que vem com alguns momentos que me fazem ama-lo. Muitos poderão acha-lo um pouco sem sal, mas eu o acho intenso de uma forma diferente. Estou louca para compartilha-lo com vocês, então comentem aí, e fantasminha deem-me um Oi lá embaixo ;)
Boa noite para vocês, e até mais meu povo lindo do meu core <3


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