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História Secrets - Os Encantos do Escorpião - Capítulo 8


Escrita por: Jess_Monteiro

Notas do Autor


Olá meu povo e pova :) Bom completamos mais uma proposta, já falei o quanto eu amo vocês? Não, estou falando agora, amo vocês <3
Ok, esse é o resultado da minha insonia, uns estão levantando, eu to indo dormir mesmo, fazer o que?
Só para esclarecer eu sou uma pessoa muito boazinha, viu meninas que falaram que eu sou malvada. Não sei de onde vocês tiraram isso, apesar de estarmos já com 46 favoritos eu ainda não vou subir a proposta, mas no próximo acho que vamos subir para doze. Por hora é ainda 10 PESSOAS COMENTANDO ok?
Eu gostaria muito de agradecer a todas que comentaram e estou muito, mas muito feliz mesmo por cada vez mais estou conhecendo rostinhos (comentaristas) novas por aqui. Pessoas que não estavam comigo em Fotografias, mas estão aqui hoje.
São seis da manhã, então me deem um desconto por causa dos erros que escapuliram, principalmente os de gramática, já falei que odeio português? Se não eu aviso que os erros que sempre fogem é por causa disso, minha praia é completamente diferente da maioria de vocês (física e matemática ahhhh eu amo essas duas matérias). Só estou falando isso, porque queria justificar um pouco porque eu percebi que meu problema com gramática ainda existe mesmo minhas professoras sempre puxando muito no ensino médio.
Por agora é só, os vejo lá em baixo ;)

Aviso: Esse capítulo contem cena de sexo, se não quiser ler pule o começo até onde eles gozam rsrsrsrsrs

Capítulo 8 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction Secrets - Os Encantos do Escorpião - Capítulo 8

Hannah Swift

 Ele era quente.

 Eu podia tentar lutar contra todas as minhas vontades, mas o resultado final era obvio, eu acabaria com as pernas abertas com Ethan Parker me fodendo, e eu tinha a leve impressão que não era apenas no contexto sexual.

 A respiração dele ficou ofegante com minhas últimas palavras e sua boca avançou sobre a minha de uma forma segura. Ele sabia o que fazer com a boca, sabia exatamente o que fazer com sua língua incrivelmente habilidosa ao percorrer cada centímetro da minha deixando-me completamente excitada apenas com um beijo, eu tinha quase certeza que poderia ter um orgasmo só com sua boca sobre as minhas e suas mãos segurando tão forte minha cintura.

 Passei os braços pelo seu pescoço segurando firme em seus cabelos loiros escuros... Era oficial, Ethan era o homem mais quente, sensual e lindo que eu já tinha colocado meus olhos, e principalmente, minhas mãos.

 Seu paletó estava aberto, a camisa branca colada ao seu corpo pelo colete que apenas o deixava mais másculo e definido. Na última vez, eu havia o conhecido por baixo daquela camisa, tocado cada uma de suas tatuagens no peito, braço e principalmente na lateral do seu corpo.

 Sua mão grande segurou minha bunda com força me fazendo erguer ainda mais os pés.

—Ethan – o repreendi rindo quando ele me ergueu tirando meus pés do chão e segurando embaixo do meu traseiro.

—Se continuarmos nos beijando assim eu vou gozar nas minhas calças como um adolescente –ele grunhiu – Minha nossa Hannah, eu preciso de você agora.

  Voltando a atenção para a minha boca ele me carregou desse jeito até encontrar um vão de parede entre duas prateleiras e me pressionar contra ela. Ergui minhas pernas entrelaçando em seu quadril para que ele pudesse dedicar a sua mão a outras partes do meu corpo.

 Que se dane minha consciência me mandando sinais de alertas sobre o que estávamos fazendo.

 Eu tinha tido o sexo mais incrível da minha vida e tinha passado a semana me lamentando feito uma idiota por não poder repetir a dose. Eu não tinha quebrado minha promessa, eu não tinha ido atrás dele implorando para me foder mesmo tendo pensado muito em tentar seduzi-lo na sua sala... Só que isso ele não precisava saber.

 Puxando a barra ele tirou minha blusa jogando-a no chão e soltando o fecho frontal do meu sutiã branco sem alças deixando meus seios expostos. Ele se afastou um pouco para me olhar, um sorriso diabólico surgiu em seus lábios entreabertos e ele passou a língua pela veia que saltava no meu pescoço enquanto seu polegar acariciava um dos meus mamilos.

 Gemi completamente atordoada.

 Eu precisava dele dentro de mim, urgentemente.

 Um barulho nos fez olhar para a tranca da porta, alguma pessoa cantando quase tão desafinada quanto eu estava no corredor, mas não tentou abrir a porta que ele trancou, abriu outra. Quando a voz se afastou nos olhamos com os mesmos olhares: assustados e excitados.

 Extremamente excitados.

Subindo minha saia ainda mais, ele tocou meu clitóris com seus dedos longos e firmes... Aqueles dedos sabiam o que fazer...

 Desfrouxando mais sua gravata abri os primeiros botões da sua camisa branca e passei a língua pelo seu pescoço, dando um pouco de atenção para aquele pedaço de pele exposta com os dentes para conter meus gemidos.

—Você está tão pronta, Hannah – Ele gemeu penetrando um do em mim.

—O que você esperava? – perguntei ofegando, a sensação do seu dedo me estocando de leve enquanto os outros me acariciavam estava me levando a loucura – Eu passei a manhã com você e agora, você usou palavras depravadas, quase tive um orgasmo aos escuta-las.

 A risada dele era uma delícia, quase tão sexy quando o sexo em si, ela vinha lá da barriga e seu peito vibrava. Sua boca deliciosa beijou meu queixo descendo para meu mamilo o prendendo entre os dedos, dor e prazer percorreram meu corpo de mãos dadas.

—Você é impossível garota – ele sussurrou no meu mamilo – Você fica tão quente de cinta ligas, quero meter muito em você com ela.

 Engoli em seco e joguei a cabeça para trás quando sua boca atacou meu seio enquanto sua mão amassava o outro. Seu quadril prendia o meu na parede fria e, descontroladamente, eu me mexia contra sua ereção fora do comum, pelo menos para mim e para metade das mulheres que não tiveram sorte de esbarrar com um Parker da vida.

 Eu estava sentindo um orgasmo chegando apenas com aquilo, ele sugou meu mamilo e apoiei a cabeça na parede segurando meus braços em torno do seu pescoço me remexendo ainda mais rápido enquanto ele mordia, lambia e sugava meus seios.

 Um calor percorreu minha espinha e senti meus espasmos aumentando até não conseguir mais, meus quadris quase se fundia nos seus, que estavam parados apenas me deixando trabalhar no meu orgasmo solitário sentindo o calor da sua boca numa parte tão sensível.

 Gozei mordendo seu ombro com força, sem ter tempo para pensar o quão bravo ele ia ficar depois por marca-lo assim. Sua boca largou meus seios e ele segurou minha bunda para eu não cair, minhas pernas estavam sem forças quando tentei me equilibrar nos saltos e liberar seu quadril.

—Você quase me fez gozar mexendo assim contra meu pau, garota – ele falou mordendo meu lábio inferior e olhando com seus olhos azuis intensos – Você fica ainda mais linda depois que goza.

 Sabendo da sua intensão quando ele me soltou e começou a se abaixar, o puxei para cima, estava morrendo de vontade pra ter a língua dele lá embaixo de novo, mas não tínhamos tempo para isso.

 Levei minhas mãos até a sua calça e desabotoei os dois botões da braguilha do seu terno caro Armani, que escondia sua o zíper. Minhas mãos tremiam em expectativa, tudo que eu queria era aquele homem dentro de mim o mais rápido possível. Abaixando um pouco a cueca com sua ajuda, seu pau pesou em minhas mãos e ele gemeu rouco e sexy. Percorri a mão por sua extensão e meu ventre se contraiu. Eu não sabia como tudo aquilo cabia, mas cabia, e era tão bom...

 Ele parecia rocha em minha mão, sua extensão era máscula e me fez salivar, rapidamente olhei no relógio, Patek Philippe com pulseira de esmeralda, que Brian havia me dado há vários anos atrás e olhei de volta para seu membro, quando deslizei a mão mais forte apertando-o, ele inclinou a cabeça e gemeu colocando as mãos espalmadas na parede sussurrando palavras obscenas.

Adorei aquela reação.

 —O que você está faze...

 Meus lábios envolveram primeiramente sua glande fazendo-o gemer e interromper sua pergunta óbvia. Segurei seu pau com as duas mãos e ele pareceu ficar maior e mais grosso inchando ali, o chupei de leve apenas a cabeça num movimento de sucção sentindo o seu gosto maravilhoso e lambendo o liquido pré-gozo que escorreu quando ele gemeu.

 Passei apenas a língua no contorno e as mãos dele largaram a parede e desceram para minha cabeça, uma segurando meu cabelo com força e a outra o meu queixo.

—Chupa.

 Cara, aquela voz! Não tinha como negar uma ordem tão rouca e autoritária, vê-lo assim sem controle era incrível. Segurei a base com a esquerda e suas bolas com a direita enquanto colocava tudo que cabia na minha boca escutando o grunhido que saiu da sua garganta.

—Porra – ele xingou e eu o retirei lentamente – Não sabe o quanto eu imaginei você chupando meu pau assim. Sua boca é incrível garota...

 O elogiou quase me fez explodir de excitação, aumentei os movimentos e seu quadril investiu contra o meu rosto segurando meus cabelos e metendo em um ritmo acelerado. O líquido pré-gozo veio um pouco mais grosso e seus gemidos começaram a se tornar cada vez mais fortes enquanto ele perdia o controle.

 Eu queria demorar mais, dar a ele um prazer lento enquanto o lambia e sugava, mas não tínhamos mais tempo. Nunca tinha ficado tão excitada fazendo um oral num homem quanto eu estava agora, seu gosto era bom e o modo como ele preenchia totalmente minha boca indo até lá no máximo que eu suportava e ainda sobrando na minha mão deixou-me empolgada.

 Mais um pouco de líquido pré-gozo saiu e eu o lambi antes de coloca-lo novamente na boca, segurei na base masturbando-o enquanto sugava com força apenas a cabeça e massageava suas bolas de leve.

—Hannah – ele grunhiu – Se não se levantar logo eu vou gozar na sua boca...

 Meus olhos fitaram os seus o tempo todo e aumentando a velocidade o obriguei a me olhar, queria ver seus olhos enquanto gozava e ele entendeu o recado. Juntando meu cabelo em sua mão e movimentando o quadril mais rápido, Ethan fodeu minha boca e minha mão com força soltando gemidos leves e palavrões que estavam me levando quase a um orgasmo enquanto esperava pelo dele.

 Seus olhos ficaram ainda mais escuros, sua mão no meu cabelo mais selvagem e seu corpo inteiro ficou rígido quando senti o primeiro jato de sêmen que foi tão grosso que tive que fazer um pouco de força para engoli-lo, ele continuou estocando e gemendo enquanto o resto do seu prazer preenchia minha boca.

 O deixei terminar e engoli tudo limpando as laterais da boca e ainda segurando seu pau que ainda não tinha amolecido por completo na minha mão, ele poderia me foder facilmente naquele nível de excitação que era muito mais do que muitos que tinham por ai.

 Nossa! Esse homem não se cansava?

—Meu Deus, esse foi... – ele fez uma pausa e estendeu a mão para me ajudar a levantar – Foi o melhor boquete que já recebi.

—Boquete? – ri das suas palavras – Que boca suja Parker.

 Ethan sorriu beijando meus lábios e me prendendo na parede, senti seu pau ficar complemente duro de novo enquanto ele deslizava uma camisinha que tirou do bolso da calça.

—Ei... Não, não, não...

 As mãos dele seguraram meus quadris levantando-me do chão e rasgando minha fio dental num só movimento, que me fez segurar um grito abafado de surpresa.

—Acho que devíamos ir, já está tarde – falei tentando usar meu pouco bom senso, mais cedo ou mais tarde alguém ia vir até aqui me procurar – Já gozamos, estamos felizes... Puta que pariu.

 O pau dele me penetrou de surpresa indo até a metade. Sim, sim, sim...

—O que você estava falando mesmo? – Ele perguntou beijando a curva do meu pescoço.

Puxei seus cabelos e o fiz olhar para mim enquanto chupava seu lábio.

—Mais forte.

—Foi isso que eu pensei ter ouvido.

 Seus quadris me deram exatamente o que eu precisava entrando completamente em mim e esperando eu me acostumar com o seu tamanho. Comecei me mexendo devagar, me alargando na sensação deliciosamente dolorida. Ele se retirou sem pressa e voltou com força nos fazendo gemer. Repetiu o processo mais algumas vezes, cada vez aumentando o ritmo e a força.

Sim, sim, sim... Eu precisava daquilo.

 Segurando as lapelas do seu terno e investindo meu quadril contra o dele me sentindo no céu ou na beira de um precipício enquanto o pau dele entrava e saia de mim repetidas vezes. Ele investia num ponto exato, uma... Duas, três vezes. Aquele homem sabia foder, e sabia foder gostoso.

 Meu corpo inteiro vibrava, meus olhos se fechavam em cada investida que ele acertava o meu ponto exato, não aguentando mais aquilo... Não aguentando mais ele dentro de mim e sua boca nos meus mamilos, explodi num orgasmo que o espremeu dentro e o fez aumentar ainda mais as estocadas.

—Puta Merda, Hannah, você é muito gostosa...

 Eu já estava exausta, mas mesmo assim ele atacou ainda mais o mesmo ponto. Seus quadris faziam movimentos circulares e sua mão segurava firme minha bunda dando apertões nada carinhosos e que iam me deixar marcada, mas eu não estava nem ai para isso, eu queria ficar marcada, queria olhar no espelho e ver as marcas de suas mãos no meu corpo.

 —Vamos Hannah, goze comigo... – ele pediu aumentando o ritmo – Vamos, goze comigo...

 Eu já ia falar que não tinha mais forças, mas não consegui. Seu polegar desceu para meu clitóris e eu segurei ainda mais forte as lapelas do seu terno enquanto ele me masturbava e me estocava nos lugares certos. Eu não aguentava mais...

—Mais forte...

—O que você quiser garota – ele gemeu incoerente aumentando a velocidade – tudo que você quiser...

 As estocadas dele aumentaram assim como seus dedos quando explodi no orgasmo mais forte da minha vida, eu sentia como se o mundo tivesse parado e apenas o pau dele deslizava gozando e me fazendo gozar...

—Isso foi bom – consegui falar ofegante após longos minutos de respiração.

—Bom é pouco – ele afundou a cabeça no meu pescoço inspirando o cheiro dos meus cabelos – Isso foi demais, Hannah.

 As palavras dele tinham um Q a mais que não consegui identificar.

—Eu te machuquei? Foi mal eu perdi...

—Ei, está tudo bem – o interrompi tentando regular minha respiração – Você não me machucou.

 Com cuidado ele se retirou de mim me fazendo sentir-me vazia, desci minhas pernas da sua cintura um pouco sem graça, sem saber o que fazer. Como minhas forças, minha consciência voltou com tudo.

 E agora? O que íamos fazer? O que íamos conversar?

 Na verdade eu parecia saber a resposta, não tinha nada para conversar. Eu já sabia as regras do jogo muito antes de entrar nele, sabia que mesmo que repetíssemos o que estávamos fazendo depois da boate, ainda sim nada mudaria. O problema é que alguma coisa dentro de mim queria mudasse.

 Afastando esses pensamentos para o fundo da minha mente, abaixei a saia e passei as mãos no meu cabelo tentando arruma-lo. Passei por ele, coloquei meu sutiã e vesti minha blusa entrando no pequeno banheiro que havia ali para me limpar e respirar um pouco.

 Eu não sabia se ele tinha saído do arquivo, minhas entranhas reviraram no estomago assustada com meus próprios pensamentos. E agora? Era tudo que eu conseguia pensar. Olhei-me no pequeno espelho acima da pia me levantando da tampa do vaso.

 Meu cabelo estava um horror, parecia um ninho de galinha de tão bagunçado, ajeitei do jeito que pude demorando um pouco no processo e rezando para que ele já tivesse saído do arquivo.

 Eu me sentia exposta e levemente dolorida por causa da foda incrível que tínhamos acabado de ter. Como íamos trabalhar juntos daquela forma? E agora que tínhamos os mesmos amigos, como iriamos fazer? Como poderíamos nos ver todos os dias se quando eu olhava para ele tudo que eu conseguia pensar era no seu pau maravilhoso dentro de mim ou na minha boca?

 Céus! Eu estava ainda mais pervertida do que antes. Mesmo dolorida eu queria sair dali e dar para ele de novo e de novo, explodindo numa sequência de orgasmos que apenas ele conseguia me proporcionar. Antes um orgasmo na foda era lucro, hoje gozei três... Sete orgasmos em duas transas. Mas quem é que estava contando? Provavelmente apenas eu...

 Isso era mais do que as quinze vezes que transei nos últimos doze meses. E provavelmente a última, agora que ele tinha tido o que queria. Ele estava satisfeito, podia sair dali contente por reverter o jogo, ter falado as palavras certas... Ter me caçado... Inferno, ele tinha me caçado e eu tinha caído na sua jaula feito boba.

Você também queria isso. Gritou a sábia consciência. Os dois queriam, e se ele não quisesse sabíamos onde isso ia parar.

 Eu realmente estava maluca, maluca por ter desejado tanto quebrar uma regra e agora ter que sofrer as consequências. Nessa história, a fodida tinha sido eu, literalmente.

 Abri a porta do banheiro e sai andando parando de uma vez ao vê-lo encostado no armário com os braços cruzados. Seu terno estava impecável, seu rosto estava sereno e ele nem parecia ter passado por uma foda enquanto eu estava completamente desajeitada e tentando me manter em pé sobre os saltos.

 Eu não era insegura, mas naquele momento estava.

—Acho que podemos conversar um pouco, não acha? – Ele perguntou me olhando sério.

 Um frio percorreu minha espinha fazendo minhas pernas bambearem, e não foi pelos orgasmos.

—Olha eu...

 O toque do meu celular me interrompeu e eu o peguei em cima do armário ao lado dele. A foto minha e de Rafael no aniversario de Charles apareceu na tela, estávamos lado a lado e Judith tinha batido a foto para eu colocar no contato dele. O olhar de Parker foi da tela para mim com uma sobrancelha erguida.

—Hannah – falou Rafael após eu atender – Eu fiquei preocupado, já era para você ter terminado, está precisando de ajuda?

Não, não, eu já terminei aqui – olhei no relógio e me assustei com as horas, já tinha passado das cinco, era pra termos saído mais cedo. Merda – Eu tive um problema aqui, já foi embora?

—Não, eu estou te esperando na cantina. Bom, eu queria saber se você não quer ir a uma pizzaria italiana comigo aqui? Por minha conta.

 Pensei nas minhas opções rapidamente, eu tinha que ir a academia, mas não estava mais tão animada como antes. O personal de Ethan havia mandado os horários e confirmado com ele, e com a sorte que eu tinha ia acabar encontrando com ele lá de um jeito ou de outro.

 Eu tinha certeza que ele já tinha me investigado, na verdade ele investigava todas as mulheres com quem dormir, era óbvio que ele tinha me investigado também e fiquei imaginando o que ele ia achar ao ver Martin nos treinando e o modo como treinávamos.

 Respirando fundo olhei para Ethan que me olhava curioso, eu sabia que ele estava ouvindo nossa conversa de tão próximo que estava.

—Acho bom ser por sua conta, já viu que eu como por duas pessoas adultas – falei me afastando para pegar meus fones e o resto das minhas coisas – Daqui a pouco nos vemos.

—Eu espero. Vou comprar a coca na maquina, quer uma?

—Quero sim, te vejo em dois minutos.

 Desliguei o telefone e assim que caminhei até a porta senti a mão de Ethan no meu cotovelo.

—O que você está fazendo? – Ele perguntou me olhando nos olhos.

—Indo embora.

—Precisamos conversar antes, Hannah, não podemos cometer os mesmos erros da última vez. Temos que pensar no seu emprego, em Charles...

—Eu sei – falei suspirando – Mas eu preciso ir, já estou atrasada e daqui a pouco meu celular está tocando de novo.

—Rafael pode esperar – Ele falou contorcendo os lábios numa careta.

—Não estou falando dele – estava falando de Martin, que já devia estar lá embaixo – Só me diga como te chamar para evitarmos outro acidente como esse?

—Acidente?

 Meu celular começou a tocar me fazendo revirar os olhos, a foto de Martin apareceu na tela.

Eu estou bem – falei, não podia ignorar Martin – Vou sair hoje a noite. Só para você saber.

—Vai faltar a academia, Hannah? – O tom de reprovação de Martin não foi surpresa.

—Vou. Depois a gente se fala.

 Desliguei logo antes dele começar o sermão.

—Desculpe – pedi me voltando para ele – Olha, eu realmente preciso ir. Podemos conversar depois.

—Eu fiz alguma coisa errada, Hannah?

 A pergunta dele me desarmou completamente me fazendo prestar mais atenção nele, parecia meio confuso e perdido, até um pouco irritado.

—Não, você não fez nada. Podemos ir? Se não se importa eu posso ir primeiro?

 Ele confirmou e passou a mão, nervoso, pelo cabelo. Acenei uma despedida me virando e destrancando a porta pronta para fugir dali, mas suas mãos seguraram meus ombros puxando-me contra o seu corpo e sua cabeça se abaixou para nossas bocas se encontrarem.

 O beijo foi calmo, seus lábios foram gentis contra os meus e sua língua pareceu acariciar o céu da minha boca. Eu estava hipnotizada, correspondendo o beijo por extinto enquanto minhas pernas tremiam e minhas mãos puxavam seu cabelo.

 Quando meu celular tocou de novo, seus lábios se afastaram dos meus devagar abrindo seus olhos aos poucos e finalmente me encarando de uma forma que fez meu coração bater ainda mais rápido, se é que isso fosse possível.

—Como eu devo te chamar? – perguntei quase em um gemido.

—Me chame de Ethan, só Ethan – Ele falou me dando apenas um selinho.

—Tudo bem – concordei ofegante – Tchau só Ethan.

...

A pizza estava realmente deliciosa e comi quatro pedaços numa ótima pizzaria na Avenida Lexington. Geralmente as pessoas ficavam se sentindo culpadas quando faltavam a academia principalmente para comer massa. Esse não era o meu caso, principalmente depois de uma trepada e três orgasmos.

 Tudo que eu queria era afogar minhas mágoas na massa e carboidrato tomando um bom vinho com Rafael.

 Eu estava me sentindo uma verdadeira rebelde naquela tarde. Havia transado com meu chefe no serviço, faltado a academia, comido pizza e fugido de Martin.

 Assim que eu soube que Rafael havia ido de carro para o serviço tudo que fiz foi descer para a garagem com ele e só após virarmos a esquina, mandar uma mensagem para Martin o avisando que eu não ia com ele sem nem falar para onde eu estava indo, até a bateria do meu celular eu tinha arrancado para não ser rastreada. Bom, eu esperava que isso bastasse e como eu não vi nenhum armário me vigiando do lado de fora, parece que tinha funcionado.

 As consequências viriam depois. Só que, quem liga para as consequências de Martin, quando tem as de Ethan para lidar?

 Rafael estava se saindo mais agradável possível. Ele havia saído com Dylan, Brian e Charles na noite anterior para uma noite de meninos enquanto eu, Alana, Maggie, Ivy e Judith havíamos ido ficar na casa de Ed para ajudarmos com a nova coleção que ele estava planejando servindo de modelos, até que não me sai muito ruim com os vestidos curtos, pelo menos com os que cabiam nos meus quadris ou busto.

—... Então eu achei um pouco estranho, era a terceira vez que alguém falava que minha contratação não foi por acaso – Rafael tagarelou animado – Será o que Alana queria dizer com isso?

—Eu não faço ideia, esse povo do Rh é estranho para mim, prefiro não entendê-los se não eu vou acabar perguntando onde eles conseguem tanto modelos como vocês.

—Ainda com esse fato que não se encaixa na RIH?

—Eu não sei, eu só sei que se antes elas já me olhavam feio, agora que sabem que sou amiga do Charles estão supondo que eu entrei na empresa por conta dela. E na época nós nem tínhamos conversado.

—Como eu disse, qualquer uma que não tenha muita segurança ficaria intimidada com você, Hannah, você é muito mais bonita do que pensa.

Me mexi um pouco sem graça na cadeira. Eu tinha que parar com isso, parar de me sentir desconfortável com esses tipos de elogios.

— Er, obrigado Rafael – agradeci ajeitando-me desconfortável.

—Desculpe, fiz de novo aquele negócio que você não gosta né?

—Negócio que eu não gosto?

 Ele balançou a cabeça.

—É, te elogiar. É engraçado como você é tão bonita, mas não gosta de elogios e fica incomodada com eles – ele encolheu os ombros – Prometo não fazer isso.

O agradeci mentalmente por isso, eu realmente não estava acostumada com elogios. Eu sabia que era bonita de certa forma, Brian fazia questão de manter minha autoestima lá em cima e eu era confiante o bastante para saber que mexia com alguns homens, mas receber elogios era estranho quando vinham de outras pessoas que não eram Brian, Martin ou meu pai .

—Voltando ao assunto, você gosta de trabalhar na RIH? – Rafael sorriu.

—Não estou aqui lá muito tempo, mas gosto do meu trabalho e sou boa nele – falei – Tirando algumas coisas...

Tipo eu fodendo com nosso chefe na sala de arquivos, e ainda estou sem calcinhas.

—É um local bacana de trabalhar – completei com um meio sorriso.

—Eu percebi mesmo, já faz dois anos que me candidatei para esse cargo de assistente. A Fila de espera para trabalhar na Red Intense é enorme, é uma grande empresa muito concorrida e o sonho de qualquer recém-formado ou desempregado.

Fila enorme... Essa foi nova para mim.

—Como assim fila enorme?

—Pelo que sei, o Rh daqui tem trabalho para escolher. Eu tinha vinte e quatro anos na época que deixei meu currículo, lá eles só contratam a partir dos vinte e cinco. Quando você deixa seu currículo e ele é pré-selecionado te colocam numa espécie de fila de espera, é claro que se você arrumar outro serviço não precisa ir, mas como a remuneração que eles oferecem é difícil não escolher correr para lá. A rotatividade é muito grande, não sabia? Eu trabalhei numa Nigth RIH por seis meses até chegar aqui e até para trabalhar no meu lugar tem uma fila lá fora.

Bom saber! Uma raiva grotesca percorreu meu corpo naquele momento. Era como se as coisas se encaixassem finalmente, era óbvio que tinha dedo de Martin e Agnes Lewis para eu arrumar um emprego aqui. Como foi que eles fizeram isso comigo? Eles sabiam que eu queria conseguir tudo por conta própria, eu os avisei para me deixarem arrumar o serviço sozinha e nem isso me escutaram.

—Esta tudo bem Hannah?

—Vai ficar.

 Pelo menos eu esperava que ficasse. Muita coisa se justificou naquele momento, a reação de Ethan no começo em relação a mim e depois em relação a Rafael foi a primeira que justifiquei. Naquele dia ele deveria ter visto que alguma coisa estava bem errada para eu ter entrado apenas com vinte e dois anos, já que completei vinte e três depois de estar trabalhando lá.

 Talvez ele achasse que eu não merecia estar lá. Quantas pessoas desesperadas eu tive que ultrapassar por conta disso? Se tivesse sido por um esforço meu não me importaria, era a lei do mercado de trabalho e da rivalidade. Tudo que eu queria era merecer entrar lá, nem que eu tivesse que trabalhar como garçonete e começado por baixo como Rafael.

 Senti meu peito se apertar e uma vontade imensa de gritar e chorar. Tudo parecia errado, era sempre assim, minhas vontades ou as de Brian nunca eram levados em conta.

—Você está pálida, Hannah – Rafael se levantou e se agachou perto de mim segurando minha mão – Sua mão está gelada. Minha nossa, você está bem?

—Estou sim, é só um mal estar.

Apenas sorri para ele e tomei um pouco do vinho.

—É sério, Rafael, eu estou bem – o tranquilizei dando um pequeno sorriso – Muito obrigado pela preocupação. Então, quer dizer que você resolveu entrar na academia de Charles também? Ele é um grande chantagista quando quer, mas a academia dele é a melhor de Nova York, fora que ele tem algumas filiais por ai e acho que nosso patrão é um sócio fantasma dela.

—Eu fiquei sabendo, as aulas de Krav Manga...

 Ele começou a falar animado, sem deixar de me olhar preocupado enquanto minha cabeça parecia um zumbido alto. Eu estava decepcionada comigo, decepcionada com Martin por deixar a agente Lewis tomar esse tipo de decisão, decepcionada por não perceber que tudo tinha haver com eles e não comigo.

 Caramba, será que foi por isso que eu nunca consegui nenhuma entrevista em outra empresa nem para estágio aqui nessa cidade? Passei a mão no peito devagar para diminuir a dor que eu senti ao me sentir tão traída. Como eu ia lidar com aquilo?

 Eram quase oito horas da noite quando resolvemos ir embora. Quando Rafael foi até o balcão, me encaminhei até a porta da pizzaria e ouvi meu celular tocar, no visor da tela o nome de Hector Javier, nosso terapeuta apareceu na tela. Tentei me lembrar se tinha alguma consulta com ele, mas não tinha, era segunda-feira e esse era o dia de Brian se encontrar com ele, o meu era na quarta.

—Hannah? – soou a foz firme e distante de Hector – Oi, sou eu Hector, está podendo falar no momento?

—Estou sim doutor, estou esquecendo alguma consulta ou alguma coisa do tipo?

 Era a minha cara esquecer de ir a terapia que para mim era apenas duas vezes no mês, enquanto para Brian era todas as segundas.

—Não, não a gente se encontra só semana que vem mesmo, eu queria saber sobre Brian. Ele tinha uma consulta comigo hoje as seis e não apareceu, sei que não é do feitio dele faltar a um compromisso e fiquei preocupado. Liguei pessoalmente no celular dele e na sua casa, e ninguém atende.

—Brian não apareceu aí? – olhei no relógio, realmente Brian não era de faltar a nenhum compromisso, nunca. Muito menos não atender ao telefone ou retornar ligações. Eu era a rebelde, ele o certinho – Eu pensei que ele estava com o senhor, doutor, eu não sei onde ele está.

—Bom, eu só liguei para saber. Fiquei preocupado com ele, se souber de alguma coisa me liga.

 Minhas mãos já estavam trêmulas quando concordei com o doutor e desliguei o telefone. Disquei o numero de Brian, chamava até cair na caixa de mensagem e ninguém atendia. Liguei para o número pessoal da secretária dele, só que ela disse que ele saiu do escritório não era nem quatro e meia da tarde.

—Está tudo bem, Hannah? – perguntou Rafael.

—Eu não sei, eu não consigo encontrar o Brian. Ele faltou num compromisso hoje e ele nunca falta a um compromisso, estou ficando muito preocupada com ele.

—Ele deve ter saído ou se esquecido.

—Vai por mim Rafael, Brian nunca esquece um compromisso ou sai sem me avisar. Eu tenho uma sensação muito ruim – fechei os olhos e passei a mão no peito tentando me acalmar.

—Quer que eu ligue para Charles e Dylan? Pelo menos para ter certeza.

 Concordei com ele que se afastou para ligar enquanto eu ligava para Martin, ele estava numa reunião com a agente Lewis e estava furioso porque recebeu um sermão por me deixar fugir. Puta que pariu, a reunião dos dois acontecia uma vez na vida outra na morte, e dessa vez foi justo no dia que eu mais precisava dele e que resolvi bancar a ovelha desgarrada.

 Maggie também viu apenas antes de uma reunião que ele teve após o almoço. Mason disse que Brian, assim como eu, fugiu dele e saiu na Mercedes conversível dele, do prédio quase seis horas da tarde. Nem consegui rastrear o celular dele. Uma pontada de desespero me bateu.

—Eles não o viram hoje – Rafael falou voltando até mim – Quer que eu te leve para casa?

—Por favor.

 Apenas fechei os olhos encostando a cabeça no banco do carro quando a mensagem de Martin vibrou no meu bolso.

Achei ele, Brian precisa muito de você, Hannah.” M. Thomas.

 Eu não sabia o que era, só esperava que ele tivesse bem.


Notas Finais


Bom espero que tenham gostado eu estou ficando abusada com essas cenas de sexo né? Ainda bem que ninguém que eu conheço vai ler, povo aqui de Campo Limpo não são muito chegado a leitura kkk se não eu morreria de vergonha *-*
Não esqueçam da proposta, 10 pessoas, 24 horas... Não sabem o quanto os seus comentários ajudam, mesmo que sejam pequeno eu escrevi o capítulo 22 dessa fic movida a eles porque eu já estava empacada a duas semanas porque estou numa zona... muito perigosa para se escrever digamos assim.
Estou deixando aqui um trechinho do próximo capítulo, ele vai ser narrado por Hannah e é uma conversa telefônica um pouco conturbada com Ethan para atiçar um pouco a curiosidade de vocês :D

Spoiler:

"— O que está acontecendo com você, Hannah? Que história de hospital é essa? Você está ferida?
Revirei os olhos, depois eu era a exagerada.
—Nada demais, Ethan...
—HANNAH! – Gritou Brian.
—Eu já vou inferno! – respondi de volta – Lamento não ajudar, Ethan. Preciso desligar.
—O cacete que precisa des...
E eu desliguei. "

hahaha até o próximo capítulo minha gente, e fantasminhas, já sabem o que tem que fazer né? Bora vim para a luz.

PS: Eu ia falar alguma coisa, mas esqueci, se eu lembrar no próximo capitulo falo. Dois Beijos ;)


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