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História Secrets - Os Encantos do Escorpião - Capítulo 9


Escrita por: Jess_Monteiro

Notas do Autor


Olá, eu já falei que amo vocês? Pois eu amo <3 eu peço dez, vocês me dão quatorze gente.
Sabe o que me deixa mais feliz, é maioria nem sempre comenta apenas pela proposta e cá entre nós vale muito a pena para vocês, não acham? Tem fics que demoram séculos para postar e nós já estamos aqui de novo. Como eu disse, a proposta ia subir, mas tenho certeza que não teremos problemas com isso.
Aos que estão me conhecendo agora, eu geralmente faço isso e sempre dá super certo e por incrível que pareça é sempre muito rápido que a gente cumpri a meta. Bom, agora vamos para 12 PESSOAS, as meninas que não me abandonam nunca e estão sempre aqui nos comentários e vieram de Fotografias já sabem disso, mas parece que quanto mais aumenta, mais rápido atinge a meta e isso nem sempre é bom pra todo mundo (eu por exemplo) e vocês sempre atingem a meta em menos de 24 horas, então acho que já está no estagio de eu subir principalmente porque eu faço faculdade. Então 12 Pessoas, e em 48 horas eu posto. Nem sempre chega a tudo isso, mas eu estabeleço 48 para eu não ficar muito atrás de vocês e porque quanto mais a proposta sobe, parece que mais rapido vocês comentam na outra história chegamos a mais de 35 por capitulo e em menos de 24 hrs atingirmos a meta.
Não me matem cada dia mais (graças a Deus) mais gente nova está dando as caras por aqui e agora vocês já estão estabelecidos com a história.
Bom esse é um capítulo ponte, eu simplesmente trabalho muito com eles porque são o que dão sustância a história e ajuda a entender ( ou levantar duvidas e suspeitas hahaha)
Já deu por agora, até lá embaixo e desculpem os erros, não deu pra revisar e o enxerido aqui em casa tá viciado em Grimm ¬-¬
Boa leitura ;)


Ps: Capa... Brian, Martin, Ethan e Hannah ;)

Capítulo 9 - Capítulo 9


Fanfic / Fanfiction Secrets - Os Encantos do Escorpião - Capítulo 9

Hannah Swift

—Sabe se Martin e Brian chegaram? – perguntei ao porteiro, depois Rafael me deixou na frente do prédio.

—Chegaram pela garagem a pouco mais de quinze minutos, Srta. Swift.

 Agradeci com um aceno e subi rápido pelo elevador. Meus problemas com o emprego e minha descoberta não eram mais nada perto do sumiço de Brian, eu sentia como se não pudesse respirar até ver que ele estava bem e saber o que aconteceu para ele fazer isso.

 Assim que entrei em casa senti que alguma coisa estava muito errada, as luzes estavam acesas e Brian estava de terno com a gravata frouxa, o cabelo bagunçado e com um copo e uma garrafa de uísque andando de um lado para o outro furioso. Num movimento brusco a garrafa se espatifou na parede ao meu lado, tive que desviar rapidamente para não ser acertada e o líquido da bebida espirrou por toda a minha roupa.

—Brian!

—Hannah? Meu Deus, Hannah, me perdoe... Eu não te vi, eu juro que não te vi.

—Qual é o seu problema? – gritei alto – Some e ainda tenta me matar quando eu chego em casa!

—Pelo amor de Deus. Eu juro que não tive a intenção, você sabe que eu nunca te machucaria, você é a pessoa mais importante do mundo para mim.

 As palavras dele e sua aparência me desarmaram. A adrenalina ainda percorria pelas minhas veias devido ao seu surto e o cheiro bruto de álcool nas minhas roupas. Só que seu olhar vermelho indicava que ele havia chorado e pelo líquido que havia na garrafa, antes de ser lançada, ele deveria ter bebido umas quatro doses só daquela em particular.

—O que está acontecendo Brian? – caminhei até ele – Ei, você não está bem. Pelo amor de Deus, me fala o que aconteceu com você.

—Nada que justificasse eu quase te machucar – ele se afastou – Vai trocar de roupar, você está fedendo a álcool.

—Não vou até você me contar o que está acontecendo.

—Só me dê alguns minutos, Hannah, me deixe respirar um pouco e eu juro que vou te contar. Ainda não acredito que quase te machuquei, céus, nem consigo olhar para você assim. Se eu tivesse te acertado eu nunca me perdoaria, só preciso de um instante e mais uma dose de uísque.

—Brian...

—Por favor, Hannah.

 Meu instinto protetor, aquele que sempre se rebelava quando o assunto era a minha única família viva, Brian, queria senta-lo no sofá e força-lo a falar para depois ir atrás e resolver as coisas. Já o meu instinto solitário o entendia, ele precisava de espaço, e o fato dele estar aqui na sala e não trancado no quarto indicava que ele ia falar, só precisava de um tempo.

 O envolvi num abraço forte e caminhei até meu quarto. Tomei um banho refrescante e rápido tentando lidar com tudo que acontecia de uma vez. Vesti um short curto de laica e uma camiseta dos Yankees prendendo meu cabelo num rabo de cavalo alto sem nem ao menos seca-lo. Não deixei de pensar em Ethan ao escolher uma calcinha La Perla confortável, já que ele havia destruído a minha outra na sala de arquivos.

 Quinze minutos depois eu estava de volta a sala, o copo de Brian estava no fim e ele estava com uma bacia de plástico na cozinha para pegar os cacos de vidro.

—Ei, deixa isso ai comigo. Você não está em condições de mexer com vidro – o repreendi pegando a bacia da sua mão.

—Eu quebrei, eu pego.

—Não. Eu pego, você vai me contar tudo que está te infligindo primeiro campeão.

 Ele sorriu fraco e se sentou no chão da sala do outro lado, com seu copo de uísque na mão. Seus olhos se fecharam em silêncio.

—Você precisa me contar Brian – pedi.

—É que nem tudo não sai do jeito que a gente quer, não é mesmo?

 Abaixei-me pegando os primeiros cacos da garrafa dando-lhe tempo. Eu conhecia meu melhor amigo, estava fazendo rodeios e não era muito bom em contar seus problemas para os outros, até para mim ele tinha certa resistência que eu bem sabia como contornar.

—Bom, eu conto o meu e você me conta o seu – ele acenou confirmando com os olhos ainda fechados – Acho que vou me demitir da RIH.

Brian levantou a cabeça, abriu os olhos.

—Por quê?

 Contei a ele minhas suspeitas parando um pouco de pegar os cacos para olha-lo. Falei sobre Rafael, a justificativa de Parker aquele dia em relação a mim e a ele na sua sala e sobre minhas frustações. Tudo durou cerca de uns cinco minutos enquanto ele apenas me ouvia apertando ainda com mais força o copo quando terminei.

—E isso doí sabe? Eu lutei tanto para me formar, eu queria me destacar nas áreas que me formei. Nem o papai se meteu na minha carreira quando comecei a trabalhar em Houston, me deixou trabalhar o primeiro ano como garçonete se sentindo orgulhoso de mim por isso, e quando mudei de profissão foi a mesma coisa, porque mesmo eu não precisando trabalhar, eu estava conquistando tudo sozinha, sem o dinheiro dele ou da minha mãe.

 Olhei para o chão cheio de vidro quebrado, alguns grandes outros pequenos, eu não havia colocado quase nada na bacia e não deixei de me comparar com aqueles cacos, em metáfora.

—Eu queria deixa-lo orgulhoso. E daí se eu precisasse trabalhar de garçonete de novo aqui? Teria sido eu que achei esse emprego, eu que passei por todas as fases chatas, e que fazem parte da vida. É pedir muito? Acho que tenho que pensar muito a respeito disso. O ruim é que isso está acabando comigo.

—Isso é uma merda, Hannah – Brian falou indignado, ele era o melhor ouvinte do mundo. Sempre escutava tudo para comentar depois mesmo quando seus problemas eram maiores que o meu – Você não pediu nada para esses idiotas. Suas exigências para vir para Nova York não foram nem um terço das minhas, na verdade se me lembro bem, essa foi a única maldita coisa que você pediu. Eu odeio isso! Odeio que temos que viver e que nem temos controle, odeio tudo isso.

 Apenas sacudi a cabeça concordando, eu também odiava. Recomecei a catar os cacos no chão em silêncio, apenas o esperando. Um após o outro eu ia colocando dentro da bacia enquanto ele ainda se conformava com sua raiva.

Ele se levantou e colocou mais uma dose de uísque.

—Brian, você está me deixando preocupada, pode me falar o que está acontecendo?

—O que está acontecendo? O que está acontecendo Hannah, é que minha vida é um inferno. Que nossa vida é um inferno! – ele gritou socando a cabeceira do sofá – Me desculpe, eu não devia gritar com você, você é a única pessoa que me entende e eu quase te matei com uma garrafa.

—Isso não foi nada, você sabe, pra me acertar você precisa de muito mais do que apenas isso. – brinquei, um sorriso se formou no canto da sua boca – eu preciso saber o que há com você.

O sorriso não durou mais que um segundo e morreu.

—Eu não tive direito nem de opinar em assumir ou não a liderança do escritório Hannah, esse tempo todo já estava escrito num maldito contrato que eu assumiria a herança no lugar da minha mãe caso alguma coisa acontecesse com ela. Eles têm documentos com a minha assinatura feita pouco depois da morte dela confirmando o contrato e a documentação, eu me lembro de ter assinado alguns papéis naquela época, eu sempre leio tudo que assino, só que ainda estávamos atordoados pelo acidente, eu não tinha cabeça para nada. Eles me aproveitaram e me enganaram.

 Senti meu corpo inteiro queimar de raiva e ódio, e minhas mãos tremerem.

—EU PERDI MEUS PAIS! ELES ESTÃO MORTOS, NÃO É CASTIGO SUFICIENTE?

 Os gritos dele saíram com raiva e ele fechou os olhos com força enquanto lágrimas escorreram pelo seu rosto. Não. Eu simplesmente não conseguia vê-lo sofrer.

—Eu tenho tanto ódio, eu tenho tanta raiva. Como eles fizeram isso comigo? Eles jogaram bem demais dessa vez, deram um jeito de nos prender aqui – ele falou se encostando no sofá – Eles sabem que você fica onde eu fico e vice versa. Foi a maneira que eles tiveram para nos deixar aqui e porra, a gente nem sabe exatamente o porquê de tudo isso. Inferno!

—Não tem algum jeito?

—Não tem o que fazer, Hannah, o documento é legal eles sabiam que eu nunca venderia algo da herança da minha família, principalmente da minha mãe. Jogaram no meu ponto fraco. Vou ter que assumir aquela merda, se eu não assumir o conselho em 51% das ações, eles podem desmembrar a empresa ou até mesmo vende-la! Não tem mais jeito.

—A tem que ter alguma coisa, alguém vai ter que pagar pelo que fez – me levantei de uma só vez.

—E alguém já está pagando, Hannah. Esse alguém sou eu – ele passou a manga pelo rosto limpando as lágrimas e alimentando a raiva dentro de mim. Meus problemas com mérito de emprego não eram nada perto da dor que a maldita herança causaria em Brian, se já foi difícil trabalhar no escritório do avô, imagina assumi tudo aquilo – Era da minha mãe, por mais que ela fugiu dessa responsabilidade ainda é dela. Do pai que ela amou, da profissão que ela sempre defendeu... São várias pessoas que iam ser demitidas, amigos, Maggie... Mesmo ela não precisando sempre foi o sonho dela trabalhar lá...

 Ele abriu os olhos e seu sofrimento apenas me doeu mais e mais.

—Mexer com isso vai doer demais. Que se dane o dinheiro, eu só queria esquecer por um tempo, é pedir demais isso? É pedir demais, esquecer que seus pais foram mortos, esquecer que tenho responsabilidades demais e não quero assumir isso agora? Não quero ser herdeiro porra nenhuma, não quero pessoas batendo no meu ombro com pena ou inveja de mim por ser o último Carter, o bastardo solitário e muito menos ser um CEO com 25 anos. Eu só quero esquecer, não quero ter responsabilidades nenhuma porque se eu não tiver, eu não posso decepcionar ninguém. E EU SÓ NÃO QUERO DECEPCIONAR NINGUÉM!

—Você nunca decepciona ninguém, Brian. Temos que tentar alguma coisa, eles jogaram com você, não podemos deixar que isso fique por menos. Eles não têm esse direito! – eu sentia meu corpo vibrando em raiva. Como alguém podia machucar Brian? Ele já não era machucado o suficiente? Ele era a melhor pessoa que eu conhecia. Não, ninguém tinha o direito de fazê-lo sofrer mais. Uma coisa era me fazer sofrer, eu conseguia lidar com minha dor, outra era fazer isso com ele – Vamos embora daqui. Vamos mandar esse povo se foder. A responsabilidade é deles, eles não podem te usar assim.

 Ele sorriu triste.

—Vai muito além de mim, Hannah. São centenas de pessoas que trabalham para os escritórios Carter e Associados, são mais de quinze escritórios pelo país e esse é o escritório mais importante de Nova York.

—E você? Como você vai ficar? Que merda! – fechei os olhos e trinquei os dentes – Eu juro que vamos dar um jeito nisso.

—Acho que nem você dessa vez vai conseguir... Hannah, o que você está fazendo? – ele perguntou com os olhos arregalados.

—O que eu estou fazendo? O que eles estão fazendo Brian! Eles destruíram seu calcanhar de Aquiles e temos que fazer alguma coisa.

—Hannah a sua mão – ele apontou para baixo.

 Olhei para a minha mão esquerda que estava fechada com um grande caco de vidro dentro, sangue escorria por ela, arregalei os olhos assustada, eu havia apertado o caco com muita força.

—Merda! – Xinguei soltando o caco.

 Quando levantei o olhar, Brian já estava ao meu lado segurando minha mão machucada, abri os dedos com dificuldade, não doía, parecia apenas incomodo no momento. Só que eu sabia que mais cedo ou mais tarde aquilo ia infeccionar e que doeria para caralho.

—Me desculpe. É culpa minha, eu quebrei a maldita garrafa. Por favor, me desculpe – Implorou Brian me arrastando para a cozinha e colocando minha mão embaixo da água corrente.

—Não foi culpa sua – o tranquilizei estremecendo – A gente vai dar um jeito no que aqueles filhos da puta que fizeram isso com você, Brian.

—Esquece isso, você vai ter que levar uns vinte pontos na mão, Hannah.

 O corte era realmente feio e pegava toda a transversal da minha mão do indicador até o músculo do dedo mindinho perto do ligamento carpal, estava aberto e exposto e eu sabia que nem o próprio Martin conseguiria dar um jeito aqui mesmo. Os olhos de Brian estavam arregalados, e meu amigo estava quase se matando de tanta culpa pelo que tinha feito.

—Vamos dar um jeito, Brian – falei levando a outra mão até seu rosto – Isso não vai ficar assim, eu vou dar um jeito de descobrir tudo que eles estão escondendo e reverter a situação.

—Eu nem consigo falar meu nome agora Hannah, fique aqui, eu preciso chamar o Martin.

 Ele disparou na direção ao anexo sem nem esperar a minha resposta. Enrolei minha mão com um pano de cozinha e escutei o BlackBerry tocar na bolsa, um arrepio percorreu minha espinha ao ouvir aquilo. Só tinha uma pessoa que me ligava ali depois do serviço e essa pessoa era Ethan, e os motivos de ele fazer isso eram suas caçadas.

 Respirei fundo antes de resolver atender, não queria fazer isso. Como ele podia ter a cara de pau de me pedir para reservar algum hotel depois de tudo que aconteceu entre a gente hoje? Não devia, mas o corte se tornou nada perto do vazio que senti no peito e resolvi ser o mais fria possível com ele.

—Hannah Swift. Precisa de alguma coisa, Parker?

—Er... Oi Hannah – ele fez uma pausa – Você me chamou de Parker, aconteceu alguma coisa? Sua voz, está estranha.

 Sua voz preocupada me fez meu coração acelerar, muita coisa estava acontecendo. Mas era sempre assim na minha vida. Olhei para a minha mão, aquela porra já estava começando a arder.

—Nada demais – falei olhando para o lado, eu podia ouvir a voz de Brian no anexo – Tem como você pedir para Judith? Eu ensinei a ela algumas coisas.

—Hã? Não estou te entendendo, Hannah – falou a voz confusa e quente de Ethan.

Péssima hora para ficar excitada por conta de uma voz, Swift.

—Não posso falar agora – falei rápido.

—Você ainda não chegou em casa? – perguntou em tom de... repreensão? Raiva? – Pelo visto a noite com Turner está sendo boa, Hannah.

Turner, não Rafael. Interessante.

—Olha aqui...

 Não tive tempo de dizer umas poucas e boas para ele, Martin e Brian apareceram na sala. Brian atordoado, Martin sério...

—Como foi que isso foi acontecer, Hannah? – perguntou Martin se aproximando de mim – Deixe-me ver.

—A culpa é minha – Brian disse atordoado.

—Brian eu te amo, mas se você dizer que a culpa é sua de novo. Eu vou enfiar seu nariz para dentro da cara.

 —O que está acontecendo, Hannah? – Ethan perguntou do outro lado da linha.

—Só um minutinho, Ethan – coloquei o celular no balcão e Martin pegou minha mão desenrolando o pano ensanguentado – Está melhor do que parece – Martin tocou de leve me fazendo gemer – Não toca o dedo na ferida dos outros, Martin!

 Ele entendeu meu duplo sentido.

—Não há tempo para isso, Hannah – Martin se abaixou, pegou o kit de primeiros socorros e enrolou minha mão rapidamente com uma faixa – Vamos ter que dar pontos, eu vou pegar o carro e já vou ligar para o hospital.

—Nem vem – neguei balançando a cabeça – vocês sabem que estão exagerando, não sabem?

—Hospital sim, cinco minutos e pego vocês na porta do prédio, estou descendo para a garagem – Martin avisou se afastando – Ajuda ela Brian.

 Peguei o BlackBerry da empresa no balcão da cozinha e gemi, não sei se de dor ou se porque Ethan ainda estava na linha.

—Vamos Hannah – Brian falou alto.

—Só um minuto, Brian – pedi levando o celular a orelha – Ethan oi, desculpa a demora. O que você quiser Judith conseguira para você, melhor vou mandar uma relação de números para você e acho que dará conta sozinho do serviço. Preciso desligar.

— O que está acontecendo com você, Hannah? Que história de hospital é essa? Você está ferida?

 Revirei os olhos, depois eu era a exagerada.

—Nada demais, Ethan...

—HANNAH! – Gritou Brian.

—Eu já vou inferno! – respondi de volta – Lamento não ajudar. Preciso desligar.

—O cacete que precisa des...

 E eu desliguei.

...

 Eu odeio hospitais. Não pela bagunça, pessoas morrendo ou doentes. Mas porque os piores dias da minha vida se passaram neles.

 Martin dirigiu a toda velocidade para o hospital mais perto de casa, Brian recitava desculpas e eu tinha vontade de ter uma fita isolante para calar a boca dele, porque não aguentava mais ouvir sua voz dizendo a mesma coisa. Eu amava meu irmão, só que naquele momento, eu era capaz de bater no presidente se ele me irritasse.

 Digitei a mensagem para Ethan com uma mão, colocando tudo que ele precisaria para fazer suas pesquisas e reservar as coisas na sua caçada da noite. Se ele quisesse, mandasse para outra pessoa fazer esse serviço para ele, porque eu não queria saber com quem ele ia foder naquela noite, não depois de transarmos ainda naquela tarde.

 Minha mão latejava e tiveram que dar pontos e aquilo sim era incomodo para caralho. Eu tinha vontade de arrancar a cabeça do enfermeiro quando ele tentou flertar comigo naquela hora, só não o mandei tomar banho na soda, porque apesar de tudo era ele que estava dando os pontos na minha mão e eu não queria de modo algum precisar de mais.

 Tudo foi muito rápido. O médico receitou um Tylenol para dor e outros remédios que não prestei atenção, além de mais algumas coisas para trocar o maldito curativo. Minha mão estava enfaixada até um pouco abaixo do pulso de uma forma ridícula, que me fez me odiar ainda mais por ter segurado com tanta força o caco de vidro.

 Eu estava cansada, queria apenas dormir bastante quando entrei no carro e Martin dirigiu de volta para casa. Apenas encostei minha cabeça em Brian e fechei os olhos enquanto ele abraçava a minha cintura.

 Aquele tinha dia tinha sugado minha alma, eu havia trabalhado pra caramba, tinha feito sexo e tido três orgasmos, ido sair com Rafael, quase sido acertada por uma garrafa voadora, tido uma raiva descomunal do que fizeram com Brian, cortado de forma patética minha mão e ido para o hospital.

 Eu precisava dormir uns cinquenta anos para me recuperar daquele dia.

—Me de...

—Se falar isso de novo, eu juro que arranco sua língua e a gente volta para o hospital, Brian – o ameacei me aconchegando ainda mais nos seus braços quentes.

 Ele sorriu, e eu amava o som que ele fazia quando fazia isso. Pensando melhor, minha reação foi aceitável perto do que fizeram com ele...

—As coisas vão ser bem diferentes agora, Martin – falei bocejando com os olhos pesados – muita coisa vai ter que ser ajustadas.

Olhei para o retrovisor e o vi apenas acenar.

—Eu sinto muito, Brian – sussurrei.

—Você está cansada, dorme um pouco Hannah.

 E eu dormi, querendo apenas descansar daquele dia enorme.

...

 Meu rosto estava pegajoso de lágrimas e eu acordei assustada. Eu havia sonhado de novo... Havia sonhado com o helicóptero caindo, lembranças tão nítidas em minha mente que voltaram em pesadelos para me torturar.

 Respirei fundo e tentei esquecer. Eu estava apenas de lingerie, as cobertas me cobrindo por completo. Minha mão latejava, provavelmente foi ela que me acordou do pesadelo. Lembrava-me de Brian me tirando do carro e me carregando da garagem até o meu quarto. A roupa que eu usava, estava ensanguentada no chão.

 Meu Deus, eu amava meu irmão mais do que tudo nessa vida!

 Esse sentimento acordou minhas lembranças, e a fúria tomou conta de mim. Chutei as cobertas e tomei um banho demorando tentando, falhamente, tirar a raiva que eu sentia, o motivo que eu machuquei minha mão.

 Eu me lembrava do rosto do meu melhor amigo, o modo como ele estava atordoado quando cheguei, o medo, raiva, sofrimento que ele estava sentindo quando eles destruíram seu calcanhar de Aquiles. Isso tinha que parar! Eu não iria trabalhar naquele dia nem se Ethan Parker jurasse ser meu escravo sexual para o resto da vida... Pensando bem, se ele... Eu não iria ao serviço aquele dia e ponto.

 Sai do quarto apenas com um short curto e uma camiseta velha para encontrar o ex dono dela atrás do balcão da cozinha.

—Não foi trabalhar hoje? – Perguntei a Brian, ele se virou e abriu um sorriso de leve para mim.

—E deixar você aqui sozinha? Não mesmo – colocando uma xicara de suco na minha frente ele pegou minha mão machucada e fez uma careta – Está doendo?

—Apenas incomodando, bastante.

—Eu sinto muito por ontem, Hannah... Eu... Eu nem sei o que falar para você.

—Bom, eu sei. Eu já decidi algumas coisas Brian, e vou precisar da sua ajuda. Está na hora deles cederem um pouco e acredite em mim, eu vou descobrir o que está acontecendo, porque eles estão agindo desse jeito. Convivi tempo demais com o meu pai para saber como posso começar a procurar essas respostas.

—E você vai poder contar comigo.

 O telefone tocou enquanto trocávamos olhares cumplices e Brian que foi atender.

—Sim, é casa dela... Ah oi Judith, sou eu Brian... Vou bem e você?... Não, ela está de atestado... Nada muito grave, apenas se machucou... Vou ver com ela... – ele caminhou até o balcão com o telefone da casa da mão – Hannah, Judith quer falar com você.

 Apenas acenei e terminei de tomar meu último gole de suco.

—Oi Hannah, fiquei preocupada – ela falou sincera.

—Eu acabei me machucando ontem, vou levar o atestado amanhã.

—Não se preocupe querida, Ethan perguntou por você vou avisa-lo que está tudo bem.

 Não devia, mas minha respiração ofegou apenas de pensar na possibilidade de Ethan estar preocupado comigo. Só que foi momentâneo essa sensação, foi apenas até eu me lembrar que ontem mesmo ele havia me ligado como se nem tivéssemos transado, e pior ainda, segundo as chamadas no BlackBerry, ele havia me retornado de novo as onze da noite e novamente as uma da manhã.

—A claro, pode avisa-lo.

—Eu tenho uma ótima notícia para você, Hannah – Judith falou empolgada do outro lado –Alana, trouxe um pedido de transferência de cargo para você. Dylan sabe que você é pós-graduada em Marketing e quer te recrutar para a equipe que ele está formando para trabalhar como supervisora Marketing, sabe o quanto isso vai ser bom para você? Você vai estar na terceira base da hierarquia desse departamento na empresa, vai ser coordenadora da sua equipe, Hannah. O salário é incrível, se você aceitar Alana já irá comando a seleção para uma nova assistente. Vai ser uma equipe inicial de doze a quinze pessoas e com você eles já são sete, então você poderá se reunir amanhã mesmo com Dylan e Ethan...

—Espera um segundo Judith – falei respirando fundo.

Em outros tempos, essa proposta abalaria todas as minhas estruturas ósseas, eu compraria uma tonelada de foguetes e comemoraria até falar chega com meus melhores amigos. Mas não era assim.

 Meu estômago embrulhou com as milhares de coisas que eu estava pensando. Eu não podia aceitar. Tudo estava errado. Não era meu mérito que eu estava recebendo essa promoção e havia duas alternativas...

 A primeira apenas me deixou mais furiosa do que antes, Agente Lewis e Martin se metendo no meu emprego de novo. Obviamente, eles deviam saber que da desterceirização da equipe de Marketing da RIH e por isso me colocaram lá.

 Estava tudo de caso pensado.

 Eu não sabia por que eles tinham me colocado para trabalhar na rede RIH, era algo que eu iria descobrir. Eles não podiam fazer isso comigo, eu havia pedido a eles para não se meterem na minha carreira e eles estavam se metendo, assim como estavam manipulando a vida de Brian, estavam manipulando a minha.

 A outra opção era ainda mais nostálgica. Se não fosse por conta da minha vida escrota, era por causa de Ethan... Talvez ele realmente tivesse se cansado e não seria nada fácil ficar olhando para mim depois de eu abalar as estruturas e regras dele. Talvez ele queria apenas me afastar para eu não tentar quebrar as regras de novo, para que eu não tivesse esperanças demais de repetir a dose... Eu não o julgava, ele só estava se protegendo, no lugar dele, talvez eu faria o mesmo.

 A questão é que as duas opções não eram boas para mim.

—Hannah, está me ouvindo?

—Estou sim, Judith.

—Bom, você vai ter uma reunião amanhã com Ethan, Dylan e o restante da equipe...

—Judith eu sinto muito, mas eu não posso aceitar – inspirei o ar, eu estava começando a gostar da empresa. Gostava de Rafael, gostava de Judith e até mesmo de Dylan, Ivy e Alana... – Eu vou mandar minha carta de demissão via e-mail, depois passo na empresa para buscar minhas coisas.

—Você está se demitindo? – a voz dela se sobressaltou e eu podia imaginar as cabeças se virando para olhar para ela atrás dos vidros. Isso quase me fez rir, quase – Você não pode fazer isso Hannah, você é brilhante! Isso é loucura, o que aconteceu? Você estava falando em vir trazer o atestado amanhã e agora me fala que vai se demitir?

 Fiz um gesto para Brian pegar o notebook, e ele voltou rapidamente já o ligando. Os olhos de Brian estavam pregados em mim, não curiosos, não me julgando... Apenas me confortando como se dissesse “estou do seu lado”.

—Depois podemos marcar para nos encontrar – falei tentando manter o assunto casual, eu não queria perder a amizade dela.

Com licença Hannah, mas eu ainda estou em choque aqui.

Peguei um modelo já pronto que eu havia feito alguns dias atrás e fiz as correções rapidamente.

—Eu sinto muito Judith. Peça desculpa a Dylan por mim e convide-o para sairmos no sábado, podemos fazer um jantar aqui na minha casa, com muita bebida e por minha conta com e de Brian.

—Eu ainda não sei o que dizer. Eu vou falar com o pessoal... Er... Eu só não consigo processar tudo que você disse, mas é claro que eles vão querer ir – enquanto ela falava, mandei o e-mail com a minha carta de demissão enquanto ela falava – Não é porque você saiu da empresa que vamos deixar de sermos seus amigos, Hannah. Pensa bem Hannah, você tem tempo... Pode tirar mais alguns dias de atestado ou pode continuar como assistente se não quiser ir mais para o Marketing.

—Não é isso, Judith...

—Eu não acredito! Você mandou mesmo a carta de demissão – ela falou exasperada – Céus Hannah! Eu vou sentir tanto a sua falta. Eu gosto de você.

—Também gosto de você.

 Ficamos conversando apenas mais alguns minutos e quando alguém foi falar com ela, aproveitei a deixa para desligar.

—Não está tão animada, quanto eu pensei que estaria – Brian falou me abraçando.

—E não estou, estava começando a gostar de trabalhar lá, sabe?

 Contei a ele sobre a proposta de promoção, mas não contei sobre a teoria que se não fosse a agente Lewis seria Ethan.

—Eu sinto muito Hannah, isso é uma grande merda.

 Apenas sorri para ele para mostrar que ia ficar tudo bem e o ajudei a preparar o almoço mais cedo, do jeito que pude usando apenas uma mão, quando terminamos nos servimos no balcão mesmo ao invés da mesa de jantar.

 Pouco mais de onze horas o celular de Brian tocou, um sorriso enorme se abriu no canto dos olhos dele e ele mostrou a tela onde uma foto dele e a irmã de Ethan, Maggie, estavam juntos no dia da festa no sábado. Eu já havia sacado a do meu melhor amigo, era difícil Brian se empolgar com alguma garota e alguma coisa me dizia que Maggie Clark não era uma qualquer.

 Ele não se levantou para falar com ela e nem se retirou, apenas contou que eu havia me machucado e que ficou comigo. Eles falaram um pouco de serviço enquanto eu o observava... Brian estava apaixonado!

 Meu Deus! Como foi que eu não percebi isso antes? Eu sabia que ele estava a fim dela, mas não apaixonado.

—...Eu sinto muito, Maggie, acho que hoje não vai dar não quero deixar Hannah sozinha. Podemos jantar outro dia, é só escolher – Falou Brian.

 Larguei meu garfo no prato ruidosamente e ele olhou para minha mão estendida para pegar o telefone.

—Passa o celular – Pedi.

—Vai se ferrar, Hannah.

—Me dá a porra do celular.

 Contra a sua vontade ele me passou. Maggie ficou surpresa, mas logo conversarmos algumas amenidades, no final da conversa, sem consultar Brian, apenas marquei um encontro para mais tarde entre os dois, sem deixar nenhum deles, dizer não.

—Eu realmente gosto muito dela – Falei animada, depois que desliguei o celular, sem nem passar para ele.

—Eu não sei, Hannah. Eu não quero te deixar sozinha hoje.

—Brian Carter Jones, você vai deixar uma mulher como Maggie Clark escapar?

Ele coçou atrás da orelha.

—Acho que não.

—Ótimo, já estamos conversado – sorri para ele – E você vai sozinho na sua Mercedes, acho bom se acostumar a dirigir Brian, está na hora de começarmos a quebrar as regras.

...

—E como vocês vão começar com isso? – a pergunta de Charles veio de supetão enquanto nós dois escolhíamos uma roupa para o encontro de Brian algumas horas mais tarde.

—Eu não sei, na verdade – dei de ombros mexendo nas camisas – Tem que ter alguma ponta solta. Podemos começar pelo contrato que o colocou na empresa.

—Vocês realmente querem começar com isso? – Perguntou Charles – Não vai ser... sei lá, doloroso para vocês. Vocês vão ficar bem próximos de tudo sobre o acidente.

 Eu sabia que ia ser. Só tocar nesse assunto me deixava com uma sensação de vazio tão grande que chegava doer e eu sabia que doeria em Brian também.

—Vamos pensar separado, apenas queremos saber até onde nossa vida está sendo controlada e se tivermos que investigar o acidente...  – Brian o respondeu – vamos tratar como um acidente qualquer.

 Eu já estava imaginando o quanto eu teria que entrar e quais sistemas eu teria que invadir para buscar essas informações, só que o tom de voz de Brian me fez pensar melhor. Estaríamos realmente preparados para descobrir o que estava acontecendo? Talvez a solução fosse ir mais devagar, nos acostumando com a ideia antes.

—Eu só não quero que vocês se machuquem – Charles ficou sério nos olhando preocupado – entretanto podem contar comigo se precisarem de alguma coisa.

—E vamos precisar. Computadores novos é a primeira coisa da lista, dois celulares também e não podem ser registrado no meu nome e no de Brian. E de um lugar para construirmos e adaptarmos algumas escutas e invadirmos os bancos de dados...

—Espera um segundo – Charles me interrompeu – Você vai construir escutas? Desde quando você constrói coisas, Hannah?

—Eu sou o construtor, Hannah a hacker – Brian sorriu malicioso – Podemos fazer milagres com tecnologias. Ficaria impressionado com minha habilidade de construir um grampo em menos de cinco minutos. Meu pai construía em dois.

—Só me respondam para que precisam de tudo isso, porque vocês são as pessoas mais estranhas que já vi na minha vida.

—Nossos computadores são monitorados, se registrarmos algum celular em nosso nome eles vão dar um jeito de descobrir e precisamos de um lugar que não seja a nossa casa para guardarmos o equipamento e dificultar que eles desconfiem de nós caso algo dê errado e eles rastreiem o equipamento, apenas por precaução, geralmente eu não deixo que cheguem tão longe, acredite aprendi com o melhor – respondi revirando os cabides, achei uma camisa de manga longa verde escuro, era bonita e lisa com apenas dois botões na gola – Acho que essa vai ficar ótima em você, Brian!

—Eu nem sabia que eu tinha essa.

—Acho que foi da última vez que fomos ao shopping...

—Vocês podem para com isso – Charles pediu alto chamando nossa atenção – Como vocês podem falar de monitoramento, construção de sei lá o que e mais sei lá o que, e depois agirem como se não tivessem fazendo ou falando nada demais? Isso é loucura, como vocês aprenderam a fazer essas coisas?

 A voz dele era perdida e confusa, e me fez ficar mais solidaria com nosso amigo que não sabia onde estava se metendo.

—Nossos pais foram da CIA – Brian falou calmo para ele – Já te falamos isso antes.

—Bom, meu pai é fuzileiro naval, o máximo que eu fiz foi trabalhar com Ethan no exercito, e hoje me tornei dono de academias além de ser gay – Charles começou com sua ladainha indignada – O senhor Parker era hoteleiro, Ethan foi Ranger. O pai de Dylan era garçom, Dylan diretor de Marketing. O pai de Ed é ex lutador de box, ele é estilista de moda e...

—Uau! Quer dizer que você e Ethan eram das forças especiais dos EUA? – péssima hora para ficar excitada com Ethan. Tinha o que? Vinte e quatro horas que tínhamos transamos ontem? – Qual era a especialidade dele?

—Atirador de Elite.

 Caramba. Duplo uau. Isso é quente. Eu sabia que ele já tinha servido o exército, mas atirador de elite era outro nível. Já podia imaginar meu ex-chefe com uma metralhadora M2 ponto 50, e isso era absolutamente sexy. Por que minha vida era rodeada de pessoas que sabiam como usar uma arma? E por que de todas essas pessoas, Ethan era o que ficava ainda mais sexy quando imaginava isso?

—E eu me gabando por não errar um tiro no alvo – Brian assoviou impressionado – Não sei muito sobre o grupo de elite do exercito, mas sei que deve ser puto legal poder atirar a centenas de metros.

—Eu era um controlador aéreo, já entrei especializado nessa área quando Ethan já estava lá. Ele se tornou um atirador muito cedo, só que o nosso grupo quase todo desistiu por conta de uma missão que deu muito errado. Foi o melhor que podíamos ter feito para falar a verdade.

 O olhar de Charles ficou perdido. Ele nunca tocava no assunto de porque desistiu tão rápido da sua carreira antes da academia.

—Bom, o que preciso saber é se pode conseguir tudo isso para a gente, Charles – Brian falou mudando de assunto, ele era um bom amigo – não precisamos ir com pressa, vamos apenas mudando as coisas aos poucos.

 Brian vestiu a cueca por baixo da toalha e depois a deixou cair para vestir a blusa que escolhi, com a calça branca que tínhamos escolhido antes.

—Agora... – ele se virou para Charles – o que você precisar gastar com os equipamentos, Charles, pode nos passar a conta. Temos algum dinheiro aqui em casa que não guardamos no banco.

Charles sacudiu a cabeça com a menção de dinheiro e depois abriu um sorriso

—Não se preocupe com isso, vamos focar agora no seu encontro com a gostosa da Maggie Scorpions Clark – Charles falou animado – Quais seus planos para hoje a noite, garanhão?

—Eu não sei, vou deixa-la escolher o que podemos fazer, eu só quero que ela se divirta.

Charles e eu trocamos um olhar.

—O que? – Brian questionou nos olhando pelo espelho.

—Você não falou: “vou transar com ela até minhas pernas ficarem bambas, e as dela também”– minha imitação voz dele foi razoável.

—E?

—Qual é Brian, você gosta dela! – sentei-me na sua cama ao lado de Charles – Vai negar?

—Ela é apenas uma amiga e uma colega de trabalho.

—Alguém aqui disse que ela não era isso?

  O comentário de Charles me fez rir e beijar sua bochecha quando Brian mostrou o dedo do meio para ele.

 Aqueles irmãos tinham alguma coisa. Só podia ser. Sorte que eu havia, tecnicamente, me livrado do meu Scorpions que transei no dia anterior.

 Bom, pelo menos, era isso que eu imaginava.


Notas Finais


Então, espero que tenham gostado. Dúvidas, me perguntem lá embaixo, ok? Sobre o capítulo, é tudo isso aí que vocês leram. Tudo que foi dito aí é importante para a historia, principalmente o que foi feito por Brian, tem um motivo dele estar sendo sujeito a tudo isso assim como tem o motivo deles terem colocado a Hannah na RIH . Agora, tentem adivinha porque hahaha
Sobre o Ethan ter sido um ranger, eu descobri sobre essa profissão lendo "envolvida por um bilionário" e simplesmente amei, pesquisei a fundo e tudo mais até sobre as missões que esse povo faz e que são incriveis. Eu acho que combinou com ele, eu mesma fiquei excitada de imagina-lo usando um fuzil kk fora que vai ser muito importante essas habilidades dele quando elas serem solicitadas (dando uma de malvada aqui hahaha)
Bom, acho que é isso. Até depois e fiquem com dois trechos de Spoiler do próximo capítulo que será narrado por Ethan ;)

"—Eu não sou sua boneca inflável, Ethan Parker, para você usar e quando cansar me colocar de lado."
...

"—... Eu realmente quero que você volte Hannah, se for para sair que seja por motivos que não envolvam esse negócio de não merecer e nem que envolva o que fizemos na boate ou ontem.
Ela tamborilou os dedos da mão boa pensativa, alguma coisa rondando sua mente e seus olhos atingiram um tom claro e misterioso de cinza.
—Certo então.
—Certo não envolve, ou certo você vai desistir dessa coisa de demissão?"

Então é só, aos fantasmas, venham para luz meus amigos invisíveis ;)


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