Os lençois de seda negros enrolavam-se no meu corpo desnudo. Mas não estava quente, na verdade, era algo inacreditavelmente agradável.
Abri os olhos e encarei a Torre Eiffel ao fundo, não muito longe, ela se abria triunfante na janela de vidro enorme que tinha a minha frente.
— Bom dia — ele me sorriu vindo do banheiro. A toalha amarrada na cintura e um sorriso inacreditavelmente lindo naquela boca rosada. — Como sempre você se saiu muito bem, senhorita Shade.
— Você sabe como agradar uma mulher — eu me ergui e me mantive nos joelhos e selei nossos lábios. — Obrigada por ontem, e por essa visão inacreditavelmente linda.
— Contiuarei assim se desempenhar esse seu papel como tem desenvolvido.
— Falhas ficaram no passado — eu o lembrei.
— Assim espero, querida.
Ele colocou um cheque em cima da cômoda, e começou a colocar o terno pra sair.
— Já paguei a sua faculdade, tem direito a dez mil dólares em compras na loja de sempre, e um pequeno agrado pelo seus serviços — ele sorriu. — E não esqueça do que eu te falei sobre estar atrás de uma boa gerência para a sua carreira.
— Muito obrigada — eu tentei agir normalmente, tentei evitar a bola de felicidade que vinha sobindo pela a minha garganta.
— Não tem de agradecer, linda — ele reclinou-se na cama, para alisar meus cabelos.
— Promete que não vai demorar pra me contactar novamente? — o encarei maliciosa. A verdade é que eu tinha aprendido a apreciar a sua companhia. — Sinto sua falta.
— Vou tentar — ele me beijou levemente. Com calma. Com vontade. Com carinho. Com gratidão. — O jatinho está te esperando. Já estou indo.
— Tá. Tenha um bom dia. E... Me liga.
— Claro — ele não me olhou de novo. Era automático. Quando a parte dele do trato era feita, ele assumia sua pose mais profissional possível.
Ele saiu pela porta do quarto e eu chequei o valor no cheque. 5.000 mil dólares. Fui até o banheiro e enchi a torneira da banheira. Depois relaxei lá dentro. Até lembrar-me de que eu não podia demorar-me muito mais do que já tinha demorado.
Fui até a bolsa que ele tinha me deixado, e peguei calças jeans rasgadas, um camisetão, e um salto alto. Armei o cabelo em um rabo de cavalo e passei uma maquiagem básica demais. Arrumei minhas coisas e subi para o heliponto. Como ele havia falado. Estava lá a me esperar.
O braço direito dele, um possível amigo meu de tanto que nos viamos, veio até mim com um sorriso amigável e me estendeu a mão.
— Pronta, senhorita? — ele assentiu.
— Sim.
— Para onde? — depois que ele ocupou o seu lugar na frente do helicóptero
— Para o heliponto mais perto da faculdade. Devo chegar lá na hora certa.
— Claro — ele assentiu de novo. Aliás, essa era a marca registrada daquele cara. — Deseja comer algo enquanto chegamos la?
— Eu adoraria — sorri.
— Vou providenciar — assentiu uma última vez antes de sair. — Pode se acomodar, sairemos em alguns minutos.
Assenti e subi, me sentei numa poltrona e coloquei o cinto. Liguei o celular e percebi que haviam duas mensagens perdidas de Jordan. Retornei no mesmo instante.
— Bom dia, Mal — sua voz soou como uma melodia no meio de toda aquela bagunça.
— Bom dia, meu amor.
— Porque estava com o celular desligado?
— Estava estudando, você sabe como eu fico quando estou perto das provas... Tenho medo de reprovar e perder a bolsa.
— Claro, eu entendo. Quer que eu passe ai pra te dá uma carona?
— Não — falei quase apressada demais. — Eu vou passar em um lugar antes. Não precisa se incomodar. Eu amo você.
— É, eu também te amo.
E desliguei.
Era mais fácil assim.
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