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História Secrets - (18) Noite tórrida


Escrita por: Wong_E

Notas do Autor


Cheguei, babys! Nem tô demorando muito né?
Esse capítulo terá três participações, duas super especiais e uma que acho que vocês não vão gostar nadinha. Ele também tem revelações do passado da Nessa, tem um monte de referência (pra felicidade da nação entendedora) e como devem ter visto aí no aviso do título vai ter hot, mas infelizmente não será de quem vocês estão esperando. Só preparem seus corações...
Vamos lá? Espero que gostem >.<
PS: fantasminhas, deixem suas opiniões! Gostaria muito de interagir com vocês e saber o que estão achando da história 😉😍

Capítulo 21 - (18) Noite tórrida


Fanfic / Fanfiction Secrets - (18) Noite tórrida

Faziam quase dois anos que eu não pisava e nem sequer passava em frente a nenhum bar, depois que entrei para os Vingadores tive que abandonar esses lugares fúteis que sempre gostei de frequentar graças a responsabilidade que começou a cair sobre os meus ombros por ser parte do time.

Se querem saber, não senti nenhuma falta de nada disso e muito menos parei de beber, somente passei a encher a cara nas festas dadas por Stark — e olha lá, foram raríssimas as vezes em que bebi ao ponto de cair nessas festas.

Bem, como tais festas não ocorrem com tanta frequência isso significa que eu parei de beber corriqueiramente, e como nesse momento estou me sentindo embaixo de uma nuvem negra decidí enfiar o pé na jaca e tomar um porre como se não houvesse amanhã.

Eu tenho andado na linha e feito tudo certo, apesar de alguns pormenores que não vêm ao caso agora, mas mesmo assim ninguém pode negar que me tornei uma pessoa muito mais séria depois de passar a ser vista como uma heroína — acreditem: quando eu era apenas uma agente da SHIELD a coisa era bem pior —, portanto acho que tenho o direito de meter os pés pelas mãos para distrair minha mente conflituosa ao menos por uma noite, não concordam? Eu tenho certeza que sim, então vou fazer o que vim fazer e que ninguém ouse tentar me impedir.

Quando eu entrei no bar fui acometida por certa nostalgia. O local estava exatamente do mesmo jeito que eu me lembrava: as paredes num tom de marrom claro combinando com as luzes coloridas das luminárias em forma de globo, que dão um ar de casa noturna ao ambiente; as mesas redondas espalhadas por todas as laterais de modo a deixar livre o espaço central, formando uma pista para quem quiser arriscar algum passo de dança; o balcão do bar no fundo, com as várias banquetas dispostas a frente e a enorme adega repleta de garrafas de bebidas atrás; a escada de acesso ao segundo pavimento ao lado esquerdo do balcão, local onde apenas os clientes com passe vip podem frequentar — é, tipo um camarote só que menos chique, geralmente é usado por algum magnata que quer privacidade e discrição pra ter "aquele" tipo de serviço, o extraconjugal para ser mais precisa.

Suspirei profundamente e voltei a caminhar após os longos segundos em que fiquei parada observando o local — tempo esse que recebi diversos olhares curiosos por estar vestida com todo o meu uniforme de Vingadora. Pelo menos assim nenhum engraçadinho vai mexer comigo.

Cruzei o longo espaço entre a porta e o balcão com certa demora, pois precisei desviar de inúmeras criaturas bêbadas que tentavam dançar embaladas pela música animada que estava tocando ou que simplesmente transitavam sem rumo segurando seus copos cheios de bebida.

Quando finalmente cheguei ao meu destino, sentei na última banqueta do canto direito — com o intuito de ficar bem longe da entrada do tal camarote — e apoiei minhas mãos no balcão, esperando o momento em que algum dos três bar man's que se encontrava fazendo malabarismo com garrafas e servindo outros clientes viesse me atender.

— O que vai querer, senhorita?

Me virei abruptamente para o outro lado e não pude evitar que uma careta surgisse no meu rosto, tanto pelo sobressalto quanto pela estranheza que a pessoa me causou. Primeiro porquê eu nem tinha visto a porta de onde ele saiu, segundo porquê ele, no caso, era um velhinho matusquela de cabelos brancos usando óculos quadrados por sobre o nariz e aparentando ter uns 90 anos. Tenho a impressão de tê-lo visto antes, mas não sei onde.

— É... — foi o que saiu pela minha boca antes de eu me recompor — Uma margarita, por enquanto.

O senhorzinho me olhou por vários instantes de uma maneira analisatória, como se estivesse tentando me reconhecer e não conseguisse, até que deu de ombros e respondeu:

— Ok.

Quase soltei uma gargalhada pela cara de confuso do pobre velhinho, porém me contive e comecei a batucar meus dedos no balcão enquanto o assistia preparar meu drink. Tenho que dar o braço a torcer que apesar da idade avançada demais para um barman ele até que leva jeito, mais do que os outros novinhos se duvidar.

— Ham... eu tenho a impressão de que conheço o senhor. — deixei minha curiosidade falar mais alto — Qual o seu nome?

— Lee. Stan Lee. — me fitou de modo gentil — Eu tenho a mesma impressão de que te conheço, você por acaso é modelo da playboy?

Ok, por essa eu não esperava.

— Não, eu não sou. — respondi apenas.

Stan apenas deu de ombros e demorou menos de um minuto após essa breve conversa para finalizar a bebida, colocando o líquido amarelo na taça logo que decorou sua borda com cristais de sal e uma fatia de limão e a entregando para mim com um sorriso sapeca em seus lábios enrugados.

— Obrigada. — falei sorrindo de volta, ele manejou a cabeça e foi atender outro cliente.

Tomei o primeiro gole do drink e senti um ardor forte na língua devido ao sal se misturando com o álcool da tequila, sensação que foi agradável apesar do desconforto. Depois do primeiro copo meu paladar com certeza voltaria ao normal, por isso resolvi virar a taça de uma única vez afim de me preparar mais depressa para o que estava por vir.

— Hey. — chamei outro barman visto que Stan havia sumido de trás do balcão, sabe lá para onde — Mais uma.

O loiro de cabelos espetados e pinta de ator de Hollywood me fitou com uma expressão de estranhamento e em seguida arregalou ainda mais seus grandes olhos castanhos, reparando por tempo demais nas minhas vestimentas incomuns para o local onde estou.

— Você faz parte dos Vingadores, não é?

Brr. Sabia que algum deles ia me reconhecer e perguntar isso com esse ar de perplexidade. Ainda bem que não foi aquele senhor simpático, odiaria ser grosseira com ele.

— Sim, por que? Uma Vingadora não pode sair pra beber, por acaso? — devolvi com uma cara de poucos amigos, ele sorriu nervosamente e balançou a cabeça em negação.

— É claro que pode, me desculpe. Vou preparar o seu drink.

Não me importei em respondê-lo com mais do que um sorriso falso, tudo o que eu queria era beber sem ninguém para ficar me enchendo de perguntas ou me olhando torto por eu ser quem sou. Esse é o lado ruim de estar carregando um fardo grande e nobre como eu e os outros da equipe carregamos: as pessoas acham que nós somos perfeitos e que não devemos fazer coisas como frequentar um bar ou burlar alguma lei, e quando nos vêem em situações "inapropriadas" o julgamento é inevitável.

— O que um lugar como esse faz com uma garota como você?

Tive um enorme sobressalto e demorei cerca de cinco segundos para conseguir virar na direção da pessoa que fez essa pergunta. Eu reconhecia sua voz muito bem e nem precisaria vê-lo para saber quem era, mas tive que fazer isso para ter certeza de que não era um fantasma ou a bebida começando a mexer com minha lucidez.

— Wade? — arregalei os olhos e minha voz saiu mais alta que o esperado, infelizmente não era um fantasma e muito menos a minha audição pregando uma peça.

Se você está se perguntando como e quando conheci esse traste, vou resumir: depois de assassinar Kraus eu não tinha mais ninguém para "mandar" em mim. Foi quando me mudei para Nova Iorque, passei a cuidar pessoalmente da minha agenda — selecionando quais tipos de serviço faria — e agir por conta própria sem ninguém para roubar meu pagamento ou me explorar. Em algum momento dessa nova vida que não lembro qual foi eu me vi cara a cara com Wilson, e por um infortúnio do destino nós passamos a manter certo contato e nos tornamos parceiros em alguns poucos trabalhos a partir daí. Ele não me via como uma rival e me tratava bem apesar dos pesares, e eu não o matava por falar demais e pedia sua ajuda quando a situação necessitava — visto que mal havia completado meus 16 anos na época e estava numa cidade desconhecida. Não posso dizer que confiava nele porque estaria mentindo, apenas sabia que ele não ia me apunhalar pelas costas e por isso o deixei se aproximar.

— É, eu acho que sou eu. — retrucou se sentando na banqueta ao lado — Agora para de me olhar com essa cara de bunda porque você é gata e foda demais pra ser vista assim.

Fui obrigada a desmanchar a tal cara e voltar ao meu semblante de indiferença depois dessa. Se na época em que eu era adolescente não aguentava a maldita língua dessa desgraça em forma de gente agora é que a coisa pode ficar realmente feia pro lado dele.

Deus do céu, tudo que eu queria era beber em paz e aproveitar minha solidão, tinha que desenterrar esse tormento do meu passado pra me atazanar justo hoje?

— Eu achei que você estivesse morto, mas pelo visto nem o diabo te quer não é mesmo? — proferi acidamente vendo que meu drink estava pronto sobre o balcão. Quando ele foi colocado ali? Eu não me distraí tanto para não ter visto isso, ou me distraí?

— E eu achei que você tinha virado uma baba ovo dos bonzinhos e não frequentava mais esse tipo de lugar, mas pelo visto a vida de conto de fadas não é tão linda quanto parece pra você estar aqui sozinha tomando tomando essa porcaria. Cadê os seus amiguinhos da SHIELD e dos Vingadores pra te fazerem companhia nessa farra de sábado a noite? — soltou sem meias palavras, me deixando com muita vontade de lhe dar um soco na cara por falar tanto em menos de 3 segundos.

— Eu tive um péssimo dia e tudo que eu não esperava e não precisava nesse momento era encontrar com você e te aguentar tagarelando nos meus ouvidos — tomei um pequeno gole de margarita para recuperar o fôlego —, portanto é melhor que você não me irrite e deixe eu terminar meu drink em paz. De preferência bem longe de mim.

Eu pensei que esse chega-pra-lá tinha adiantado, pois a matraca ambulante parou de me encarar e ficou por mais de cinco segundos em silêncio, mas infelizmente era apenas um engano. Um doce engano.

— Bem que dizem que vocês Vingadores são uns nojentos, achei que era mentira considerando que vocês são os queridinhos da América. — ele comentou em tom de repúdia. Será que eu exagerei na grosseria? — Esse seu mau humor eu sei que vem desde que você era aquela pirralha de boca suja, mas você não tinha esse nariz empinado que tem agora. É por isso que eu não gosto quando me chamam de herói, são todos uns pé-no-saco no fim das contas.

É, eu acho que fui muito grosseira e essa doeu mais do que um soco na cara. Eu não tenho nariz empinado, só de vez em quando e quando a pessoa merece esse meu lado.

— Eu não queria ser grosseira, só estou num dia ruim e não tenho culpa se você resolveu aparecer pra me atazanar justo hoje. — expliquei, ele arqueou uma sobrancelha e chamou o barman louro.

— Uma Devil Springs. — pediu e se voltou para mim — Dia ruim, é? Que aconteceu, o Capitão Castidade te deu um sermão por você dizer palavras feias ou você perdeu alguma referência?

Revirei os olhos — para não demonstrar que achei um pouco de graça no que ele disse — e tomei o último gole da minha bebida, a qual já estava suave ao meu paladar.

— Queria ver você debochar do Steve na cara dele. — coloquei a taça sobre o balcão — E não, é claro que não foi nada disso. Tenho problemas muito maiores do que a sua mente limitada pode imaginar.

Enquanto eu dizia essas palavras o barman trouxe a bebida do mercenário e se retirou em seguida, deixando a garrafa de vodka junto com dois copos. Estaria ele achando que eu vou beber junto com essa criatura, ou pior, que nós estamos juntos? Oh, céus, tudo menos isso!

— E pra fugir dos seus problemas você pede essa merda aí? — apontou para a taça vazia a minha frente com uma careta desgostosa — Bebe alguma coisa de verdade pelo menos, desse jeito nem parece que você era aquela filha da p...

— Eu não quero e nem posso fugir dos meus problemas. — o cortei antes do palavrão final, acho que peguei a mania do Cap de não gostar de palavras feias — Só estou aqui pra distrair minha mente pelo menos essa noite, sem ninguém para me atrapalhar.

Wilson arqueou uma sobrancelha e virou seu copo de vodka num único gole, sem desgrudar os olhos de mim, me deixando levemente constrangida pelo modo diferente como me fitava. Isso não vai acabar bem...

— Eu não sou uma companhia tão ruim assim, geralmente sou um bom ouvinte. — ele disse colocando bebida nos dois copos — Se você quiser me contar os seus problemas eu prometo que tento ficar quieto. Vai ser legal saber o que aconteceu com você nesses últimos anos, além do que eu tenho visto nos tablóides.

Hesitei por alguns segundos, tanto em aceitar o drink que ele me ofereceu quanto em contar sobre meus problemas — visto que não eram da conta dele —, mas por alguma razão infeliz que não faço ideia de qual foi resolvi fazer as duas coisas. Acho que não teria problema se eu fosse direta e evasiva, né?

— Obrigada. — agradeci tomando um gole da vodka, que fez minha língua arder ainda mais e desceu rasgando minha garganta — Bom, como eu sei que você nao vai me deixar em paz e nem quero ir embora agora vou contar, mas se você me interromper uma vez sequer eu quebro essa garrafa na sua cabeça.

— Porra, teria coragem de estragar essa linda garrafa? — ironizou armando uma careta, ri e revirei os olhos. Acho que a bebida está começando a fazer efeito pra eu ter visto graça nisso. — Mas vai lá, conta. Me responsabilizo pela minha própria morte.

E eu contei tudo a ele. Comecei falando sobre o meu "acidente", falei sobre a perda de memória, a morte de Fury, minha prisão, o relacionamento de cão e gato com Barnes e tudo mais que aconteceu de ruim comigo nas últimas semanas. Ele gargalhou em quase todos os momentos e eu não pude deixar de fazer o mesmo, depois das quase três garrafas de Devil Springs que tomamos em meio a essa conversa até o assunto de maior seriedade seria motivo para deboche. Eu sei que não estava fazendo certo de estar aqui bebendo com outro homem, ainda mais sendo quem é, mas no fim essa conversa serviu pra me deixar um pouco mais leve. Eu acho que estava precisando conversar com alguém diferente do meu círculo de amigos, no fim das contas.

— Caralho! — ele balbuciou quando terminei de falar, sua voz estava tão enrolada quanto a minha — Você tá mesmo muito fodida. Deve ser uma merda ficar com a cabeça virada desse jeito. Você nunca foi muito certa das ideias, mas perder a memória é demais. Ainda bem que não se esqueceu de mim, porque eu odiaria ter que te lembrar de todas as coisas fodas que nós passamos.

Gargalhei alto e larguei o copo vazio no balcão a minha frente, sentindo minha cabeça girar mais que um pião pelo simples ato de movê-la para o lado. Olhei por alguns segundos para Wade e meu sorriso foi sumindo ao ver que ele me olhava tão fixamente com suas orbes escuras.

Acho que essa é a hora que eu devo parar e ir embora, depois de tantas horas e tanto álcool tenho uma grande intuição de que vou acabar me deixando levar por algum impulso se não me afastar dele agora mesmo. Como já falei, quando eu bebo, sempre acabo liberando a vadia que há dentro de mim e que só costumo mostrar pro Bucky desde que começamos a "namorar".

— Bom, eu... preciso ir embora. — anunciei me levantando da banqueta, porém minhas pernas me traíram e eu tombei sobre ele. — Me desculpa, eu... tô me sentindo... zonza.

O mercenário passou um dos braços ao redor da minha cintura e me puxou de maneira que ficasse entre suas pernas, colando os lábios na minha orelha ao dizer:

— E eu tô achando... que você tá bêbada demais pra dirigir. A gente devia ir pro banheiro e foder até a ressaca passar.

Ai, não.

Eu não devia, eu lutei para não aceitar esse convite indecente e sair dos braços dele, mas depois de ver aqueles olhos infernalmente sedutores fixos aos meus não consegui. O desejo falou mais alto, minha mente estava totalmente fora de órbita e logo ao fim de suas palavras eu mesma juntei nossos lábios num beijo violento, que pelo gosto de proibido me incitou ainda mais.

E nós fomos para o banheiro, só não me perguntem como conseguimos andar tão rápido se estávamos completamente bêbados e cambaleantes. Wilson só pausou o beijo para trancar a porta e tirar a camisa e jaqueta que usava, enquanto eu dava um jeito de me livrar do meu cinto de utilidade e das minhas botas.

Joguei tudo de qualquer jeito no chão — que por um milagre estava impecavelmente limpo e seco — ao mesmo tempo em que ele veio até mim e passou a distribuir chupões misturados com lambidas pelo meu pescoço, deslizando uma mão pelo meu peito em busca do zíper do colã e puxando meu cabelo com a outra.

Logo que encontrou a ponta do zíper, puxou para baixo de uma vez só e eu fiz o resto, ou seja, tirar as mangas e o sutiã vermelho escarlate que não me serviria para nada.

No mesmo segundo em que meu peito ficou a mostra Wade me colocou sentada sobre o balcão da pia e alternou mordidas nada delicadas pelos meus seios, me fazendo soltar um gemido alto de prazer e dor ao mesmo tempo. Mais um pouco de força e minha pele sangraria, mas o prazer que seus dentes estavam me causando era maior do que a dor.

Não demorou muito para eu sentir uma onda de excitação percorrer todo o meu corpo, que me levou a direcionar as mãos para a fivela de seu cinto afim de me livrar de suas calças, querendo parar com as preliminares antes que voltasse a minha consciência. Uma coisa que foi impossível, pois eu estava sem coordenação nenhuma para conseguir abrir a fivela.

— Calma... deixa eu me divertir um pouco mais aqui. — o mercenário murmurou com a boca atolada no meu seio esquerdo, grunhi de frustração e joguei a cabeça para trás.

Tive que esperar ele se divertir o suficiente me mordendo para, enfim, vê-lo se afastar a remover as calças e a cueca de uma única vez. Desci ao chão, tomando cuidado para não ser traída por minhas pernas bambas, e antes que pudesse baixar eu mesma o meu macacão ele me impediu; segurou nas laterais do tecido e o puxou para baixo levando junto a minha calcinha, tendo um pouco mais de dificuldade para removê-lo totalmente por ser tão colado nas minhas pernas.

— Porra, você... tá muito mais gostosa do que antes! — exclamou voltando a me beijar, suas mãos espalmando minhas coxas de modo a marcá-las.

Passei os braços atrás do pescoço dele ao mesmo tempo que ele me levantou de modo que eu envolvesse minhas pernas e ao redor de seu quadril ao me encostar contra uma parede. Senti seu membro já ereto me invadindo no instante seguinte, o que me fez soltar um ganido abafado e arranhar as costas musculosas dele.

Wade descolou nossos lábios e passou a soltar alguns grunhidos roucos quando começou a me bombear, numa rapidez tão enlouquecedora que parecia capaz de desintegrar o meu corpo. Ele segurou com uma mão na minha coxa e com a outra nas minhas costas para poder me segurar com mais firmeza, me causando espasmos cada vez mais constantes que fizeram eu agarrar seu cabelo com força e morder seu pescoço enquanto o chupava.

— Você... continua bruta como... quando era adolescente. — comentou de repente.

Não respondi, porque na verdade não lembrava muito bem sobre essa época, somente tratei de acompanhar suas investidas da maneira que pude — girando levemente meu quadril e sussurrando várias palavras aleatórias em seu ouvido.

Eu não achei que fosse desenterrar essa história, mas agora me obrigo a lhes contar que Wade Wilson foi o primeiro homem com quem eu transei por vontade própria, mesmo não sendo quem tirou minha virgindade. Não lembro quantos anos ele tinha na época, mas sei que não era muito mais velho que eu e por isso foi impossível para mim não cair na tentação. Para uma adolescente que já havia feito tantas coisas ruins na vida transar com um cara mais velho não era nada, pelo menos era o que eu pensava. Mas não lembro muito mais sobre essa nossa "relação", só que ela aconteceu da maneira mais louca possível.

De volta ao tórrido momento, nós continuamos por mais alguns minutos transando contra a parede, até que eu senti a primeira onda de orgasmos atingindo meu corpo, pouco antes de eu gozar e pedir para ele mudar de posição. Quando isso aconteceu, Wade me afastou da parede e me colocou deitada no chão — com uma delicadeza de cavalo que fez minhas pobres costas baterem contra o piso frio. Ele ficou sobre mim e eu abri um pouco mais as pernas para permiti-lo ir mais fundo, o que ele fez de modo a castigar até o meu útero.

O que eu me lembro depois disso foi de ele ter levado poucos minutos para atingir seu climax e gritado um dos vários palavrões de seu vocabulário quando gozou. Depois de se retirar de dentro de mim, eu fechei os olhos e simplesmente apaguei, sem me importar com nada do que havia acabado de fazer.

****

Senti um frio enorme que parecia estar congelando meu corpo, como se eu estivesse dormindo dentro de um freezer. Acordei bruscamente por conta desse frio e ao ver a situação em que estava me dei conta do tamanho da merda que havia feito.

— Não, não, não! — eu pronunciei com a voz chorosa e me levantei rapidamente — Merda! Eu não acredito que fiz isso!

Com o meu escandalo Wade também acordou, mas diferente de mim ele não parecia nem um pouco preocupado ou arrependido do que aconteceu. Não que eu estivesse estranhando tal reação visto que ele é ele, só não me preparei para isso e agora estou com vontade de matá-lo.

— Ah, também não é pra tanto. — falou se pondo em pé também — Foi só sexo, e só aconteceu porque você tá de porre. Tenho certeza que o esquisitão do braço metálico vai entender, você não ia trair um cara gostoso daquele com um cara ferrado como eu se estivesse sóbria.

Não sei o que foi pior: ele achar que o que aconteceu foi normal, ter chamado o ex-Hidra de gostoso com tanta seriedade ou ter jogado na minha cara que eu o traí. Ok, não teve pior, tudo isso foi péssimo. E eu que achei que o humor negro do Tony era o pior que existisse.

— Isso não é desculpa! — gritei — Eu nunca devia ter vindo pra cá, agora tô mais ferrada do que antes.

Ótima hora pra me arrepender. De que adianta pensar nisso agora, sua cretina? O que está feito está feito.

— Se quiser eu digo que a culpa foi toda minha...

Terminei de vestir meu macacão e lhe lancei um olhar feroz, se tem algo que eu odeio é quando alguém — ainda mais sendo esse alguém sendo cínico como Wilson — tenta tomar a culpa toda de uma situação em que estou envolvida apenas para livrar minha cara. Eu posso ser a pior criatura em todos os sentidos, mas se tem uma coisa que eu não sou essa coisa é covarde.

— Nem vem querer bancar o cavalheiro porque isso não combina nada com você. E eu não preciso da sua ajuda, não vou negar o que fiz porque a culpa também foi minha.

— Tudo bem... — acatou catando suas roupas do chão — Mas uma coisa eu digo: essa transa foi épica pra caralho. Vai negar que não te deu uma nostalgia pelos velhos tempos?

Revirei os olhos e calcei minhas botas sem me dar ao trabalho de respondê-lo. É claro que essa pulada de cerca não me trouxe nenhuma nostalgia — o que ela me trouxe foi um grande e insuportável peso na consciência, isso sim.

Coloquei meu cinto, joguei um pouco de água no rosto e apoiei minhas mãos na pia, onde permaneci por alguns minutos com a cabeça abaixada e os olhos fechados condenando a mim mesma por ter feito essa burrada com o Bucky — com a sorte de Wade ficar em silêncio durante todo esse tempo.

Chega! Eu não posso ficar aqui me arrependendo por isso, tenho que voltar pra realidade e assumir a merda que fiz! — afirmei em pensamento e me dirigi para a porta do banheiro, mas antes de sair olhei uma última vez para o mercenarios e disse:

— Foi bom rever você, tirando esse deslize, e quanto ao que me disse durante a nossa conversa: tenho certeza de que uma hora você consegue se tornar muito mais do que um simples mercenário. Vê se não morre até lá.

— Vou tentar, e espero te ver de novo antes desse dia. — eu espero nunca mais te ver de novo! — Ah, se puder dá um beijão na Viúva Negra por mim? Já bati muitas punhetas pensando nela e naquele cabelo ruivo.

Bufei em sinal de indignação e irrompi para fora do banheiro, batendo a porta com força atrás de mim. Eu disse que ia enfiar o pé na jaca, não disse? Pois é, só que com isso eu não queria dizer que iria trair o único cara por quem eu me apaixonei na vida com o fantasma que deveria estar somente no meu passado.

E eu achando que iria me sentir melhor depois dessa noite...


Bucky

— Bom dia, Soldado...

Eu ainda estava meio sonolento apesar de não estar mais dormindo, porém ao escutar essa frase houve um clique em minha mente e de imediato eu abri os olhos. Sentei no colchão bruscamente e encarei a mulher deitada ao meu lado, que por estar agarrada a mim armou uma careta pela atitude inesperada.

— O que foi? — ela perguntou, desviei o olhar e não soube como agir.

Se você está se perguntando quem é a mulher e como vim parar na cama com ela, aí vai: depois de brigar com a Wanessa e de ter a deixado sair sem ao menos respondê-la eu me senti arrependido de ter sido tão ignorante, e quando estava subindo ao meu quarto encontrei com Steve e Natasha indo para um bar. Estes me convidaram para ir junto, e por estar com aquela briga e várias outras coisas atormentando a minha mente resolvi aceitar. Um pouco de álcool sempre faz bem, é o que Lewis me disse várias vezes, e infelizmente somente dessa vez eu resolvi seguir seu conselho.

Chegando ao tal bar me senti desconfortável por estar na mesma mesa que Rogers e Romanoff, que por estarem namorando mereciam privacidade, por isso preferi ir para o balcão e ficar lá até o momento em que eles decidissem voltar.

Depois que eu já tinha bebido algumas doses de uísque e não me encontrava mais no meu melhor estado de sobriedade eis que uma mulher se sentou ao meu lado, e para minha surpresa não era uma desconhecida. Jade, a mesma que conheci em Washington e que Wanessa tanto detesta surgiu no momento errado e foi com quem eu passei a noite. Não preciso dizer mais nada, preciso?

— Bucky? O que foi? — perguntou de novo, dessa vez acariciando minhas costas.

Neguei com a cabeça e me coloquei em pé para evitar seu gesto, pegando minha calça ao lado da cama enquanto dizia:

— Olha, o que aconteceu foi... — gaguejei, não queria ser grosseiro já que a culpa do que aconteceu foi em maior parte minha. — Bom, mas...

— Tudo bem. — ela sorriu sem ânimo — Eu sei que você está arrependido e que só ficou comigo porque estava bêbado. Não tem problema, sério. Não é a primeira vez que algo assim me acontece.

Terminei de me vestir e não soube como respondê-la nem ao menos pude encará-la. A única coisa em que eu conseguia pensar era em como havia sido um cafageste por trair a mulher que me fez sentir vivo pela primeira vez desde que tive minha vida roubada pela HIDRA somente por uma briga estúpida, que só aconteceu por eu ser explosivo e me deixar levar pela irritação que estava sentindo. Merda! A Lewis nunca vai me perdoar.

— Me desculpa. — foi o que falei ao terminar de me vestir — Eu não podia ter feito isso, foi errado com você e principalmente com a Wanessa.

Ela riu pelo nariz e manejou a cabeça em concordância, puxando o lençol para cobrir sua nudez logo que começou a falar:

— Ela é uma mulher de sorte, tenho certeza que vocês vão ficar bem no fim das contas. Se quiser eu digo que a culpa foi toda minha, ela já me odeia mesmo e de certa forma a culpa foi minha também.

Hesitei no momento em que ia pegar na maçaneta e a olhei novamente.

— Eu jamais pediria isso, o que aconteceu foi um erro meu e sou eu quem tem que arcar com as consequências.

— Ela tem mesmo muita sorte, espero que consigam se entender. — foi sua única resposta.

Murmurei um "tchau" sem sequer encará-la e deixei o quarto em seguida, me encostando na parede em frente a porta e a socando com minha mão robótica. A força que usei não foi tanta, mas foi suficiente para abrir um buraco no concreto e fazer a estrutura toda tremer, atraindo os olhares amedrontados de um casal de idosos que passava pelo corredor.

De todas as coisas ruins que eu já fiz nenhuma me deixou com tanto ódio de mim mesmo do que o fato de ter transado com outra. Nenhuma das culpas que carrego se compara a de que vou magoar a pessoa com quem mais me importo nesse mundo, mesmo que eu quase nunca demonstre isso.

Eu não a mereço. — era o que se repetia nos meus pensamentos enquanto eu imaginava todas as suas possíveis reações diante do que iria lhe contar.


Notas Finais


E então?
Aiai, acho que a Torre vai ruir na hora que esses dois se encontrarem e disserem o que aconteceu (principalmente quando a Wanessa souber sobre a Jade) hahaha
E o Wade? O que dizer desse mercenário que mal aparece e já dá uma escapadinha com a protagonista? Alguém esperava que os dois tivessem um passado juntos?
Well, por hoje é só. Espero que tenham gostado, e caso alguém queira me matar peço que não faça isso antes de eu terminar a fic kkkk
Beijos e até o próximo ♥

Ps: quero divulgar outra fic da minha amiga escritora maravilhosa que está me ajudando pacas ultimamente e também divulgando a minha história. Essa eu recomendo pra quem é #TeamRomanogers e gosta de uma história DE VERDADE, totalmente original e sem os clichés da maioria que tem por aqui (sem indiretas, que fique bem claro)→ https://spiritfanfics.com/historia/i-hate-you-i-love-you--romanogers-7996272
GARANTO que não vão se arrepender de dar uma olhadinha ;) ♥


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