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História Secrets - (18) Decisões - final (parte I)


Escrita por: Wong_E

Notas do Autor


Olá, amores!
Antes de mais nada, quero agradecer aos novos favoritos e aos comentários dos últimos capítulos. Isso me ajudou muito a superar o bloqueio que já tava me deixando louca, e agora finalmente consegui voltar a escrever como antes. Muito obrigada ♥
Bom, eu disse que esse era o último e pretendia que fosse em uma parte só, mas não deu hahah resolvi colocar uma coisa que não estava no roteiro (HOT 😏😏) e acabou que ele ficou maior do que o previsto, então a coisa mais decisiva fica pra próxima parte u.u
Ah, por falar em hot, vocês podem estranhar um pouco a minha escrita pois eu fiz a cena em terceira pessoa e não em primeira como estavam acostumadas, então se tiverem alguma crítica fiquem à vontade para expor, ok?
Well, vamos a leitura? Espero que gostem ♥
Ps: fantasminhas, tá acabando. Gostaria muito que aparecessem pra dizer o que acharam da história ;) ficaria muito feliz em poder interagir com vocês.

Capítulo 27 - (18) Decisões - final (parte I)


Fanfic / Fanfiction Secrets - (18) Decisões - final (parte I)

1 mês e meio depois

Desde a época em que entrei pra SHIELD, há quase 10 anos atrás, Fury semre me disse que eu deveria fazer terapia para me ajudar com as lembranças ruins do meu passado, porém eu nunca aceitei o fato de que ele estava certo. Eu sempre consegui guardar tão bem as minhas tristezas, medos e traumas que eles até mesmo ficaram escondidos de mim, como se não me incomodassem, como se não me destruíssem por dentro cada vez que eu me via relembrando de algum deles. Acho que por isso nunca aceitei que precisava de ajuda, por mais que em alguns momentos eu me visse miseravelmente angustiada e sem saber como acabar com esse sentimento. Todavia, como dizem por aí chega uma hora em que não dá pra aguentar mais, e a minha chegou e eu me vi obrigada a ceder.

Depois dos últimos acontecimentos — principalmente da perda de Mitchel — eu novamente fui aconselhada a procurar ajuda, dessa vez por Cho, Bruce, Bucky e Hill. Como eu não tinha ânimo para contrariá-los ou tentar convencê-los do contrário resolvi concordar e marcar a primeira consulta com um dos psicanalistas que trabalhava na SHIELD antes de sua queda: Doutor Robert Wilson, o psiquiatra mais novo que já conheci — bem, o único que já conheci, na verdade.

Quando aceitei a indicação de Hill para me tratar com ele eu não me preocupei em pedir suas referências ou detalhes sobre sua pessoa, afinal foi a criatura mais seletiva e exigente de todas quem me deu o contato desse que ela mesma categorizou como "excelente profissional e gênio da psiquiatria". Pois bem, quando eu cheguei ao seu consultório para a primeira sessão jamais, em hipótese alguma, imaginei encontrar um cara de 24 anos, loiro de olhos azuis tão claros que chegam a ser quase brancos e com uma personalidade meio duvidosa apesar da calma invejável — uma coisa que deixarei para explicar em outro momento. Eu imaginei que, pelo tanto de predicados que Maria usou para descrevê-lo como profissional, ele fosse um senhor de uns 60 anos com cabelos brancos, com um humor não muito bom e uma vasta experiência em ouvir e aconselhar pessoas traumatizadas, mas para minha surpresa e também sorte eu me enganei em todos esses aspectos.

Não posso dizer que já estou adaptada as sessões semanais que tenho feito nesse último mês pois estaria mentindo, entretanto sou obrigada a assumir que elas tem me feito muito bem; eu tenho me sentido mais calma e mais leve, mesmo ainda sentindo um vazio imenso pela morte de Thomas e por algumas outras coisas que não vêm ao caso agora, e além disso eu também comecei a gostar de conversar com o dr. Wilson e até estou me dando bem com ele, mesmo que algumas vezes ele aja de maneira mais estranha do que eu, mas enfim. Na minha cabeça maluca eu imaginava que psicólogos eram pessoas chatas e sem bom humor que ficavam perguntando tudo sobre a sua vida logo que você sentava no divã e palpitando sobre tudo o que você contava, fossem esses palpites úteis ou não.

Para minha sorte meu querido psicólogo não faz nada disso. Todas as vezes que chego para as consultas ele apenas pede para eu ficar onde e como quiser — seja sentada em algum lugar, em pé, deitada no divã ou plantando bananeira, suas próprias palavras —, senta-se na sua poltrona amarela escura com um tablet em mãos e simplesmente fica em silêncio, me encarando e esperando eu começar a contar o que acho que devo contar. Acreditem: no primeiro dia foi assim, e eu fiquei mais perdida do que índio em cidade grande até ele resolver explicar seu método de trabalho, quase meia hora depois de eu ter chego.

Hoje é mais um dia em que estou aqui falando sobre os acontecimentos dessa semana, deitada no confortável divã de veludo vermelho escarlate fitando o teto, batucando os dedos na barriga e mexendo os pés de um lado pro outro enquanto ele assimila tudo que acabei de contar. Uma das coisas nele que me incomoda é o fato de não desgrudar os olhos de mim por quase nem um segundo enquanto pensa, mas acho que consigo conviver com isso e tentar não demonstrar o quão desconcertada fico.

— Você está evoluindo — ele diz enfim, o encaro de testa franzida —, está mais calma e paciente mesmo que ainda tenha coisas te preocupando. Só precisa usar essa calma para pensar melhor em algumas coisas que não estão resolvidas como você pensa.

Ajeito a postura até estar sentada no divã e encolho as pernas, abraçando meus joelhos.

— Que coisas? Eu acho que não tenho nenhum assunto pra resolver, fora os judiciais e de trabalho.

— E os sentimentais? — perguntou ajeitando os óculos, desviei o olhar. Eu raramente falo disso, as únicas vezes em que falei foi quando contei a ele uma parte do meu passado, e pra falar a verdade achei que ele nem fosse tocar nesse assunto hoje. Mas é claro que ele ia fazer isso, sua anta, qual é a surpresa? — Você não acha que deveria aceitar o pedido dele antes do julgamento? Pelo que me disse ele não vai ficar aqui independente do resultado da votação...

— Eu sei disso. E é por isso que eu acho que não devo aceitar. Como é que vai dar certo se ele vai pra longe? — retruquei como se fosse óbvio — É melhor continuarmos apenas como amigos, quando ele voltar... se ele voltar, dependendo do que acontecer amanhã... a gente decide se reata pra valer ou não.

Wilson assentiu algumas vezes e soltou um suspiro baixo, desligando seu tablet e o colocando sobre o braço da poltrona antes de se voltar para mim e dizer:

— Bom, isso é o que você acha certo e eu não vou contrariar. Mas como sei que você aceita minhas opiniões o que eu te digo é pra pensar melhor. Você sabe que não vai ficar tranquila se vê-lo partir e não tiver certeza se vão continuar próximos ou não, então acho que deveria considerar melhor o que ele pediu e porque pediu. Lembre-se que um de vocês, ou os dois, podem conhecer alguém se estiverem desimpedidos, e aí até a amizade estará comprometida.

Deus, como se eu não estivesse pensando nisso desde o dia em que James e eu tivemos aquela bendita conversa e ele resolveu fazer aquele bendito pedido. Calma, não é um pedido de casamento se é o que estão pensando, é somente de namoro mesmo, segundo ele para nós não ficarmos mais nesse impasse em que estamos. Por isso eu não aceitei, pois como vou me comprometer com ele se não sei o que vai acontecer no período em que estivermos longe um do outro? Mas como Robert disse, e se eu não aceitar e acabar me arrependendo quando for tarde demais?

— Merda, eu não sei! — exbravejei respondendo as minhas próprias perguntas, o loiro se sobressaltou de susto e fez uma careta— Desculpa, não foi com você.

Ainda bem que ele já entendeu que eu não sou totalmente equilibrada.

— Bom — deu um riso fraco e descruzou as pernas —, o nosso tempo acabou por hoje, mas se quiser eu tiro mais alguns minutos da minha hora de almoço pra continuarmos. Ela já tá quase acabando mesmo, e eu não me importo em só imaginar que estou comendo algo diferente...

Uni as sobrancelhas, entendendo perfeitamente o duplo sentido da frase, e me inclinei para levantar do divã. Sabem quando eu disse que ele tem uma personalidade duvidosa? Então, está aí uma pequena demonstração disso.

— Não, eu tô bem. É só essa dúvida que tá me perturbando, mas acho que até a hora do julgamento eu consigo pensar em uma resposta definitiva.

— Boa sorte lá, pra vocês três. Vou acompanhar tudo pela Internet. — disse, sorri minimamente e caminhei até a porta ao lado dele.

Com "vocês três" ele quis dizer Natasha, James e eu, pois com o vazamento dos segredos da SHIELD a Viúva e eu — ou a antiga eu, a Walkyria Lintner no caso — também nos complicamos com a justiça americana e fomos convocadas para um julgamento semelhante ao de Barnes, também no Capitolio, porém sem a possibilidade de sermos expulsas do país e proibidas de pisar em qualquer outro que tenha relação direta com os Estados Unidos. O único risco que corremos é receber uma condenação pelos nossos crimes e mofar em alguma prisão de segurança máxima, mas nada que nos preocupe muito.

— Obrigada. Tchau. — falei por fim, recebendo uma piscada do loiro.

— Até mais.

Deixei a sala dele, passando por sua recepcionista Jessica que se despediu de mim com um "até semana que vem, srta. Lewis", e em poucos minutos estava na minha moto pilotando em direção a um lugar diferente da Torre. Como não tinha nenhum compromisso com os Vingadores e não precisava voltar imediatamente para lá resolvi fazer algo que ainda não tive coragem e que prometi a mim mesma que seria hoje: visitar o túmulo do meu falecido melhor amigo.

Desde o dia do enterro dele eu não tive coragem de voltar ao cemitério, pois nos primeiros dias simplesmente não consegui aceitar que ele havia morrido e me recusava a falar sobre esse assunto, mas depois de iniciar a terapia consegui lidar melhor com sua perda e convencer a mim mesma de que deveria fazer essa visita. A única perda que eu tive na vida foi a dos meus pais, mas infelizmente eu não tinha uma boa relação com eles — na verdade nem relação tinha, eles só me puseram no mundo e me criaram por obrigação, deixando sempre bem claro que era só isso — e também não tive tempo de ficar de luto já que estava sozinha no mundo e precisava me virar por conta própria para não acabar em algum reformatório-prisão da Eslovênia. Foi alguns dias depois de ficar órfã que eu conheci algumas pessoas da pesada e minha vida seguiu aquele caminho que todos já estão carecas de saber, onde eu me perguntava todos os dias o porquê de tudo ter dado tão errado para mim.

Balancei a cabeça afim de afastar essas lembranças e foquei apenas em pilotar minha nova H-D Street 750 a todo vapor na direção do cemitério. Fiquei tanto tempo usando apenas meu carro que havia me esquecido como é maravilhosa a sensação de sair por aí sobre duas rodas, sem ter que ficar aguardando horas em meio ao congestionamento infernal dessa cidade.

Levei cerca de quinze minutos para chegar ao cemitério, que estava mais vazio do que praia no inverno por hoje ser uma quarta-feira comum onde todas as pessoas normais estão trabalhando. Estacionei em uma das dezenas de vagas disponíveis na entrada do local, ao lado de uma imponente SUV preta, desliguei minha possante e tirei o capacete antes de seguir pela estrada de chão de acesso aos túmulos de quem morreu recentemente, localizados numa área mais distante. Caminhei vagarosamente pela longa estrada, sentindo a brisa e o ar melancólico me envolverem como uma manta fina e me transmitirem uma estranha sensação de paz que nunca havia sentido antes. Estranho sentir algo assim justo nesse lugar. — pensei balançando a cabeça para tirar algumas mechas de cabelo do rosto.

Depois de seguir por toda a estrada e passar por três pessoas que deixavam o local finalmente cheguei às últimas fileiras de túmulos, localizando o de Thom logo no início da primeira fila. Parei diante da lápide e fiquei um bom tempo em pé, sem saber ao certo o que devia fazer, até que sentei sobre o gramado a frente do túmulo e soltei um suspiro entristecido enquanto lia a inscrição ao lado da foto dele na placa de mármore.

Thomas Nicholas Mitchel. 30/07/1989 - 03/03/2015.

"Você jamais pode deixar uma dúvida corroer sua mente e seu interior. Tome a decisão que for, mas tome, e não arrependa-se dela. Arrependa-se de não tê-la tomado enquanto tinha tempo."

Crispei os lábios e abaixei a cabeça ao ler essa frase, sentindo como se ela estivesse ali exatamente para me servir de conselho. Como se fosse ele me dando esse conselho. Por mais que soubesse que não era nada disso.

— Era o que você me diria agora, né? — perguntei num sussurro, soltando uma risada fraca e voltando a fitar a lápide — Não com essas palavras é claro, mas tenho certeza que esse seria o seu conselho.

Ri ainda mais e neguei com a cabeça, me sentindo uma perfeita maluca por estar falando como se ele pudesse me ouvir. Ainda bem que não havia ninguém por perto para presenciar isso.

— Dizem que, pra quem não é paranormal, conversar com quem já morreu é um sinal de loucura. — dei um grito abafado e levei a mão ao peito quando ouvi essas palavras, olhando para trás e me deparando com a figura alta vestida de preto estacada perto de mim. Fury. Como ele chegou aqui sem eu perceber? — Pra mim é apenas um costume inútil e sem lógica, pois quem está morto está morto.

Enruguei a testa e levantei antes mesmo de ele concluir essa segunda frase, cruzando os braços em frente ao corpo e o encarando com indiferença. Bem que eu suspeitei daquele carro, ninguém além de Nick Fury andaria em um veículo blindado em plena luz do dia.

— Se é algo inútil então o que você tá fazendo aqui?

— Eu não disse que estava falando de mim quando disse aquilo. — deu de ombros, enfiando as mãos nos bolsos de seu sobretudo de couro. Caraca, como é que ele não sente calor com essa coisa? — E você, como vai? Soube que tem evoluído desde que começou as sessões com o dr. Wilson.

Ah, então aquele engraçadinho já foi fofocar sobre mim pra esse cosplay de pirata? E eu achando que podia confiar quando ele disse que "o que é dito no consultório fica no consultório". Doce ilusão a minha. E ainda estão falando como se eu fosse um Pokemón que "evolui", francamente.

— Se você já sabe a resposta por que tá perguntando? — devolvi com jocosidade, vendo ele revirar o olho em sinal de reprovação.

— Eu achei que você tinha entendido os meus motivos pra fazer tudo o que fiz e não estava mais com raiva.

— Eu entendi, entendi muito bem. — informei colocando as mãos nos bolsos da calça — Mas isso não significa que vou confiar em você novamente se é o que está esperando.

Nick soltou o ar com força pelo nariz e abaixou a cabeça por alguns segundos, cruzando os braços atrás do corpo enquanto dava alguns passos ao meu redor.

— Eu sei disso, e não estou aqui pra pedir que confie em mim ou que me desculpe.

Ri pelo nariz e pendi a cabeça pro lado.

— Então por que você está aqui, senhor?

— Pra saber como você está. — repetiu, e mesmo contrariada eu senti sinceridade em suas palavras. Bufei em sinal de frustração.

— Bem. Como você já foi informado eu tô "evoluindo" — fiz aspas com os dedos — desde que comecei a me tratar.

— Eu não estou perguntando nesse sentido. — esclareceu, torci o nariz de leve.

— Como assim?

— Quero saber como você está em relação ao seu julgamento e ao do Barnes.

Ah, agora sim eu entendi.

— Tranquila. Ninguém vai prender nem eu nem a Nat, e quanto a ele estou confiante que vai dar tudo certo. — respondi calmamente, mesmo estando um pouco receosa.

— Eu conversei com alguns conhecidos da Suprema Corte Americana e fiquei sabendo que com os segredos vazados da HIDRA eles reavaliaram toda a situação dele.

Lhe lancei um olhar um pouco mais animado, sentindo uma chama maior de esperança acender dentro de mim com a notícia.

— E isso é bom ou ruim? — foi o que resolvi perguntar, tentando não me precipitar pela empolgação.

— Eu diria que é a única coisa que está garantindo a ele mais chances do que antes.

Brr. É claro que ele tinha que dar uma resposta subjetiva.

Levantei as sobrancelhas e olhei uma última vez para o túmulo de Thom, em seguida olhei as horas no relógio do meu pulso. 14:39, ou seja, era a hora perfeita para eu acabar com essa conversa e ir embora.

— Preciso ir. — informei para o tapa-olho, recebendo sua atenção — Obrigada pela visita ao Mitchel. Ele te admirava muito.

Fury suspirou ruidosamente e antes que eu pudesse impedir apoiou uma mão no meu ombro, pressionando maciamente o local como quem faz um carinho. Armei uma careta. Que diabos ele tá fazendo?

— Eu também o admirava muito.

Não o respondi com nada além de um sorriso quase imperceptível, e no segundo seguinte já estava lhe dando as costas e fazendo o caminho inverso pela longa estrada de chão, deixando o tapa-olho plantado a frente do túmulo do meu falecido amigo.

— Lewis?

Parei de andar e olhei por cima do ombro ao ouvi-lo me chamar, quando eu já estava a uma distância considerável.

— Você não quer mesmo ir pra Europa conosco? Tenho certeza que ele vai trabalhar muito melhor com você por perto. — perguntou, me virei para fitá-lo. Droga, tinha que tocar nesse assunto?

— Não. Eu não posso me afastar daqui por tanto tempo, os Vingadores precisam de mim. E ele vai trabalhar muito bem sim, tenho certeza que ele vai se entregar totalmente a essa missão.

— É uma pena. Suas habilidades seriam de grande utilidade.

Comprimi os lábios e balancei a cabeça em negação.

— Eu não quero mais usá-las pra espionagem.

Sua resposta foi apenas um levantar de ombros e um acenar de cabeça. Novamente lhe dei as costas e segui rumo à saída do cemitério, sentindo como se tivesse tirado um peso das costas por conseguir conversar com ele sem tanta mágoa como da última vez.

****

No caminho para a Torre eu recebi uma ligação do corretor de imóveis que contratei para vender meu apartamento e precisei ir até lá, pois havia um casal interessado em comprá-lo e queriam conversar pessoalmente comigo afim de barganhar um desconto. Sim, eu decidí finalmente vender esse apartamento e também dei um fim ao dinheiro sujo da minha antiga conta — este que eu doei para uma instituição beneficente de ajuda desabrigados em países pobres. 

Por fim, acabei aceitando a proposta inicial do casal e vendi o apê por 90 mil, preço bem abaixo do avaliado pelo corretor visto que seria uma venda de porteira fechada. Aceitei esse valor de bom grado pelo simples fato de que eu não vejo mais a necessidade de um lugar tão grande e cheio de móveis só pra mim, e com esses 95 mil que entraram na minha nova conta vou poder comprar um lugar menor e se der sorte ainda fico com algum dinheiro sobrando. Ah, e em algumas semanas também terei a opção de morar definitivamente no novo QG dos Vingadores, então sem teto é que não vou ficar.

Depois de deixar meu antigo prédio e pedir para Sam me ajudar pegando algumas coisas pessoais que eu não poderia carregar por estar de moto finalmente cheguei à Torre, com o relógio marcando exatamente 18:00. Subi direto ao meu quarto somente para vestir algo mais confortável do que jeans e coturnos e em seguida desci para a cozinha.  Precisava urgentemente de alguma coisa para comer já que não passei nem perto de um almoço. Não vi nem sombra de nenhum dos Vingadores durante o tempo que levei para trocar de roupa e devorar a metade de pizza que encontrei na geladeira, somente quando cheguei à sala de lazer — local onde Tony deixa suas melhores bebidas, e eu precisava muito beber — foi que eu encontrei alguns deles: James, Natasha, Steve, Clint e Hill, todos distraídos bebendo e conversando sobre sabe-se Deus o que. Dei de ombros e passei pela porta, indo direto até a mesa de uísques de Stark enquanto os cumprimentava:

— Olá pra vocês. Espero que não estejam falando mal de mim.

— Eu não sei eles, mas a Natasha e eu estávamos comentando sobre você e o Barnes agora que vocês voltaram a ficar nesse lenga-lenga. — Hill disse, por sorte ela e a russa estavam longe dos rapazes e por isso eles não ouviram.

Parei diante delas, que estavam sentadas ao redor de uma mesa disputando uma partida de xadrez, e indaguei cruzando os braços:

— E eu posso saber que comentários seriam esses?

— Foi a Hill quem começou...

— Não, eu só disse que achava incrível a Wanessa conseguir transar com um homem daquele tamanho sem ficar com o útero dilacerado. — a morena se defendeu, tombei o lábio inferior e a olhei com incredulidade — Que foi? Eu não sou a única que fica se perguntando como o pau cabe numa anã como você.

Deus do céu. E eu achando que já tinha me acostumado com as besteiras que essa criatura fala.

— Bom, ser pequena não significa que eu não aguente e não goste de coisas grandes. O Sam ficaria desapontado se te ouvisse falando essas coisas. — respondi mexendo os ombros, ela revirou os olhos e Romanoff disfarçou um riso — Agora se me dão licença eu preciso de um drink. Já volto pra assistir essa partida emocionante de xadrez.

Só pra constar eu não voltaria, pois se tem um jogo que eu não gosto é xadrez, e olha que eu sempre fui ótima em todo tipo de jogo de tabuleiro. Deixei elas retomarem a partida e voltei a caminhar até a mesa de bebidas, pegando de imediato a garrafa com o uísque mais caro dentre as outras.

Dei um meio sorriso e coloquei alguns cubos de gelo em um copo, despejando a bebida em cima e chacoalhando para gelar mais rápido. Antes de beber, no entanto, peguei meu celular e tirei uma foto para mandar pro Tony, pois sei o quanto ele dá xilique quando alguém "rouba" um pouco de suas bebidas caras sem avisar.


Só pra vc saber que eu tô bebendo o resto do seu Dalmore e não sair xingando todo mundo quando voltar e encontrar a garrafa vazia. Te pago quando puder, ou não.


Enviei a mensagem e deixei o celular sobre a mesa, tomando a bebida lentamente para saborear seu gosto cítrico e caro. Assim que bebi o primeiro gole vi Bucky se aproximando, com uma garrafa de cerveja na mão e uma cara tensa.

— Tudo bem? — perguntei assim que ele chegou até mim.

— Sim. — manejou a cabeça — E você? Como foi a sessão de hoje?

— Tranquila. — falei seguido de um suspiro. — Depois de sair de lá eu fui ao cemitério... foi estranho, mas eu senti como se tivesse ficado mais leve na hora.

O ex-Hidra me lançou um olhar terno e ficou alguns segundos em silêncio, visivelmente sem saber o que responder, até que deixou um suspiro leve escapar por entre seus lábios e perguntou:

— E como você tá agora?

Finalizei o drink e coloquei o copo sobre a mesa atrás de mim.

— Bem. Eu encontrei o Fury lá. Ele me chamou outra vez pra ir pra Europa com vocês.

— E você aceitou dessa vez? — ele questionou esboçando um sorriso de lado, crispei a boca e neguei.

— Não, eu já te disse que essa missão não é pra mim. Eu odeio a HIDRA com todas as minhas forças por tudo de ruim que ela fez, principalmente com você, mas ela não é um alvo meu. Eu só iria tirar o seu foco e sua energia, se é que me entende.

Ele manejou a cabeça em concordância e pareceu ficar meio desapontado com as minhas palavras, mas eu não podia fazer nada quanto a isso já que era a melhor decisão.

Quer dizer, eu podia sim.

— Ah, mas eu pensei muito sobre o seu pedido, muito mesmo... — voltei a falar, Barnes me fitou com os olhos levemente brilhantes. — E decidí aceitar. Acho que não custa nada me enrolar ainda mais com você, porque te esquecer eu sei que não vou. Por mais que eu queira...

— Você aceita? — ele me interrompeu, um sorriso bobo surgindo em seus lábios.

Ai, minha Nossa Senhora das Mulheres que Aceitam Pedidos de Namoro Inusitados, me tira dessa antes que eu volte atrás.

— Sim, eu aceito. — repeti contendo um sorriso — Como disse eu pensei muito sobre isso, e depois da conversa com o Robert e do que eu li na lápide do Thomas — ops, acho que não precisava ter dito essa parte, mas agora já foi — eu tive certeza de que se não te segurasse de alguma maneira iria me arrepender muito depois. E além do mais eu não consigo mais ser só sua amiga como antes, se eu não transar com você hoje acho que vou pirar. Então vamos logo pro meu quarto pra consumar esse namoro porque eu sei que você também tá louco por isso.

Como resposta ele somente deu uma risada e balançou a cabeça em concordância, ainda com o bendito sorriso bobo enfeitando seus lábios. Peguei sua mão normal e começamos a caminhar rumo à saída da sala, atraindo os olhares dos outros que estavam ali e estranharam nossa pressa.

— Camisinha... — ouvi Hill dizer em meio a uma tosse falsa, porém não parei para respondê-la.

— Nós só vamos conversar. — debochei já atravessando a porta, sendo tomada pelos braços do ex-Hidra assim que sumimos da visão dos nossos amigos.


Narrador

Bucky abriu a porta do quarto e empurrou a morena para dentro sem muita delicadeza, mas também sem ser realmente bruto. Ele até poderia tentar usar menos de sua força, afinal sabe que pode machucá-la facilmente mesmo ela não sendo uma mulher frágil, mas é justamente por isso que ele não se importa em ser mais delicado: Wanessa o xingaria de todas as formas possíveis se ele pegasse leve por medo de machucá-la, ela mesma disse isso diversas vezes e deixou bem claro o quão forte e resistente é. Uma das coisas que fez Barnes se encantar por ela.

Depois de entrarem o ex-assassino empurrou a porta com a mão metálica — com uma força que fez as paredes balançarem — e se apressou em tirar a camiseta e os sapatos e agarrar Wanessa pela cintura, descendo as mãos para a barra de seu vestido e o removendo com facilidade, o deixando jogado em um canto qualquer do cômodo. A ex-assassina envolveu o pescoço dele com os braços e entrelaçou as pernas ao redor de sua cintura, alcançando seus lábios em um beijo feroz enquanto James segurava a bunda dela com as duas mãos e caminhava na direção da escrivaninha perto da porta. Assim que parou na beira do móvel ele soltou a mão normal e jogou todas as coisas da mesa no chão, a deitando sobre a estrutura de madeira sem muita delicadeza.

— Seu cavalo. Será que você não pode ser um pouco mais romântico? É assim que vai tratar sua namorada? — ela disse ironicamente enquanto o Soldado distribuia chupões em seu pescoço.

— Foi você mesma quem disse que eu não sou romântico e que gosta de mim assim. Mas se quiser posso tentar mudar isso e fazer amor em vez de... você sabe.

Uma gargalhada curta escapou da garganta de Lewis e ela jogou a cabeça para trás, gargalhada que cessou no exato instante em que James se afastou e começou a mordiscar sua perna direita, se livrando de suas sapatilhas em seguida.

— A gente pode fazer amor... um dia. — balbuciou entre suspiros — Mas esse dia não precisa ser hoje.

— Você é quem manda.

Dito isso ele continuou roçando os lábios toda a extensão da perna dela para deixá-la excitada, sabia muito bem que sua pele era sensível e que esse tipo de coisa era perfeito para fazê-la relaxar. Ficou alguns minutos a provocando com beijos e mordidas por praticamente todas as partes do corpo, sentindo prazer ao vê-la se contorcendo e o xingando cada vez que recebia alguma mordida mais forte.

— Porra, Soldado — sua voz foi fraca apesar do tom de repreensão —, isso é golpe baixo. Você não era assim.

Ouvir essas palavras fez um novo sorriso de perversão nascer nos lábios do ex-assassino, que a olhou diretamente nos olhos como se fosse um animal selvagem prestes a devorar a mais suculenta das presas. Ele parou de mordê-la e afastou-se um pouco para trás, lançando um último olhar para Lewis antes de tirar sua calcinha e levar a boca até sua intimidade, a deixando com a respiração imediatamente descompassada.

Bucky começou a deslizar a língua em movimentos circulares e sutis pelo clitóris da ex-agente, que por sua vez mordeu o lábio inferior e segurou os fios de cabelo dele entre os dedos, rebolando os quadris e movendo a cabeça dele de modo a fazê-lo aumentar a velocidade com que a percorria. Percebendo que estava conseguindo satisfazê-la ele seguiu seus comandos e passou a mover a língua pela abertura dela, arriscando algumas mordidas de leve que serviram para aumentar as reações de tesão da morena apesar de lhe causarem certa aflição.

— сукин сын! (filho da puta)

Ela estava com a respiração ofegante e desregulada, só o que conseguia emitir eram gemidos abafados e murmúrios em qualquer idioma que vinha à mente, em maior parte o xingando pelo que estava fazendo. Ele era muito bom com oral e conseguia satisfazê-la em poucos minutos com sua língua habilidosa, coisa que nenhum dos outros homens com quem ficou fora capaz de fazer. No dia em que descobriu essa habilidade dele ela até se questionou se havia transado com muitas mulheres na época da Hidra para ficar tão bom assim, porém decidiu não fazer essa pergunta visto que não se achava no direito de cobrar nada ou demonstrar algum ciúme. Ah, mas hoje eu pergunto! — ela pensou ao atingir seu primeiro orgasmo depois de alguns minutos.

James retirou a boca da vagina dela a tempo de assistí-la gozar pela primeira vez e fechar as pernas, respirando como se tivesse acabado de correr um pequeno circuito e com o corpo tremendo em espasmos. Ele sentou-se na cadeira de estofado roxo perto da mesinha e soltou um riso cínico diante do bom trabalho que havia feito, atraindo um olhar cruzado da ex-agente.

— Infeliz. — ela praguejou apoiando os cotovelos para levantar da mesa, o que levou algum tempo visto que ainda estava com as pernas dormentes. Parou na frente dele e o chamou com o dedo de maneira provocativa. Ele arqueou uma sobrancelha e levantou, porém antes que pudesse agarrá-la ela o parou e segurou na cintura de sua calça, o olhando com malícia enquanto descia lentamente e passava a língua por seu peitoral e abdômen.

— Ah, Lewis... — ele balbuciou com os punhos cerrados, um arrepio percorrendo seu corpo enquanto sentia a língua da morena deslizando sobre sua pele. Ela riu vitoriosamente e logo que chegou ao fim do abdômen dele parou de lambê-lo e abriu sua calça, removendo a peça junto com a boxer vermelha que estava por baixo e revelando seu membro já ereto. Passou a língua pelos lábios e começou a acariciá-lo suavemente, arrancando um grunhido baixo do ex-assassino e sentindo o corpo dele estremecer.

— Isso é bom? — ela perguntou, mesmo sabendo o quão óbvia era a resposta.

— Sim...

Ela sorriu e permaneceu por mais uns bons minutos o masturbando, apenas para se divertir com suas expressões de excitação. Até que parou sem mais nem menos e o empurrou novamente para sentar na cadeira, tirando o sutiã e se posicionando em pé com as pernas ao redor de seus quadris.

— Tem certeza que quer ir por cima? — Barnes questionou um pouco incerto, vendo-a revirar os olhos. — Da última vez você reclamou que doeu...

— Meu bem, olha o seu tamanho! Você quase sempre me deixava dolorida. Se eu for ligar pra isso nunca mais transo com você. — retorquiu lhe dando um selinho, e então segurou seu membro e sentou lentamente sobre ele. 

Mordeu os lábios ao senti-lo entrando em sua cavidade e usou os ombros dele como apoio para começar a cavalgar, tendo as mãos do Soldado ao redor de sua cintura a fazendo mover-se com mais intensidade.

— Bucky... — gemeu perto do ouvido dele, sentindo uma dor prazerosa cada vez que o sentia penetrá-la mais fundo — Isso... isso...

As veias do pescoço do ex-assassino estavam saltadas como se fossem estourar e ele estava com o rosto vermelho, gemendo algumas palavras em romeno enquanto admirava os seios de Lewis balançando conforme ela rebolava sobre sua ereção. Sem pedir permissão ele inclinou a cabeça e abocanhou o mamilo esquerdo dela, que por estar com a cabeça jogada para trás se surpreendeu com a atitude.

— Achei que você não... ia fazer isso. — comentou entre gemidos, fechando os olhos quando James passou a chupar seu seio e massagear o outro com a mão normal.

Continuou quicando nele por longos minutos, tomada por uma adrenalina que a fazia perder o controle de seus gritos, até que sentiu seu primeiro orgasmo se aproximar e gozou segundos depois, debruçando a cabeça sobre seu ombro metálico sem sair de cima dele.

— Eu só... preciso de... alguns minutos. — informou, assim como ele tendo a respiração descompassada e o corpo suado.

Ficaram por cerca de cinco minutos na mesma posição até ela recuperar-se e levantar da cadeira, sendo observada por Buckyquando apoiou as mãos na mesinha e empinou o bumbum em sua direção. Olhou por cima do ombro e lançou uma piscadela para o Soldado, lhe indicando o que queria dessa vez.

Droga. Como ela consegue ser tão sexy? — ele pensou, levantando da cadeira sem deixar de fitá-la naquela posição. Se posicionou atrás dela e não resistiu a dar uma palmada com a mão metálica em seu glúteo direito, que a fez soltar um grito de dor e deixou uma marca vermelha sua pele tentadoramente branca.

— Grosso! Como é que eu vou sentar amanhã? — ela ralhou em tom sarcástico, sentindo o local da palmada arder.

— Eu acho que você não vai poder sentar por um bom tempo depois dessa noite.

— Ótimo, é o mínimo que você pode fazer como meu namorado. — respondeu com uma voz sensual, se preparando para o que viria em seguida.

Ao ouvir isso ele deu uma palmada no outro glúteo dela, segurou na base de sua ereção com a mão humana e foi a penetrando devagar, agarrando em seus quadris e a puxando contra si logo que sua cabeça se enterrou. Ouviu um gemido alto escapar pela garganta da ex-agente quando socou de uma vez só dentro dela, guiado apenas pela urgência que tinha em se sentir totalmente imerso naquele corpo tão perfeito.

Wanessa apertou as mãos ao redor da beira da mesa e começou a mover-se para a frente no mesmo ritmo das investidas rápidas e profundas que estava recebendo. Ambos gemiam quase em uníssono tamanho era o êxtase em que estavam se sentindo nos longos minutos que se seguiram. Ela mal conseguia respirar direito, estava usando todas as forças que tinha para permanecer na posição e aguentar a pressão do ser insaciável que parecia longe de alcançar seu climax. Jogou a cabeça para baixo e apertou os olhos com força, tentando puxar o ar pela boca antes que tivesse uma parada respiratória.

— Oh, Bucky — gemeu ao receber uma estocada mais funda, sentindo um novo orgasmo se aproximar —, continua que eu já tô quase...

— Segura mais um pouco... — ele pediu a bombeando ainda mais intensamente, sentindo que estava chegando ao ápice. Ela aguentou e os dois gozaram quase ao mesmo tempo, gritando os nomes um do outro enquanto seus corpos pareciam queimar de dentro para fora.

Barnes sentiu seu membro sendo apertado a medida em que ejaculava dentro da morena, e a segurou com mais força devido aos espasmos frenéticos que percorreram seu corpo depois de ela também atingir seu máximo. Logo que terminaram de gozar os dois deitaram lado a lado no tapete perto da escrivaninha, pois não tinham forças para caminhar até a cama do outro lado do cômodo, e levaram um tempo para voltarem a respirar normalmente e recuperar a coordenação, porém o êxtase continuou a percorrer seus corpos como uma corrente elétrica mesmo depois de recuperados.

— Eu tô ferrada, literalmente. — Wanessa disse quebrando o silêncio, atraindo um olhar confuso do Soldado.

— Por que? Não foi bom pra você?

— Foi ótimo, seu tonto. Mas amanhã nós temos um julgamento, esqueceu? — ela retrucou como se fosse óbvio, porém Bucky não entendeu onde estava o problema — Caramba, Soldado! Como é que você acha que estaremos fisicamente depois dessa noite?

O ex-assassino franziu levemente o cenho e colocou o braço metálico embaixo da cabeça, deixando uma curta gargalhada escapar de sua garganta em seguida.

— Satisfeitos? — indagou, ela riu e revirou os olhos.

— É, também. Mas o que eu quero dizer é... ah, foda-se, você não vai entender porque não sente nada. — se corrigiu jogando as pernas sobre as dele — E essa noite pode ser a nossa última, por isso eu não me importo em ficar ardida. Se alguém perguntar por que eu tô andando de forma estranha digo que a culpa foi sua.

— Falando assim até parece que nós nunca mais vamos nos ver.

Lewis ergueu o rosto e o encarou com uma careta pelo comentário, afinal ele ignorou completamente sua piada maliciosa e ainda interpretou de maneira errada sua resposta.

— Não foi o que eu quis dizer. Mas independente do que acontecer amanhã você vai sair dos Estados Unidos do mesmo jeito, então teoricamente é a nossa última noite.

— Sim, mas se eu for legitimado vou voltar pra cá depois de terminar a missão na Europa. — informou acariciando as costas dela com a mão normal — E agora que nós estamos comprometidos espero poder repetir isso quando voltar.

A morena esboçou um sorriso carinhoso e grudou os lábios nos dele, em um beijo calmo e intenso que durou quase um minuto.

— É claro que nós vamos repetir isso, e é bom que você use apenas as mãos no tempo em que estiver longe. — ela respondeu logo ao fim do beijo, arrancando uma risada tímida de Bucky.

— Isso é constrangedor pra mim.

— Ué, preferia que eu sugerisse de você contratar prostitutas pra fazer o serviço? — franziu a testa ao ouvir suas próprias palavras, o olhando de forma intimidadora — Olha, se você fizer algo desse tipo eu corto o seu pau fora! Eu te desculpei por ter comido aquela vagabunda porque foi um deslize e eu também errei, mas se você fizer de novo...

— Para com isso. Eu não vou fazer de novo. — afirmou convictamente — Você acha que eu te pedi em namoro pra te trair?

Essa pergunta fez a ex-agente torcer os lábios e pensar por alguns segundos, tentando formular alguma resposta que não soasse tão óbvia e principalmente ignorar a vontade de sorrir com a segurança que ele lhe transmitiu.

— É lógico que não. Eu sei que você fez isso por que é o que os homens da sua idade acham certo. — viu uma careta se formar no rosto do Soldado, por isso acrescentou: — Ah, convenhamos. Só um cara das antigas pra fazer esse tipo de coisa hoje em dia. Foi fofo e eu amei, confesso, mas também achei muito cafona. Me desculpa.

Ela não resistiu e caiu na gargalhada, deitando de costas no tapete e escondendo o rosto com as mãos. Bucky ficou um pouco ultrajado com suas palavras, mas acabou levando na esportiva e rindo também. Era impossível não concordar com o que ela havia dito.

— Bom, eu acho que você tem razão. É uma coisa cafona e antiquada mesmo — disse movendo o corpo sobre o dela —, mas eu sei ser bem moderno também.

A morena sorriu de canto e segurou atrás do pescoço dele com uma mão, puxando alguns fios de cabelo de leve.

— Ah é? E será que você pode me mostrar a sua modernidade?

— Eu posso tentar... se você tiver tempo e paciência.

— Eu tenho a noite toda e muita paciência.


Notas Finais


E então?
Finalmente as coisas estão dando certo pra nossa Wanessa, meu povo! Ou quase...
Uma observação: o personagem Robert (ou o psicólogo dela) não me pertence. Ele é criação da minha amiga srta. Romanoff e pertence à fic Impossible, portanto se quiserem saber mais sobre ele sugiro que leiam a fic ;)
Pois é, pessoal. Agora Buckynessa é oficialmente um casal ♥ só resta esperar pra ver se não vai surgir nada pra separá-los hahahah aliás, curtiram a hot? Foi a que mais gostei de escrever, e já adianto que as da segunda temporada vão seguir essa mesma linha ;)
Bom, eu espero que tenham gostado. Percebi que algumas de vocês sumiram justo nos capítulos pesados que eu tive mais trabalho pra escrever, mas sei que leram e isso me deixa feliz.
Enfim, por hoje é isso. Obrigada por lerem ♥
Beijos e até o próximo 😘


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