"Quando você vai embora, É quando realmente brincamos, Você não me ouve quando eu digo: Mãe, por favor, acorde..."
-Dollhouses
Narrador P.O.V.
O lugar estava quente, mas ele não se importava. Da sala ouvia-se os gritos que vinham do porão.
-Ei, você, desça ate lá e cale a boca dele...
-Mas ele está assustado, Sr. Lú.
-Quer que eu o faça ficar quieto? Acho que não, não é mesmo?
-Não Sr. Estou indo.
A bela mulher se retirou descendo as escadas até o porão, e em pouco tempo, os gritos cessaram.
Sarah P.O.V.
Já era madrugada, e eu não conseguia fechar os olhos. Aquele lugar me assustava. Estava deitada sobre a cama suja de lençóis amarelados, e ouvia a medeira velha da cabana estalar, seguida de vários barulhos na rua. Em um certo momento perto de amanhacer, algo subiu as escadas da varanda da cabana, girou a maçaneta e eu sentei de sobressalto, a porta se abriu lentamente, um homem no qual eu não conseguia ver o rosto entrou vagarosamente como se eu estar ali fosse normal. Logo atrás dele, um menino entrou mãos amarradas e cabeça baixa entrou a passos lentos. A porta se fechou e eu estava espantada. O homem de rosto borrado virou-se para mim.
-Sarah... Achei que não viria tão cedo... Eu ia me divertir com o menino agora... Mas pode ser depois...
O menino tinha olhos roxos, hematomas espalhados pelo corpo e sinais perfeitos de tortura. Eu não tinha reconhecido o menino, mas quando notei os hematomas, percebi que era Nathan. Algumas lagriamas desceram pelo meu rosto e nenhuma palavra saiu de minha boca. O homem sorriu e Nathan levantou os olhos.
-Mãe, por favor, acorde... Mãe, por favor, mãe, acorde... Mãe por favor acorde...
Pulei da cama com Marquez em minha frente... Tudo não passava de sonho.
-Sarah... Ei, calma. Tudo bem... Eu estou aqui.
-Marquez... O que está fazendo aqui?
-Recebi um chamado. Alguém viu seu carro batido em uma árvore perto do fim da estrada. Sabia que estaria aqui.. Você está bem?
-Meu carro? Que? Ele foi roubado ontem a noite quando cheguei aqui...
-Não havia ninguém no carro, nem sangue ou algo do tipo.
-Foi... Ham... É loucura... Mas foi um palhaço.
-Sarah, você só está confusa. Calma, vem vamos pra casa.
Caminhei com ele ate seu carro e fomos pra casa. No caminho passamos pelo meu carro, completamente destruido contra uma árvore grande.
-Como sabia onde eu estaria?
-Bem... O diretor da escola deu queixa de roubo de documentos e ameaça, contra você. Analisei os documentos da demissão e vi o endereço. Mas... O que fazia ali?
-Procurando algo que faça sentido. Você viu os jornais na parede? Fotos de todos...
-É... Eu vi... Emily está naquelas paredes...
-Quem é Emily?
-Minha filha de 10 anos- uma lágrima desceu pelo seu rosto e ele a limpou- faz alguns meses que esa sumiu...
-Desculpe...
-Não, você não tem culpa. Vou mandar a policia investigar a cabana... Eu não vou ser capaz.
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