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História Sedução - Casamento falido


Escrita por: Shays

Notas do Autor


BOA LEITURA💋

Capítulo 1 - Casamento falido


Fanfic / Fanfiction Sedução - Casamento falido

Sasuke Uchiha parou o carro no acostamento da via expressa quando seu celular começou a vibrar no bolso novamente. Ele fez uma careta, e uma ruga de impaciência apareceu em sua testa. Com uma atitude determinada, ignorou a chamada. Contudo, a interrupção chamou sua atenção para outro telefone celular que jazia no assento do passageiro.
Talvez fosse o único sobrevivente de sua blitz, quando revistara a casa que haviam brevemente compartilhado e removera tudo o que, mesmo remotamente, o lembrasse de seu casamento falido e de sua esposa. Ou assim pensara.
Se sua eficiente governanta não tivesse sido tão obstinada em sua guerra contra a poeira, ele com certeza teria permanecido alheio à existência do telefone e seu explosivo conteúdo.
O que, provavelmente, era mesmo o que sua esposa pretendia.
A expressão de Sasuke endureceu quando tentou conter a onda de raiva que ameaçava tomar conta dele todas as vezes em que pensava na situação. Na verdade, só havia pensado nisso nos últimos quatro dias, e agora chegava ao limite de seu autocontrole.
Depois dos eventos dos meses anteriores aquilo parecia irônico, refletiu Sasuke, que apenas uns 6  anos antes havia se queixado para seu irmão  sobre sua vida, que havia se tornado muito previsível!
Na ocasião, Sasuke havia acabado de romper seu relacionamento com a atual amante. Tinha sido uma separação civilizada, assim como fora o arranjo entre eles. Normalmente considerado muito perceptivo, Sasuke não havia previsto aquilo. Todavia, se dera conta do quanto era óbvio quando ela lhe perguntara para onde achava que o relacionamento deles estava indo. Fora forçado a admitir que não o via indo a qualquer lugar em particular.
Não imaginara que ela teria qualquer problema com sua admissão dos fatos. Por que teria? A mulher em questão, uma advogada tão esperta quanto bela, se esforçara além do necessário no princípio do relacionamento para avisá-lo de que não tinha tempo para envolvimentos de ordem emotiva. Portanto, fora uma surpresa ouvi-la dizer:
— Nada pessoal, Sasuke. Realmente nunca fiz um sexo tão bom, mas, com meu relógio biológico andando, não tenho condições de perder meu tempo com um homem, mesmo um encantador como você, que seja "compromissofóbico", ou seja, que tem medo de compromissos.
Sasuke não se ofendeu com os comentários, e nem perdeu o sono por causa disso, mas tudo aquilo o fez perguntar mais tarde ao irmão se ele o achava "compromissofóbico".
A resposta de Itachi foi diplomática:
— Claro que não. Mas que tal você se esforçar mais nos seus relacionamentos pessoais, assim como faz com o trabalho?
— Este é o problema — admitiu Sasuke. — Não preciso me esforçar no trabalho. Eu me pego esperando que haja um problema desastroso para que eu tenha de resolvê-lo. Não há adversidade. Minha vida é totalmente previsível. Não há desafios, nada que desperte adrenalina.
— Talvez tenha uma surpresa que mudará sua vida o esperando logo ali na esquina, Sasuke— sugeriu o irmão, parecendo divertido.
— Meu Deus, espero que sim.
Como dizem, tenha cuidado com o que deseja, pois pode consegui-lo. Mudanças na vida são como ônibus: depois de uma longa espera, surgem do nada. E elas raramente acontecem da maneira que se imagina.
No caso dele, em poucos meses tinha sofrido a devastadora perda do irmão em trágicas circunstâncias e, enquanto ainda convivia com aquela dor, havia descoberto que amor à primeira vista não era exclusividade das páginas dos contos-de-fadas.
Mas se casar em cinco dias com a pessoa pela qual se apaixonou certamente deveria ser.
Quando Sasuke olhou para o dedo anelar, onde resplandecia uma grossa aliança de ouro, seu lábio superior se moveu com desdém. Amor! Não havia sido amor, pensou ele, de cara fechada. Fora uma combinação de luxúria e efêmera cega paixão.
Algumas pessoas poderiam achar que sua reação à carta de Sakura, que havia chegado uma semana antes, sugeria algo mais do que paixão passageira e luxúria, mas eles não entendiam a extensão de seu problema com o fracasso. Afinal, não era exatamente o que um divórcio significava?
Admitia que sair do escritório dois minutos antes de uma importante reunião sem dizer a ninguém aonde ia e pegar um avião com destino à Inglaterra com a intenção de explicar pessoalmente à esposa que jamais lhe daria a liberdade era uma reação bastante extrema à idéia de fracasso, palavra essa que nunca fizera parte de seu vocabulário. Era algo que acontecia às outras pessoas. Com ele, não. Afinal, sempre havia lutado por aquilo que queria.
O avião pousava quando um pensamento lhe ocorrera. Por que deveria lutar por ela? Não a queria. O que eu poderia querer com uma mulher que não confia em mim?
Sasuke sabia que Sakura poderia interpretar sua chegada como o primeiro passo para uma reconciliação, mas isso não iria acontecer. Era ela quem estava errada.
Seu olhar retornou ao assento do passageiro.
De repente, não importava mais quem dera o primeiro passo. Não havia decisão a tomar. Divórcio não era mais uma opção. Se Sakura fosse razoavelmente adulta, também teria percebido isso.
A situação requeria uma ação imediata, de modo isento e esclarecido.
O olhar de Sasuke se dirigiu mais uma vez para o celular, o que fez enrijecer seu semblante enquanto voltava a atenção para a estrada. Naquele momento não se sentia nem isento nem esclarecido, mas terrivelmente determinado.
Chegara muito perto de dar um fim no aparelho. Felizmente, alguma coisa o levara a ligá-lo antes que o fizesse.
Havia uma mensagem para Sakura.
Os olhos de Sasuke se fixaram firmemente na estrada enquanto recordava o momento em que tinha ouvido a voz educada na caixa postal se desculpando e postergando a data da próxima consulta pré-natal para a semana seguinte. Tinha ouvido a mensagem três vezes, não acreditando no que ouvia. Ele ia ser pai!
Um homem costuma sentir júbilo e alegria em tal momento, mas Sakura o havia privado disso. Agora lhe parecia que ela tinha planejado roubar seu filho. Imaginou quando seria capaz de perdoá-la. Em algum momento ela teria tido a intenção de lhe contar?
Mesmo que nos últimos dias houvesse analisado a situação por diversas vezes, pensando nas possíveis explicações para o seu silêncio, não conseguia encontrar qualquer desculpa adequada.
Existia a possibilidade de que ela ainda não soubesse que estava grávida quando partiu, mas, certamente, agora já deveria estar sabendo há semanas. Semanas durante as quais não tinha feito qualquer tentativa de contatá-lo, exceto com aquela única carta expressando seu desejo de divorciar-se o mais rápido possível. Sakura havia feito uma escolha muito clara ao não lhe contar que ele seria pai. Reconhecer isso amargava sua garganta.
Sakura havia tomado uma decisão unilateral, como se ele fosse irrelevante. Mesmo que ela tivesse decidido que os dois não tinham um futuro juntos, existiam coisas a discutir... Acordos... Opções! Não que houvesse mais de uma opção no que lhe dizia respeito, pois Sasuke acreditava firmemente que a única maneira de criar uma criança era por ambos os pais.
Ele tentara contatá-la para dar todas as chances de explicar-se, mas Sakura usava evasivas para não atender, assessorada pela mãe manipuladora.
Será que Sakura imaginou por um único momento que poderia ter o bebê sem que ele descobrisse? A riso forçado foi interrompida quando seu celular tocou novamente. Com um suspiro de irritação, Sasuke sinalizou para sair da estrada.

Sakura ficara surpresa quando Rin, prima de Sasuke, ligara convidando-a para passar o fim de semana na casa de campo onde, juntamente com Óbito, seu marido, tinha um haras.
Passara-lhe pela cabeça que Rin  não soubesse ainda que ela e Sasuke haviam se separado. Não queria que ninguém pensasse que estava com o coração partido e, assim, com seu mais casual tom de voz, perguntava:
— Você sabe que Sasuke e eu... Não estamos mais juntos?
— Sim, sei e sinto muito — replicou Rin —, mas isso não significa que não possamos continuar sendo amigas, não é?
Sakura relutara em aceitar o convite, mas Rin parecia tão entusiasmada em vê-la que no final se sentiu constrangida em declinar do convite.
Ela chegara na noite anterior, enquanto os outros hóspedes para o fim de semana ainda não haviam chegado.
Foi o som característico de cascos de cavalo que levou Sakura até a janela da ensolarada sala de visitas. No pátio, quase abaixo de sua janela, um cavalariço estava tendo problemas para segurar as rédeas de um garanhão negro que insistia em se empinar nas patas traseiras.
Na primeira vez que vira Sasuke, ele estava montado num animal semelhante àquele. Havia mais poeira e suor, mas o animal possuía aquela mesma qualidade indômita... Assim como seu cavaleiro.
Os olhos verdes água  de Sakura ficaram embaçados, fazendo-a se sentir hipnotizada, e seu pensamento se perdeu no passado.
Sakura podia ouvir o som das patas do cavalo trotando sobre o caminho pedregoso e íngreme e se assustou, pensando que precisava ser mais cautelosa, pois era uma mulher sozinha ali, parada com uma bicicleta na mão.
O gerente do hotel havia diplomaticamente avisado que tomasse cuidado quando ela lhe comunicara a intenção de alugar uma bicicleta para explorar a área. Ao perceber que nenhuma das três companheiras de sua hóspede a acompanharia, resolveu dispensar a cautela.
— Senhorita , não é uma boa idéia uma mulher vagar sozinha por aí. É fácil se perder.
Sakura sorriu de modo educado, mostrou seus mapas e ignorou o bem intencionado conselho.
Poderia ter explicado que queria ficar sozinha, mas duvidou que o gerente entendesse. As companheiras com as quais tinha tanto em comum no dia-a-dia haviam se mostrado  bem diferentes nas férias.
O fato era que, se não fugisse das amigas, poderia acabar contando o que pensava delas, o que, apesar de tentador, estava fora de cogitação.
Elas eram pessoas agradáveis em casa, mas em férias se transformavam em pequenos monstros que tagarelavam incessantemente sobre se bronzear e a olhavam como se fosse uma louca quando sugeria que fizessem um piquenique e pedissem carona até a próxima vila.
Contudo, ficar sozinha perde todo o encanto quando se está perdida com um pneu furado, nariz queimado de sol e dor em músculos que nem sabia que tinha. Meu Deus, farei parte das estatísticas governamentais de turistas que desaparecem sem deixar pista.
Bem, ela não estava mais sozinha.
Com o forte sol da tarde por trás, a figura montada parecia uma silhueta escura delineada por uma coroa de luz dourada.
O homem a viu e diminuiu o passo do cavalo, aproximando-se e fazendo Sakura dar alguns passos para trás.
A precaução se mostrou desnecessária quando o cavaleiro controlou o animal. Com nada mais que um suave murmúrio, o fez estacar, ficando ali a observar Sakura por algum tempo, que a ela mais pareceu um século.
Com boca seca, ela lhe devolveu o olhar e ele finalmente desmontou da sela do animal.
Sakura parecia grudada ao chão, enquanto seu corpo reagia no nível mais básico à densa aura de sensualidade, que ele parecia exalar por todos os poros.
Quando ele se aproximou, ficou imediatamente claro que o que Sakura havia imaginado ser uma ilusão de ótica era, de fato, realidade!
O homem era espantosamente alto. O animal e seu cavaleiro tinham muito em comum. Ambos eram incontestavelmente magníficos e perigosos.
O perigo deveria tê-la repelido, mas, ao contrário, fez com que seu coração batesse mais rápido, liberando uma onda de adrenalina.
Ela deu um sorriso vacilante e fixou o olhar naquele imenso estranho, sedutor e predatório, que a atraía cada vez mais em vez de fazê-la sair correndo pelas montanhas.
Sakura o examinou em detalhes, com os olhos entreabertos por causa do sol. Alto e forte, com ombros largos e quadris estreitos, tinha a graça natural de um atleta e a arrogância casual de alguém que sabe que é o tipo de pessoa cuja simples presença faz os homens pararem de conversar e as mulheres olharem para trás quando ele passa. Enfim, um homem que perturbava as mulheres e incomodava os homens.
Com uma ótima aparência, excessivamente autoconfiante, ele devia ter sido tratado como se o universo girasse em volta dele desde o momento em que nascera.

                    ♥♥♥


Notas Finais


HAI^^
ESPERO QUE CURTEM ESSA MINHA NOVA FIC♥.


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