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História Sedução - Declarações


Escrita por: Shays

Capítulo 15 - Declarações


Fanfic / Fanfiction Sedução - Declarações

Quando o último dos festeiros saiu, Sakura não pôde deixar de ficar satisfeita por Sasuke ter sido tão direto ao dispensá-los.
Ela ainda não podia acreditar que, depois de todo o receio de não ser bem aceita na família dele ou de ter de se adaptar a um mundo tão distante e desconhecido, os Uchiha tinham sido acolhedores ao extremo. Não sentira rejeição alguma. Uma coisa que sempre se recordaria daquele dia seriam as boas-vindas calorosas que recebera dos pais de Sasuke.
Sua cabeça ainda estava confusa em meio a tantos rostos e nomes. Não era de admirar que estivesse com um princípio de dor de cabeça. Sasuke não havia exagerado quando dissera que tinha uma família imensa.
Durante a festa, Sakura só conseguia pensar nos momentos passados no jardim, antes que entrassem na casa e se deparassem com a surpresa. Continuava pensando nas coisas que ele havia dito e na expressão de seus olhos. Tinha sido difícil se concentrar no que as pessoas falavam e ainda ter de esperar para ouvir o que Sasuke teria para lhe dizer.
Tantas perguntas ainda permaneciam sem resposta! Ela tinha se sentido tão otimista, tão confiante quando eles entraram na casa... Mas as coisas haviam ficado em suspenso, e, durante a espera frustrante, as dúvidas haviam crescido.
Talvez ele ainda não tivesse percebido, mas uma coisa estava clara para Sakura: Sasuke não estava apaixonado por ela quando se casaram. Atraído sexualmente, sim. Apaixonado, não.
Ela tinha sido uma diversão. Enquanto a tinha nos braços, não estava pensando no irmão. Era possível que tivesse se apaixonado por ela depois que haviam se casado? Ou ela estava apenas vendo o que queria? Não era provável que seus novos sentimentos de amor e ternura tivessem relação direta com o fato de estar esperando um filho seu, e isso ser um bom motivo para seu casamento ter de funcionar?
Um momento depois Sasuke entrou na sala, massageando a nuca.
— Eu ergui a ponte levadiça para que não haja mais surpresas — praguejou ele. — E essa é a família da qual você achava não ser sofisticada o suficiente para fazer parte — disse ele, tirando um pedaço de serpentina colorida que estava enrolada em seu pescoço. — Eles gostaram de você — disse taxativamente.
— E eu gostei deles.
— A questão é se você gosta de mim, Sakura.
— Sabe que eu gosto. A despeito do fato de você dar ordens e promulgar decretos, não ter consideração pelos sentimentos alheios e pensar que está sempre certo!
— Mais alguma coisa a dizer? Meu ego está no chão depois de tanta crítica.
Ela esboçou um leve sorriso.
— Você tem o ego do tamanho de um bonde.
— Você acha que encontrarei uma mulher disposta a relevar minhas falhas?
Só alguns milhões delas...
— Você está com medo de não encontrar?
— Não estava — admitiu Sasuke. — Na verdade, achava que já havia encontrado. Mas de repente eu não pareço exatamente o modelo de "homem perfeito”. — Os olhos dela se desviaram dos dele.
— Depende da mulher — murmurou ela, pensando que Sasuke sempre seria o seu homem perfeito.
— Sakura! — A urgência na voz dele quando falou o nome dela fez com que ela arregalasse os olhos. — O que aconteceu... Lá fora, eu pensei... — O rosto dele ficou tenso. — Eu estava errado?
— Não... — ela molhou os lábios com a ponta da língua e ergueu o queixo. Seus olhos se cruzaram, a tensão vibrava entre eles como uma corda de violino. Sakura se sentiu atraída pela expressão de Sasuke. Uma onda de desejo a invadiu dos pés a cabeça. Fechou os olhos, mas ainda assim lhe podia ver o rosto. Queria estar nos braços dele.
— Não, isto é... — Ofegante, ele se afastou com a mão erguida, como que para repeli-la. Ela estendeu a própria mão num protesto confuso, fazendo Sasuke sacudir a cabeça. — Quando você me toca é como se estivesse jogando um líquido inflamável em fogo aceso. Não que eu veja algum problema nisso — admitiu com um sorriso —mas agora precisamos terminar o que começamos lá fora antes que minha família acabasse com nossa festa particular.
Com o coração batendo como um martelo no peito em uma combinação de ansiedade e medo, ela assentiu e se levantou. Foi quando sentiu a estranha sensação de ter o sangue se esvaindo de seu rosto. Podia ver os lábios de Sasuke, mas não ouvia nada além das batidas de seu próprio coração. Sentindo-se estranhamente desligada de tudo o que estava acontecendo, tinha consciência de que os joelhos fraquejavam e o chão vinha em sua direção. E então estava deitada no sofá da sala de visitas.
— Se mover um centímetro eu mato você! Ela voltou a cabeça na direção de sua ameaça feroz.
— Não é minha culpa se desmaiei — protestou com voz fraca.
— Nada jamais é culpa sua! Acho que envelheci uns dez anos nos últimos dias!
— Você parece bem para mim. — Ele era perfeito e não era difícil entender porque outras mulheres se derretiam por ele.
Sakurs conhecia bem o magnetismo da masculinidade agressiva de Sasuke. Tinha plena certeza de que qualquer mulher que tivesse algum hormônio correndo nas veias sentiria atração sexual só de olhar para ele.
E a maioria delas certamente gostaria de fazer mais do que apenas olhar. Queriam passar os dedos nos cabelos escuros e sedosos e cheirar o odor masculino de seu corpo.
Dias antes, se permitindo pensar daquele modo, entraria numa espiral de raiva e dor. Mas não agora. Tinha total confiança na integridade dele.
— Eu amo você, Sasuke... — Por que ela não tinha dito isso antes?
— Sakura, você não precisa dizer mais nada. Já sei.
— Não entendo — disse ela, confusa.
— Naquele dia, quando fui procurá-la na sua casa... Sua mãe me disse...
— Disse o quê?
— Estávamos separados havia oito semanas, e você se sentia vulnerável e solitária. Eu realmente não preciso saber os detalhes. O que importa — disse ele — é como você se sente agora. E eu acho... Acho que você me ama...
Era uma afirmação cautelosa e não um pronunciamento arrogante... Aquele não era o Sasuke que Sakura conhecia.
— Eu amo você de verdade, Sasuke — admitiu ela. Ele deu um suspiro de alívio.
— Então isso é o que importa — anunciou ele com determinação. — Temos algo muito especial, alguma coisa que é incrivelmente rara. E se você acha que eu atirarei isso na sua cara no futuro, não se preocupe. Juro por tudo que é...
Sakura, que ouvia tudo com ar de espanto, o interrompeu.
— Ficaria mais aliviada se eu soubesse do que está falando.
Ele pareceu mortificado.
— Entendo, Sakura... Não há necessidade de mentir para mim.
— Não estou mentindo, Sasuke. Realmente não tenho a mínima idéia do que você está falando. Diga o que minha mãe lhe disse.
— Enquanto você estava no hospital ela ligou para mim e insinuou que, depois de ter me deixado, você tinha conhecido outra pessoa.
— Você acha que eu tive um caso? — O mero absurdo da sugestão a fez dar uma risada.
— Você não tem que mentir, Sakura. Vamos superar isso.
— Superar o quê?
Ele pensava que ela estivesse sofrendo de consciência pesada! E estava preparado para perdoá-la!
Ela apenas podia imaginar quão difícil era perdoar tal lapso para alguém com o orgulho dele. Aquilo representava um ato nobre de enormes proporções.
— Você acha que tive um caso e está querendo ter-me de volta... Deve me amar muito — disse ela.
— Mais do que minha própria vida — confirmou ele, provocando lágrimas nos olhos dela.
— Isto é tão maravilhoso... Oh, meu Deus, Sasuke, eu não mereço você. — Pegou o lenço que ele lhe estendeu e enxugou o rosto, dando um sorriso através das lágrimas. — Minha mãe foi maldosa — comentou ela, com a expressão dura quando pensou que nunca a perdoaria por aquela intervenção leviana. — Não tive nenhum caso e nem tinha condições emocionais para isso. — Por favor, Deus, faça-o acreditar em mim. — Você é o único homem com o qual já estive. A idéia de outro homem me tocando me causa repulsa. Antes de você eu até pensava que era assexuada... Frígida, eu acho.
Houve um longo silêncio enquanto ele procurou o rosto dela. Sakura lhe devolveu no olhar todo o amor que sentia por ele.
— Meu Deus... Isso pode ser verdade?
— Oh, é claro que sim. — Sakura se sentou no sofá.
— Estou bem agora — disse quando Sasuke abriu a boca para reprová-la. — Um comentário maldoso pode gerar pensamentos horríveis, não pode?
Ele assentiu.
— É uma coisa que não desejaria nem para meu pior inimigo. Só de pensar em você com outro homem... Minha vontade era matá-lo, mas a pior parte foi reconhecer que a culpa de você ter se enredado com outro era minha. Não tinha idéia de quão insegura o relacionamento de seus pais a tinha deixado. Meu Deus — suspirou ele, se aproximando para sentar ao lado dela no sofá —, sua mãe deve realmente me odiar.
Com sorriso nos lábios, Sakura lhe tomou as mãos entre as suas.
— Minha mãe raramente pensa em alguém, a não ser nela mesma.
— Mas inventar uma coisa dessas... — Por um momento Sasuke se aliviou por ver que seu pior pesadelo não passava de mera ilusão. Então, deu um suspiro profundo e fechou o baú onde deixara aquelas imagens terríveis em sua mente. Era um lugar que não queria visitar novamente.
— Você acredita em mim? — perguntou ela.
Ele pareceu indignado quando colocou o dedo indicador sobre os lábios.
— É claro que acredito.
0 coração dela explodiu de alegria.
— Quando pensou que eu tinha um caso, nunca imaginou nem por um momento que o bebê... — ela  colocou a mão sobre a barriga, levando a mão dele junto — ...poderia não ser seu?
— Nem por um segundo — respondeu ele.
— Bem, seria compreensível se você tivesse pensado.
Ele sacudiu a cabeça.
— Sabia que você jamais diria que o filho de um outro homem era meu.
A confiança total que ele tinha nela fez com que Sakura soltasse um suspiro emocionado.
— Por Deus, você é tão... — Ela respirou fundo. — Você é uma pessoa melhor do que eu.
Sasuke deu um sorriso divertido.
— Você é a única pessoa que disse que eu sou bom... Nem mesmo minha mãe pensa isso de mim. Franzindo a testa, perguntou: — Se não houve outro homem, o que afinal aconteceu entre nós? Não vai me dizer que teve a idéia absurda de que eu só quero você por causa do bebê.
— Isso realmente passou pela minha cabeça, mas agora não mais. Sempre acreditei que você não me amava quando se casou comigo.
— Eu não a amava? Ela sacudiu a cabeça.
— Você estava numa situação terrível depois que Itachi  se suicidou.
— Achei que já tínhamos resolvido esse ponto antes.
— Oh, não estou dizendo que você deliberadamente me usou para apaziguar sua dor.
— Eu não me voltei para drogas para diminuir minha dor, eu me voltei para você? É isso que está dizendo? Presumo que você pensou que eu acordaria um dia completamente curado e que não precisaria mais de você.
Ela assentiu.
Ele jogou a cabeça para trás e deu uma gargalhada.
— Pelo amor de Deus, como pôde pensar em uma coisa tão louca? A morte de Itachi não teve nada a ver com meu casamento com você. Exceto pelo fato de que o episódio todo me fez aprender que um homem deve agarrar sua felicidade com unhas e dentes. É uma pena que meu orgulho me tenha feito perder isso de vista por um tempo. A dor faz parte do processo de amargura. Doeu quando Itachi morreu e ainda dói. Desconfio que seja algo que sempre sentirei. Eu superei meu sofrimento porque a assumi, minha linda. Quanto ao fato de você ser uma espécie de distração, Deus sabe que não pensei nisso em momento algum.
— E o que eu era?
— Minha companheira de alma, a única mulher com quem eu estava destinado a passar o resto da minha vida. Meu irmão sempre foi mais intuitivo do que eu. Quanto a mim, vi você de pé sozinha no meio do mato, as sardas do seu nariz, os cabelos cor de rosa...
— Ele suspirou e enrolou uma mecha de cabelo em volta do dedo — ...vi sua beligerância, sua coragem, sua teimosia e soube que queria acordar todos os dias olhando para aquele rosto. — As lágrimas correram pelas faces de Sakura. Ela estava tão feliz que poderia flutuar, de tanta alegria. — Quanto a enganar você, não foi deliberado, embora talvez eu procurasse me aproveitar de sua óbvia fraqueza por botas de caubói.
— Ele riu quando a cor se esvaeceu do rosto dela. — Quando nos conhecemos, senti de algum modo que estava começando a vida novamente. Não mencionei certas coisas, porque elas não pareciam importantes. Eu me sentia tão culpado por parecer estar querendo me aproveitar de você! — disse ele. — Agora que você sabe que não sou nem de perto tão necessitado e vulnerável como você imaginou, me diga se ainda me quer.
Um sorriso arrebatador se espalhou pelo rosto de Sakura.
— Vou te querer sempre, meu amor.
— Mesmo se você souber que trairei, mentirei, manipularei e venderei minha alma a fim de conservar a única coisa sem a qual não posso viver?
— Se esta coisa for eu, não vejo problema algum! Sakura ficou sem ar quando ele literalmente se jogou em cima dela no sofá.
Por algum tempo eles se beijaram e se tocaram com paixão fora do controle. Foi Sasuke quem se desprendeu dela, rolando para o chão, onde ficou de costas, respirando forte.
— Acabou de desmaiar e eu pulei sobre você como um animal selvagem. Esquecemos do bebê! O que acha disso?
— Selvagem? — disse ela, rompendo a camisa dele com a mão, fazendo os botões se espalharem pela sala e revelando o sinal vermelho da mordida que dera no ombro dele. — Quanto ao bebê — disse ela, pressionando a mão sobre a barriga —, perguntei à médica sobre essa área e ela disse que não havia restrições.
— Sei disso... Também perguntei. — Ele sorriu enquanto ela irrompeu em gargalhada.
Ela escorregou do sofá para o chão e montou em cima dele.
Sasuke permaneceu ali, com uma das mãos sob a cabeça e a outra na curva da coxa dela.
— Por mais que eu esteja gostando de ficar sob seu domínio, uma vez que você está se recuperando, não deveríamos trocar de lugar?
— Sou muito flexível.
— Isso não escapou à minha observação.
— Não posso acreditar que quase nos divorciamos. — Ela ficou pálida só de pensar naquilo.
— Receber sua carta me fez acordar.
— Então você teria vindo mesmo se não tivesse encontrado meu celular e ouvido a mensagem?
— Sim. Era somente meu orgulho ultrajado que estava me impedindo. Não morreria se você me deixasse, mas nunca mais seria um homem completo.
Os olhos de Sakura brilharam com todo o amor que Sasuke esbanjava quando caiu em seus braços. Ela sentiu o estremecimento dele quando se enroscou em seu pescoço másculo.
Ela se sentia segura.
— Eu jamais deixarei você, Sasuke. Nem se quisesse conseguiria... Eu te amo tanto!
Ele a beijou e foi retribuído, numa clara insinuação de que ela estava se oferecendo sem restrições. Quando ele afastou os lábios, ambos estavam ofegantes. Ela passou a mão pelos próprios cabelos róseos ...
— Meu Deus, devo estar horrível!
A vaidade feminina fez Sasuke sorrir.
— Você está linda, mas exausta. Sei que tem aversão por repouso na cama, mas estava imaginando...
— Quanto tempo você tem em mente?
— Oh, uns dois dias... Talvez três. Ela suspirou.
— Bem, se eu tiver que repousar.
Ele passou o dedo sobre a curva do rosto dela.
— Algumas vezes não posso acreditar no quanto você é linda. Fui ao hospital naquela noite apenas para observá-la enquanto dormia. Não terei mais que fazer isso. Agora tudo o que tenho a fazer é abrir meus olhos, pois a aviso desde já, Sakura, não tenho intenção de deixá-la fora de minha vista por um longo tempo. Agora precisamos obedecer ao médico.
— Dois dias de repouso na cama? — Ela passou os braços alegremente em volta do pescoço dele.
— No mínimo.
— Quanto à cama, acho que posso agüentar — disse Sakura, fitando-o com um olhar travesso. — Mas estava imaginando... Não posso ter minha pena abatida por bom comportamento?
— Pretende ser dócil? — Sakura, que tinha todas as intenções de ser má, sorriu para ele. — Você nunca conseguirá ser totalmente dócil, não é mesmo?
Sakura sussurrou junto ao ouvido dele.
— Então não seria eu, seria?
Afinal, Sasuke era o único homem no mundo com o qual ela não precisava fingir ser outra pessoa.
Dando um sorriso iluminado, Sakura lhe perguntou se alguma vez ele já pensara em usar suas botas na cama.
Ele deu uma gargalhada estrondosa.

                            👢


Notas Finais


HAI^^
PESSOAS LINDAS. A FIC ESTÁ CHEGANDO AO FIM. OBG A TODOS QUE ACOMPANHARAM, FICO FELIZ PELOS COMENTÁRIOS.
BEIJOS♡


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