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História Loira Sedução - Capitulo um


Escrita por: jessicamills

Notas do Autor


Essa história é uma adaptação desses romancinhos Sabrina da vida, a estória não me pertence e nem os personagens. Espero que gostem

Capítulo 1 - Capitulo um


- Diga que você não fez isso. - A voz de Regina estava mais baixa e calma que o normal. Os olhos castanhos escuros traziam uma expressão humilde, dissimulando a irritação em que se encontrava - Não de novo.

Gus Walter engoliu em seco.

- Não fique irritada antes de saber ao certo o que está acontecendo - disse o amigo, afrouxando o nó do lenço que tinha amarrado no pescoço. Era como se de repente ele estivesse apertado demais. - Não é como da última vez.

Regina resmungou, discordando sem precisar dizer nada, e olhou para o próprio retrato nas páginas da revista feminina "As mulheres do Texas". Era a mesma que serviu de capa para a Notícia dos Rodeios dois anos antes.

- É uma bela foto, não acha? - indagou Gus tentando amenizar a situação. - É muito boa, sempre gostei de vê-la montada no velho Vortex.

Diante do comentário, Regina resmungou mais uma vez, porém não parecia discordar. Era mesmo uma foto bem tirada, ela também gostava. O fotógrafo da revista conseguiu captar o exato momento. Sua forma estava perfeita, o braço esquerdo erguido bem para o alto e curvado sobre a cabeça. O salto da bota próximo à pata dianteira do touro, que tinha o corpo erguido na parte de trás. As franjas da roupa de Regina eram vermelhas e pretas e davam um efeito especial. O chapéu ainda preso na cabeça emprestava ao olhar de Regina um ar misterioso. Mesmo estando no meio de uma apresentação ela parecia calma e com tudo sob controle. Movia-se com destreza e precisão, como se fosse tão fácil montar em um animal bravo quanto embalar-se em uma cadeira de balanço.

As pessoas que estiveram no rodeio dois anos antes, naquele quente mês de julho, em pleno verão, deveriam lembrar-se dos segundos anteriores ao término de uma apresentação perfeita, quando o boi mostrou sua habilidade e a razão de sua fama, jogando a cowgirl ao chão. Regina caiu dois segundos antes de completar o tempo necessário para a classificação.

No entanto a fotografia era muito boa. Ela se orgulhava de ter saído na capa de uma publicação oficial e famosa como a revista da Associação de Cowboys Profissionais de Rodeio. Ao se ver olhando para a jarra de plástico sobre a mesa, Regina deixou as lembranças de lado e voltou a realidade.

- Diga-me no que essa vez é diferente da outra Gus

- Bem... - Gus ergueu a aba do chapéu e o retirou da cabeça passando a mão pelos cabelos brancos e voltando a colocá-lo. - Não fiz promessa em seu nome, só joguei a isca de forma sutil, como você gosta.

- Sutil? - repetiu Regina sorrindo sem dar crédito aquelas palavras e sabendo que o bom amigo não tinha nada de discreto. O próprio artigo na revista era prova disso, Regina leu mais uma vez:

- Caras senhoritas, sou Regina Mills campeã nacional de rodeios em montaria de touros por quatro anos consecutivos e uma tia solteira com três pequenas sobrinhas para criar. Cinco meses atrás, meu irmão mais velho e sua esposa morreram em um terrível acidente de trânsito e deixaram-me a incumbência de criar suas filhas. A princípio achei que pudesse dar conta da tarefa sozinha, mas agora vejo o quanto preciso de uma esposa para ajudar-me a educa-las de maneira certa e adequada. A mulher que procuro deve ser do tipo maternal, que tenha jeito com crianças, saiba cozinhar e tenha disposição para afazeres domésticos. Não é necessário que seja muito bonita, mas não recusarei nenhuma bela loira que aparecer. Não sou rica, porém tenho um bom pedaço de terra de onde tiro o meu sustento. Posso oferecer a mulher com quem me casar um bom e sólido teto, todo o respeito que uma esposa merece e uma noite na Taverna do Doggie de vez em quando para poder dançar e se divertir um pouco. Tenho ritmo e um corpo em boas condições físicas, exceto por alguns ferimentos de montaria que incomodam quando o tempo muda. Tenho um coração bom e espero o mesmo da pessoa que se candidatar"...

Sem conseguir ler mais uma só palavra do artigo sem avançar no autor, Regina fechou a revista e com cuidado e lentidão colocou a capa virada para baixo sobre a mesa de fórmica.

- Por acaso não lhe ocorreu perguntar me se eu queria ser usada como isca? Indagou incapaz de manter-se calma ao constatar que nenhuma mulher em sã consciência se importaria em responder a um pedido tão estranho por uma esposa. Apesar de ser escrito corretamente o artigo parecia ser feito por um cowboy idiota.

- Bem... Na verdade, pensei sim, porém sabia que não aceitaria a ideia por tudo que aconteceu com... - Gus tossiu ao dizer as últimas palavras, da última vez que procurou uma noiva para Regina a candidata, uma das mais belas moças de Dallas chegou a comprar um vestido de noiva. Entretanto todas as esperanças de casamento desapareceram quando a candidata soube que a campeã de rodeios tinha uma família formada e uma árdua tarefa pela frente.

Gus sabia que Regina precisava de uma mulher diferente das que conhecia. Nenhuma delas queria assumir a responsabilidade de cuidar de uma casa com crianças, e a situação ficava cada dia mais difícil. Três empregadas tinha passado pela fazenda nos últimos cinco meses, uma delas bebia o tempo todo, outra passava mais tempo adimirando Regina do que tomando conta das crianças e a terceira desistiu quando o porco de Gus a perseguiu pela cozinha atrás da torta de maçã que ela havia acabado de assar para o lanche da tarde. Não era fácil encontrar ajuda, ainda mais quando não se pode pagar um salário alto. Sendo assim Gus criou coragem e deu um jeito na situação, concluindo que naquelas circunstâncias, Deus o perdoaria se omitisse toda a verdade da amiga.

- Dessa vez a situação é outra Regina, será tudo bem diferente, a pessoa que responder ao anúncio não terá expectativas de um casamento comum. Saberá que você é uma fazendeira que trabalha duro, não vive de aventuras, ela estará a par do que terá pela frente, vai cooperar.

- Não terá expectativas? Vai cooperar? Você está querendo dizer que alguém já... - Regina cerrou os dentes furiosa, - está querendo dizer que alguma tola respondeu aquele artigo?

- Sim é isso mesmo, tenho uma dúzia de cartas. É uma revista bem popular entre as mulheres.

- Uma dúzia de cartas?

- Talvez um pouco mais. Existem muitas mulheres que sempre lêem. Sorte sua que várias estejam querendo casar se, pareceu-me boas pessoas, foi difícil escolher - argumentou esperando que Regina se mostrasse solidária ao seu dilema - Difícil mesmo, passei várias noites sem dormir em dúvida se tinha escolhido a pessoa certa pra você e para as meninas.

- Escolhido a pessoa certa para mim e para as meninas? - Regina o encarou incrédula - Achei que tinha dito que não havia feito promessas a ninguém, e começo a ter certeza de que você não disse a verdade.

- Bem… não diria isso - Era o que ele tinha feito, mas não queria confessar, não com Regina em pé a sua frente enfurecida.

- Você escreveu e fez a proposta para essa mulher, não foi? Fez isso, não é Gus?

Gus afrouxou ainda mais o nó do lenço que tinha no pescoço, recusando-se a encarar a amiga

-Oh, meu Deus!

- Não precisa colocar Deus nessa história. Ele não tem nada a ver com isso

- Nisso você está certo! - Esbravejou Regina perdendo a paciência. - Armou toda a confusão sozinho e vai desfaze-la da mesma forma, ligará para ela e dirá que o acordo está desfeito, diga a essa tola que não haverá casamento algum e que tudo foi um engano.

- Não posso fazer isso!!!

- O que quer dizer? Como não pode fazer isso? É só pegar o telefone… ligue para ela.

- Não posso, ela já está a caminho, enviei o endereço e cem dólares para a viagem até aqui. Pareceu-me um ato gentil diante da vontade dela em cooperar.

- Você fez o que?!

- Regina, você me ouviu. Ela está a caminho, vem de um lugar que eu nunca ouvi falar antes. Ofereci uma passagem de ônibus mas a moça disse que preferia vir dirigindo trazendo sua bagagem e a criança.

- Ela tem um filho?

- Um bebê - informou Gus - Um menino, chegarão amanhã por volta da hora do almoço, suponho.

- Não, não vou ser manipulada e envolvida em outro encontro embaraçoso com uma mulher que deseja se casar, de maneira alguma. Você pode muito bem sair do meu caminho, parar de interferir em minha vida e manda-la embora. Ainda não estou tão desesperada, as coisas não chegaram a esse ponto.

Gus a encarou sério - A Sra. Gillespie, do juizado de menores, responsável pela proteção das crianças nos fez outra visita esta manhã enquanto você foi a fazenda dos Meyer ver o cavalo que estão vendendo.

Regina sentiu um repentino ardor no estômago. Louise Gillespie era uma assistente social que tinha o direito dado pela lei de interferir na vida dela e das sobrinhas. Costumava visitá-la de vez em quando, porém nos últimos dois meses, as visitas ficaram mais frequentes, deixando as meninas assustada e chorando. Regina procurava lidar com a situação de forma diplomática, e resolvera não responder mal a ela até que a guarda definitiva estivesse acertada.

- O que aquela velha ranzinza queria dessa vez Gus?

- O mesmo de sempre, observar as meninas, ver se você está tomando conta delas direito e se não trazia mulheres perdidas pra dentro de casa.

-As crianças estão sendo bem tratadas - retrucou Regina - E eu não tenho chegado perto de uma mulher há vários meses, nem consigo me lembrar quando foi a última vez que isso aconteceu.

- Foi o que eu disse a Sra. Gillespie - explicou Gus. - Porém não acho que ela tenha acreditado, assim como não acreditou das vezes anteriores. Cheirou a louça do café da manhã que estava na pia e disse que a alimentação não era adequada para as crianças, e que era muito anti-higienico deixar um porco entrar em casa - Gus parecia insultado com os comentários sobre seu animal de estimação - Slik é tão limpo quanto qualquer um de nós, ele toma banho todos os sábado á noite comigo

- Então não acontecerá nada de novo- disse Regina aliviada

- Mas isso não foi tudo, ela falou que as meninas estão mais quietas que o normal, achou elas desanimadas e reservadas.

- Droga! É claro que as meninas ficam reservadas e desanimam quando essa mulher vem aqui, além do mais ela as assustou com aquela conversa de manda-las para viverem com os parentes de Carolina que moram em Nebrasca

- Foi isso que disse a Sra. Gillespie, mas ela não deu ouvidos.

Algo no olhar do homem idoso transformou-se em um vago mal estar que deixou Regina ainda mais nervosa.

-Estou fazendo o que posso Gus e quando encontrar a mulher certa irei me casar, só que isso demora um pouco

- Só tenho medo que demore mais tempo do que você tem

- Está bem - disse Regina cedendo ao inevitável. - Se ela aparecer por aqui, darei uma olhada, só uma olhada - repetiu desesperada, querendo protestar contra a armadilha que sentia que o destino lhe preparava - Não estou prometendo nada além disso.


Notas Finais


E aí ??? Continuo???


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