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História Loira Sedução - Capítulo quatro


Escrita por: jessicamills

Notas do Autor


Desculpe-me a demora. Estou de volta com mais um capítulo pra vcs aproveitem.

Capítulo 4 - Capítulo quatro


Emma olhou para Regina por cima da cabeça de Henry por um longo momento, sem compreender o que ele queria saber com aquela pergunta. Os olhos castanhos escuros que a observavam tinham uma expressão cínica e perspicaz, como se  desconfiasse de que Emma tinha um motivo escuso por estar ali, apesar de ela não compreender o que poderia ser. Por fim resolveu responder a pergunta e não a insinuações.

-Respondi ao anúncio publicado revista procurando por uma esposa.

-Por quê?

-Eu contei tudo em minhas cartas.

-Conte de novo - retrucou, sem querer admitir que não as lera, ou mesmo escrevera aquele artigo. - Quero ter certeza de que entendi bem as especificações da situação.

Emma hesitou, sem saber ao certo o que dizer. Já havia contado tudo o que ele deveria saber a respeito, o que mais poderia acrescentar? De repente Emma arregalou os olhos.

-Não foi você quem escreveu o artigo na revista! Não leu minhas cartas e nem enviou o dinheiro pedindo que eu viesse o mais rápido possível. Meu Deus, você não sabe nem ao menos meu nome!

Emma segurou Henry mais forte contra o peito, lutando contra o pânico que crescia dentro de si. Tinha saído do apartamento, vendido seus últimos pertences e colocado o restante no porta malas do carro e Regina nem sabia como se chamava…

-O que está acontecendo? - indagou aflita e confusa.

- Não misture as coisas - respondeu Regina, sem perceber que estava repetindo a frase que Gus dissera no dia anterior. - Não está acontecendo nada, pelo menos não o que você está imaginando, é apenas um mal-entendido, nada para ficar assustada.

-Nada para ficar assustada?! - Emma respirou fundo do tentando se acalmar - Quem escreveu o artigo?

- Um velho amigo intrometido chamado Gus Walter, que decidiu que eu não estava conduzindo minha vida da forma e rapidez que ele desejava.

- Foi ele também que respondeu às cartas e para casar-me com você?

- Sim

- E você não sabia nada sobre o assunto?

- Não até ontem à tarde, quando Gus me contou o que havia feito, e era tarde demais para evitar que você viesse.

- Compreendo… - O desespero começava a tomar conta de seus sentimentos. Não sabia o que deveria fazer. - Então essa viagem foi uma perda de tempo para nós duas, não foi? Vim até aqui por nada.

- Bem…- Regina hesitou por um rápido segundo pensando no que estava prestes a dizer, - Não necessariamente.

- O que quer dizer com isso?

- Conte-me primeiro por que respondeu ao anúncio.

- Achei que a resposta fosse óbvia - disse indicando a criança nos braços.

- Na verdade não é não. Vejo um bebê e uma bela mulher, não vejo respostas alguma nisso, preciso de uma antes de saber o que fazer nesse caso.

Sem saber o ir dizer o que fizera tomar tal decisão, Emma se manteve em silêncio por um momento.

Tinha sido muito fácil colocar os fatos em uma carta, de forma verdadeira e circunspecta, descrevendo os pontos principais da situação sem revelar o pânico e desespero que a levará responder o anúncio. Emma não sabia se conseguiria falar tudo, quanto Regina precisava saber? E quanto estava disposta a saber? Quanto a deixaria satisfeita?.

Diga-me a verdade, é o que peço. Toda a verdade.

-Estou desesperada - confessou Emma, decidida.

-Desesperada, como?

-Sou uma mulher separada, com um filho doente nos braços. Sei que ele parece saudável mas Henry nasceu com um defeito no coração. Tem necessidades especiais que tornam uma creche inviável, mesmo que pudesse pagar por uma, o que não é o caso. Minhas economias estão quase no fim e não consegui encontrar um emprego nesses cinco meses que estive procurando. O próximo passo seria pedir ajuda ao Estado, e não quero fazer isso, por mim e pelo meu filho.

- E o pai dele?

- Abandonou-nos. Não sei onde está - Emma ergueu o queixo com orgulho - Não me importo com ele.

- Você não tem parentes a quem possa recorrer até estabilizar a situação? Irmãos? País? Primos?

- Ninguém, sou sozinha

- Então está dizendo que não tem ninguém e viajou todo o Texas para se casar com uma estranha somente por segurança? É difícil engolir essa história.

- Não entendo por quê. As mulheres fazem isso desde que o casamento foi inventado. Muitas delas se unem a pessoas estranha.

- Talvez outras mulheres precisem disso, mas não alguém como você.

Emma a encarou confusa.

-Por que não uma mulher como eu?

- Porque não faz sentido algum, você é bonita e muito sexy. Inteligente também ou não seria enfermeira - disse lembrando-se que Gus lhe revelara a profissão da candidata. - Para mim parece que pode escolher o homem ou a mulher que desejar.

Emma deu um leve sorriso diante da ingenuidade de Regina.

-A maioria dos homens e mulheres não estão interessados em mulheres com bebês, menos ainda se for uma com criança doente que precise de atenção e dedicação o tempo todo, preciso de segurança.

- E o amor? E a confiança, compatibilidade e companheirismo?  - indagou lembrando-se do irmão, da cunhada e dos pais. O tipo de relação que sonhara ter um dia.

- O que tem isso? Estava pensando em amor e compatibilidade quando decidiu continuar com o que seu amigo começou? Está pensando em prosseguir com os planos dele, não é? Foi por isso que disse “ não necessariamente”, não foi?

-Preciso de alguém que cuide das meninas como uma mãe

- E eu preciso de segurança para meu filho, se houvesse outra saída, pode acreditar que teria encontrado, mas não há. Por isso estou aqui aceitando me casar com você, uma mulher que não conheço, pela saúde do meu bebê. Não acho que sou diferente de você

- Está certa, nós duas temos de pensar em outras pessoas além de nós mesma, precisa ser capaz de cuidar de seu filho e eu de alguém que cuide das meninas, é uma situação lastimável… Bem talvez esteja louca, mas acho que tem um jeito de lidar com isso dando vantagem a ambas.

Regina sorriu, o sorriso era doce, charmoso, cativante e destacava a cicatriz no canto dos lábios convidativo.

Emma fitou-a com suspeita, desconfiada daquela expressão tão amável. Regina não conseguiria nada além do que ela poderia dar.

-Tenho uma proposta para você

- Pode falar, estou ouvindo

- Casamento é uma decisão muito séria, concorda?

- Sim, é uma decisão seríssima

- Sim, o fato é que não quero magoá-la mas…- Regina passou a mão pelos cabelos antes de dizer toda a verdade. - Você não é o tipo de mulher que eu tinha em mente para ser minha esposa.

Emma era exótica, charmosa, atraente. O tipo de mulher que Regina gostava de ter em sua cama, porém casamento era outro assunto, e era outro tipo de mulher que se encaixava no padrão esposa. Sendo uma mulher de responsabilidade e obrigações precisava de uma companheira e não de amantes.

-Você também não seria minha primeira escolha para esposa - Emma afirmou com franqueza - porém não tive escolha, por isso estou aqui

- Mas podemos tirar vantagem dessa opção limitada que nós temos

- O que nos leva a sua opção, certo?

- Sim - concordou Regina, fitando-a através da mesa - O que estou sugerindo é uma experiência de seis meses, para ver como tudo funciona. Se der certo podemos pensar em casamento.

Emma não piscou, nem parou pra pensar.

-Não - respondeu sem dar chance de argumentações.

- Por que não? Isso nos daria a chance de nos conhecermos, descobrirmos se somos ou não compatíveis. Ver se podemos viver juntas sem deixar uma a outra maluca.

- Sem amostra ou período de experiência.

- Não estou sugerindo que sexo faça parte desse acordo.

Emma olhou desconfiada para Regina

-Não está mesmo?

- É claro que não. - Ela começou a falar indignada; em seguida parou e deu de ombros. A forma como Emma a encarava  não a deixava mentir. - Está bem, admito, o pensamento em levar você para a cama não deixou de existir. Você é uma mulher muito sensual e eu sou humana, pensar em sexo é inevitável, natural, mas…

- É por isso que não haverá período de experiência

- Você não precisa se preocupar - continuou Regina com a voz suave. - Eu não a forçaria a fazer nada do ir não quisesse, posso assegurar que nunca precisei forçar nenhuma mulher a deitar-se comigo, ao contrário elas vêm de livre e espontânea vontade.

- Tenho certeza que não - consentiu Emma, ignorando a forma sedutora como ela falava e olhava. - Porém, existem outras formas de coação diferentes da força física. O sentimento de obrigação de uma pessoa pode ser uma arma muito poderosa nesse caso, eu estaria nessa situação morando sob seu teto, comendo sua comida e sendo sustentada por você. Iria me sentir na obrigação de agradá-la, não são obrigações ou gratidão que quero nesse acordo.

- Você ficaria tomando conta da casa e das meninas, cuidaria da comida, do jardim, é muito trabalho é isso compensaria qualquer obrigação comigo

- A única coisa com a qual pode apagar qualquer sentimento de obrigação de minha parte é um pagamento mensal, se o nosso trato fizer parte de um acordo de negócios empregado e empregador, posso considerar sua proposta.

- Já passei por essa situação e não funciona, para falar a verdade não posso pagar uma governanta agora - explicou pensando no novo cavalo que tinha acabado de comprar de Dale Meyer. - Ser fazendeira é um negócio que não deixa muito dinheiro sobrando

- Concordo em trabalhar por um baixo salário, não preciso de muito para não sentir-me na obrigação de ficar com você ou para não dar importância ao seu lado “masculino” e imaginar-se no direito de ter algo como sexo.

- Como é que é?

- Se fizermos como você quer, ficarei morando na sua casa, dependendo de você, não como esposa mas provendo todos o serviço de uma esposa, assim você se sentiria no direito de ter sexo também. Não adianta balançar a cabeça, quero a mesma honestidade que você quer. Se eu concordasse mais cedo ou mais tarde desejaria e ficará ressentida por não ter, me pressionando com o seu charme, acabaríamos brigando e eu terminaria da mesma forma que me encontro, sem emprego, sem dinheiro, sem um teto e uma criança doente para sustentar - Emma a olhou bem dentro dos olhos - Não pode negar que eu estou certa

- Bem… analisando desta forma, não. Não posso negar que comecei a fantasiar em tê-la nua nos meus braços dois segundos após ter entrado nesta cozinha, porém não sou mais uma adolescente à mercê de seus hormônios, não a pressionaria para fazer amor comigo, não importa o quanto eu a desejasse

Nesse instante uma criança vacilante entra na cozinha.

-Tia Regina?

- A Sra Swan e eu ainda não terminamos nossa conversa, Amanda - explicou Regina com gentileza sem tirar os olhos de Emma - e o mingau não está queimando.

- Não é o mingau, é que … tia Regina?

- Agora não Amanda… - Ao virar a cabeça ficou preocupada, o que viu fez a levantar depressa. - O que aconteceu meu amor? Se machucou?

- Não, eu estou sangrando

- sangrando? Regina pegou-lhe as mãos e virou-se para ver se havia algum ferimento. - Onde?

- Lá embaixo, - disse colocando as mãos  sobre a barriga - Acho que fiquei menstruada, mas não sei o que fazer.

Regina ficou estática, olhando para a menina sem saber que atitude tomar. Em sua condição nunca precisou se preocupar com isso. Emma percebendo o embaraço das duas levantou-se ficando ao lado de Regina e com delicadeza tocou o ombro da menina.

-Sua mãe lhe falou algo sobre isso?

-Sim

- Então sabe que é natural e normal, não há nada para ter medo ou vergonha, isso quer dizer que está se tornando mulher.

- Sei disso, mas não tenho nada para usar

- Tudo bem eu tenho, vamos pegar a minha bolsa.

Amanda concordou estendendo a mão para Emma, que virou-se para Regina.

-Você pode cuidar de Henry por alguns minutos? Logo estarei de volta.

Quando voltou o restante da família Mills estava na cozinha. Gracie e Laura estava ao lado da tia falando como matracas e comendo mingau e passando a mão nos dedinhos do pé de Henry. Um velho cowboy de cabelos brancos encostado na pia, ela presumiu ser Gus, um porco gordo encostado na perna de seu dono é urso que dormia sossegado.

Regina olhou para Emma quando ela se aproximou da mesa.

-Amanda está bem?

- Está. Dei a ela um comprimido para cólica e a deixei no quarto deitada abraçada a uma boneca, alguém precisará levá-la até a farmácia mais tarde, ela precisa de algumas coisas.

- Obrigada por me ajudar nisso, você sabe… bem… não tive que me preocupar com isso… minha condição

- Tudo bem, Gus me explicou em suas cartas. Não há problema algum

Regina ficou ruborizada e assentiu com um gesto de cabeça, em seguida pegou as mãos de Emma. No mesmo instante ela começou a puxar o braço, sem sucesso. Regina a segurava com firmeza e a fez encará-la.

-Decidi apostar na sorte.

Emma ficou estática

- Apostar na sorte? Repetiu sem compreender.

Gus virou-se para ver o que estava havendo. As duas meninas sentindo que algo importante estava para acontecer pararam de conversar. Até urso ergueu a cabeça.

-Estou pedindo que se case comigo, quanto mais rápido, melhor.


Notas Finais


Perdoe os erros, Deixe-me saber o que estão achando. Até o próximo capítulo.


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