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História Seduction Game - Seven


Escrita por: Mrs_H

Capítulo 7 - Seven


Fanfic / Fanfiction Seduction Game - Seven

Kim Taehyung acordou de seu sono mais do que revitalizado. Sua mente ia de encontro ao momento que teve com o Jung e ele não poderia se sentir mais do que pleno e um tanto quanto acanhado, já que se passava por sua cabeça mil e uma coisas. Sendo elas boas ou não. Queria ao menos aproveitar um pouco do seu momento, mas nem isso ele podia, já que sua mente lhe jogava contra a face possibilidades que muito lhe preocupavam. E uma delas estava riscada em sua pele a todo momento. Os arranhões que tinha em sua pele, o cheiro dele, o gosto daquela boca, o jeito como ele o olhava na hora do sexo, assim como as marcas de chupões, um pouco de dor em suas partes baixas. Tudo ainda estava ali, ele ainda tinha tudo e um pouco mais de HoSeok em si e isso lhe trazia uma ânsia boa.   

Mas esse sentimento sumia assim que que ele pensava que tudo o que tinham não passava de um contrato que ele precisaria ir embora assim que o dia se findasse. E no fundo ele não queria ir. Claro que não, sentia seu coração pulsar forte quando se lembrava do olhar no Jung em si, assim como quando imaginava seus beijos e quentes e como ele lhe tratava, assim como quando o chamava de amor, lhe aquecendo a mente e o coração. Se recordava da forma como ele for homem o suficiente para cuidar de si e lhe fazer sentir como se fosse um verdadeiro rei em um castelo, quando na realidade não se sentia mais do que um simples trapaceiro na grande maioria do tempo. Seu coração estava pedindo por algo mais do que o poder do dinheiro e o Jung lhe trouxe tudo isso e muito mais.   

  
  
  

Se espreguiçou e sentiu o aroma do perfume dele lhe tomar os lençóis. E lhe afligia um pouco a ideia de que ele não estava mais ali ao seu lado, para lhe amar. Amar... será que ele lhe amava? Era algo que estava se perguntando a um tempo, já que sabia que estava apaixonado pelo Jung. Não tinha para onde fugir e o que fazer, era um sentimento que estava lhe tomando aos poucos e ele não conseguia escapar dele. Ele queria ser correspondido e isso era o que lhe doía, a incerteza de não saber se estava sendo correspondido. Quis chorar e aos poucos essa sensação fora se tornando ainda mais forte quando observava a não muitos metros de si suas malas. Estas completamente arrumadas e alinhadas um pouco próximo a porta. Um nó se formou em sua garganta, assim como seu coração acelerou inevitavelmente. Seu estômago revirou e ele não pode conter os pingos salgados que lhe manchavam a face que – outrora – estava coberta de beijos e de um amor que ele acreditou que existisse. Se sentiu usado, traído, se sentiu sujo, achou que uma puta detinha mais consideração do que ele e o pior, achou que não passava de um corpo para HoSeok.   

Assim, não quis ficar ali nem mais um instante. Seu corpo doeu de leve assim que ele se levantou e achou estranho e até irônico ter ao lado da cama – no criado mudo – uma cartela de comprimidos um copo de água e um bilhete dizendo para tomar o remédio caso sentisse dor. Quis chorar ainda mais por causa daquilo. Achou que o outro estava sendo apenas hipócrita e um completo idiota. Tanto que tudo o que fizera fora colocar o remédio na lixeira e jogar o copo com tudo pela janela, não se importando com nada.   

Já dentro do box do banheiro ele se deixou ser lavado pela água morna, achou que ela lhe duraria todas as dores que percorriam pela sua pele, mas ela não estava nem perto de retirar de si as que acertavam em cheio sua alma. Quis morrer por um momento e se sentiu um idiota. Era apenas um contrato e ele sabia, mas porque então não conseguia superar? Porque então não tinha forças para seguir em frente? Porque ainda sentia como se um pedaço enorme estava sendo arrancado de si? Ele o queria e o amava. Mas porque o outro não podia ver isso?  

Chorou, chorou demais. Se sentiu mais diminuto do que já estava se sentindo, sua mente estava rodando e ele não evitou quando seus joelhos não tiveram mais forças e ele se deixou escorregar com as costas apoiadas na parede lisa do banheiro. Ali naquele chão ele se sentiu como um cão abandonado, se sentiu menor do que já estava se sentindo e praguejou a si mesmo por não conseguir controlar seu coração que lhe esmagava o peito. Não conseguiu parar de soluçar e nem muito menos de tremular, seus olhos ardiam e tudo o que ele queria era sumir dali.   

– Senhor, suas malas estão arrumadas. – uma das muitas empregadas avisou ao mais novo. – Espero que estejam como o senhor pediu. – “Como eu pedi? ” Taehyung não entendeu a frase, mas esta não lhe saiu da mente, não enquanto via um dos seguranças levando as mesmas para o carro.  

– Eu agradeco por toda a atenção. – disse simplista. Só queria sumir dali.  

– Nós quem agradecemos. – uma segunda serviçal se pronunciou. – Em anos nunca vimos o nosso patrão tão feliz. Pena que o senhor decidiu partir. – disse sincera e o Kim ficou ainda mais confuso. Ele não... Mas não importava. Se HoSeok mandara que fizessem suas malas, assim seria. Ele iria embora sem olhar para trás. Assim cumprimentou a todos e agradeceu mais ainda, se dirigindo para o carro que o levaria embora. Antes de ir olhou mais uma vez em direção a janela do quarto dele e suspirou. Sentiria falta e tinha de lidar com o peso desse amor por muito, muito tempo.  

  
  
  

[…]  

  
  
  

  
  
  

HoSeok chegara em casa com um sorriso enorme, assim como um lindo buque de flores e uma caixa enorme de chocolate. Os prediletos de Taehyung. Seu coração estava acelerado e tudo o que ele mais queria era ver seu menino. Estava ansioso para pedi-lo em namoro, por mais que achasse cedo e um tanto quanto apressado, mas ainda assim estava necessitado de fazer esse pedido ao mais novo. Não aguentava mais um momento sequer sem ter a certeza de que Kim TaeHyung era seu e somente seu. O que sentia por ele não podia mais ser escondido e aquele momento que tiveram entre lençóis só comprovara que eles se queriam. Precisava ter o outro ao seu lado e não aguentava mais a distância que os separava. Queria vencê-la e ter a certeza de que o outro o amava.   

Andou a passos largos escada a cima, levando seus presentes com um sorriso enorme no rosto, o que causou estranhamento em uma das empregadas. Ela estava tão confusa, mas decidiu não dizer nada. Pensou se seu patrão sabia que o convidado já havia ido embora e ainda mais, sobre seu mandato e desejo do mesmo? Aquilo lhe martelou a mente por um momento, mas a velha senhora apenas deu de ombros e voltou as suas atividades na cozinha, pensando que não era seu dever se intrometer nos assuntos dos seus patrões. Mesmo que ela achasse que havia algo errado.   

HoSeok chegou ao seu quarto, onde esperava encontrar TaeHyung dormindo ou mexendo em alguma coisa. Mas ao invés disso não encontrou nada. Deixou os presentes em cima da cama e saiu a uma procura pelo menor na casa, achando até um pouco divertido o fato dele estar se “escondendo” de si. Pensou nos muitos beijos e abraços que poderia dar nele, assim como na vontade que sentia de poder agarrá-lo e lhe dar todo um amor do mundo. Pedir ele em namoro era apenas um detalhe. Ele queria mais do que isso. Sorriu ainda mais largo enquanto andava pela casa.   

Sua procura constante estava o cansando e ele sentiu um aperto no peito. TaeHyung havia ido embora? Era uma possibilidade que não lhe sumir da cabeça. Onde estaria o seu menino? Pensou. Assim no lugar de procurá-lo pelo que restava da casa ele decidira logo consultar os seguranças ou as muitas empregadas do lugar. Onde estava o Kim? Não conseguia pensar em nada concreto. E também não lhe passava pela mente que ele pudesse ter ido embora, não agora. Não quando tinham um sentimento tão bonito e profundo que se desenvolvia aos poucos. Sua mente estava bagunçada.   

  
  
  

– Viram o senhor Kim? – Perguntou por fim ao chegar na cozinha da casa.  

– Ele foi embora senhor. – uma das cozinheiras disse simplista e nesse momento HoSeok sentiu seu mundo ruir. Quis chorar, assim como o outro, mesmo sem saber disso. Eram os mesmos sentimentos e a mesma dor. Ele havia ido embora? Havia lhe abandonado como se não fosse nada? Porque, porque? Ele não conseguia formular na mente motivos concretos. Achava que o menor estava sentindo por ele o mesmo que ele sentia por si. Mas nada mais importava agora. Estava sozinho e parecia que TaeHyung pouco ligava para si.  

  
 […] 

 
 
 

 
  

Duas semanas se passaram desde aquele dia. As pessoas podiam não acreditar nos pensadores quando eles diziam que podemos sim morrer de amor. Ele nunca esteve errado e isso se dá pela seguinte frase, muitas vezes apenas sobrevivemos ao invés de viver. E era isso que o Jung estava fazendo naquele momento. Ele apenas estava sobrevivendo, de uma forma errada, mas sobrevivendo. Apenas vegetando porque respeitava demais as crenças que diziam que a vida não era sua e que não se deveria abandoná-la sem mais e nem menos. Mas só e somente por isso que ele não havia colocado uma corda no seu pescoço, já que havia uma em seu coração.   

Ele havia deixado TaeHyung em paz, já se passavam exatas duas semanas desde então. Poderia parecer pouco para uns, mas para eles era como o fim, como se estivesse apenas respirando por um aparelho chamado tempo. Não desejando a vida que tinha, já que ela não estava ao lado dele, assim como não desejava fazer mal ao garoto que tanto amava. Mas não o obrigaria a ter nada consigo. Não era do seu feito e nem muito menos era daqueles que forçaria uma pessoa a estar consigo. Seria um crime.   

Por esse motivo ele não saia mais daquele quarto. As empregadas assim como o Jeon lhe levavam comida, mas ele recusava de forma gentil e até pedia desculpas as cozinheiras, por terem feito algo gostoso e ele nem ao menos ter tocado em nada. Seu quadro era alarmante e o Jeon parecia ter seus olhos fechados para isso, por mais que seu amigo não fosse mais como antes, não lhe chamasse mais para sair e nem muito menos tinha ânimo para os negócios. Aquilo lhe maltratava demais e ele queria logo um fim para aquele sofrimento. Seu sofrimento. Já que ele sabia que a causa ali era o seu amor não correspondido.   

Por mais que se sentisse um tanto egoísta, não queria deixar que seu amor fosse com outro homem, mesmo que o mantivesse infeliz, mas seria infeliz ao seu lado. Esse era o pensamento que tinha enquanto o outro dormia ao invés de estar com ele em clubes, bares ou as festas da empresa. Um sono que durava muito, quase o dia inteiro e depois de um tempo ele descobriu que o mais velho tomava remédios para dormir e deduziu que ele quisesse viver feliz com o outro no mundo dos sonhos. Suas deduções não estavam erradas e aos poucos ele entrava em desespero. Mas não cedia, não quando achou que a solução seria uma viagem.   

Propôs ao Jung que fossem ao México, um lugar onde o outro vivia dizendo que tinha vontade de ir, mas isso não lhe animava e ele nem ao menos tinha intenção de se mover daquela cama. Não queria sair dela não queria deixar de estar com Taehyung mesmo no mundo dos sonhos e não queria que o outro fugisse de si, mesmo que só em seus devaneios mais loucos e profundos. E aos poucos aquela situação estava se tornando pior, tanto que nem os empregados aguentavam mais. Não aguentavam mais nem olhar para o rosto abatido e cansado de HoSeok. Um HoSeok que não comparecia mais a nenhuma refeição e cuja voz não era mais ouvida dentro daquela casa. Tudo não passava de sombras, ele era uma pessoa morta.  

  
  
  

[…]  

  
  
  

  
  
  

TaeHyung se sentia morto de igual maneira. Ia trabalhar sim, mas sempre entrava em uma guerra interna. Achava que o outro voltaria para vê-lo ao passo que não queria que aquilo acontecesse. Assim, passava aquelas duas semanas olhando sempre para a porta de entrada, distraído. Mal comia, não dormia mais e nem muito menos cuidava de si. Seus cabelos estavam um caco, seu corpo estava cansado, mais magro. Seu rosto estava com olheiras enormes e ele parecia uma sombra tal igual ao Jung. Estavam sofrendo sem o outro e não davam o braço a torcer pela forma errada com que tudo aquilo começou. Não passava de uma aposta, pensou. Não passava de um momento sem importância, pensava e repensava. Nada lhe tirava isso da mente, mas mesmo assim ele sofria, sofria tanto que nem ao menos sentia que estava morrendo aos poucos.   

Tentava encontrar outras pessoas, sair, mas não tinha mais vontade de nada e nem queria fazer mais nada do que dormir. Sua mãe estava preocupada e lhe empurrava para fazer qualquer outra atividade que fosse e até chamava antigos amigos seus, antigos ficantes ou até mesmo algumas garotas, mesmo que soubesse que o filho não gostava delas, tudo para tentar animar o seu menino. Ela sabia que ele estava sofrendo por amor e por amor ele estava morrendo aos poucos e ela não podia fazer mais nada do que observar e esperar que um dia aquilo passasse. Temia por seu filho.   

No final das contas seria tempo perdido. E ele nem queria mais saber de nada, quanto mais de perder mais coisas do que um dia já perdeu. Chorou de novo a noite enquanto se recordava do cheiro e do toque dele, naquela casa que dividia com a mãe, tão pequena, mas que parecia tão grande enquanto seu coração estava diminuto a cada badalar do relógio. Sem ele o tempo era o maior carrasco. Ele queria HoSeok e sem ele tudo não passava de sias perdidos. Mas ele tinha seu orgulho e não queria ser comparado a uma puta. Queria amor de verdade.   

  
  
  

[…]  

  
  
  

  
  
  

O tempo estava passando e JungKook estava se sentindo ainda pior, estava na casa do Jung e este disse a si que tomaria um banho rápido e que aceitava ir com ele a empresa, já que precisavam assinar uns papeis rapidamente. Mas mais tempo do que o necessário estava se passando e ele estranhou aquilo. E meio inseguro e incerto se deveria ou não adentrar no banheiro alheio ele caminhou até a porta do local onde o outro se banhava. Não ouvia o barulho do chuveiro assim como não ouvia nenhum movimento. Andou um pouco mais para dento do cômodo e notou o outro desacordado e mergulhado na água.   

O retirou as pressas e deu alguns tapas em sua face para poder acordá-lo. O medo lhe assolou e só quando o outro acordou que ele notou o que estava fazendo. Queria tanto assim HoSeok a ponto de não se importar se ele morreria? Contanto que estivesse em seus braços? Aquilo fora como um baque para si. Sua mente registrou aquilo como um sinal de alerta a ele tragou em seco. Com muito custo retirou o mais velho da banheira, o secou e o vestiu. O deixou em sua cama e percebeu que ele estava sonolento ainda. De certo efeito dos remédios que tomava aos montes para dormir.   

 
 
 

 
 
 

 
 
 

O Jeon pediu desculpas de forma silenciosa ao seu hyung. Sabia que estava indo longe demais e já estava na hora de assumir isso e parar. Precisava resolver as coisas e concertar aquilo que quebrou. E trazer de volta aquilo que sempre foi de seu hyung. De novo pediu perdão e meio sem saber se estava agindo de forma correta ou não seguiu sua vontade louca e deixou um selar nos lábios de um HoSeok desacordado. Seria o seu último contato com o mais velho. E ele jurava para si que traria Kim TaeHyung de volta para ele.  


Notas Finais


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