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História Seele - 20 - Meine Seele, deine Seele, unsere Seele


Escrita por: Hawk03

Notas do Autor


E esse é o último capítulo. O título está em alemão e significa "minha alma, sua alma, nossa alma". Ainda tem o epílogo e quis logo adiantar porque esse final também já tinha sido planejado na minha cabeça assim que o prólogo foi postado aqui.


Ademais... é hora das emoções finais.

*recomendo que escutem Blue do BIGBANG na última parte deste capítulo, a partir do hospital*

Capítulo 21 - 20 - Meine Seele, deine Seele, unsere Seele


Fanfic / Fanfiction Seele - 20 - Meine Seele, deine Seele, unsere Seele


"Ei, se eu sorrir com meus dentes
Aposto que você acredita em mim"

(Fake Happy - Paramore)

 

 

 

 

 

Olhou para a lata lacrada e abandonada de Pringles no chão e depois encarou Phichit de volta. Como assim, ele iria se casar com aquele coreano? Yuri ainda estava tentando raciocinar, pensar com calma e digerir a notícia. Esse não era o tipo de informação que se jogava daquela forma, como se fosse um meteoro caindo na Terra. Achava que o tailandês estava sendo impulsivo demais, pois mal havia reatado o romance com Seung Gil. Por reflexo, pegara o objeto que deixara cair. Respirou bem fundo antes de abrir a boca e rezou mentalmente para ser cuidadoso com as palavras. Phichit Chulanont era alguém precioso para Yuri Katsuki e queria saber o porquê de tão repentina decisão.

- Então... vocês vão se casar... er... parabéns. Mesmo sendo uma decisão impulsiva, eu a respeito por ser seu amigo, Phichit-kun. Mas por que decidiram isso agora? - agarrava a lata de Pringles um pouco nervoso. Ainda estava lidando com a saída de Chris daquele apartamento. 

- Eu não quero mais me separar do Seunggie. Depois de tudo o que aconteceu... só acho que mereço poder ser feliz. E não é como se eu estivesse me atirando na frente de uma guilhotina. Mesmo ele tendo feito o que fez comigo por medo de acontecer alguma coisa... quando se ama, costumamos pensar mais com o coração. E é o que eu sinto. Agradeço por respeitar minha escolha. - o moreno foi para o sofá abraçar um fotógrafo prestes a chorar. - E lógico que eu não irei lhe abandonar, bobão. Ainda não vou embora desse apartamento. 

- Deixe eu ser um bobão. É que... não sei se vou conseguir me acostumar ficar aqui sem você nesse apê minúsculo. Só espero que você se cuide com esse coreano presunçoso. 

- Ei, eu ouvi isso aí japonês! Presunçoso, eu? Diga isso ao seu amigo suíço! - Seung Gil volta para a sala no momento da conversa. - E o russo? Vai morar no banheiro ou o que? 

Victor retorna ao local ainda morrendo de vergonha por ter sido pego. Sentou-se ao lado de Yuri e pegara a lata de Pringles da mão do japonês. Por estar alheio ao que acontecia ali, voltou a assistir Saint Seiya como uma forma de esquecer o constrangimento que passou ao ser pego daquela forma por Phichit e o namorado dele. Os asiáticos no recinto logo perceberam a mudança de clima ao ouvirem Seiya clamando pelo espírito de Pégaso, já que a TV estava em um volume considerado alto. O russo estava parado ali feito estátua, hipnotizado pela televisão. Nada pareceu atrair sua atenção, nem mesmo Phichit soprando em seu ouvido. Voltou a si quando Yuri desligara aquele barulhento aparelho. 

- Victor-san? Tá tudo bem com você? - não obteve resposta. - Olha... desculpa por te deixar constrangido. Juro que não faço mais. 

- Ah...! Yuri... não precisa se desculpar. Foi apenas uma coincidência a chegada deles. Ninguém iria adivinhar isso, né? Que tal se a gente voltar a assistir? Terei que voltar ao hotel logo, antes que eu pegue o pestinha do Yuratchka aprontando, hehe. - disfarçou seu desconforto tentando desviar do assunto. 

Yuri resolveu ligar a TV novamente e terminar de assistir Saint Seiya com o ator. Phichit e seu noivo também acompanharam a atividade peculiar do casal, já que atrapalharam - mesmo que sem querer - o momento íntimo de ambos. O fotógrafo apenas se levantou para pegar mais latas de Pringles, já que a única que ainda restava estava sendo disputada no tapa entre um russo, um coreano e um tailandês. Apesar de achar tal cena divertida, pensava no quanto aquilo em breve deixaria de existir. Ainda pairava em sua cabeça o fato de que Victor um dia teria que ir embora e que não voltaria pro Japão tão cedo. Sacudiu a cabeça para afastar de sua mente essa possibilidade. Tinha que aproveitar o máximo que poderia enquanto o prateado estivesse do seu lado. Não demorou tanto a ceder para depois ter que se lamentar pelo tempo que perdeu. 

E é claro que Yuri Katsuki teve sua vingança. Logo depois de Victor ter ido embora, Phichit e Seung Gil foram para o quarto do mais novo. O japonês não podia perder tamanha oportunidade e assim que o ato sexual entre o ator e o idol teve início, Yuri ligara os potentes alto-falantes de seu MacBook e passou a cantar Pegasus Fantasy bem perto da parede que separava seu quarto do de Phichit. Aquela era a sua chance de se vingar pelo amigo ter sido um empata foda.

- BASTA ELEVAR O COSMO DO SEU CORAÇÃO!!! TODO O MAL, COMBATER! DESPERTAAAAR O PODER! SUA CONSTELAÇÃO... SEMPRE IRÁ TE PROTEGER!!! - o plano dera certo quando ele viu um Phichit furioso na porta de seu quarto, coberto por uma fina toalha. Ainda se dera a oportunidade de pegar seu iPhone e fotografar a cara do amigo, que estava realmente impagável. Guardaria aquilo para sempre na memória e na infame foto que tirara.

- PUTA QUE O PARIU, YURI!!!

x-x-x-x-x

 


"Não importa quem eu conheci
Continuei pensando em você"

(Comeback When You Hear This Song - 2PM)

 

 

 

 

Depois de levar uma baita bronca de Victor e gravar suas partes do drama, Yurio estava de volta ao hotel, já pronto esperando JJ ir buscá-lo. Não havia se dado conta de que a festa de despedida de Otabek aconteceria ainda naquela noite e só ficou sabendo depois dele e do namorado terem recebido uma mensagem do cazaque, pois achou que a tal festa seria apenas no dia seguinte. Mesmo cansado e sem vontade de comparecer a esse evento, o loiro iria somente para ver Otabek uma última vez. Agora que estava com sua vida amorosa encaminhada, não havia mais sentido sofrer por um amor que nem chegou a acontecer, era isso o que ele pensava. Jean apareceu no horário combinado e durante o percurso até a casa do moreno, houve apenas o silêncio. Talvez pelo fato do canadense sentir-se incomodado ao tocar no assunto "Otabek Altin". 

Ao chegarem no local, notaram apenas poucas pessoas no recinto sendo elas apenas colegas do clube de natação. Talvez fosse o jeito do rapaz insinuar que tinha somente aqueles convidados como amigos. Também notaram a ausência de Mila entre os presentes. JJ preferiu não se incomodar com tal fato ao ver o anfitrião se dirigindo a ele e ao loiro. Tentaria ser o mais amistoso possível, já que o moço estava indo embora do Japão. Otabek vinha com duas latas de Coca-Cola nas mãos e as dera para os dois colegas. Resolveu que faria aquela festa de despedida apenas com o intuito de falar novamente com a dupla, mesmo que aquela fosse a última oportunidade que teria de tentar se redimir pelas coisas babacas que fizera a ambos. 

- Vamos lá pro terraço, apenas nós três. Temos muito o que conversar antes que eu vá embora. - nada responderam. Apenas seguiram os passos do cazaque até o elevador que os levaria para o terraço do prédio onde Otabek morava. 

As luzes neon de Tóquio refletiam no terraço daquele modesto edifício. O silêncio passou a reinar mais uma vez naquela noite sem estrelas. Yurio decidiu que seria ele a quebrar aquela ausência incômoda de palavras. Não aguentaria mais ficar encarando os dois veteranos como se estivessem em uma brincadeira enfadonha e sem graça. Respirou fundo antes de começar. Se não fosse ele a tomar tal iniciativa, aquilo não acabaria nunca.

- Será que poderiam abrir a boca e falar também? Eu não vim até aqui pra desperdiçar minha noite só pra encarar vocês e não dizer nada. 

- Yuri tem razão... não acho que nossa despedida deva ser desse jeito. Assim como é difícil ter que aceitar que não verei mais essa sua cara no clube de natação. - o riso baixo de Jean era para disfarçar sua tristeza. Apesar do que aconteceu entre eles por causa de Yurio, Otabek ainda era o seu melhor amigo. 

- É meio difícil pra mim vê-los como eu os vejo agora. E pra completar, a doença do meu pai. Papa está com câncer no fêmur em estágio 4 e nem andar mais ele pode, além de estar cada vez mais debilitado. Mesmo com o tratamento aqui, ele quer voltar para Almaty. Acha que é mais aceitável morrer em sua terra natal. Mesmo... com tudo o que houve entre nós três, eu não vou negar que sentirei falta da companhia de vocês no início. E eu tenho certeza que é melhor para mim que eu retorne. Eu não vou esconder de vocês o quanto me sinto desconfortável com a relação de ambos e do quanto eu quero estar longe disso. É egoísmo de minha parte querer ir embora? Querer que esse seja nosso último contato e tentar apagá-los das minhas lembranças aos poucos? - sente os braços do canadense em torno de seu corpo, abraçando-o. Otabek sabia o quanto era triste ter que terminar aquela amizade. Yurio faz o mesmo que o namorado, abraçando o cazaque.

Aquela noite escura de Tóquio era testemunha do fim de uma conturbada e bela amizade de três garotos. Um russo choroso esperava que as coisas não fossem assim. Mas teria que se conformar.

x-x-x-x-x


"Eu nasci e te conheci
Te amei até a morte"

(Blue - BIGBANG)

 

 

 

 

Um mês havia se passado desde o anúncio de Phichit e a despedida de Otabek. Todos estavam agora no cruzamento mais movimentado do mundo, no bairro de Shibuya, gravando aquelas que seriam as primeiras cenas do arco final de Rise and Fall. Depois disso, a equipe do drama teria só mais três semanas e terminaria toda aquela rotina. Para Yuri Katsuki, seria a hora da verdade. Só haveria menos de 1 mês para estar com Victor Nikiforov e então, tudo estaria acabado. O russo voltaria para casa e não tinha a certeza de quando poderia voltar. O fotógrafo havia perdido a coragem de pedir ao estrangeiro que ficasse, já que ele sentia que algo o impediria de fazê-lo. Só restaria ao japonês se conformar com o que estava por vir. Há algum tempo que o fotógrafo tinha em sua cabeça que estava vivendo um sonho e que não queria acordar dele jamais. Victor era a verdadeira definição da pessoa com quem Yuri queria passar o resto de sua vida e o que ele mais detestava nisso foi em não ter percebido logo. 

Já para outro russo, as coisas estavam bem mais tranquilas. Yuri Plisetsky tinha acabado de decidir os rumos de sua vida. Ficaria no Japão e seguiria sua carreira nesse país, devido a uma oportunidade que recebera no dia anterior que era para atuar em um novo drama em breve. Para ele, tal oportunidade havia caído do céu. Não passaria pelo perrengue do namoro à distância com JJ e via a sua carreira crescer em um lugar onde ele jamais imaginaria que poderia florescer como ator e modelo. Outro benefício que Yurio viu nisso foi o fato de que no Japão ele não seria reprimido como podia ser na Rússia por estar se relacionando com um homem. Ele tinha certeza de seu namoro e aguardava o fim de Rise and Fall para ter um pouco mais de tempo somente para Jean antes de sua nova empreitada. 

E ambos estavam na calçada, esperando o intervalo das gravações. Conversavam um pouco sobre o que dariam para Phichit no casamento, já que Christophe havia decretado que seria ele o organizador, chegando até mesmo a oferecer seu chalé em Lausanne para que o tailandês pudesse passar a lua de mel, fazendo com que Yuri ficasse com a função dos presentes. Antes mesmo que respondesse para Yurio o que estava planejando realmente em dar ao amigo, o japonês viu um Masaharu triste andando em sua direção. Era estranho que o ex-namorado aparecesse ali, já que fazia dias que não o via.

- Yuri-kun... a obaa-chan... ela... acabou de falecer. - o moreno encarava um choroso Masaharu e logo ofereceu seu ombro. Conhecia a avó de seu ex, pois ela o criara depois do suicídio da mãe do mesmo. - Agora estou sozinho no mundo. O que vai ser de minha vida sem minha obaa-chan???

Enquanto consolava Masaharu dizendo que tudo ficaria bem e que a sua avó agora estava em um lugar melhor, Yuri viu um Victor raivoso observando a cena. Afastou-se do jovem câmera e pediu para Yurio fazer algo que parasse com suas lágrimas. Correu logo para desfazer o mal-entendido. Não queria que o prateado fizesse uma interpretação rasa daquela cena e achasse que fosse uma coisa que não tinha nada a ver com o que acontecia ali. A expressão do russo não mudara nem depois de ver o nipônico se separando daquele rapaz. 

- Victor-san, me escute. Aquilo que você viu não era... - e acabou sendo interrompido pelo russo.

- Yuri, eu vi. Não adianta dizer. Agora entendo porque às vezes você era tão evasivo... será que era porque gostava de ficar com ele quando eu dava as costas e nunca esqueceu como ele era na cama, não é? - tomado por uma sensação inexplicável, Yuri dá um tapa no rosto de Victor como resposta. O russo só compreendeu que falou besteira motivado por ciúmes quando viu o moreno chorar.

- NÃO FALE ASSIM DO MASAHARU! A AVÓ DELE MORREU E ELE AGORA ESTÁ SOZINHO NO MUNDO!! EU SÓ ESTAVA TENTANDO FAZER ELE PARAR DE CHORAR! Victor-san... você realmente... gosta de mim? Gosta a ponto de não acreditar em mim só porque eu abracei meu ex? 

Não quis ouvir o que o ator falaria em troca. Cegado pelas lágrimas, Yuri corre em direção ao cruzamento de Shibuya apenas para ficar o mais longe possível do maior. Porém, ele não viu que o sinal tinha acabado de abrir e um carro em alta velocidade passava na hora. Tudo o que sentiu antes de perder a consciência foi o choque entre seu corpo e o veículo, que freou tarde demais para tentar evitar o atropelamento. Após a queda violenta no asfalto, Yuri apaga. Não viu a equipe de produção indo desesperada até ele, não viu Yurio chorar histericamente ao ver o ocorrido. Assim como não chegou a ouvir o grito de Victor Nikiforov quando viu o resultado do que fizera.

- YURI!!!

*

*

No hospital universitário, Chris, Phichit, Masaharu, o diretor de fotografia e Victor aguardavam por notícias. Yurio não estava presente, já que o suíço havia ligado para JJ buscar o menino, que estava tendo uma crise incontrolável de choro e quase passara mal ao ver o estado de Yuri Katsuki. O outro russo estava sob efeito de sedativo e não parava de pedir desculpas a Masaharu, que não fazia nada além de chorar. Phichit fazia de tudo para estar calmo. Era ele quem estava na porta do centro cirúrgico, esperando notícias enquanto o restante estava sentado nas cadeiras do corredor que levava à sala de cirurgia. A última informação que tivera era que seu amigo precisaria de uma transfusão sanguínea urgente e Chris havia se prontificado a doar seu sangue, já que era do tipo O e seu Rh era justamente o mesmo do japonês. Assim que viu as portas do centro cirúrgico se abrirem, o tailandês respirou fundo. Esperava que a notícia fosse boa. Não notou que Victor estava ao seu lado. 

- Sr. Chulanont... como você mora com o paciente conforme o registrado na ficha dele, terei que lhe pedir que repasse o que vou lhe dizer para a família do sr. Katsuki. Tivemos que fazer uma cirurgia de emergência devido às várias fraturas expostas causadas pelo acidente. Porém... ao terminarmos o procedimento, a pressão intracraniana do paciente começou a aumentar. Fizemos um exame imediato de raio-x e nele foi constatado a presença de um grande inchaço no cérebro. 

- Mas doutor... o que aconteceu com o Yuri?? Por um acaso, ele... - a calma de Phichit se esvaiu e ele agora era quem chorava.

- O paciente Yuri Katsuki encontra-se em estado de coma por consequência desse inchaço que aumentou a pressão intracraniana dele. Não saberemos quando ele voltará a recobrar a consciência. Já o transferimos para um quarto e as visitas começarão a partir de amanhã. Por enquanto, o número de visitantes será restrito a apenas um por período de horário. 

Victor caiu de joelhos ao ouvir aquilo. Não podia chorar ainda por conta do efeito do sedativo. Phichit então o vira e o levantara com um pouco de dificuldade. Só restaria para ambos rezarem para que o fotógrafo conseguisse sair dessa sem nenhuma sequela. 

 

1 ano depois

 

As coisas ainda continuavam do mesmo jeito. Yuri ainda não havia acordado e continuava vivendo com a ajuda de aparelhos. Victor resolveu estender sua estadia no Japão para acompanhar o estado de saúde do rapaz. Todos os dias, sempre o visitava contando como andava a vida dos seus amigos. Tinha esperanças de ver o fotógrafo abrir os olhos e poder dizer que aquele pesadelo finalmente tinha acabado. A vida e o cotidiano daqueles que Yuri conhecia continuava, ao contrário de Victor cujo tempo parou no dia do atropelamento. Phichit e Seung Gil se casaram em uma cerimônia secreta na Itália. Não houve comemoração devido à situação do japonês. O tailandês chorava sempre que vinha visitar o rapaz. Do mesmo jeito era com Yurio. O adolescente ainda namorava JJ e o canadense havia lhe dado suporte desde o ocorrido. Christophe voltou para a Suíça e só retornou ao Japão em duas ocasiões, mas não deixou de ir ao hospital. 

- Yuri! Hoje o JJ fez panquecas de chocolate para mim no café da manhã. Acredita que ele não sai mais do flat que eu e Yuratchka alugamos? Ele me disse que um dia gostaria de ver você provando essas panquecas e que espera por seus elogios. Todo mundo torce para que você possa sair dessa... - pegara a mão pálida do japonês e a beijara. - Você não sabe o quanto eu me culpo por ter dito aquilo. Se eu tivesse deixado você se explicar, não estaria deitado nessa cama de hospital. 

O horário de visitas durou menos tempo do que o determinado e Victor rapidamente fora chamado por alguém ligado à diretoria do hospital. A advogada segurava alguns papéis e já estava ali para preparar o russo. Tinha a consciência de que ele não iria se conformar com o que havia sido decidido pela família de Yuri. 

- Sr. Nikiforov, eu sou Michiko Wakabayashi, advogada do hospital. O chamei aqui porque quero lhe informar da decisão da família do Sr. Yuri Katsuki. Daqui a duas semanas, os aparelhos que mantém o paciente vivo serão desligados. Sei que você já tinha conseguido impedir o procedimento por 3 vezes, mas agora não poderá fazer mais nada. Sinto muito. - a mulher saiu sem dar ao russo uma chance de resposta. 

Victor não iria mais suportar ver aquilo. Daqui a duas semanas, Yuri morreria e isso seria demais para ele aguentar. Não falou nada quando retornou ao seu flat e fizera as malas. Deixou um bilhete para Yurio, explicando os motivos e mandou-se para o aeroporto quando pegou o que julgava mais importante. Comprou uma passagem só de ida para Moscou e dentro do avião, chorava. Iria perder a pessoa que amava mais uma vez. Assim como Johann perdeu Monika na guerra, Victor perdera Yuri para um atropelamento de carro. Deu graças a Deus quando o Airbus A330 da Aeroflot decolou de Narita. Não queria mais voltar ao Japão para não se deparar somente com lembranças. 

Victor Nikiforov não queria aceitar que o destino mais uma vez fizera das suas, impedindo que Johann Blaschke e Monika Ehrlinger pudessem ficar juntos novamente. E era nisso que pensava enquanto via as nuvens da janela do avião. O maldito destino não queria que aquele amor durasse. E isso ele agora teria que aceitar para sempre. 

 


"Quando estou me sentindo fraco
E minha dor caminha por uma rua de mão única
Eu olho para cima
E sei que serei sempre abençoado com amor"

(Angels - Robbie Williams)          
 

 

 

 


 


Notas Finais


E esse é o último capítulo. Ainda tem o epílogo e daqui pra quarta-feira, ele será postado.

Espero que tenham gostado da história até aqui e garanto a vocês que a história de Victor e Yuri ainda não acabou! Porque no epílogo... é, vão ter que esperar.

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