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História Seele - 7 - Isso se chama proposta. E você não pode recusar.


Escrita por: Hawk03

Notas do Autor


E hoje teremos o que rolou no almoço. Será que três pessoas notaram o que anda rolando ou vai ficar tudo naquela "torta de climão"?

Vamos nessa ><

Capítulo 8 - 7 - Isso se chama proposta. E você não pode recusar.


Fanfic / Fanfiction Seele - 7 - Isso se chama proposta. E você não pode recusar.

"Mas pense duas vezes, esse é meu único conselho"

(Crazy - Gnarls Barkley)

 

 

 

Observava o japonês sentado na sua frente, naquela modesta mesa do apartamento onde estava. Victor notou que o semblante de Yuri estava um pouco acabado, além dos resquícios de batom que ainda teimavam em continuar naqueles lábios. Por um pequeno momento, achou as olheiras do rapaz atraentes em seu rosto. E quando percebeu no que pensava, acabou por estapear o rosto, coisa que chamou a atenção do outro Yuri, que lhe dera um "generoso" tapa na cabeça, por concluir que o prateado estava ficando louco e o faria passar vergonha perante os seus anfitriões.

- Уже говорил вам, что это больно, ваше отродье! (já falei pra você que isso dói, seu pirralho!)* - falara em russo mesmo, sem se importar com os outros presentes.

- E precisa falar isso em russo mesmo? Na frente dos nossos anfitriões? - Yuri não podia perder a oportunidade de fazer drama. Tinha que atestar a loucura de seu colega ali mesmo.

- Pra você, eu faço questão... mon petit**. - devolveu a provocação, acariciando o rosto vermelho do loiro, arrancando risadas de Phichit e Chris. O japonês presente na mesa faz questão de cortar aquele clima, tomado por uma inexplicável sensação de irritação.

- Não sei quanto a vocês aí, mas está na hora do almoço. Vamos parar com a palhaçada? Agradeceria muito. - o mau humor do fotógrafo acaba deixando um clima morno e sem-graça entre os presentes. Phichit levanta da mesa, com a desculpa de que precisaria pegar a comida e levou Victor para a cozinha, alegando que gostaria da ajuda do russo com os pratos. 

O tailandês sabia um pouco do que se tratava, simplesmente pelo fato de sempre ouvir o mais velho falar do seu colega de apartamento todas as vezes que a oportunidade surgia. Repetia em seus pensamentos o quanto seu amigo era bobo. Pelo o que deu a entender, Yuri ainda não esqueceu o tempo com Masaharu. Phichit já tinha conhecido o rapaz com aquele jeito temperamental e instável, mas percebeu que o mesmo ficara um pouco mais calmo quando estava com o azulado. Podia ser coisa da sua cabeça ou o que fosse, o moreno sentia que havia algo. Tentaria pedir desculpas ao ator depois da refeição pelo comportamento rude de Yuri. Daria a desculpa de que o fotógrafo teve uma péssima noite e por isso que estava daquele jeito. Notara que Victor ficou um pouco melancólico com a reação estúpida do nipônico. Por isso que o tirou daquela mesa. Não permitiria que seu colega de apartamento fosse um estúpido com seu novo amigo e o convenceria de uma vez por todas que seu comportamento chato e estressante já havia passado dos limites.

O almoço transcorreu sem grandes problemas. Enquanto Phichit e Chris conversavam animadamente com os dois russos que o tailandês convidou, Yuri se sentia deslocado. Parte disso era em querer Victor distante. Já a outra parte ainda estava um pouco perturbada com a "brincadeira" entre o russo e o outro Yuri, momentos antes. Não sabia ao certo porque tinha se comportado daquela maneira. Aproveitou que os demais estavam distraídos em notar sua presença e saiu. Iria dar uma volta por aí antes de ir ao seu trabalho, apesar daquele ser o seu dia de folga, coisa que ele não tinha se lembrado até a hora em que tentou tirar aquela maldita maquiagem da sua cara. Tentaria colocar sua mente em ordem, antes que tivesse algum colapso causado por pensar demais entre querer Victor Nikiforov um pouco mais perto de si e querer ele o mais longe possível.

x-x-x-x-x

 

"Não há nada mais a perder agora, eu vou empurrar o passado para trás e saltar para fora"

(Still Alive - BIGBANG)

 

 

 

Caminhava pela estação de Shibuya apenas com o intuito de ir ao trabalho. Quando enfim o seu metrô chegou e por um milagre encontrar o mesmo praticamente vazio , foi quando Yuri viu as dezenas de mensagens e ligações perdidas vindas de Victor em seu celular. Céus... por que aquele homem não podia lhe deixar em paz pelo menos por um único dia? Por que aquele maldito russo quer lhe deixar cada dia mais confuso? Preferiu deixar um recado para Christophe, uma vez que o suíço também estava sob o mesmo teto que ele e não queria falar com Phichit no momento. Quase pediu para o loiro dizer a Victor que parasse de lhe encher o saco, mas desistiu ao se lembrar novamente da cara triste que o prateado fizera quando teve aquele comportamento rude diante dele. 

O trajeto até a redação da ViVi lhe pareceu longo, apesar dos 25 minutos de metrô. A sua cabeça pesava, não somente por consequência da ressaca da noite anterior, como também por estar cheia de pensamentos sobre um intruso russo, além do fatídico reencontro com Masaharu, do qual ele não se lembra. Alguns colegas seus se surpreenderam ao vê-lo ali. Todos sabiam que o moreno estava de folga e não era de costume dele dar as caras naquele prédio quando na verdade ele deveria estar se esbaldando em Akihabara ou mofando no sofá assistindo a enésima reprise de Saint Seiya. Até mesmo Takeshi ficou surpreso com a presença de Yuri na ViVi. Suspirou de desgosto e acenou para o amigo. Pelo menos o fotógrafo lhe poupou de usar o celular. Já estava preparado para uma possível reação do mais novo. 

- Yuri, não imaginei que você viria aqui em seu dia de folga. Gostaria de ir até o meu escritório? Tenho que tratar um assunto contigo, já que me poupou o uso do celular. - o moreno acompanhou o chefe. Não se sentia muito confortável quando ia ao local onde o amigo comandava as coisas. Chegando na enorme sala, Takeshi oferece café ao amigo, que gentilmente recusa. Os dois se sentam nas poltronas do escritório.

- E o que seria, Takeshi-san? Você nunca me liga quando estou de folga... - o encara. Sentia que algo aconteceria.

- Me ligaram da emissora onde Rise and Fall será exibida a partir de hoje. Perguntaram pra mim se eu teria um fotógrafo disponível para auxiliar o diretor de fotografia, pois o anterior sofreu um acidente e precisa ser substituído urgentemente. Eu disse que você era o melhor fotógrafo que eu tinha livre e a emissora quer você lá daqui a três dias. Desculpa fazer isso sem o seu consentimento, mas uma chance dessas não se deixa escapar. Considere isso como um extra, Yuri-kun. - a expressão de Yuri foi de impassível para atônita em instantes. Por um acaso, Deus queria brincar com ele e o botar no caminho de Victor Nikiforov?

- E... quanto ao pagamento? - não se deu conta de que estava falando algo sem pensar. - Eu não quero te deixar na mão por algo que me parece incerto, Takeshi-san... não sei direito o que pensar.

- Yuri-kun, você não vai. Pense nisso como uma oportunidade de crescer. Vai ser melhor que ficar o tempo todo em um estúdio trancado com pessoas que você se segura pra não perder a paciência. Daqui a alguns meses, você estará de volta a essa revista, isso posso lhe garantir com toda a certeza. Aceite essa proposta e não se arrependerá. - levantou-se da poltrona e fez sinal para que Yuri o acompanhasse até a saída de seu escritório. 

Enquanto caminhava para a estação de metrô, Yuri pensava no quanto a sua vida estava começando a ficar bagunçada. Queria se arrepender por ter feito aquele photoshoot e só assim, o bendito Victor não teria aparecido. Por mais que um lado seu dissesse que era a coisa certa a se fazer, o outro lado dizia que isso seria um caminho sem volta. Resolveu que passaria antes em um templo para rezar. Talvez isso fosse apenas um curto período de azar em sua vida. Pediria aos espíritos do lugar que o ajudassem. Por mais que quisesse adiar um pouco mais a sua volta para o apartamento, a fome e o pouco dinheiro que tinha não deixavam ele tomar tal decisão. Dessa vez, o trajeto até a estação de Shibuya foi mais rápido. Andou o mais rápido que podia para voltar ao seu lar. O ronco do seu estômago fazia com que Yuri se apressasse mais. Ao chegar, notou que os dois russos que Phichit convidara ainda estavam lá. Viu que Victor se animou ao lhe ver. O japonês sentiu-se com o coração aquecido pelo sorriso que o ator dera. Juntou-se a ele no sofá sem nem ao menos perceber. A aura daquele belo estrangeiro era como um imã, do qual era difícil se soltar. O prateado ficou atônito com aquilo e chegou até mesmo a franzir o cenho. Já o tailandês ao lado do mais velho estranhou a atitude de Yuri. Depois comentaria com Chris no quanto o seu colega de quarto era um bipolar que estava lhe dando medo. O Yuri russo não gostou muito da aproximação e se metera entre o colega e o fotógrafo no sofá. Antes que Victor falasse algo, o loiro lhe dera um tapa na cabeça, o que fez o prateado se calar. Antes que o silêncio imperasse naquela sala, o fotógrafo "bipolar" resolveu se pronunciar.

- Posso dizer a vocês que daqui a três dias estarei ajudando na produção desse drama aí que vocês... atuam?

E tal resposta fez o coração de um russo acelerar. Victor teve que respirar fundo várias vezes antes que tivesse um troço.

 

 

"Você sabe que não acredito em minha verdade"    

(Helena Beat - Foster the People)

 

 


Notas Finais


Ok, não tem como entender mesmo o Yuri. Confesso que essa indecisão dele afeta até a mim, esta autora que vos fala. Dei vida a um louco? Talvez. Mas amo, não vou negar...

No próximo, vamos ver... uma aproximação finalmente dando sinais de que vai acontecer?

Ah, e antes que eu encerre as notas finais com os asteriscos, um momento merchan. Estou escrevendo mais uma fic de Yuri!!! on Ice e com o tema dos contos de fada... o link é esse aqui: https://spiritfanfics.com/historia/a-different-fairytale-7838757

E agora, vamos aos asteriscos que sempre fecham essas notas :3


*Уже говорил вам, что это больно, ваше отродье! (Uzhe govoril vam, chto eto bol'no, vashe otrod'ye!): tradução no diálogo.
**Mon petit: meu pequeno, em francês

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