Eu entrei pelo portão da escola e lá estava ela, cada dia mais linda. Com um vestido azul marinho que realçavam os olhos cinzas e o cabelo ruivo ondulado. De repente ela olhou em minha direção e passou uma mecha do cabelo para atrás da orelha deixando seu rosto amostra aquelas bochechas rosadas com algumas poucas sardas. Aqueles lábios com leve tom de vermelho, me tiravam o fôlego, quando abertos em um sorriso. Como ela era linda. Eu fiquei preso, encarando os lábios dela, quando ela os mordeu e logo em seguida abaixou a cabeça. Eu sei que não era pra mim aquela reação toda e a confirmação veio assim que Castiel tocou meu ombro direito.
- Essa ai não faz questão de esconder.- Castiel disse enquanto se sentava ao meu lado em um dos bancos do pátio.
- olá Castiel.-
- É, olá- ele me olhou e sorriu- Eu devia ir lá dizer um oi, você não acha?
- Não sei. Não penso que ela seja como as outras meninas dessa escola. – Eu tirei os olhos dela e levei ao chão.
- Qual é campeão, ta apaixonado?- ele riu com desdém, mas não me olhou. Se ele soubesse o quanto estou apaixonado não faria esse tipo de brincadeira.
-Ela demonstra afeição por você. E eu realmente acho que ela é diferente. Não tem joguinhos e nem finge ser o que não é. Ela sente e demonstra.
- Melhor assim. Sem jogos e sem encher minha paciência quando a brincadeira acabar. - Ele realmente não se dá conta do quanto ela é especial. - Eu tenho a chamado de tábua- ele riu – mas ela é gata. Dá pra dar uns pega.- ele me olhou. Eu estava incrédulo. Ele realmente não queria enxergar tudo o que ela era e nem fazê-la feliz. Ela era o novo brinquedo.
- Olha, Castiel, ela não é como a Ambre ou a Debrah- ele me olhou fechando o semblante. Sei que ele não gosta que toquem no nome da ex.- Não faça dela um brinquedo, ou pelo menos alerte ela que você não quer mais do que “uns pega”. Eu insisto deixe a Cecillye saber suas intenções.
- E perder toda a diversão. – Claro que ele não me ouviria. – Ela ta vindo. – Ela estava caminhando em nossa direção e eu estava perdido no jeito dela de andar, até que o Castiel me lembrou da existência dele.- Que os meus jogos comecem.
- Só não estraga tudo e num machuca ela.- Eu murmurei, sem ter certeza se ele ouviu.
Ela veio e ignorou o Castiel. Esticando o braço em minha direção enquanto segurava meu bloco de notas.
- Oi Lys- ela sorriu com a cara mais fofa possível, me derretendo de paixão.
- Olá, Cecillyie! - eu disse sorrindo e fui logo pegando o bloco.
- Eu não li, ta bem? Sei que são seus segredos mais obscuros que estão escritos ai.- ela abriu o sorriso e eu não pude deixar de rir.
- Obrigado.- ela olhou pro meu lado, o Castiel ignorava ela enquanto mexia no celular.ela voltou o olhar pra mim agora sem o sorriso aberto.- Eu não havia percebido que tinha perdido. Onde estava?
- No corredor. - Ela voltou a olhar pro Castiel- Oi Cast. - ele continuava preso no celular então dei uma cotovelada de leve nele.
- Hein!- ele me olhou e eu apontei com a cabeça pra ela. Sabia que ignorar era parte do plano idiota dele. - ah! Oi?!- como esse idiota podia fazer surgir um sorriso lindo com esse oi xoxo.
- Tudo bem?- ela perguntou inocente.
- Sim.- Ele sorriu com malicia- O que vai fazer hoje a tarde, tábua?-
- Não sei. Acho que nada. Por quê?
- Tava pensando em você ir comigo no parque.
- Tá me chamando pra sair?
- Talvez. Na verdade o Dragon ta precisando ir caminhar e ele e você se deram bem nas poucas vezes que se viram.
- Ok.- Ela disse sem nem pensar- Eu vou.
- Melhor assim. - Ele sorriu.
Achei melhor interromper antes que aquilo continuasse- Nós temos aula- Me levantei, mas ninguém prestou muita atenção. Aqueles olhares, um preso no outro, estava me corroendo de raiva por dentro. - AGORA. - E finalmente o Castiel se levantou e fomos os três pra sala.
Eu não prestei atenção na aula, nem por um segundo, estava me afogando no meu ciúme. Ela nem pensou antes de responder. E ele só quer brincar com ela. BRINCAR! A raiva me corroia por dentro. Eu pensei em atrapalhar o encontro, mas seria infantil da minha parte. Ela gosta dele, assim como eu dela. Ela não é a culpada, nem mesmo o Castiel é o culpado dessa situação. A culpa é minha que nunca fui capaz de chamá-la pra sair comigo. O fato de ela olhar sempre para trás na aula em busca dele e não de mim, é minha culpa. Eu tinha medo de perdê-la confessando meus sentimentos, mas estou a perdendo justamente por não ter feito antes.
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