O tempo tem passado de pressa, como se só existisse eu e ela. O trabalho de artes foi um sucesso, melhor ainda foi o tempo que passamos juntos na minha casa. Mas, parece que estacamos no mesmo ponto...
Flash back on: uma semana antes
- vamos fazer o trabalho de artes quando, Lys?- ela me olhou com cara de preocupada. Insatisfeita por que só temos os áudios e mais nada – Faltam três dias!
Queria pegar ela em meu colo e aninhar sua cabeça em meu peito. Ela conseguia ser linda e fofa sem o menor esforço. E a cara de preocupada só aumentava minha vontade de tê-la só pra mim.
- Podemos fazer amanhã. É sábado, temos tempo – disse e me aproximei meu rosto do dela me encurvando um pouco, quase a beijando. Ela se afastou e só então lembrei que ainda éramos um segredo.
- Lys, por favor – ela corou e desviou o olhar para o lado – estamos no meio do corredor.
- Me perdoe à indelicadeza – como aquela situação estava me cansando. Não queria mais esconder de ninguém. Virei-me para ir embora, mas ela segurou meu braço e eu me virei para ver seu rosto.
- Onde? – ela continuava segurando meu braço e me olhando com aqueles olhos enormes.
- Onde o que? – não entendi de primeira, até ela revirar os olhos, então percebi que ela havia ignorado minhas desculpas e estava tratando do trabalho de artes – O trabalho – conclui sem muito humor – Onde quiser.
- Não podemos fazer na escola, ela estará fechada e é melhor não irmos para a minha casa – ela pareceu preocupada em eu ir a casa dela e então me encarou como quem esperava uma solução.
- Faremos em minha casa então – eu sorri tentando acalma-la, mas sem a menor vontade – melhor assim pra você?
- Acho que sim – ela não parecia ter saída – que horas?
- Acho que podemos fazer pela manhã, porque se não conseguirmos acabar até a hora do almoço temos mais tempo durante a tarde.
- ok- ela disse e eu voltei a andar em direção ao ginásio, dessa vez ninguém me impediu. Não nos vimos mais ou nos falamos naquele dia.
Ela apareceu no dia seguinte por volta das oito. Sentamos no tapete da sala e começamos á fazer a tarefa. Ela parecia tranquila até notar que estávamos sozinhos. O engraçado é que ela não percebeu que eu estava chateado e cansado de esconder tudo de todos.
- Onde esta Leigh?- ela perguntou olhando para os lados.
- Na loja, trabalhando – a minha resposta pareceu deixa-la inquieta.
- Estamos sozinhos? – ela tentava esconder a inquietude nas palavras, porém não teve muito sucesso.
- Sim, estamos – eu ainda estava chateado pelo fato de que ela havia ignorado meus gestos de carinho e trocado minhas desculpas por um trabalho da escola – Não se preocupe, eu não vou te atacar. Estamos aqui para fazer o trabalho de artes. – disse sem tirar os olhos do computador.
- E-eu não pensei que fosse – ela me olhou tentando entender meu jeito de falar – Lys, eu... – ela fez outra pausa. O trabalho estava bom e conseguimos muitas imagens para usar, a grande maioria vinha dos acervos de fotos tiradas pela própria Cecilliye. Ela tirava fotos de pessoas nas ruas, sem que elas percebessem e muitas se encaixavam na musica, além de alguns vídeos que ela fez durante o ensaio sem nos avisar. Faltava montar o vídeo. Então ela parou de mexer no editor de vídeos e me encarou, mas continuei no meu computador olhando as fotos e escolhendo algumas para colocar no vídeo – Lys?- ela me chamou de novo e eu ignorei – Lys, por favor, olhe para mim.
- Sim – disse e a encarei. Os olhos estavam cheios d’água e me encaravam tentando entender. A cena cortava meu coração. Pensei que iríamos brigar, mas ao invés disso ela suspirou e me abraçou.
- Desculpa. Não sei o que fiz, mas me desculpa – eu não tinha mais chão, somente a abracei, era o fim de toda a minha raiva e chateação.
- Está tudo bem. Não importa mais – realmente não importava, só queria acalma-la e cuidar daquela que eu tanto amo – Eu te amo muito para que me importe com coisas pequenas.
Ela sorriu e me beijou. O beijo era doce e calmo. Mas rapidamente se tornou intenso e conforme a intensidade aumentava, ela ia se aninhando ainda mais dentro do meu abraço, até que finalmente estava em meu colo.
De frente pra mim, ela agora estava um pouco maior que eu, enquanto a segurava pela cintura com uma das mãos, a outra segurava o pescoço e a puxava para mais perto. Seus braços frágeis envolviam meu pescoço e as mãos faziam carinho em minha nuca e em meus cabelos.
- Precisamos terminar o trabalho – ela sussurrou em meio ao beijo.
- Foi a senhorita que me atacou – eu disse enquanto dava alguns beijos pelo rosto e pescoço dela, agora com um sorriso meio bobo.
- Eu não te ataquei – ela fez uma pausa - Só dei um incentivo... Mas, agora precisamos voltar ao trabalho – ela disse sem nem se mover e ri alto dela.
- Ta bem - a deixei em meu colo, mas aproximei o corpo da mesa de centro e continuei escolhendo as fotos no meu computador, apesar de metade do meu rosto estar afundado no pescoço dela para que pudesse sentir seu cheiro e deixar alguns beijos e mordidas leves.
- O que pensa que tá fazendo? – ela riu com a situação ou então da minha respiração fazendo cócegas em seu pescoço.
- Trabalhando – disse com a voz abafada por estar com a boca em seu pescoço – Assim como mandou.
- E eu vou ficar aqui? – ela ria, mas não se movia.
- Eu não vejo porque tira-la daqui e além do mais, você não parece querer sair – eu mordi de leve a base de seu pescoço.
- Preciso trabalhar também, alguma sugestão? – ela riu e mordeu meu ombro, que sobre a camisa não provocou dor.
- você podia me deixar acabar e depois me pegar em seu colo enquanto acaba seu trabalho – eu ri, o clima estava bem mais leve e me perdia brincar com ela.
- Ou eu podia deixar seu colo por um tempo e ir trabalhar ao seu lado, onde nos concentraríamos no trabalho e não em mordidas – ela disse isso e começou a sair do meu colo, então a segurei e derrubei no tapete, ficando por cima dela e segurando seus braços – Quem está atacando quem agora?
- Não me culpe, foi você que começou tudo isso – eu a beijei e a puxei primeiro para o colo e depois a coloquei do meu lado, em frente ao outro computador – Não sou o vilão aqui.
- Você nunca seria um vilão – ela sorriu e se balançou me empurrando de leve para o lado – Não enquanto a mocinha quiser ficar com você.
Então continuamos a fazer nossas coisas, mas agora, fazendo pequenas pausas para alguns carinhos, o que deixava tudo melhor e mais leve entre nós.
Terminamos tudo até o fim da tarde, e ela quis ir para casa sozinha, então eu a acompanhei até o portão.
-Tchau, princesa – eu beijei de leve seus lábios e em seguida sua testa - Até amanhã.
-Tchau, Lys – ela me soltou e começou a caminhar, mas eu ainda segurava sua mão.
- Eu te amo! – disse largando sua mão e ela acenou pra mim e se foi.
Flash back off
Não me sentia bem não sendo correspondido por inteiro, sabia que teria que esperar e iria, não queria forçar a situação, mas ainda assim, dói não ouvir as mesmas palavras de volta.
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