POV Cecillyie
Já faz sete dias que o Lys foi para a casa dos pais. Eu entendo que ele sinta falta dos pais e os pais, dele, mas eu estou perdida esses dias. Eu não consigo me concentrar nas conversas da Rosa e do Alexy, muito menos nas aulas. Não tinha percebido o quanto éramos próximos, mesmo evitando estarmos perto um do outro para esconder o namoro.
Sei que incomoda muito ele o fato de que não quero contar para todos sobre o namoro. O que posso fazer, se eu não me sinto a vontade para espalhar isso as quatro cantos?
O Lysandre insiste em dizer que me ama, não posso negar que acredito em cada palavra dele. Acredito e confio nesse amor, e por mais que eu tente e queira ainda não tenho certeza se consigo retribuir todo esse sentimento. Eu gostei tanto do Castiel por tanto tempo, não se esquece de alguém assim. O Lys é e sempre vai ser a melhor opção. Ele tem ocupado o espaço vazio que foi deixado, pouco a pouco, e é muito difícil não se apaixonar por alguém tão... tão... Lysandre.
Mas, paixão é diferente de amor. E mesmo que ela leve casais a se amar, a paixão não é o Amor. Eu não poderia dizer as três palavras, por mais que saiba que ele as quer ouvir, se elas não forem verdadeiras.
- Apaixonada por ele? – disse Alexy que me tirou dos meus devaneios. Estava sentado comigo na arquibancada enquanto assistia comigo o jogo de basquete.
- Sim – respondi pensando que se tratava do Lysandre
- Ai, não, Cecillyie! – ele parecia bravo, mas não levantou o tom de voz e eu o olhava meio surpresa – Drama de paixonite pelo Cast, de novo não!
- Cast? – não percebi que ele falava do outro – Não! Eu estava voando nos meus pensamentos e não percebi que falava dele. Estou apaixonada pelo Lys.
- Então por que tanto olha na direção dele? – ele perguntou desconfiado
- Sei lá. Tava olhando o nada e não especificamente o castiel. – ele fez a cara que faz quando não está satisfeito com a resposta – Acredite, Lexy, a cada dia há menos drama de Castiel no meu peito – sorri – e na minha cabeça. O Lys está preenchendo cada espaço.
- Own – ele disse já sorrindo e se deixando ficar todo amolecido. Abraçou-me apertado de lado – Que lindo de vocês.
Assim que o Alexy me soltou começou o tempo feminino e eu tive que ir para a quadra.
- Isso abandona mesmo – disse ele brincalhão
- já volto – sorri em resposta
Enquanto descia, vi Boris esticar a rede de vôlei na quadra. Pelo menos não iríamos jogar basquete. Separamos o time e o jogo começou. Eu e Prya fazemos uma boa dupla no vôlei. Conseguimos abrir certa vantagem no outro time. Apesar de ter mais outras três garotas, elas mal jogavam.
Quando foi minha vez de sacar, ouvi um assovio e me virei sorrindo pensando ser Alexy, mas ele me olhava diferente e com o queixo apontou para mais a frente e então pude ver Nathaniel. Ele acenava e gritava algo sobre eu ser uma super alguma coisa, me virei de volta pra bola e me concentrei no jogo.
Nathaniel tem tentado se reaproximar de mim desde que Lys se foi. Eu tenho evitado ele, como o diabo corre da cruz, mas ele era insistente.
Fui ao vestiário feminino assim que o jogo acabou. Me troquei, mas acabei entretida com as conversas no vestiário e fiquei por ultimo.
- Otimo! – suspirei, ninguém me esperou acabar, provavelmente teria que matar a aula de ciências, estava atrasada – Sozinha de novo.
Enquanto guardava minhas coisas no armário, percebi que teria roupa suja para lavar e enfiei a roupa de ginástica em uma sacola e a coloquei em minha mochila. Assim que fechei o armário, me virei para o banco onde apoiei minha mochila e continuei arrumando as coisas. Então ouvi um baralho e pensei ser Prya.
- Esqueceu sua munhequeira? – ela havia falado tanto em sua munhequeira da sorte durante o jogo e depois no vestiário. Eu estava tentando manter a paz entre nós, afinal ela é amiga do Lysandre – deve ter ficado perto do seu armário.
Ninguém respondeu, então levantei o rosto e o cabelo saiu de parte do meu rosto me permitindo ver Nathaniel.
- O que você esta fazendo? – perguntei e ele começou a se aproximar – É o vestiário feminino!
- Não tem nada. Quem liga pra placa na porta? – ele sorriu e eu me arrepiei de medo do que ele queria.
- O que quer? – perguntei com medo da resposta
- Conversar - ele continuou avançando em minha direção até que eu estivesse presa entre ele, a parede e o armário de ferro – não me negue as explicações que preciso.
- eu te darei elas se você se afastar – eu disse tentando empurra-lo, mas ele segurou minhas mãos em seus ombros e desceu elas até o seu peito.
- Esse é o problema – ele passou a segurar minhas mãos apenas com uma dele e a outra levou até meu queixo – Eu não consigo me afastar de você e não quero isso.
Aquela situação estava me deixando com mais medo do que ele podia tentar. Eu não conseguia afasta-lo e ele estava aproximando o seu rosto do meu. Eu lutei para virar o rosto, mas ele continuou firme mantendo meu rosto para frente.
- Me solta – tentei falar mesmo com a mandíbula presa. Não queria beijar o Nathaniel e ele estava preste a fazer o beijo acontecer da pior forma possível. Será mesmo que ele pensava que eu iria gostar mais dele depois de me forçar a ficar com ele.
Um barulho fraco se fez e pedi a Deus que fosse outra menina, um professor ou até mesmo Alexy.
- Pensei ter a ouvido pedindo pra soltar – disse calmamente a voz misteriosa e Nathaniel afrouxou as mãos sobre mim, me permiindo fugir de seu aperto.
- Não se mete onde não foi chamado – Nathaniel respondeu sem se virar ainda me mantendo encurralada.
- Ah! Mas, ela me chamou – disse antes de pegar Nathaniel pelo colarinho e lança-lo para trás.
Ele blefava tão bem que quase acreditei tê-lo chamado mesmo. Quando Nathaniel caiu no chão, eu fiquei estática, não imagina que ele viria.
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