Dormi muito mal á noite, não parei de pensar na briga que tive com Cecilliye. Não saber se eles estavam juntos agora, ou se haviam se beijado, me machucava muito. Oscilei entre o ciúme, a raiva e a magoa várias vezes e em todas derramei lágrimas. Já fazia muito tempo que não chorava, mas aquela briga me doía tanto. Eu não conseguia lidar com aquilo. Ela não me quer por perto e eu não sei se aguento ficar longe, eu só queria protegê-la. Sei que não vai ser fácil consertar as coisas. Precisava conversar com o Castiel. E Talvez me aproximar dela, se ela permitisse.
Pela manhã me apressei o máximo que pude para chegar mais cedo na escola e conseguir conversar com o Castiel. O grande problema é que nem ele e nem Cecilliye haviam chegado. A primeira aula passou e nada de nenhum dos dois chegarem. Eu não queria pensar no que havia acontecido, mas era quase inevitável. Eu a vi chegar atrasada no segundo horário, mas ela passou por mim me ignorando totalmente. Eu realmente não sabia lidar com aquilo, fui para o jardim, não estava em condições de assistir aula.
Sentei-me no banco e fiquei escrevendo algumas canções. Não percebi quanto tempo se passou, até que ouvi a voz do Castiel me chamando.
- Até que enfim- ele ergueu as mãos para o alto- pensei que não tinha vindo para as aulas.
- Como me achou?- eu perguntei com um nó na garganta que vinha dos sentimentos que passava pra canção.
- Cecilliye me disse que te viu quando ela chegou. Sabia onde estaria – ele sorriu – já acabou de compor?
- Sim. Acabei há pouco. - Eu o olhei, ele me conhecia mesmo – Você matou o primeiro horário?
- Não. Era horário de Francês, eu não faço Francês, esqueceu?- eu havia me esquecido. Na verdade estava tão afundado no ciúme que nem prestei atenção em que aula era.
- Não. Apenas me confundi- olhei pra ele ria baixo da minha cara. Ele não acreditou na minha desculpa.- O que você queria?
- Cara, eu tenho que te contar sobre ontem. Aquela ruivinha, não tem jeito... - Eu abaixei a cabeça, não queria ouvir- Cara ela não quis deixar eu a beijar. Disse qu...
- Castiel eu realmente prefiro não saber... Você não a beijou?- Meu coração quase saltou de alegria.
- Não- ele cruzou os braços- Fez doce... Disse que não seria mais uma.
- Eu te disse que ela não era – Sorri orgulhoso.
- É o que parece, mas esse tipo de menina me cansa fácil eu prefiro as mais ousadas e independentes. Sem pressão por ter um compromisso. Sabe as que deixam rolar.
- Você não vai insistir? – perguntei querendo ouvir um não
- Não. – eu tinha minha resposta, mas não pude nem ficar feliz.– Ela vai correr atrás de mim.
Eu encarava o Castiel incrédulo, quando Cecilliye entrou no jardim acompanhada pelo Alexy.
- Vamos embora Alexy. – ele olhou pra ela sem entender o motivo. Eu me sentia muito mal por estar daquele jeito com ela, mas não conseguia reverter à situação. Também estava magoado.
- Podem ficar – eu disse e me levantei – Não quero incomodar ninguém.
Agora Castiel era quem me olhava sem entender. Eu simplesmente comecei a andar.
- Espera! Eu vou com você- Castiel disse vindo em minha direção eu não parei de caminhar, o que fez dar uma corridinha- O que houve entre você e a ruivinha?- ele sussurrou, mas eu não respondi.
Saímos do jardim e fomos para a sala. O intervalo estava quase terminando,e hoje era dia de ensaio no porão. Preferi conversar com o Castiel lá, estaríamos sozinhos, seria mais fácil.
- Hey!- Castiel gritou – estou te fazendo uma pergunta.
- Desculpe-me, mas o que era?- ele revirou os olhos.
- Você é lerdo? Estou boiando sobre a última cena entre você e a Princesinha “diferentona”.
- bom, prefiro conversar sobre isso mais tarde com você- disse me virando para frente.
- Adianta um pedaço – ele se sentou na minha frente – Só pra eu saber... Foi uma briga?
- Pode se dizer que sim... Mais para uma discussão... não amistosa.
- Cara. Ela te pediu pra nunca mais falar com ela?- ele riu- É típico de mulheres.
- Não com essas palavras... – ele me olhava atento – disse que eu precisava achar outra pessoa pra procurar meu bloco de notas. Ela não iria fazer mais. E que não queria aproximação com quem não há entendia.
- A coisa foi feia então. - o sinal tocou e ele voltou a se sentar atrás de mim- E você defendendo a princesinha- ele sussurrou já sentado no seu lugar.
Mal sabe ele que eu a defenderia e protegeria quantas vezes fossem necessárias.
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