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História Segredos - Nobody Does It Better


Escrita por: LSNorton

Capítulo 3 - Nobody Does It Better


Neil e Scott, reunidos dentro do apartamento do vocalista, estavam bem apreensivos: onde estaria o Josh? A última vez que haviam o visto foi quando ele cruzou rapidamente o saguão do hotel e dobrou a direita na rua. Estava apressado, mas parecia tranquilo. Talvez um pouco ansioso. Ele não atendia o celular, o que deixou também a mulher dele apreensiva. Passado das 18 horas, não havia sinal dele. Foi quando tiveram a ideia de perguntar para Dalton se ele sabia de alguma coisa.

Sem querer se comprometer, Dalton contou apenas que Josh havia reencontrado uma velha amiga de nome “Lucy”. Foi o momento em que Neil quase caiu para trás: “Lucy! Aquela Lucy!”, ele pensou. Em 2017 não tinham visto ela entre os fãs no outro hotel, mas foi relatado que a viram.

- Dalton, pode me descrever como é essa mulher? – Neil estava de braços cruzados, pernas cruzadas, sentado na cadeira. Tinha um olhar estranho.

- Ah, ela é baixinha, magra, olhos verdes, cabelo castanho comprido e liso. Bonita e meio tímida.

- Ah! – Neil teve a comprovação: era a tal Lucy.

- O que foi? – Scott, de pé, do lado de Dalton, olhou para Neil, curioso.

- Lucy. A Lucy. Nossa velha amiga Lucy reapareceu. – Neil descruzou um dos braços e postou-se a dedilhar o ar.

- Aquela Lucy?! – Scott riu – Não acredito! Aquele ser tímido, gorduchinha...

- Olha, de gorducha ela não tem nada. Tem de bem gostosa... – Dalton comentou. – Ela deve ter uns... 30 anos, 40 no máximo? Parece a Jennifer Aniston com os cabelos mais escuros.

Scott e Neil se entreolharam.

- Ela é tudo isso?! – Scott voltou a rir – Jennifer Aniston?!  Poxa, melhorou muito, então!

A campainha soou e Dalton abriu a porta. Era Ben.

- Alguma notícia sobre o Josh? – Ben perguntou.

- Ah, sim, Ben... o Josh está voltando a um velho hábito... – Neil desdenhou.

- Meu Deus! – Ben arregalou os olhos.

- Não é nada disso. É mulher, A mulher. Essa é encrenca pura! – Scott comentou.

- Como assim? Poderia explicar?

Scott contou tudo o que sabia sobre as correspondências entre Josh e uma fã adolescente, entre final de 1989 e 1993. Que, por causa do casamento dele com a Gilda, ele nunca chegou a encontrar-se com a fã. Aparentemente, ele se apaixonara pela garota, mas, como tinha a Gilda e o Norris recém-nascido, teve que abrir mão dessa paixão.

- Oh, pobre coitado! – Ben lamentou. – E, agora, ele reencontrou essa mulher, é isso?

- O Dalton disse que sim, que eles se reencontraram por acidente, no museu aqui perto. – Scott complementou.

- E só houve isso, um café, na cafeteria ali perto? – Neil questionou.

- Pelo que eu vi, sim... – Olhando melhor para os olhos verdes enfurecidos do chefe, Dalton baixou a cabeça e decidiu contar a verdade: - Não. Quando ela ia atravessar a rua para ir para o metrô, ele a puxou e a beijou.  Foi isso o que eu vi.

Ben sorriu ao ouvir o fim da história do dia anterior. Só faltou bater palmas.

- Não bata palmas, Ben. Você não sabe o que é o Josh apaixonado por essa mulher! – Scott recomendou.

=#=

Os quatro homens ficaram em silêncio ao ouvirem Octavia e Josh no corredor. Como se fosse o pai de um adolescente que chega tarde em casa, Scott voou para a porta e a abriu a tempo de ver Josh entrar.

- O quê? – Josh deu uma risadinha da expressão de Scott.

- Está tudo bem? – Scott perguntou, analisando o rosto relaxado do colega e amigo. Nenhum sinal de consumo de drogas, não sentia cheiro de bebida. “Ao menos, a Lucy não serviu a ele nenhuma bebida”, ele pensou aliviado.

- Melhor, impossível, cara! – Josh sorriu e Scott percebeu que ele estava mais do que relaxado, estava feliz e rejuvenescido.

- Oh, ok, então, bom saber! – Scott foi fechando a porta. Quando a porta se fechou, ele apontou para a porta, de boca aberta e olhos arregalados e olhava um por um dos convivas.

- Primeiro passo: euforia. Está apaixonado, vai fazer besteiras uma em cima da outra. Gastar uma pequena fortuna em um anel de noivado para alguém que nunca vai recebê-lo. – Neil lamentou.

- Opa! Devagar ai, Neil! – Ben contemporizou – Vocês me disseram que isso ocorreu há...  quase 30 anos, certo? Como você pode ter certeza de que a história se repetirá? Já está começando diferente, percebe? Vocês estão entrando em pânico a toa.

Neil buscou em Scott o olhar de apoio para um contra argumento, entretanto, o vocalista, de cabeça baixa, passava a mão na testa.

- Ele é um garoto grande, chefe – Dalton falou quando Neil o olhou – e deve saber o que está fazendo.

- Quem sabe é só um caso passageiro... – Scott cogitou – Viu a garota, gostou do que viu, o Dalton falou que ela está bonita, não é, Dal? Então...

=#=

Josh estava terminando de se vestir depois do banho. Pensou em praticar um pouco quando bateram em sua porta. Descalço, usando apenas a calça e uma camisa, ele atendeu.

Scott e Ben entraram no quarto. Scott tinha o rosto apreensivo e Ben, estava tranquilo como sempre. Talvez com uma expressão um pouco risonha pelo drama desenrolado no quarto em frente.

- Onde está o Neil? Parece que vocês resolveram fazer uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Terrestre... – Josh foi sarcástico.

- Você a encontrou, não foi? – Scott perguntou.

- Sim! E qual é o problema? – Josh perguntou, incomodado pelo ar grave do amigo.

- É o que eu disse a eles: “qual é o problema?”. Mas o Neil está uma fera, achando que você vai se meter em encrencas com essa mulher. – Ben comentou.

- Vou conversar mais tarde com ele, pode deixar. – Josh sentou-se na cama e pegou o violão. – Então, você pensa a mesma coisa, Scott?

- Eu não sei, buddie. Só o tempo dirá quem está certo. O fato é que eu espero que você esteja bem com o que fez hoje.

- Passei um dia maravilhoso com a mulher que eu amo. – Josh sorriu – Em frente a ele, o IPhone 7 sobre a cômoda. Pegou o celular e abriu a pasta de fotos. – Antes que vocês pensem: não, ela não tirou uma única foto com nenhum celular ou câmera; fui eu quem tirou fotos e a filmou.

Passou o aparelho para os dois, que viram fotos do parque, de Lucy escondendo o rosto com as mãos, ajoelhada, servindo o refrigerante em copinhos descartáveis; outra foto dela fazendo um sanduíche; foto deles abraçados e brindando com o refrigerante.

- Vocês foram fazer piquenique em um parque?! – Ben olhou para Josh surpreso.

- Chama-se Jardim Botânico. Recomendo irem lá, é lindo.

- E romântico, já que vocês passaram o dia lá. – Scott comentou. – Sim... Dalton tem razão: ela parece uma versão Brasileira da Jennifer Aniston.

- O quê? – Josh riu – Ficou ao lado de Scott para ver as fotos – Poxa, eu não tinha pensado nisso... é, ela parece com a Jennifer Aniston. E é até tão engraçada quanto.

- Fofinha. – Ben continuava olhando para as fotos e olhou rapidamente para Josh.

- Sexy, doce, engraçada, sensível... – Josh suspirou.

- Oh-oh-oh! – Scott riu – Está mesmo apaixonado!

Voltando-se para Ben, Scott perguntou:

- Lembra-se de um show em 2012, que fizemos aqui e no meeting entraram umas garotas de camiseta pink? Ela é a tímida de cabelo curto que mal se mexia, ficou do lado da amiga.

Ben riu a valer.

- O Josh e a tímida? Deus do céu! Ela está bem diferente... estava mais gordinha na época, não é?

- Meu Deus! Ainda bem que vocês não repararam nos olhos verdes dela! – Josh riu. Scott continuava vendo as fotos. Soltou um “uh-oh!” quando viu uma foto das pernas dela e outro “uh-oh!” mais longo quando viu a foto que Josh, travessamente, tirou debaixo da saia dela.

- Ok, garotos, acabou a sessão! – Josh recolheu o aparelho celular.

- Foto debaixo da saia dela, buddie? – Scott o provocou. Ben riu.

- Essa eu quero ver! – Ben se empolgou. Diante da negativa de Josh, ele se ajoelhou no chão e entrelaçou os dedos. – Por favor....

- Não, melhor não... – Josh guardou o celular no bolso da calça.

- E onde ela está neste momento? – Scott perguntou – Ela mora em São Paulo?

- Não, ela mora fora da cidade, numa cidade próxima. Mas, para facilitar a nossa vida, ela está num hotel próximo daqui.

- Vocês não vão... dormir juntos? – Ben, mais uma vez, surpreso. – Quer dizer, vocês vão para um parque fazer piquenique o dia inteiro. Agora, como dois bons meninos, cada um vai para seu respectivo hotel, dormir direitinho?

- Enquanto eu não resolver o fim do meu casamento, nada de sexo entre nós. Fui eu mesmo quem sugeri e já estou me arrependendo.

- Não rolou nada? Nadinha? – Scott estava dramaticamente decepcionado.

- Nada. E eu me segurando o tempo todo... ah! – Josh deu um soco no ar. – Nos beijamos muito e eu me segurando. Teve um momento em que eu quase mandei tudo às favas, mas mantivemos o acordo.

- Muito nobre de sua parte, manter-se casto de corpo. Porém essas fotos, amigão, se caírem em mãos erradas, vão causar problemas na hora em que você conversar com a Clare. – Disse Scott, apontando para Josh.

- Ela não vai acreditar que não aconteceu nada. Entendi. – Josh pegou novamente o celular.

- Melhor passar para uma pendrive, caso queira mantê-las, e apague-as do celular.  Mas esconda a pendrive! – Ben aconselhou.

=#=

Conforme combinado, Josh saiu por volta das 20:30hs do hotel. Usando um casaco azul marinho, camisa branca e calça preta, passou novamente pelo pelotão de fãs. Por medida de segurança, Scott pediu ao assessor de imprensa publicasse no twitter da banda diversas fotos, inclusive uma de Josh na Avenida Paulista do dia anterior, como se fosse naquele dia.

Pegou um taxi na Rua Bela Vista, escoltado por Dalton e seguiu até o Maksoud Plaza. Antes mesmo de descer do taxi, admirou-se com a arquitetura do edifício. No lobby, encontrou o amigo Brasileiro Antonio, que estava acompanhado da namorada e pediu para que Antonio pudesse pedir na recepção que chamasse por Lucy.

Tudo certo e agiriam como um encontro normal entre amigos. Ben tem ideias ótimas e, havia sido ideia dele esse jantar nessa configuração, caso algum paparazzo o seguisse. Ele e Lucy poderiam jantar em um lugar público sem suspeitas.

Lucy desceu e cruzou o lobby. Estava usando uma parca preta, uma blusa de seda rosa velho, sem mangas, uma calça social preta larga e barra italiana; nos pés, um mocassim preto. Com uma das mãos enfiada nos bolso. Carregava uma pequena clutch. Seu cabelo estava preso num rabo de cavalo.

- Essa é aquela gordinha de 2012? – Antonio cochichou para Josh. – Ela tem um quê de atriz de Hollywood.

- Jennifer Aniston. Eu sei. – Josh cochichou de volta.

- Olá, boa noite! – Lucy parou em frente a Antonio e fingiu conhece-lo de longa data. Deram um beijinho no rosto. A namorada de Antonio recebeu o mesmo tratamento, bem como Josh.

Foram para o restaurante perto da fonte. A namorada de Antonio sentou-se ao lado de Josh e Lucy sentou-se ao lado de Antonio. Entretanto, A namorada ficou de frente para Antonio e Lucy de frente a Josh.

- Não sei se você se lembra de mim, eu estive no meeting & greeting em 2012 – Antonio comentou.

- Ah, o cara das fotos no celular! – Lucy respondeu surpresa – Eu fiquei muito zangada com você, pois eu queria ir um pouco para a frente, quem sabe, conseguir a grade e você me atrapalhando!

- Desculpe! – Antonio riu. – Mas, a pedido do Josh, eu estava numa missão de convidá-la para o post show.

- O quê?! – Lucy ficou boquiaberta – Você não me contou isso, Duncan!

- Pois é. – Josh fechou os olhos e sorriu.

- Por que você tinha pedido para ele me convidar para o post show?

Todos na mesa riram.

- Qual é a piada? – Lucy riu mas não entendeu. Ou melhor, não queria presumir o que estaria acontecendo naquela longinqua noite de 20 de maio de 2012.

- Bom, começa que você ficou tão atrapalhada que saiu voando da área dos camarins. Eu retornei para conversar com você e a sua amiga foi quem olhou para trás. Achei que ela fosse lhe chamar. Acredito até que ela...

- Sim, ela achou que você estava a paquerando. – Lucy fez uma careta.

- Oh meu Deus! Não! Eu não a estava paquerando. Só sorri! – Josh estava com as mãos erguidas. Tinha sentido claramente o ciúme da amada. – Foi então que pedi ao Antonio que falasse com você...

- E eu falei com todas antes de reconhecê-la. Por isso conversei mais com você e...

Chocada, Lucy deparou-se com Carmem, uma das amigas daquela noite. Ela vinha direto para a mesa com mais duas amigas fãs da banda: Andreia e Isabela, além dos maridos de Carmem e Isabela. Quase não conseguia respirar. Lucy segurou a mão de Antonio e murmurou em Inglês:

- Conheço aquele pessoal que está vindo para cá. Eles são fãs! O que eu faço?

Os cinco sentaram-se numa mesa próxima. Por mais que evitassem, ficavam olhando para a mesa em que Josh e Lucy estavam.

- Vamos continuar conversando – Antonio sugeriu.

- Ainda bem que não tiveram a ideia de pedir autógrafo. – A namorada do empresário constatou.

Josh não podia segurar a mão de Lucy, então murmurou:

- Fique calma.

- Eu estou. Mas fiquei chocada quando eles vinham para cá, me reconheceram imediatamente.

Passados alguns minutos desde o choque, o maitre, que já havia entregado os cardápios, veio retirar os pedidos. Com o funcionário tampando a visão da outra mesa, Lucy pôde se sentir mais confortável,  e fez o seu pedido: uma salada Caesar e um filé a parmeggiana. Pediu água com gás, também. Basicamente, os outros três fizeram o mesmo pedido. Josh e Antonio engataram uma conversa interessante sobre arquitetura, que também era a profissão da namorada. Lá as tantas, a moça perguntou a Lucy:

- O que você faz da vida?

- Sou biomédica.

- É fascinante ouvi-la falar sobre a profissão dela! – Josh comentou. Sem querer, colocou a sua mão sobre a dela e entrelaçou os dedos dele com os delas.

Na outra mesa, entretanto, o gesto não passou despercebido pelos amigos.

- Nossa! O que o biomédico faz? – A arquiteta perguntou bem interessada no assunto. Lucy explicou a função primária do biomédico e suas diversas habilitações.

- Ah, então aquele médico lá, aquele que estuprou as pacientes é biomédico? – Antonio perguntou.

- Não, pelo amor de Deus, nunca! Ele era médico mesmo, formado em Medicina. A minha profissão é uma somatória de Medicina e Biologia. Aliás, sequer podemos realizar procedimentos invasivos. – Lucy respondeu antes de o garçom servir os pratos. Josh e Lucy só soltaram as mãos com o garçom próximo e servindo tanto as bebidas quanto os pratos.

- Nossa, tem que ter coragem para ficar mexendo com essas coisas, sangue... – a arquiteta aparentou estar arrepiada com a ideia.

- Nem tanto. Eu gosto de pensar que estou salvando vidas...

- Tem que ter coragem para salvar vidas! – Josh acenou com a cabeça.

- Sim, mas não é ser uma Mulher Maravilha. E alguém tem que fazer essa parte, fazer as lâminas, colocar no microscópio, verificar se as células demonstradas no relatório são aquelas mesmas. Eu gostaria de poder fazer mais, fazer uma biópsia, uma punção lombar, mas ai, já é inerente ao Médico. – Lucy explicou.

- Você é a minha mulher maravilha. – Josh disse em tom baixo, sorrindo.

- Uh-oh! – Antonio e sua namorada disseram uníssono. Lucy e Josh riram junto com o outro casal.

- Enfim: que tal voltarmos a falar sobre Arquitetura antes que eu dê maiores detalhes de procedimentos não tão prazerosos da minha profissão?

- Tipo o quê? – A namorada de Antonio arregalou os olhos.

- Tipo... o salário. Não é dos melhores, mas é com o que eu vivo. Em parte.

- Entendo. – A arquiteta concordou. – Está realmente complicado este país.

Terminaram suas refeições e continuaram conversando, enquanto esperavam pela conta. Entretanto, para saírem, teriam que, obrigatoriamente passar perto da mesa em que estavam os fãs. Josh deixou que os amigos e Lucy passassem primeiro e depois, passou. Quando passou pela mesa, inevitavelmente os fãs o pararam para obterem fotos e autógrafos.

Já do lado de fora do hotel, Lucy pediu ao manobrista o seu carro. Antonio, entre ela e a namorada dele temiam que as fãs fossem mais insistentes.

- Espero vocês no ponto de encontro. – Lucy disse quando seu carro chegou.

=#=

No estacionamento do shopping Eldorado.

Lucy esperava havia 10 minutos pela chegada da BMW de Antonio. Já tinha recebido um SMS de Josh avisando que estavam a caminho.  Em resposta, ela avisou onde seu carro estava estacionado.

Quinze minutos se passaram desde que ela tinha estacionado, quando Josh bateu na janela do carona. Lucy destrancou a porta, ele entrou e fechou a porta.

- Ei, babe – Josh a beijou. – Sabe o que é isto aqui?

Ele tinha um molho de chaves na mão.

- Chaves? – Lucy deu um risinho.

- Bom, o Antonio nos emprestou o apartamento dele, pelo tempo que quisermos! – Ele sacudiu o molho de chaves, feliz da vida.

- Ah, ok. Onde é esse apartamento? – Lucy ligou o motor da Ecosport.

- Anotei o endereço – Ele mostrou a palma da mão onde estava escrito o endereço.

- Genial, cara! – Lucy disse em Português, rindo.  Em Inglês – Ok, vamos colocar no GPS o endereço e ver o que acontece.

Lucy manobrou o veículo para sair da vaga e parou perto do portão do estacionamento para depositar o cartão. Como o tempo que permaneceu no estacionamento foi inferior a 30 minutos, não teve que pagar. Já na rua, Josh perguntou:

- Você ficou chateada com os fãs?

- Veja bem: eu conheço todo mundo que estava naquela mesa e, sinceramente, não estava preparada para aquela situação. Ainda não vi nada no Facebook de comentários sobre o que eles viram. Com certeza, me viram.

- Ninguém entrou em contato?

- Não.

- Como você tem certeza que viram você?

- Porque eu vi que estavam olhando para mim e uma delas, a gordinha loira, acenou.

- Entendi.

- E você sabe, fãs são cruéis... nessas horas, acho que não existe amizade.

O apartamento, em Moema, era pequeno, mas confortável. Um quarto, sala, cozinha e banheiro. A pequena geladeira do apartamento tinha refrigerantes, cerveja, leite, frutas, água, diversos tipos de patês. Ao lado, a adega com vinhos.  O quarto, pequeno, possuía uma enorme cama de casal e um guarda roupas. Na sala, um sofá, a TV, de talvez, 48 polegadas, fixada na parede e uma mesa de jantar com quatro lugares.

- Aqui estamos nós! – Josh abriu os braços.

- É, aqui estamos nós. – Lucy depositou a sua bolsa e a chave da Ecosport sobre a mesa.

- Lucy... – Josh a abraçou. 

- Acho que está na hora de eu lhe contar algumas coisas sobre mim.

 

=#=

Lucy sentou-se numa ponta do sofá e Josh, na outra. Ambos estavam sérios. Talvez Josh estivesse mais ansioso do que ela com o que a mulher teria a lhe dizer. Será que era casada, comprometida de alguma forma?

- Você deve se lembrar de que estávamos conversando sobre trabalho, não é? – Lucy começou.

- Lembro.

- Então: eu sou Biomédica, estou trabalhando por que eu gosto, não por que eu preciso...

Josh a olhava sem expressão. Só esperava pela notícia.

- Ok, a coisa é a seguinte: eu tenho um patrimônio hoje avaliado, em dólares americanos de, aproximadamente, 30 milhões. Você e eu somos os únicos que sabemos do valor exato. – Lucy disse de uma forma bastante fria.

- Desculpe? – Josh se esticou para frente, incrédulo. – O que você está me falando? Você herdou tudo isso do seu marido?

- Não, não! Eu não herdei nada. Eu ganhei esse valor apostando na loteria. Eu ganhei 280 milhões de Reais na loteria.

- Garota, eu estava em pânico, achando que você iria me contar sobre marido ou namorado! – Ele se levantou, colocou as mãos sobre a boca e girou. Os olhos estavam arregalados.  

- Eu não gosto de sair falando sobre isso. Vivo de forma simples, trabalho e estudo por que quero e gosto, porém, com o mesmo comprometimento de uma pessoa que não tem um patrimônio tão grande.

Josh sentou-se ao lado dela. Lucy o beijou e ficaram abraçados.

- Tudo bem não querer demonstrar luxuosidade. Até gosto, sabia? Se não fosse essa sua simplicidade, será que estaríamos aqui e agora? – Ele disse de forma carinhosa.

- Verdade.  Já que o Antonio e a namorada dele haviam tocado nesse assunto, finanças, eu achei melhor esclarecer um ponto sobre mim.  

- Boba! – Ele riu.

- Não entendi.

- Você achar que tem que explicar essa situação para mim. Boba! Não estou com você por causa de diversão ou dinheiro. Eu estou com você por causa disso. – Ele colocou a mão dela sobre o coração dele, que batia rápido.

Olharam-se nos olhos. O desejo era gigantesco, extrapolava aquela sala, o apartamento e a cidade inteira.  O coração de Lucy estava batendo tão rápido quanto o dele e a sensação de energia elétrica correndo pelos capilares e explodindo em sua nuca, estava mais forte do que nunca.

“Não pode!”, foi o que a sua consciência gritou.

Provavelmente, se a consciência de Josh gritou também, ele a amordaçou, pois beijava Lucy apaixonadamente e deslizava as mãos pelo corpo inteiro dela. Desequilibram-se e foram para o chão. Riram bastante.

- Duncan... – Lucy sussurrou.

 Josh desamarrou o laço lateral da blusa cor de rosa, revelando um sutiã de renda com bojo e suas mãos pousaram sobre o bojo antes de buscarem a alça fina do sutiã. Lucy estava tomada pela energia elétrica em seus capilares e lutava para tirar a parca preta. Jogou finalmente o casaco sobre o sofá. As alças do sutiã nos seus braços e ela tirou a blusa de seda também. Josh tirou o seu casaco preto e o jogou sobre o sofá.       

Os dedos longos de baixista lutavam para soltar os ganchos do sutiã, mas os dedos delicados de Lucy desabotoavam a camisa de Josh e ela podia sentir os pelos do peito dele, a pele muito branca e macia. Finalmente, ele conseguiu soltar os ganchos e Lucy sentiu o sutiã bem mais largo. Ele se afastou para tirar a peça dela.

Ele afundou a cabeça entre os seios dela e beijou delicadamente cada centímetro de pele entre os seios e os seios. Lucy jogou sua cabeça para trás, enquanto acariciava o cabelo dele.

- Duncan... você... você tem... certeza? – Lucy estava quase sem fôlego.

- Nunca tive tanta certeza de alguma coisa como agora, Lucy. – Josh tirou a camisa, olhando fundo nos olhos verdes. 



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