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História Secrets of the Past - Ameba cor de rosa, jantar e colega de quarto?


Escrita por: Sra_celestial

Notas do Autor


Tudo bem pessoal?? Eu espero que estejam gostando da nossa versão de Secrets of the past, e como eu disse iria ter mudanças e uma delas vai ser a Lisanna nessa nova versão( outros personagens também vão ser diferentes) espero que gostem do capítulo e vejo vocês na próxima atualização ❤️
Desculpa qualquer possível erro e boa leitura

Capítulo 3 - Ameba cor de rosa, jantar e colega de quarto?


Fanfic / Fanfiction Secrets of the Past - Ameba cor de rosa, jantar e colega de quarto?

Porque, meu bem, agora nós temos um conflito

Você sabe, isso costumava ser um amor louco

Então dê uma olhada no que você fez

Porque, meu bem, agora nós temos um conflito, hey

Bad blood ( Taylor Swift feat. Kendrick Lamar)


Acordei com o barulho de alguém batendo na porta de meu quarto, quando finalmente tomo coragem e me levanto para ver quem era se tratava do Laxus me chamando para jantar, foi só agora que eu percebi que eu dormi o resto do dia.


– Que cara mais feia.– Disse o mesmo me olhando. 


– Queria o que? Eu estava dormindo. – Digo revirando os olhos enquanto pego um moletom para vestir e dou um jeito no meu cabelo. – Sorte sua que estou com fome, ou eu iria te jogar nas profundezas do tártaro por ter me acordado.


– Que raivosa. — Disse o Laxus. – Parece a mamãe. 


– Olha maninho, melhor você ir na frente que só vou terminar de me arrumar.– Digo, sendo que a verdade era que eu queria mesmo era dar um jeito na minha cara amassada de sono.– Pode indo, já encontro você no refeitório.


Apenas ouvi um sim e fui em direção ao banheiro, assim que entrei nele llavei meu rosto e resolvi trocar a roupa, acabei optando por uma saia rosa que continha uns babados no final dela, uma blusa branca,e peguei meu casaco de moletom para levar comigo, afinal nunca se sabe o que pode acontecer. Acabo prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo, passando um gloss nos lábios e saindo do quarto logo em seguida, indo em direção ao refeitório.


– Eu devia ter vindo com ele.– Digo para mim mesma no instante em que entrei no refeitório e me senti perdida ao ver tanta gente e ninguém familiar. 


– Lucy, estamos aqui .– Disse alguém me chamando enquanto balançava seu braço, que logo que bati meus olhos na pessoa eu percebi que se tratava da Mirajane, graças ao universo era ela.


Peguei meu jantar, para um internato de elite tinha até bastante opção mas algo em especial chamou minha atenção, a única coisa que eu comia quase sempre em casa e para minha sorte era o último, lá estava o último prato de lamén me esperando. Peguei a comida na maior felicidade do mundo e fui em direção a mesa, onde se encontrava meu irmão , a Mira e um grupo de desconhecidos, fui igual uma criança quando ganha doce.Assim que me juntei a ele fui logo ficando vermelha porquê todos me olharam.


– Gente essa é a Lucy, acabou de entrar no nosso ano.– Disse a Mira sorrindo.– Lucy esse é o pessoal, a de cabelo vermelha é a Erza.


– Scarlet?– Perguntei. 


– Sim.– Disse a ruiva.– Como sabe?


– Somos colegas de quarto.– Digo com um sorriso meio sem jeito. 


– Vamos nos dar muito bem Lucy.– Disse a Erza sorrindo. – Olha está vendo esse gato do meu lado? É o meu namorado Jellal, já estou avisando que você vai ver muito ele no nosso quarto. Diz oi amor.


– Oi,Lucy.– Disse o Jellal ficando com o rosto mais vermelho do que o cabelo da Erza.– Prazer em te conhecer. 


– Prazer.– Digo e tenho que admitir, algo nele não me é estranho, mas pode ser porquê acordei faz pouco tempo e o sono ainda está falando mais alto.


Antes que eu pensasse em dizer outra coisa logo ouvi alguém reclamando alto e a Erza respirando fundo. 


– Por quê demoraram tanto?– Perguntou a Erza enquanto cortava um pedaço de sua fatia de bolo. 


– Em minha defesa, nós tivemos que acordar o Gajeel.– Disse uma menina baixinha com os cabelos azulados presos em uma fita laranja.– Ele tem um sono muito pesado.


– Nossa baixinha, você sabe muito bem que dessa vez a culpa não é só minha e sim desse cabeça de fósforo que estava se agarrando com a Lisanna de novo no meu quarto.– Disse um rapaz alto cheio de pinceng e cabelos longos pretos bagunçados.– Você tem o seu próprio quarto, não sei por quê vive indo no meu. 


– Cala a boca ferrugem, ao menos eu tenho alguém para beijar sempre que eu quiser.– Disse uma voz que logo reconheci de quem se tratava.– E o seu quarto é mais silencioso.


No mesmo instante resolvi jogar meus cabelos em meu rosto na esperança de que um certo rosado não me reconhecesse e até o momento estava tudo dando certo, o plano era simples, terminar meu lamén e ir correndo para meu quarto, para evitar que ele me veja.


– Apenas sentem. – Disse a Erza.– Agora.


– Vou pegar minha comida.– Disse o rosado dando de costas e me deixando feliz por uns minutos. 


– Idiota.– Disse a Erza enquanto olhava os outros três se sentando. – Então Lucy, esse aqui é o Gajeel.


– Novata?– Perguntou o Gajeel me olhando. 


– Sim.– Disse a Erza.– E minha colega de quarto, então já sabe.


– Claro claro, prazer Lucy. – Disse o Gajeel rindo. – Se precisar de ajudar com pesos é só me chamar.


– Vou me lembrar disso.– Digo sorrindo e olhando para a dona doa cabelos azulados que estava ao lado dele.– Você é?


– Levy. – Disse ela sorrindo.– Eu até iria me desculpar por você já ter visto esse lado nosso, mas como divide o quarto com a Erza é até melhor se acostumar. 


– Assim ela vai ter uma péssima ideia nossa.– Disse a outra menina, que era muito parecida com a Mira.– Você logo se acostuma Lucy, eu sou a Lisanna, espero ser sua amiga.


– Eu também. – Digo sorrindo.


Eu estava prestes a perguntar se elas eram parentes quando o rosado volta e reclamando de algo que eu logo me arrependi de ter ouvido.


– Acredita que algum desgraçado pegou o último lamén?– Perguntou ele frustrado enquanto sentava em seu lugar.– Tomara até tenha indigestão a pessoa.


– Não fica assim Nat.– Disse a Lisanna enquanto distribuía beijos pelo rosto do mesmo e isso embrulhou o meu estômago. 


– Será que tem como vocês dois pararem de se agarrar um minuto? Ninguém merece ter que comer enquanto assiste essa troca de salivas entre vocês.– Disse um rapaz de cabelos escuros que eu ainda não tinha reparado nele.– Vão logo para um motel.


–Não é porque a Juvia foi embora que você precisa ser assim gelinho. – Disse o rosado enquanto dava um sorriso de lado.– Tem que esfriar os chifres.


– Natsu isso não é coisa que se deva dizer, ele ainda está sofrendo. - Disse a Mira enquanto comia sua maçã.– E sabe que ele não tem chifres.


– Cala a boca seu bastardo , ninguém aqui pediu a sua opinião .–Disse o Gray se levantando da mesa e ficando de frente para o Natsu.– E o único com chifres é aqui é você, que nem passa na porta direito. 


–Gray.– Disse o Jellal tentando fazer com que o amigo se sentasse em seu lugar novamente.– Vamos, sente-se.


No mesmo instante o rosado se levantou e ficou encarando o Gray, quando eles pareciam que estavam prestes a começar uma discussão feia que resultaria em uma briga percebo que a Erza estava se levantando e indo em direção a eles.


–Natsu, Gray podem parando agora, melhores amigos não devem brigar por coisas infantis como essa. – Disse a Erza lançando um olhar para eles que percebi que até o Laxus se estremeceu em seu lugar.– Se começarem de novo eu irei castigar vocês igual aos velhos tempos, estamos entendidos?


– Claro Erza, você está certa. - Disse os dois em sincronia.


O resto do jantar até que foi calmo, óbvio que teve altos agarramentos da parte da Lisanna e do rosado, que eu logo descobri que se chamava Natsu. Também teve uma hora que não sei o que falaram que a Erza ficou mais vermelha do que a cor de seu próprio cabelo, se é que é possível, mas eu estava gostando, o clima era bom, eu acabei sentindo que conhecia eles desde sempre, menos aquela ameba cor de rosa. O que me deixou mais intrigada nisso tudo foi o Gray, desde a discussão dele com o Natsu que ele ficou em silêncio e isso me deixava curiosa.


– Você não vai comer nada mesmo Natsu?– Perguntou a Levy. – Só porquê acabou o lamén? 


– Sim.– Disse o mesmo. – Hoje é dia de lamén, eu só como lamén aos domingos.


– Parece até a Lucy. – Disse o Laxus e eu juro por todos os deuses que eu estava o almadiçoando de todos os jeitos agora.


– Lucy?– Perguntou o rosado enquanto olhava para o idiota do meu irmão. – Quem é Lucy?


– Você é tão desligado que nem reparou na menina.– Disse o Gajeel.– É essa aqui, ela é nova pelo o que a Erza disse.


– Você de novo?– Perguntou ele me olhando.


– Pro seu azar e pro meu sim.– Digo revirando os olhos.


– Já se conhecem?– Perguntou a Erza enquanto pegava agora o bolo do jellal.


– Infelizmente. – Disse o Natsu olhando pra mim antes de seu olhar parar em meu prato.– Foi você que pegou o último lamén? O meu lamén?


– Ah era seu? Não sabia que tinha dono.– Digo.– Mas pode ficar tranquilo que estava uma delícia. 


– Ora sua loira.– Disse o Natsu se levantando e vindo em minha direção. – O lamén é meu.


– Era seu, sua ameba cor de rosa. – Digo me levantando e o encarando. – E eu digo e repito, estava uma delícia. 


– Vocês não vão brigar por causa de um lamén.– Disse a Erza se levantando.– É apenas uma comida. 


– Não é apenas uma comida.– Disse eu e o ameba ao mesmo tempo.


– Eu estou fora disso.– Disse a Erza indo em direção a saída e logo todos foram se levantando, ficando apenas eu, a ameba e o Gray que só nos observava.


– Não vai embora loirinha?– Perguntou o Natsu sorrindo. 


– Não estou com sono.– Digo.– Por quê não vai você cabelo de algodão doce?


– Então vamos ficar aqui a noite toda.– Disse o Natsu antes de olhar para o Gray.– E você? Não vai não?


– Estou garantido que vocês não vão se matar.– Disse ele.– Afinal ela conseguiu te estressar, tem o meu respeito, mas quero ver aonde isso vai dar.


– Não vai dar em cacete nenhum.– Disse o mesmo.– Sabe que não faço nada com mulheres, mesmo essa parecendo mais uma gorila, um baleia ou um titã do que uma mulher.


Foi no impulso, mas eu não me arrependo, eu apenas não ia ficar ali ouvindo esse desastre da natureza me insultando desse jeito, eu peguei o copo do Gray, que para minha sorte era milk-shake de chocolate e joguei na cabeça dele.


– Você não fez isso.– Disse o Natsu me olhando com um olhar, aquele tipo de olhar de quem está pronto para matar alguém, e no caso esse alguém sou eu.– Chega, agora você não é nem um animal, é uma poeira.


Foi a última coisa que eu ouvi antes do mesmo segurar o meu pulso apertando ele, me puxando para mais perto dele.


– Eu vou fazer da sua vida um inferno loira.– Disse o mesmo.– Pode ter certeza.


– Pensei que eu fosse uma poeira pra você querido.– Digo. 


– Não me chame de querido.– Disse ele.– Eu não sou o seu querido, não sou nada seu.


– Quer que eu te chame de que? De bebê? Algodão doce? Amoeba?– Perguntei. – A lista é infinita, e fique sabendo que se você tentar fazer da minha vida um inferno querido, eu faço da sua sete vezes pior.


– Natsu solta ela, pode estar machucando ela.– Disse o gray se levantando.– Isso vai dar merda e não estou afim de ter problemas. 


– Não estou afim, afinal primeiro foi essa aí que se meteu comigo mais cedo.– Disse o Natsu me soltando.– E você ouviu ela, além de que comeu o meu lamén. 


– Lucy, você fez alguma coisa? –Perguntou o Gray enquanto respirava fundo.– Além de comer o lamén do Natsu?


– Não, o caso foi que essa ameba cor de rosa esbarrou em mim e me derrubou. – Digo enquanto encaro o rosado que parecia prestes a soltar fumaça.– Apenas isso.


– Agora já chega.– 


Foi a última coisa que eu ouvi antes de um pedaço de bolo de morango voar em minha direção, se eu não tivesse me abaixado meu cabelo estaria todo rosa agora, igual dessa ameba.


– Agora você me paga seu unicórnio cor de rosa. – Digo pegando o que sobrou do meu lamén e ameaçando jogar no mesmo.


– Chega com esses apelidos sua loira.– Disse o Natsu me olhando pegando um copo de água. – Eu vou molhar o seu cabelo.


– Estou morrendo de medo.– Digo. 


– Estou lidando com duas crianças. – Disse o Gray enquanto respirava fundo.– Não vão parar não?


– Pode ir embora Gray, isso é entre eu e a loirinha.– Disse o Natsu sorrindo. – Vai encarar novata?


– Não sou um gatinho medroso igual você. – Digo antes de ter o pote arrancado de minha mão pelo Gray.– O que pensa que está fazendo?


– Quer sair daqui?– Perguntou ele me olhando.– Eu quero, mas vocês estão agindo como duas crianças e não estou com paciência agora.


– Querer eu quero , mas será que vamos conseguir?– Pergunto.– Essa ameba não vai desistir.


– Não vou mesmo.– Disse o Natsu sorrindo para mim.– Arregou loira?


– Apenas deixe comigo.–  Disse ele me puxando pelo pulso e indo em direção ao Natsu.– Se contar a Erza, nós dois estamos mortos.


Foi questão de segundos que o Gray derrubou todo o caldo em cima do Natsu o deixando literalmente de boca aberta, eu queria ficar e rir mas só sentir meu corpo ser puxado para fora do refeitório antes de ouvir o Natsu gritando que iria nos matar. Acho que nunca corri tão rápido em toda a minha vida, todas as aulas de educação física que eu matei foram compensadas agora. Só paramos de correr quando chegamos no topo da escada que dava nos dormitórios. 


– Ufa, estou te devendo uma.– Digo enquanto reparo que ele ainda estava me segurando.


– Que nada Lucy, eu queria ir embora também. Se deixasse você com ele lá, não quero nem pensar o que fariam um com o outro. – Disse ele antes de perceber que me segurava ainda e me soltando logo em seguida.– É melhor irmos nos limpar antes que a diretora nos veja desse jeito, ela pode ser baixinha e inofensiva mas ela consegue dar medo quando quer. –


– Okay, até mais tarde eu acho. – Digo com um sorriso crescendo em meu rosto.


– Até. – Disse ele dando de costas para mim e indo em direção a ala masculina.


Assim que entrei em meu quarto fui direto para meu banho e coloquei minha camisa do Stray Kids e um short cor de rosa para dormir, resolvi deixar meu cabelo solto mesmo pois eu não queria prender ele, ainda mais porquê eu fui obrigada a lavar ele agora, apenas pra deixar ele limpo para amanhã. Quando me dei conta já eram 21:45 então resolvi assistir algum anime novo, mas acabei me redendo ao bom e velho noragami. Não tenho certeza se peguei no sono durante o segundo ou terceiro episódio, mas sei quando peguei no sono e que acordei num susto com meu despertador tocando e avisando que eu tinha aula.


– Coragem Lucy. – Digo para mim mesma enquanto levanto da cama.


Fui em direção ao banheiro e fiz minha higiene matinal, coloquei meu uniforme que até que não é tão brega quanto pensei que seria, terminei de me arrumar ajeitando o meu cabelo, peguei minhas coisas e fui em direção ao refeitório procurar algo para comer.

Chegando lá olho para todos os lado até que vejo o Jellal sentado sozinho,ele deve saber onde está a Erza já que cheguei no quarto ontem a noite e ela não estava e hoje quando acordei também não a vi. Pego meu lanche, que acabou sendo apenas uma panqueca e um chá gelado e vou andando em direção a mesa em que ele estava.


– Bom dia.–Digo me sentando na sua frente.– Você viu a Erza?

– Ah, oi Lucy, bom dia.–Disse ele sorrindo para a mim.– A Erza está na sala do conselho. 


– Entendo.– Digo.– E o resto do pessoal?


– Alguns estão resolvendo os assuntos do clube, outros devem estar dormindo ainda.– Disse ele.– Melhor se acostumar, a maioria pega o lanche e come durante as reuniões do clube, vai ser bem raro se você achar todos aqui de manhã.


– E você então? Por que está aqui?– Pergunto enquanto como a minha panqueca.– Não tem um clube?


– Tenho sim, faço parte do jornal.– Disse ele.– Mas os jornais já estão prontos e minha única função é tirar as fotografias. 


– E você viu o gray?–  Perguntei tentando disfarçar o interesse mas falhando.– O que?


– Por que quer saber dele? – Perguntou o Jellal sorrindo. –Não me diga que está interessada nele Lucy, está?


– Não, claro que não. – Digo revirando os olhos.– É só que ele foi legal comigo ontem e me ajudou em uma coisa,  aí queria saber dele, apenas isso.


– Se você está dizendo com tanta certeza vou acredita.– Disse ele.– Mas até onde eu sei ele estava resolvendo um negócio com a enfermeira da escola e depois ia direto pra aula.–


– Ah sim. – Digo.– Posso te fazer uma pergunta? 


–Claro, diz aí. – Ele respondeu curioso.– Quer saber sobre o Gray?


– Não. – Digo. – É que ontem eu te achei familiar mas estava com sono então não liguei muito. Mas agora que estou bem acordada, você não me parece estranho, será que já não nos vimos antes?


Ele ficou um tempo quieto e começou a rir, fiquei sem entender nada então fiz um sinal com a mão mostrando pra ele falar, afinal agora eu que estava curiosa.


– Foi mal Lucy. – Disse ele em meio as risadas.– Nos conhecemos sim


– Sério? – Perguntei.– Como não me lembro disso? Seu rosto não é tão comum assim.


– alma, calma. É normal você não lembrar, a gente só tinha uns 5 anos na época. – Disse ele.– Quando seus pais viajavam a trabalho pediam pra minha mãe cuidar de você e do Laxus, aí sempre brincávamos até eu mudar.


– Nossa , por isso você não me é estranho e achei incrível você me reconhecer. – Digo.– Eu que não devo ter uma boa memória mesmo.


– Claro né, impossível não te reconhecer, sem contar que o Laxus já tinha me falado. Ele disse com a maior cara de bobo.– Mas você é a cara da sua mãe, e minha mãe tem uma foto com ela, então foi bem fácil te reconhecer. 


Ficamos rindo um bom tempo sobre isso e em como minha memória é péssima, ele também comentou um pouco da sua família até que terminamos o café. O sinal tinha acabado de tocar e para a minha sorte o  Jellal também era da minha sala, o que me poupou um bom tempo perdida. Quando chegamos na porta ouvimos o professor dando a aula, o Jellal disse que ele era tranquilo mas ainda estou receosa, bati duas vezes e ele disse entre.


– Bom dia professor.–Disse o Jellal entrando na sala.


– Está atrasado senhor Fernandes. –Disse o professor.– Qual a sua justificativa?


–Sinto muito professor, eu estava ajudando a novata a chegar na sala.– Ele disse apontando pra mim.– Ela não saberia achar a sala. 


– Entendo, nesse caso você fez muito bem.– Disse o professor nos olhando.– Sente-se no seu lugar e agora deixe que a aluna nova se apresente para o resto da classe.


– Sim senhor. – Disse o Jellal enquanto ia para a seu lugar que era ao lado do Gajeel.


Agora todos os olhares da sala estavam em mim,eu simplesmente odeio quando tenho que me apresentar na frente de todos, um dos motivos pelo qual não gosto de trocar de escola é esse.


– Senhorita, pode começar. –Disse o professor me olhando.


– Eu me chamo Lucy Heartphilia.– Digo.–  Vim de Los Angeles com meu irmão e é isso.


– Alguém gostaria de perguntar algo a senhorita Heartphilia?– Perguntou o professor.


– Tem namorado? – Perguntou um garoto de óculos com os cabelos da cor laranja.


– Senhor Loke, quer sair de sala de novo? – Perguntou o professor.


– De forma alguma professor.– Respondeu esse tal Loke sem tirar os olhos de mim.– Prefiro ficar na sua aula apreciando a paisagem, não é todo dia que temos um monumento desses.


– Muito original.‐ Digo revirando os olhos. – Posso me sentar?


– Sim, claro senhorita Heartphilia. Disse o professor.– Sente atrás do senhor Fullbuster.


– De quem? –Pergunto enquanto procuro pela sala.


– Aqui Lucy. – Disse alguém me chamando e uma parte minha gostou que fosse o Gray.


– Aquele é o senhor Fullbuster. – Disse o professor indicando para onde eu deveria ir.– Afinal senhorita Heartphilia, seja bem vinda a Fairy Tail. Prazer, eu sou o seu professor de cálculos Gildarts. 


Assenti e fui em direção ao meu lugar, não pude deixar de sorrir no instante em que sentei atrás do mesmo e ele também sorriu para mim,  sentei em sua frente. A aula estava ocorrendo tudo bem, eu conhecia alguns dos meus colegas já que a Erza e a Mira me apresentaram na noite passada. Alguns deles eram o Gray, o Jellal, o Gajeel e a Lisanna, e para o meu azar o Natsu também era dessa turma e pior, ele sentava do meu lado.


– Bom, antes do fim da aula irei passar um trabalho para amanhã.– Disse o professor.– E eu que vou escolher os grupos, já que no ano passado vocês deixaram tudo pra um aluno fazer.


– Espero que eu não caia com um estranho, ou pior, com o Natsu.–Digo virando para o Gray.


– Você é novata, o professor não deve te colocar com um tarado. Sem contar que ele é um dos professores mais sérios que temos por aqui Lucy. – Disse o Gray pra mim.– Mas olha, tirando o Jellal, o Natsu é o garoto mais inteligente daqui.


– Sério?– Pergunto sem poder acreditar.– Ele não tem essa cara.


– Pois ele é. – Disse o Gray.


O professor acabou achando melhor decidir os grupos por sorteio, já que muita gente estava reclamando de ter que fazer tudo ou cair com um tarado, como eu mesma reclamei. Por fim acabou ficando decidido que seria Gajeel, Jellal e Lisanna e para o meu azar eu fiquei no mesmo grupo que o Natsu, mas pelo menos o Gray está junto.

Depois que ele disse qual grupo eu estava, eu passei a ignorar os restos dos grupos que eram formados e comecei a pensar o quão azarada eu sou. Por fim o sinal tocou avisando que a aula tinha acabado, ou seja, almoço, tudo o que eu precisava agora mas como sempre algo me atrapalha, e novamente é esse maldito cabelo de algodão doce que está parado na minha frente. 


– O que você quer ameba?– Perguntei enquanto terminava de guardar meu material.– Ou vai ficar apenas parado aí igual uma estátua?


– Haha estou morrendo de rir loira.– Disse ele enquanto revirava os olhos.– Só quero te avisar que se atrapalhar as minhas notas, você está morta.


– Diga uma novidade.– Digo me levantando. – Daqui a pouco vai dizer que se eu respirar, irei morrer, já está ficando repetitivo suas falas ameba.


– Você é muito abusada, sabia?– Perguntou ele.


– E você intrometido, chato, insuportável. – Digo. – Mas nem por isso eu fico te enchendo a paciência, agora se me dar licença eu vou comer.


– Chata.– Disse ele antes de dar as costas e sair da sala.


– Babaca.– Digo saindo logo atrás dele, mas indo em direção ao refeitório. 


Finalmente o almoço, tudo o que eu precisava agora era sentar em um lugar e comer minha comida bem plena. Até que o refeitório estava bem vazio na verdade, não comparado ao café da manhã, mas estava vazio. Num canto mais afastado eu pude avistar a Erza e o Gray sentados almoçando. 


– Posso?– Perguntei quando parei ao lado da mesa os olhando.


– Claro, senta Lucy. – Disse a Erza sorrindo. – Gray estava me contando do trabalho de vocês, que sorte ter o Natsu no grupo.


– Sorte? Não sei aonde isso é sorte.– Digo.– Ele é insuportável. 


– Ele pode ser as vezes, mas ele não é tão mal assim.– Disse a Erza. – É só o jeito dele.


– Como sabe disso Erza?– Perguntei. 


– Ela é nova Erza, não deve saber ainda da sua história com o Natsu. – Disse o Gray como quem não quer nada.


– Espera, não me diga que vocês namoraram?– Perguntei incrédula.– Que mal gosto Erza. 


– Eça Lucy, claro que não. – Disse a Erza fazendo uma careta. – Nós somos primos.


– Sinto muito por você. – Digo. – Você deve ter sofrido muito.


– Nem tanto, eu o conheço desde pequena. – Disse a Erza.– Minha mãe vive viajando, então eu moro praticamente na casa do Natsu. 


– Mais difícil ainda.– Digo.– Mas ainda acho ele insuportável. 


– Cuidado hein, amor e ódio andam lado a lado. – Disse a Erza sorrindo. – Vou deixar vocês dois a sós, tenho reunião no conselho.


– Ta.– Disse o Gray. 


– Vai pro quarto hoje Erza?– Perguntei. 


– Vou sim.– Disse a Erza com o rosto ficando corado. – Afinal festa do pijama hoje, se prepare porquê não vai dormir.


– Nem tente discordar dela Lucy. – Disse o Gray pra mim antes que eu pensasse em dizer algo.– Ela é assim mesmo.


– Acho que tenho que me acostumar. – Digo com um sorriso meio sem jeito. – Então, vamos fazer esse trabalho quando?


– Temos que esperar o Natsu.– Disse o Gray.– A noite ele deve nos falar sobre isso.


– Maravilha, dependo de uma ameba agora.– Digo.– Que seja, te vejo mais tarde então? Tenho que procurar o meu irmão antes da próxima aula.


– Claro.– Disse o Gray.– Te vejo na aula.


– Ok. – Disse me levantando e saindo do refeitório. 


Enquanto procurava pelo Laxus eu não podia de pensar que talvez vir para esse internato não seja tão ruim assim, tirando o fato de ter o Natsu aqui, mas fora isso eu sei que vou gostar daqui. No instante em que avistei o Laxus conversando com a Mira e com mais duas pessoas meu celular vibrou, não me surpreendi com ser uma mensagem, mas sim pelo o que estava escrito. 


"Quem é vivo sempre aparece, senti saudades suas baby"


Não sei de quem era mas uma coisa é certa, é uma brincadeira de muito mal gosto e não vai ficar barato isso.



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