História Secrets of the Past - Festa do pijama, verdades e garotos

Eu, eu mantenho um arquivo dos destroços da minha vida

Não sou um sonho doce, mas sou uma noite e tanto

O fato de que eu tinha recebido uma mensagem anônima dizendo " quem é vivo sempre aparece, senti saudades suas baby" me deixou intrigada o resto do dia, eu não conseguia imaginar ninguém que pudesse estar por trás disso, e se eu comentasse isso com o Laxus ele iria contar aos nossos pais, o que daria em seguranças ao meu redor o que acabaria com a minha privacidade, e seria o fim pra eles, já que quando eu era pequena eu tive um sequestro relâmpago.

– Vamos Lucy, está tudo bem.– Digo para mim mesma enquanto olho a mesma mensagem pela 10° vez. – Melhor eu me arrumar, ou a ameba me mata. 

Já tinha sido um milagre o Natsu mandar mensagem avisando onde iríamos fazer o trabalho e de acordo com ele o tempo dele é muito precioso e não podemos nos atrasar, e que se um de nós chegasse nem que seja 2 minutos atrasados ele iria tirar nosso nome do trabalho, parece até uma criança mimada. 

– Bom, marcamos de fazer o trabalho aqui na biblioteca, mas eles não chegaram.– Digo respirando fundo.– Também, estou adiantada.

Enquanto andava pela biblioteca a procura de um lugar para me sentar reparei que no fundo do corredor estava a Levy sentada com a cara enfurnada em um dos livros.

– O livro é interessante?– Perguntei no instante em que me aproximei da mesma e a olhei.

– Lucy?– Perguntou ela se assustando.– Não me assuste desse jeito.

– Desculpa, é que você estava tão entretida no livro que fiquei curiosa.– Digo sorrindo.

– Tudo bem,  se quiser depois te empresto ele.– Disse ela me olhando com um sorriso no rosto.– É sobre um amor proibido.

– Tipo Romeu e Julieta?– Perguntei. 

– Bem, sim. Mas também tem anjos e demônios, magia, fadas.– Disse ela.– É perfeito o livro, você vai amar.

– Vou querer ler depois. – Digo. – Mas Levy, você por acaso não teria visto o Gray ou o Natsu por aqui não, é?

– Não, por que? – Perguntou ela me olhando. – Algum motivo especial?

– É que vamos fazer um trabalho juntos e não acho eles. – Digo suspirando. – Marcamos de fazer o trabalho aqui e eles não chegaram ainda, sendo que o Natsu foi bem irritante quando disse que não iria tolerar atrasos.

– Ata, mas eles não estiveram por aqui não Lucy. E olha que eu estou aqui já tem um bom tempo.– Disse a mesma.– Mas não liga para o Natsu, ele é chato desse jeito mas ele odeia tirar qualquer nota que não seja 10.

– Ele é um nerd.– Digo sem nem conseguir imaginar uma ameba cor de rosa nerd.– Ele não parece ser.

– Pois ele é, digamos que é o 0.1 da Fairy Tail. – Disse a Levy enquanto voltava a ler o livro.– Com o tempo você se acostuma. 

Antes que eu pudesse responder ou pensar em responder, sinto uma mão tocar em meu ombro e  já estava imaginando que era um dos meninos, mas estava enganada, quando me viro para ver quem é, fico até surpresa.

–Gajeel? – Perguntei o olhando.– Aconteceu alguma coisa?

– Sim e não, eu estava igual louco te procurando e até que enfim te achei.– Disse o mesmo enquanto tentava recuperar o fôlego. – O Natsu disse que era pra você ir para o quarto do Gray que ele também vai para lá.

– E ele não podia ter mandado uma mensagem? Ele tem o meu número essa ameba.– Digo revirando os olhos. – Que seja, melhor eu ir antes que ele fique parecendo um porco cor de rosa. Te vejo depois Levy?

– Uhum.– Disse ela.– Tchau Lucy.

– Eu também estou aqui baixinha.– Disse o Gajeel colocando a mão na cabeça da mesma.– Não ganho nem um oi?

– Oi Gajeel.– Disse a mesma o olhando mas desviando o olhar logo em seguida. – Tchau Gajeel.

– Agora sim, vou com você até lá Lucy. – Disse o mesmo sorrindo. – Até mais tarde baixinha. 

Saímos da biblioteca e fomos andando pelos corredores até que chegamos a área masculina, eu pensava que seria diferente da ala feminina mas os corredores são idênticos em tudo, não tem literalmente nada de diferente. 

– O quarto do gray é esse aqui, é só entrar. – Disse o Gajeel.– Ge-he boa sorte.

– Acho que vou precisar. – Disse acenando para o mesmo e batendo na porta logo em seguida. – Gray?

– Oi Lucy, entra aí. – Disse o mesmo abrindo a porta e me deixando levemente corada, ele estava praticamente pelado, só de cueca.– O Natsu já começou. 

– Ah sim.– Digo enquanto o olhava de cima a baixo.

– Pare de secar ele loira e venha logo fazer o trabalho, não tenho o dia todo.– Disse o Natsu que só agora eu reparei que estava me olhando.– E vê se coloca uma roupa Gray, ninguém merece te ver desse jeito.

– Inveja do meu tanquinho?– Perguntou o Gray sorrindo enquanto fechava a porta.– Senta aí Lucy. 

– Inveja de você? Nem nos meus pesadelos eu teria inveja.– Disse o Natsu rindo.– Lucy você vai ficar com a pesquisa das páginas 46 até 79.

– Tudo isso?– Perguntei me sentando na cama.

– Quer mais? O Gray vai pesquisar da página 79 até 100.– Disse o Natsu enquanto digitava algo no notebook.– Eu estou com a página 100 até 150, não sei como era na sua antiga escola loira, mas aqui nós levamos até os trabalhos mais simples a sério. 

– Já entendi ameba.– Digo.– Deixa eu pesquisar isso logo.

– Liga não Lucy, ele é assim mesmo.– Disse o Gray enquanto começava a digitar algo no celular.– Mas garanto que ele sabe o que está fazendo.

– Se todos dizem isso, deve ser verdade.– Digo assim que abro o livro e começo a pesquisar as minhas páginas.

Devemos ter ficado a tarde toda fazendo esse trabalho, porquê quando me dei conta o sol já estava se pondo e minha barriga roncando.

– Acho que esse foi o sinal para pararmos por hoje.– Disse o Natsu. – Eu já acabei a minha parte, quando terminarem me enviem ele para eu poder imprimir e entregar amanhã. 

– Ok.– Disse o Gray enquanto se esticava.

– Eu não entendi uma coisa.– Digo olhando para os dois e recebendo o sinal do natsu para que eu continuasse.– O professor mandou toda a turma fazer o mesmo trabalho, não seria melhor ele escolher temas diferentes para cada grupo?

– Não exatamente, ele fez isso para saber se estamos entendendo o assunto.– Disse o Natsu enquanto arrumava suas coisas.– Melhor eu ir, tenho que resolver umas coisas ainda.

– Até mais tarde. – Disse o Gray acenando para o Natsu. – Vai ficar Lucy?

– Eu não terminei minha parte ainda.– Digo.– Se você não se incomodar, eu vou ficar mais um pouco.

– Relaxa. – Disse o mesmo se jogando na cama e colocando os fones logo em seguida.

Eu não sei quando o Natsu saiu mas agora ficou um silêncio no quarto, a única coisa que podia ouvir era o som dos meus dedos digitando no computador, e a batida fraca da música que o Gray escutava em seu fone. Assim que terminei o trabalho já estava escuro, devia ser por volta das 20:00 eu acho, o que explicaria porquê eu estava morrendo de fome.

– Gray?– Digo o chamando enquanto olho para o mesmo .– Acho que ele dormiu.

Enquanto guardava minhas coisas vez ou outra eu reparava nele, ele dormindo parecia tão sereno, não sei o que ele estava ouvindo mas acho que ele não vai se incomodar de eu tirar do ouvido dele e desligar. Era isso que eu pensava até sentir ele segurar meu pulso e abrir os olhos em seguida. 

– O que está fazendo?– Perguntou o mesmo me olhando. 

– Eu só ia desligar a música, pra você continuar dormindo. – Digo o olhando. – Não queria incomodar. 

– Ah desculpa Lucy, é que.– Disse ele me olhando mas parecia estar hesitando.– Eu me assustei, foi isso. Já estava indo embora?

– Ah sim, já acabei. – Digo. – E não queria te incomodar mais.

– Você não me incomoda.– Disse o mesmo soltando meu pulso.– Mas deve estar morrendo de fome, eu te levo até o refeitório. 

– Eu vou levar as coisas pro meu quarto primeiro. – Digo.

– Eu te acompanho. – Disse ele se levantando da cama e pegando seu celular pra ver a hora, eu não pude deixar de reparar na foto que estava na sua tela de bloqueio, era uma garota linda de cabelos azulados.– Vamos?

Apenas concordei com a cabeça, enquanto andávamos pelo corredor a imagem da garota não saía de minha mente, ela era bonita mas o que mais me intrigava era saber quem era ela, deve ser alguém importante para ele, sei que não é da minha conta mas agora vou ficar com isso na cabeça. 

 – Lucy, estávamos te procurando. –Disse a Erza assim que saímos da ala masculina. – Onde você estava?

– Estava fazendo um trabalho com o Gay e com o Natsu.– Digo.– Como assim estavam?

– Entendi, mas esqueça isso. Eu e as meninas estamos fazendo uma festa do pijama e só falta você.– Disse a Erzs me puxando pelo braço.– Tchau Gray.

– Tchau, eu acho.– Disse o gray enquanto nos olhava.

Enquanto a Erza me puxava o caminho todo pelo braço até chegarmos em nosso quarto, eu ainda pensava na imagem que vi, eu não queria mas agora eu preciso saber quem era ela. Assim que entro no quarto eu logo vejo a Levy e a Mira conversando sobre algo, a Lisanna deitada na cama e uma garota pegando uma das bebidas para beber.

– Gente, achei a Lucy.– Disse a Erza fechando a porta e as olhando.– Agora podemos começar. 

– Já posso beber?– Pergunta a morena.

– Até parece que você já não estava bebendo Cana.– Disse a Levy sorrindo para a mesma.– Mas agora vamos começar. 

– Vamos começar a festa meninas. – Disse a Miira enquanto pegava um balde de pipoca e começava a comer.– Ah Lucy essa é a Cana, a filha do Gildarts. 

– Prazer.– Digo me sentando no chão e pegando uma lata de refrigerante pra beber .– Você bebe sempre?

– Só quando meu pai não está por perto.– Disse a mesma piscando para mim.– Então Lucy, você é a novata que vive brigando com o Natsu?

– É assim que eu estou sendo falada?– Pergunto sorrindo. –  Em minha defesa, ele que se acha o dono disso tido.

– Mas ele é, a Tia dele é a diretora daqui.– Disse a Mira.– Ele meio que é intocável, bom ele e a Erza.

– Não é pra tanto, só que o Natsu tem um certo poder mesmo.– Disse a Erza.– Mas não liga não Lucy, eu tenho certeza que ele gosta de você. 

– Erza acho que você bateu a cabeça. – Digo a olhando.– Não tem como ele gostar de mim mesmo.

– Se você está dizendo, mas já que começamos a falar sobre isso.– Disse a Erza sorrindo. – Vamos falar sobre meninos.

– Já quer causar intriga?– Perguntou a Cana rindo. – Eu começo então, Erza, você e o Jellal já transaram?

– Não vou responder isso.– Disse a Erza desviando o olhar.

– Qual é Erza, é só uma pergunta.– Disse a Cana.– Não é tão difícil responder, olha eu por exemplo, vocês sabem que eu tenho um caso com o Bacchus.

– Todos sabem, menos o seu pai.– Disse a Mira sorrindo. – Por quê será?

– Já entendi.– Disse a Cana as olhando. – Vamos mudar o foco, Levy, quando você vai finalmente se declarar pro Gajeel?

– Eu?– Perguntou a Levy ficando corada.– Estão imaginando coisas.

– Todo mundo sabe que vocês dois se gostam, até a Lucy já deve ter percebido isso.– Disse a Erza. – Não é Lucy?

– Bom, eu reparei sim que existe algo entre os dois.– Digo.– Mas por que ela tem que se declarar pra ele?

– Lucy, você já reparou no Gajeel?– Perguntou a Lisanna chamando a minha atenção. – Ele é uma toupeira, ele é lerdo, nunca que vai conseguir se declarar pra Levy. 

– Não precisa humilhar ele também. – Respondeu a Levy.– Mas ele é um pouco lerdo mesmo.

– Viu só? Até você concorda Levy.– Disse a Lisanna.– Não é fácil ele se declarar, pra ele assumir que gostava da Levy não foi fácil, lembro que o Natsu teve que fazer ele se tocar.

– O Natsu?– Perguntei. – Não consigo nem imaginar isso.

– Mas foi Lucy, ele é o melhor amigo do Gajeel desde a infância. E quando a Lisanna comentou que a Levy gostava do Gajeel, o Natsu fez o Gajeel percebeu que ele gostava dela também.– Disse a Erza. – Ele é um bom amigo.

– Podemos mudar o assunto por favor?– Perguntou a Levy nos olhando.– Vamos falar de você Lisanna, de você e do Natsu.

– Não tenho nada a dizer, nem a esconder.– Disse a Lisanna sorrindo. 

– Espera um minuto. – Digo tentando assimilar o que estava acontecendo. – Você e o Natsu estão namorando?

– Não. – Disse ela rindo sem jeito. – Nós apenas ficamos juntos às vezes, nada sério, é o Natsu afinal.

– É o Natsu afinal? Como assim? – Perguntei. 

– Ele não namora.– Disse a mesma.– É uma regra dele, nunca vai namorar e nem ter sentimentos.

– Mas gente, por quê isso?– Perguntei sem poder acreditar no que estava ouvindo.

– Ele sempre foi assim, sempre que ele está saindo com alguém ele deixa bem claro que não quer nada sério. – Disse a Lisanna suspirando fundo.

– O famoso "sexo sem compromisso ".– Disse a Erza enquanto pegava uma colher do sorvete que só agora eu me liguei que estava aberto.

– Erza, não precisa falar assim também. – Disse a Levy.– Poxa, você sabe que ela gosta dele.

– Está tudo bem, o que ela disse não é mentira mesmo.– Disse a Lisanna com um sorriso sem graça. – Eu vou no banheiro.

– Eu vou com você, tenho que passar na cozinha de novo.– Disse a Mira se levantando junto de sua irmã.– Está acabando as bebidas, não vou demorar.

– Vamos esperar vocês hein.– Disse a Cana enquanto virava alguma bebida que eu desconheço.– Já falamos de todas, mas e você Lucy? Gosta de alguém?

– Não, nem tive tempo pra isso ainda.– Digo dando de ombros.– O povo daqui é bem legal na verdade, mas ninguém me interessou. 

– Tem certeza?– Perguntou a Erza.– Certeza absoluta?

– Sim Erza. – Digo sorrindo mas com uma certa dúvida crescendo em meus pensamentos. – Mas eu tenho uma pergunta.

– Faça. – Disse a Erza.

– É sobre o Gray.– Digo. – Eu vi a foto de uma garota no celular dele, e fiquei curiosa sobre ela, já que não a vi aqui ainda.

– Ah.– Disse a Erza um pouco sem graça. – Deve ser a Juvia, ela tinha os cabelos azul?

– Sim, cabelos azuis e usava um vestido branco.– Digo. – Quem é ela?

– Uma amiga nossa, e era a namorada do Gray. – Disse a Erza.– Ela também é a nossa colega de quarto.

– E onde está ela? Não a vi ainda.– Perguntei mas logo me assustei quando vi a cara triste delas.– Meu Deus, ela morreu?

– Não Lucy, claro que não. – Disse a Levy fazendo uma cruz com os dedos.– A Juvia foi transferida para outra escola por causa do clube de natação, e também porque a família dela se mudou para outra cidade.

– Entendo. – Digo.– Então ela era a namorada do Gray.

– Depois vem dizer que não está interessada em ninguém. – Disse a Cana rindo.– Mas sim, era a namorada dele.

– Mas sabe Lucy, eles terminaram tem um tempo já.– Disse a Erza. – Mas eu não sei se o Gray está pronto para outro relacionamento, afinal ele realmente amou a Juvia. 

– Eu só fiz uma pergunta gente, calma.– Digo sorrindo. – Não estou interessada nele e nem vou ficar, só fiquei curiosa por causa da foto mesmo.

– Tudo bem.– Disse a Erza antes de seu celular tocar e ela se levantar. – Já volto.

Eu admito que esse assunto de meninos nunca foi o meu forte, na minha antiga escola eu não ligava muito pra isso, por mais que os garotos viviam tentando ter algo comigo, eu nunca cheguei a dar bola, mas aqui, com as meninas agora, eu até que gosto.

– Será que é o Jellal?– Perguntou a Levy deitando no chão.– Sempre que ele liga pra Erza, ela demora um século falando com ele.

– Acho que não.– Digo.– Ela já está voltando. 

– Era o Jelall. – Disse a Erza sorrindo.– Os meninos vão dar uma festa esse final de semana, e queriam usar a minha casa.

– Opa, festa na casa da Erza, vou levar meu namorado. – Disse a Cana sorrindo. 

– Pensei que ia levar as bebidas.– Disse a Levy a olhando.

– Isso também. – Disse a Cana rindo.– Enfim, vou mandar mensagem pro Bacchus e vou dormir, tenho aula cedo amanhã com o Gildarts. 

– Eu também vou dormir. – Disse a Levy.– Melhor nós todas irmos.

– Sim, só vou procurar a Mira e a Lisanna.– Digo me levantando. – Elas estão demorando. 

– Quer que eu vá junto?– Perguntou a Erza me olhando. 

– Precisa não, não vou demorar. – Digo indo em direção a porta.– Se eu não achar elas, eu volto.

Última coisa que ouvi antes de fechar a porta foi um " Okay " das meninas, e agora andando pelos corredores começou minha missão, procurar Mirajane e Lisanna. Até parece que elas estão desaparecidas desse jeito, mas só devem estar em algum canto, de preferência na cozinha ou no banheiro, eu espero. 

– Nat, aqui não. 

Se fosse um filme de terror eu com certeza teria saído correndo ou já teria caído dura no chão, mas como não é um filme e como eu reconheci a voz eu resolvi me aproximar mais do corredor que estava saindo essa voz e para a minha não tão surpresa assim era a Lisanna e o Natsu.

– Ai Lisanna.– Digo para mim mesma enquanto respiro fundo.

– Você que me chamou aqui Lisanna, se não quer isso me diga logo porquê me chamou.– Disse o Natsu enquanto a olhava.– Eu tenho outras coisas pra fazer.

– Outras coisas ou outras garotas?– Perguntou a Lisanna o encarando. – Hein?

– Isso não é da sua conta.– Disse o mesmo.– Se era isso que você queria, eu vou indo.

– Natsu. – Disse a mesma o segurando.– Vai mesmo ir se encontrar com outra?

Eu não deveria ouvir isso, mas agora que comecei não tem como eu parar agora, e por mais que isso deve estar doendo na Lisanna eu não posso deixar de reparar que o Natsu parecia estar sorrindo.

– E se eu for? Não é da sua conta Lisanna, eu sempre fui claro com você que não queria nada, apenas me divertir e você aceitou.– Disse o mesmo com um sorriso ladino surgindo em seus lábios. – Eu não me apaixono, e não vai ser você que vai mudar isso, então é melhor você voltar pro seu quarto e pro seu conto de fadas, porquê comigo, você só vai ter pesadelos. 

– Idiota.– Digo pra mim mesma enquanto revirou os olhos e começo a andar na direção deles.– Te achei, estava te procurando já faz um tempo Lisanna. 

– Lucy? Faz muito tempo que você está aqui?– Perguntou ela com os olhos cheios de lágrimas, se eu pudesse eu dava um soco na cara dessa ameba.–

– Não, eu estava te procurando e ouvi vozes.– Digo enquanto olho pro Natsu. – Ai vim ver quem era, e graças ao bom Odin era você. 

– Ah sim.– Disse ela me olhando. 

– Lisanna vai pro quarto, eu quero perguntar uma coisa a Lucy. – Disse o Natsu sem tirar os olhos de mim.

– Mas não terminamos ainda.– Disse a mesma.

– Eu terminei.– Disse ele.

– É melhor você ir.– Digo sorrindo pra ela.– As meninas estão nos esperando pra dormir, não vou demorar.

A mesma concordou com a cabeça e foi andando em direção a saída do corredor, não sem antes dar uma última olhada para trás para nos ver e ter certeza de que deveria ir, agora que estamos sozinhos não posso deixar de pensar que isso realmente parece agora um filme de terror e se fosse, ele seria o assassino psicopata. 

– Agora que estamos a sós, me diga loira.– Disse o Natsu.– Você gosta de espionar os outros? Foi bom ouvir a minha conversa?

– Então você sabia.– Digo.– E mesmo agiu como um idiota.

– Você é muito abusada garota.– Disse o Natsu.– Se eu quiser eu posso acabar com você, te mandar de volta pra sua casa, sabia?

– Então faça isso.– Digo o encarando. – Assim não vou ser obrigada a olhar pra tua cara todos os dias.

– Muito engraçadinha você.– Disse ele.– Acha que estou brincando?

– Não, mas eu não ligo. Pra mim você não é nada. – Digo.– Na verdade você é sim, pra mim você não passa de um riquinho metido a bad boy que tem medo de se apaixonar e ter seu coração partido.

– Cala a boca.– Disse ele ríspido. – Você não sabe do que está falando. 

– Opa, parece que toquei na ferida.– Digo sorrindo.– Eu estou certa, não é? Você tem medo de ter o coração partido, de ser trocado, de ser abandonado. Não passa de um covarde e por isso se diverte magoando os outros, pois eu vou te contar uma coisa Natsu Dragneel. Vai aparecer alguém que vai mexer com a sua cabeça, alguém que vai fazer você ficar perdidamente apaixonado por essa pessoa e quando isso acontecer, você vai ter seu coração partido e se lembrar de cada garota que você magoou, vai se lembrar das minhas palavras de hoje e nessa hora você vai se sentir um lixo, porquê é isso que você é, um lixo. 

Não dei tempo dele pensar em responder, dei as costas pro mesmo e saí andando em direção ao quarto, tenho certeza de que ouvi o barulho de algo quebrando mas sinceramente eu não ligo, tudo que quero agora é dormir e torcer pra esse dia acabar logo, tanto que assim que entro no quarto vou direto pra minha cama e jogo nela, nem sei quando a Mirajane voltou mas agora todas estão dormindo e eu resolvo fazer o mesmo, assim eu consigo esquecer esse idiota do Natsu e torcer para que ele tenha seu coração partido um dia e que eu esteja aqui pra presenciar esse momento.