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História Segredos do Passado - Vida voltando aos eixos


Escrita por: winngs

Notas do Autor


Leiam as notas finais! Boa leitura <3

Capítulo 29 - Vida voltando aos eixos


Por culpa da mensagem do Chanyeol, quase que não consigo dormir à noite; maldita hora que ele resolveu me deixar curioso, e eu odiava ficar curioso. Por sorte, minha curiosidade iria acabar logo. As horas passariam rápido, hoje seria meu primeiro dia de aula depois do incidente da Kim e do meu pai; estava pronto para o que viesse, tudo que acontecesse daqui para frente era fichinha comparado a tudo que havia acontecido.

Eu estava pronto e de material arrumado para a escola, olho no relógio da minha parede e na mesma hora a campainha toca. Coloco uma alça da mochila no ombro sem pontos e dou uma última arrumada no meu cabelo antes de abrir a porta e dar de cara com Chanyeol.

— Bom dia, Chanyeol. — Dou um meio sorriso.

— Bom dia, pequeno. Como está? — Dá um passo para frente e me abraça com cuidado.

— Estou bem, melhor agora. E você? — Vamos para o lado de fora e eu tranco a porta atrás de mim.

— Também. — Entrelaça seus dedos nos meus e me puxa pelo corredor a fora, até adentrarmos no elevador.

Ficamos em silêncio por alguns segundos, e então eu resolvo quebra-lo de uma vez:

— Sobre a mensagem que você me enviou ontem à noite... o que seria?

Park sorri de canto, e então me puxa para perto, acariciando meu cabelo.

— Você continua tão curioso como antigamente — diz rindo.

Inflo as bochechas e faço beiço, emburrado por ter que esperar até de tarde para saber o que queriam comigo na gravadora. Será que... não... não pode ser. Será?

 

 

Chegamos na escola e a primeira coisa que as pessoas fizeram ao me ver era perguntar se eu estava bem; aparentemente todos já sabiam do que havia acontecido, as notícias corriam rápido, e era difícil ver que algo havia acontecido com os pontos no meu rosto. Fui na sala da diretora e expliquei o ocorrido, como havia feito há alguns meses atrás quando fiquei praticamente um mês sem frequentar a escola. Novamente, ela foi compreensiva como sempre, e disse que se eu precisasse faltar ou sair mais cedo por não estar me sentindo bem, eu poderia fazer sem medo.

Por sorte, não teve nenhuma prova ou trabalho importante no tempo em que eu estava de repouso, só precisava pegar matéria com algum colega e deixar meu caderno em dia com as anotações.

Aparentemente estava tudo normal, porém melhor por não ter a presença da Kim; suas amigas estavam visualmente abaladas, as notícias já deviam ter passado pelos ouvidos delas. Não que eu me importasse com isso, obviamente.

Todos os alunos olhavam para mim e para Park de forma curiosa; andávamos de mãos dadas pela escola, sendo que há alguns meses atrás estávamos brigando feito cão e gato. Não gosto nem de lembrar disso...

De qualquer forma, eu estava feliz pelo simples fato das nossas mãos estavam entrelaçadas e dos nossos corpos estarem em completa harmonia. Eu o amava, e não deixaria nada afetar a nossa volta.

 

Após o almoço, Park me buscou em casa para irmos juntos até a gravadora. Ele não me falou nada sobre o que seria, e isso estava me tirando do sério. Odiava ser curioso demais, era irritante. Ele ficava fazendo suspense quando eu perguntava alguma coisa, então resolvi desistir e esquecer a ideia momentaneamente, pois estávamos quase chegando na gravadora.

Adentramos no prédio e rapidamente fomos recebidos de forma gentil pela secretária, que nos cumprimentou com muita educação. Park me puxa pela mão até a sala da Sunni, dona da gravadora, batendo duas vezes e recebendo um pedido para entrar. A mulher estava sentada na sua cadeira e exibia um sorriso enorme para nós.

— Baekhyun, quanto tempo que eu não vejo você. — Ela se levanta e vem até a minha direção, me dando um abraço com todo o cuidado e pedindo para que nós nos sentássemos. — O Chanyeol disse que eu precisava falar com você?

— Na verdade ele só me disse que era para eu vir aqui hoje à tarde... não quis me falar muito por algum motivo.

— Pois então... — Ela senta e cruza os braços em cima da mesa. — Primeiramente eu queria te pedir desculpas por ter pedido aquela vez para que o Chanyeol e a sua irmã fingissem serem namorados, sei que você não reagiu de uma forma negativa... isso afetou o Chanyeol também, pois era visível que não estava gostando daquela situação.

Torço a boca para o lado, lembrando de como tinha sido dolorido ter que aceitar aquele absurdo.

— E não é só isso... — Continua. — Chanyeol me contou o que aconteceu com você e a Kim... e como ela automaticamente saiu da banda, eu gostaria de saber se você não quer se juntar à nós. Sua voz é incrível e combina perfeitamente com a de Chanyeol, fora a química que vocês dois tem por serem namorados.

— Você está me chamando para entrar no lugar da Kim? — Arregalo os olhos e fico boquiaberto, encarando a mulher.

— Basicamente sim. — Ela ri. — Mas vamos esperar até você se recuperar e estiver bom para participar dos ensaios. Chanyeol me contou que você vai tirar os pontos em breve.

— É...

— E então, o que me diz? — pergunta esperançosa, quase subindo em cima da mesa.

Abro a boca para falar algo, mas não sai nada, nem um som sequer. Olho para o lado e vejo Park com um sorriso enorme; eu sabia que ele me apoiaria em qualquer decisão, mas sua vontade naquele momento era que eu falasse sim. Pensando bem, seria um sonho estar na mesma banda com ele; viajaríamos juntos, faríamos muitos shows e eu poderia apoia-lo de perto, pois era seu sonho. E talvez o meu.

Novamente, volto meu olhar para a mulher de óculos, tendo minha resposta em mente.

— Eu aceito o seu pedido, Sunni — digo animado.

A mulher vibra e sinto a mão de Park apertar minha coxa com força. Seu sorriso estava mais radiante do que nunca. E então, me puxa pelo queixo e deixa um selar na minha bochecha.

Precisei assinar alguns papéis como segundo vocalista da banda, era o famoso contrato que eu teria por um ano, depois se eu não quisesse mais fazer parte, era só cancelar. Mas eu tinha certeza que iria continuar depois daquele um ano, era algo que eu gostava de fazer; cantar.

Não teria ensaio naquele dia pois Zitao estava doente e não estava conseguindo tocar por conta disso. O meu primeiro ensaio seria quando eu estivesse cem por cento bom e sem os pontos, Sunni não queria que os meus pontos se abrissem e acabasse piorando a situação.

Sentia que minha vida estava voltando aos eixos depois de muito tempo.

 

[...]

 

 

Três meses depois...

 

— Baekhyunee, comprou as coisas para o nosso jantar? — Chanyeol pergunta, fuçando nos meus armários.

— Não mexe aí, Chanyeol — digo, entrando pela porta e vendo Jongin sentado no sofá ao lado de Kyungsoo, ambos riam de forma travessa olhando para Park.

Muita coisa aconteceu nesses últimos três meses; consegui tirar os meus pontos e agora conseguia fazer tudo que antes estava sendo difícil por conta deles, até mesmo conseguia cantar; consegui ir em todos os ensaios da banda e estávamos com a agenda cheia nos meses de janeiro e fevereiro; o julgamento do meu pai foi um sucesso, ele pegou prisão perpétua e nunca mais sairia de trás das grades. O mais difícil foi vê-lo novamente depois de algum tempo, ele continuava com aquele sorriso cínico que me dava nojo; Jongin estava namorando seu ex Kyungsoo, e pelo que ele me contava, tudo estava indo bem e eu estava muito feliz por isso; a formatura da escola estava quase chegando e eu e meus amigos havíamos passados e sido aceitos nas faculdades que queríamos, menos Yixing que não conseguiu tirar uma boa nota e tentaria novamente no ano que vem. O Luhan passou raspando, pois quase não estudava por ficar cuidando da vida dos outros; acabei desistindo da faculdade de química para estudar música junto de Chanyeol em uma faculdade local, e sinceramente, seria a melhor coisa, pois eu sempre gostei de cantar.

— O Chanyeol comeu toda a sua comida de tão ansioso que ele estava, Byun — Jongin o dedura, fazendo Park se fingir de desentendido.

Eu e Jongin continuávamos sendo melhores amigos inseparáveis que não se desgrudavam por nada, e agora com Kyungsoo, as coisas não mudavam nem um pouco; gostava muito dele, e estava feliz pois sabia que o Kai estava em boas mãos.

Sempre dávamos essas jantas um na casa do outro; estávamos todos muito amigos, e Kyungsoo estava se enturmando conosco de forma rápida, o que era bom.

Fui visitar minha mãe sempre que tinha um tempo livre e até mesmo levei Park e seu pai para fazermos um jantar em família. Seu pai estava muito feliz por me ter novamente na família, e fazia o possível para não tocar no nome da Kim enquanto eu estava por perto, mesmo que não tivesse assunto para o seu nome precisar ser tocado.

Minha vida estava voltando ao normal, e eu gostava disso.

— Os outros falaram que horas chegam? — pergunto, colocando as compras em cima da mesa.

Convidei também meus outros amigos da escola para um jantar, gostava da companhia de todos; acabei misturando o meu grupo da escola com o da banda, e eu me sentia completo quando estávamos todos os onze juntos, como um time.

— Eles mandaram uma mensagem avisando que já estavam chegando — Kyungsoo anuncia.

Imaginem onze garotos dentro de um apartamento com música alta incomodando os vizinhos até tarde da madrugada. Preciso falar que os vizinhos sempre reclamavam com o síndico? Acho que não.

Meu celular vibra com uma mensagem do Suho me dando os parabéns por ter passado na faculdade de música. Ele tinha se internado por conta das drogas e hoje não tinha mais nenhum vício como antigamente. Até mesmo me pediu desculpas e como eu sempre fui coração mole, acabei aceitando, mas não me arrependi por ter feito isso. Nós conversávamos às vezes por mensagens, mas não passava muito disso, especialmente por Jongin não ter conseguido o perdoar. O importante era que ele tinha mudado para melhor, e tinha conseguido até mesmo ser aceito em uma das melhores faculdades de moda de onde estava morando atualmente.

— Chanyeol, me ajuda a fazer esse jantar, eu sou um só — digo irritado por conta do barulho que ele estava fazendo, parecia uma criança.

— Eu sou visita, visitas não fazem esforços — diz com humor, me abraçando por trás.

— Sem sexo por uma semana — digo sério, me virando para ele. Vejo o seu sorriso morrer aos poucos, e logo ele começou a ajudar a fazer o jantar.

Escuto as risadas de Jongin e de Kyungsoo vindas do sofá. Falando disso, Kyungsoo soube do “rolo” que tive com o Jongin, me senti na obrigação de contar para ele, então eu e Kai contamos junto. No começo ele ficou um pouco enciumado, mas logo amoleceu ao ver que meu coração pertencia à Chanyeol.

A campainha toca e vejo Luhan, Sehun, Yixing e Jongdae entrarem pela porta juntos, me cumprimentando assim que me viram. Luhan se ofereceu para me ajudar a descascar alguns legumes que eu usaria, enquanto os outros — que eram mais folgados — ficaram jogando conversa fora na sala.

Minseok, Kris e Zitao foram os últimos a chegarem; corriam boatos que em uma dessas jantas, Minseok e Jongdae haviam se pegado, mas isso não passavam de boatos dos garotos. Ao menos, era o que eu achava. Vez ou outra acabei pegando eles sorrindo um para o outro ou se olhando de forma suspeita, mas isso não era da minha conta. Kris e Zitao estavam namorando fazia um certo tempo, e sinceramente, eles eram fofos juntos.

Sempre que terminávamos o jantar, ou assistíamos algum filme, jogávamos algum jogo de rpg ou só ficávamos batendo papo mesmo; desta vez, ficamos só conversando na sala.

— Gente, eu queria falar uma coisa — digo, fazendo todos ficarem em silêncio. — Eu gostaria de agradecer a presença de cada um de vocês aqui, se vocês estão aqui, é porquê são importantes para mim de alguma forma. Passei por poucas e boas nos últimos meses, o Jongin é que sabe, pois eu não saía do seu apartamento para ficar chorando às pitangas — digo rindo, Jongin sorri ao se lembrar. — Mas, os últimos três meses foram os melhores da minha vida por causa de vocês. Minha vida está voltando ao normal aos poucos, e é muito bom saber que eu tenho amigos que se importam e gostam de mim. — Uma lágrima pinica no canto dos meus olhos, ameaçando cair. Park coloca a mão na minha coxa, acariciando-a. — Sabe... desde pequeno eu nunca tive amigos, sempre fui um garoto sozinho e isolado que só pensava em estudar e ser uma pessoa perfeita aos olhos dos outros. E sabem, a vida pode ser ruim às vezes, mas ela se torna muito melhor quando temos amigos de verdade do nosso lado, e eu amo muito cada um de vocês que está presente aqui nesta sala.

Começo a chorar assim que termino de falar. Os garotos vieram na minha direção e me deram um abraço coletivo, falando que eu nunca mais estaria sozinho; e sinceramente, eu acreditava nisso.

Os garotos foram embora e já beirava às duas da madrugada, Jongin foi para o seu apartamento com Kyungsoo e restou apenas eu e Chanyeol em casa. Mesmo com a nossa volta, preferi continuar morando no meu apartamento. Park disse que quando terminássemos a escola, poderíamos comprar uma casa só nossa para vivermos apenas nós dois juntos.

— Amor, me ajuda a limpar a louça para eu terminar mais rápido — peço.

— Pode deixar que eu lavo, você deve estar cansado — ele diz, deixando um selar na minha testa. — Já tomou os seus remédios hoje?

Com toda essa confusão do meu pai e da minha irmã, acabei indo em um psicólogo e depois em um psiquiatra, descobrindo que eu estava com depressão e ansiedade; isso não afetaria meu desempenho na banda caso eu tomasse os remédios de forma correta. O impacto foi tão grande que acabou deixando marcas, tanto internas quando externas.

Chanyeol dizia que eu poderia mentir para as pessoas falando que tinha sido uma briga de bar, caso perguntassem sobre a minha cicatriz; achava incrível como ele sempre conseguia manter o bom-humor. Ele sempre fazia de tudo para me colocar para cima, e eu era muito grato por isso, especialmente por me ajudar na minha recuperação.

Eu conseguia andar nas ruas de forma mais tranquila, não com tanto medo como antigamente; vez ou outra eu ainda olhava para trás para me certificar que não estava sendo seguido, embora soubesse que era tudo coisa da minha cabeça.

— Já estava esquecendo, aish. Obrigado por lembrar! — O abraço por trás, antes de me esticar para pegar os remédios que ficavam em um dos armários.

Nesse meio tempo, Park havia comprado alianças de compromisso para nós dois; elas eram lindas e tinham alguns detalhes em ouro. Eu não tirava aquela aliança para nada, vivia grudada no meu dedo e só sairia no dia em que eu estivesse com outro anel.

De noivado e de casamento, caso acontecesse.

 

Terminamos de limpar a cozinha e tomamos um banho rápido antes de nos enfiarmos em baixos das cobertas. Era sábado, então poderíamos ficar até tarde assistindo algum filme na Netflix ou só ficar jogando conversa fora.

— Byun... você já pensou em ter filhos?

Levanto minha cabeça em direção do rosto de Park, o analisando; seus olhos tinham aquele brilho que eu tanto amava.

— Nunca pensei nisso, mas se fosse o caso, só depois da faculdade — respondo. — Se bem que seria complicado criar um filho com os compromissos e a agenda cheia da banda.

— Tem razão — Park diz dando um sorriso triste que me quebrou. — Mas seria legal ter uma menina correndo pela sala da nossa futura casa... ou melhor, duas! Gêmeas!

Não consegui segurar o riso vendo como Chanyeol estava animado com aquela conversa sobre filhos e futuro. Era bom planejar o futuro com ele, nós tínhamos muitos planos juntos que eu gostaria de realizar estando do seu lado.

— Conversamos sobre isso depois da faculdade, mocinho. — Deixo um selar nos seus lábios, logo me aprofundando mais naquele beijo.

Nossos corpos estavam em completa harmonia, tínhamos uma química que era impossível negar; acho que isso acontece desde que nos conhecemos no começo do bimestre escolar, quando eu o levei para conhecer a escola e começamos a falar sobre livros. Lembro que aquele dia eu estava muito nervoso, especialmente por ele ser muito bonito e gentil. Não imaginava que depois de algum tempo estaríamos namorando, e hoje, planejando um futuro juntos; até falando de filhos! O mundo era engraçado.

— Nós vamos para a praia amanhã. — Park beija a minha bochecha, me abraçando logo em seguida. — Você já foi na praia alguma vez?

— Na verdade não.

— Como assim você nunca viu o mar antes? — Park pergunta com os olhos arregalados, consequentemente me fazendo rir da sua reação. — Você vai gostar, o mar é muito lindo. Nós podíamos comprar uma casa na beira da praia, assim você veria o mar todos os dias, o que acha?

Chanyeol estava muito animado com o nosso futuro, e eu mal via a hora de ele finalmente chegar.

— Seria legal — digo sorrindo. Afundo minha cabeça no seu peito e levo minha mão para a curva do seu pescoço, deslizando minhas digitais naquela área tão sensível. — Já falei como eu te amo?

— Já, mas eu gosto de ouvir, então fala de novo — responde, beijando a minha testa de forma delicada.

— Perdi a vontade, quem sabe amanhã eu falo. — Me viro para o lado, ficando de costas para ele e tentando segurar minha vontade de rir ao ver o beiço enorme que ele tinha feito.

— Você é mau, Baekhyunee. Eu até te ajudei na cozinha — diz com a voz manhosa.

— Não fez mais que a sua obrigação — respondo, ao mesmo tempo que me viro para ele, fitando seus olhos brilhantes e sorrindo logo em seguida. — Idiota, eu te amo.

O maior sorri largo, me puxando pela cintura e selando nossos lábios em um beijo cheio de carinho e desejo. Por céus, eu poderia beijá-lo a minha vida inteira e nunca iria me enjoar do sabor que os lábios dele tinham.

 

 

(...)

 

 

Acordamos cedo no dia seguinte para irmos à praia, Park queria aproveitar que era domingo e só teríamos aula na segunda-feira. Saímos de casa perto das sete da manhã, pois queríamos passar o dia inteiro aproveitando o clima que estava bem favorável para tomarmos um banho de mar.

Eu estava nervoso, era a minha primeira vez vendo tanta água junta.

— Vem aqui, Baek, a água está ótima! — Park me chama, esticando o braço para mim, embora eu estivesse longe dele.

Deixo meus chinelos em um banco de areia que eu havia feito e vou correndo na sua direção, respingando água na sua roupa. Park me carrega no colo como se eu fosse uma noiva e vai correndo comigo até mais no fundo, onde a água batia na sua cintura. Fico nervoso, pois as ondas eram muito altas; teve uma que bateu na gente e fez com que caíssemos com tudo no chão. Engoli um pouco de água junto de areia.

— Chanyeol... eu vou te matar! — Começo a tossir um pouco da areia com água que eu havia engolido. — Isso se eu não morrer primeiro por essas ondas.

— Eu estou aqui para te proteger, o Super Chanyeol! — Vem na minha direção e me puxa pela cintura, selando nossos lábios em um beijo um tanto quanto... salgado.

Ficamos o dia inteiro de bobeira na praia; almoçamos e jantamos em um restaurante local que sentia um camarão excelente — eu teria que voltar outro dia, apenas por causa daquele camarão —, e no fim da noite ficamos deitados na beira da praia olhando para as estrelas. A vista dali era incrível, de onde eu morava era praticamente impossível ver um céu tão bonito e estrelado.

Estávamos abraçados e eu com a cabeça sobre o seu peito, ouvindo os seus batimentos acelerados, quando ele pigarreia, me fazendo acordar dos meus pensamentos.

— Sabe que dia é amanhã?

— Segunda-feira? — pergunto, como se fosse uma resposta óbvia, mas Park faz um sinal negativo com a sua cabeça.

— Amanhã faz três meses que nós voltamos, besta. — Dá um peteleco na minha orelha.

— Ah é, eu nem me lembrava mais — digo com humor.

Chanyeol faz um bico enorme, que eu mordo logo em seguida por achar muito fofo. Ele sorri largo e me abraça forte, de modo que eu me sentisse completamente protegido de tudo e de todos. Eu sabia que o meu lugar era ali com ele, sempre foi, na verdade.

— Mal vejo a hora de comemorarmos nosso um ano juntos, e depois dois, três... — Ele estava animado, e isso me deixava feliz. Vi ele arregalar os olhos e fazer um gesto positivo com a cabeça, como se tivesse tido uma ideia. — Tive uma ideia brilhante, eu sou um gênio!

— O que é? — pergunto, embora eu soubesse que seria difícil de ele me contar.

— Segredo! — Mostra a língua e eu reviro os olhos.

— Idiota.

— Lindo.

— Idiota.

— Idiota que te ama muito — responde, fazendo minhas bochechas queimarem.

— E eu também amo esse idiota.

Cada vez mais que eu passava ao lado de Park Chanyeol, sabia que ele era o grande amor da minha vida, e que por céus, eu não queria mais me afastar dele por nada nesse mundo.

 


Notas Finais


Então gente, a Segredos do Passado está chegando ao fim e eu fico muito triste em dizer isso.
Eu perdi muitos leitores até hoje, mas sou muito grata à todos que não desistiram da fanfic.
Depois que essa fanfic e a Flores para Chanyeol acabarem, vou parar de postar minhas obras aqui por alguns motivos; migrei de vez no Wattpad, e lá tenho outras obras, caso queiram ver. Meu nome de usuário é winngs. Farei um jornal quando as fanfics acabarem, não se preocupem. E bom, estou reescrevendo a fanfic SDP em terceira pessoa no Wattpad (enredo diferente, um Baekhyun mais arisco, etc) e a segunda temporada vai ser postada apenas lá.

Se tivermos mais 4 capítulos serão muito, hehe.
Até a próxima <3


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