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História Segredos do Passado - Pedido de ajuda


Escrita por: winngs

Notas do Autor


Olá pessoas, fico muito feliz em ver que estão gostando da fanfic, é muito gratificante postar um capítulo e ver tantos comentários falando que estão gostando, é realmente muito bom.
Sem mais delongas, vamos para o capítulo.

Capítulo 4 - Pedido de ajuda


Acordo sentindo alguma coisa se mexer na cama, abro os olhos lentamente e vejo Chanyeol olhando para o teto. Ao me ver acordado, ele se vira para mim com um enorme sorriso.

— Bom dia, eu te acordei?

Esfrego os olhos para conseguir enxergar melhor.

— Bom dia — sorri. — Digamos que sim. Que horas são? — pergunto, procurando algum relógio pelo quarto.

Chanyeol pega seu celular no criado mudo de madeira escura.

— São 13:40 — ele diz.

Pulo da cama na hora, assustado por ter dormido tanto. Procuro minhas roupas em algum lugar.

— Não pensei que fosse tão tarde... eu preciso ir embora senão...

Fui interrompido por abraços que envolviam a minha cintura. Fiquei paralisado por alguns instantes, fazia tempo que eu não sentia o calor humano tão de perto e de uma forma tão boa. Me rendi aos seus braços, relaxei meu corpo no dele, assim, fechando os olhos.

— Você pode ao menos almoçar comigo, o que me diz? — ele pergunta. Sua voz estava um pouco sonolenta por termos acabado de acordar.

— Não sei se é uma boa ideia...

Park faz beiço e uma cara de cachorro pidão, não consegui resistir.

— Tudo bem, você me ganha fácil com essa carinha — confessei rindo. — Não consigo recusar seu convite.

Chanyeol sorri feliz e me abraça apertado, retribuo o carinho na mesma intensidade.

— Ótimo. Vou no banheiro e podemos ir então. — Park bagunça meu cabelo que caía sob meus olhos e me dá um beijo estalado na testa.

Assenti com a cabeça.

Enquanto ele ia no banheiro, desci e fui para a sala procurar a minha mochila. Ela estava em cima do sofá e o Floquinho dormia do lado dela. Abro minha mochila e pego meu celular, vejo que tem três mensagens, desbloqueio a tela e as abro.

 

“Onde você está seu moleque? Se você não chegar em casa cedo, você vai se arrepender de ter nascido — Pai.”

  

“Maninho, você gosta mesmo de brincar com a sorte, não é? Papai está furioso com você, e eu se fosse você nem aparecia hoje em casa, você vai se arrepender tanto. Tadinho do meu pobre irmãozinho — Kim.”

 

“Você acha que eu estou brincando? Até parece que não me conhece ou não sabe do que eu sou capaz, seu verme maldito — Pai.”

 

 

Senti meu corpo tremer da cabeça aos pés, eu estava suando frio, por quanto tempo eu vou ter que aguentar isso? Nunca acreditei muito em um Deus em especial, mas acreditava em uma força maior, mas todas as noites antes de dormir eu rezava, rezava muito para que tudo fosse um pesadelo, mas infelizmente não era. Me vi criança, caído no chão de tanto apanhar do meu pai, isso tudo por motivos inúteis. Não sei quantas vezes fui para o hospital quase morrendo, e sobrevivi. Não sei quantas vezes eu pedi para morrer só para não passar mais por isso, eu só queria dar um fim nisso tudo. Não sei quantas vezes eu chorei quietinho no meu quarto, com medo que alguém escutasse e eu apanhasse mais, por que comigo? Por quê eu? Não é justo... não é.

Flashbacks invadiram minha mente, lembrei de tudo que eu tentava esquecer.

 

— Papai, por que o senhor está me batendo? O que eu fiz? — perguntei chorando, atirado no chão da sala, enquanto ele me dava inúmeros chutes no estômago, fazendo sair sangue da minha boca.

— Você não é digno de ser meu filho, seu verme, você nunca será considerado membro dessa família. Onde já se viu eu ter um filho baitola? Vou te bater até você virar homem de verdade.

Enquanto eu ficava no chão, chorando pedindo ajuda, minha irmã ficava me assistindo com um sorriso diabólico nos lábios, minha mãe fingia que não via, pois tinha medo do meu pai, então ela nunca se opôs contra ele.

Eu sou agredido fisicamente desde meus dez anos, quando cheguei em casa contente e falei para meus pais que estava gostando de um menino da minha sala. Minha mãe ficou neutra, mas parecia que meu pai estava ouvindo um absurdo, ele me deu um tapa tão forte no rosto que ficou a marca de sua mão por mais de uma semana, tive que faltar na aula para não precisar dar explicações para meus colegas e professores. Desde esse incidente eu tento ser o melhor filho do mundo — estudo, sempre tiro as melhores notas do colégio, sou representante de turma, não bebo, não fumo, não dou motivos para meus pais se preocuparem comigo —, mas parece que nunca é bom o suficiente para ele. Pelo simples fato de ter um “filho baitola”, é o motivo dele me agredir durante todos esses anos. Algumas vezes eu tentei namorar algumas meninas, para ver se aliviava as coisas em casa, por um tempo funcionou, eu namorei uma menina chamada Iris, ela não era coreana, era canadense que fazia intercâmbio na Coréia, mas terminamos por alguns motivos que não vem ao caso. Eu era o saco de pancadas do meu pai, ele descontava tudo em mim, suas frustrações no trabalho principalmente. Ele era uma pessoa muito importante dentro do seu serviço, ele trabalhava em uma multinacional, ele que mandava em todos, então seguido ele se estressava no trabalho e descontava em mim. Eu já estava acostumado com isso, não importava quantas vezes eu chorava, gritasse, ele não parava, o que me restava era ficar atirado no chão esperando ele parar por vontade própria. Se eu já pensei em denunciá-lo? Claro que sim, mas quem ouviria um garotinho de dez anos desesperado? Todos o conheciam, como eu disse antes, ele era uma pessoa importante e muito respeitada por todos, minha voz não tinha valor algum, e se ele descobrisse que eu o denunciei, sabe-se lá o que ele faria comigo. Prefiro nem pensar nisso.

 

Tive meus pensamentos atrapalhados por uma voz que vinha do segundo andar.

— Baekhyun, vamos? — Chanyeol apareceu na ponta da escada com um enorme sorriso, ele estava usando uma camiseta de botões preta com alguns pontos brancos, ela estava arremangada, uma calça jeans preta, botas marrons que estavam incrivelmente lustrosas, um boné de aba reta que ele havia colocado para trás e ele carregava uma bolsa marrom em uma das mãos.

Chanyeol desceu com minhas roupas de ontem, as que ele tinha colocado para secar.

— Suas roupas já estão secas, pode coloca-las se quiser — ele disse, me entregando as roupas.

— O-obrigado — gaguejei. — Mas eu não posso almoçar com você, preciso voltar para casa, fica para outro dia, tudo bem?

O maior não convencido, franziu o cenho e me encarou, com os braços cruzados. Ele sabia quando algo estava errado.

— Por que mudou de ideia?

Respirei fundo, tentando manter a naturalidade.

— Eu só lembrei que tenho coisas pra fazer em casa. Desculpa, fica para outro dia.

Fui em direção ao banheiro do andar de baixo para trocar minhas roupas, olhei a minha camiseta que Chanyeol falou que tinha visto uma mancha de sangue, realmente, ela estava ali. Suspirei, vendo a cicatriz que logo se formaria no meu braço, por que pai? Por quê faz isso comigo?

Tirei as roupas de Chanyeol e vesti minha camiseta social azul, minha calça jeans e meu tênis Nike cano, me olhei no espelho e vi que estava muito pálido, eu precisava pegar um pouco mais de sol, se não daqui a pouco eu poderia fazer cosplay de Gasparzinho. Abri a porta do banheiro e Park estava escorado na parede a frente, com uma cara de preocupado.

— Você precisa mesmo ir? — o maior perguntou. Park veio na minha direção e me abraçou logo em seguida, afundei meu rosto em seu peito, procurando um pouco de paz.

— Sim, mas nos vemos amanhã na escola — falei manhoso. — Amanhã é segunda, esqueceu?

— É mesmo, pelo menos amanhã posso te ver o dia inteiro, até você se enjoar de mim — Chanyeol deu uma risadinha, me puxou para mais perto de si e começou a fazer carinho em meus cabelos, como era incrível a capacidade dele me fazer bem só com um abraço. Já ouvi muitas pessoas falarem que abraços são capazes de curar as feridas da alma, talvez fosse verdade, pois quando Chanyeol me abraçava, eu sentia todas as minhas dores indo embora, como se elas nunca tivessem existido. Acho que eu encontrei meu ponto de paz em um abraço.

Envolvi meus braços em volta do seu tronco, alisando suas costas, ficamos assim por alguns minutos, até eu voltar para a realidade. Me afastei um pouco dele e mordi meu lábio inferior, o encarando.

— Preciso ir, me leva até a porta?

Ele assentiu e fomos de mãos dadas até o lado de fora do portão. Olhei ao redor, era tudo tão tranquilo, não havia uma pessoa sequer na rua.

— Bom, é isso — falei sem jeito. — Nos vemos amanhã então. Tchau, Chanyeol.

Fui me virar e senti uma mão me puxar, Chanyeol me puxou para um abraço, e me deu um beijo na testa como despedida.

— Até amanhã baixinho — ele disse, me soltando. — Não quer que eu te leve para casa?

Eu queria pelo simples motivo de poder passar mais um tempo com ele, mas seria arriscado demais leva-lo até a minha casa.

— Não precisa, mas obrigado mesmo assim. Eu adorei passar a noite com você.

Minhas bochechas queimam na hora.

— Digo o mesmo pra você, foi muito bom ter sua companhia — o maior disse, tanto um sorriso de orelha à orelha. — Melhor você ir.

Concordei, me despedi mais uma vez dando um abraço apertado, esperei ele entrar e tomei o rumo de volta para casa.

 

A casa do Chanyeol era um pouco longe da minha, pois morávamos em sentidos opostos. Quando precisei ir em sua casa, demorei mais de uma hora andando, porque meu pai não quis me dar carona, o que teria facilitado muito, ainda mais que estava chovendo. Por sorte não peguei um resfriado.

 

Estava chegando perto de uma praça quando senti meu celular vibrar, peguei ele, tinha uma mensagem.

 

 

“Espero que você chegue bem em casa, nunca se esqueça que você pode confiar em mim, para qualquer coisa que você precise, você pode me ligar às três da manhã que eu não vou me importar. Você é importante para mim, de verdade, só quero te ver bem. Me manda uma mensagem quando chegar. Beijos, Chanyeol.”

 

Um sorriso bobo tomou conta do meu rosto, será que eu estava gostando dele? Meu coração dizia que sim, mas lá no fundo tinha uma voz me dizendo para não envolver ninguém na minha vida e nos meus problemas, qual voz eu deveria ouvir? Eu deveria correr riscos e começar a viver minha vida de verdade? Me arriscar? Talvez, mas agora não era uma boa opção a ser seguida, eu tinha medo, muito medo.

 

 

♡⚣♡

 

 

Depois de longos minutos caminhando, finalmente cheguei em casa, não tão cedo como deveria, mas eu estava feliz, passar um tempo com Chanyeol era como se eu me curasse, como se eu estivesse vivendo de verdade.

Peguei as chaves no meu bolso e abri o enorme portão, fechei o mesmo e fui em direção à porta, ela estava aberta, entrei tentando não fazer nenhum barulho, foi em vão, Kim me ouviu entrando e foi correndo contar para o meu pai. Ela sempre foi a queridinha dele, então ela fazia de tudo para ferrar com minha vida, junto com ele.

Respirei fundo, eu sabia o que estava por vir. Subi as escadas para ir para o meu quarto, até que ouvi uma voz masculina, aquela que me assombrava por oito anos.

— Onde você estava? — A voz ecoou pela enorme casa.

Me virei, meu pai estava de braços cruzados na porta da sala, com seu jornal em uma das mãos.

— Fazendo trabalho da escola — respondi seco.

— Me responde direito seu moleque — ele falou, com raiva nos olhos. — Você sabe o que acontece quando eu fico de estressado.

Revirei os olhos, dando as costas para ele.

— Aposto que você nem estava fazendo merda de trabalho nenhum, devia estar dando para esse tal colega, seu viado de merda.

Senti meu sangue ferver, mas era melhor ficar quieto do que responder. Entrei no meu quarto e tranquei a porta, para evitar que ele viesse atrás de mim “tirar satisfações” sobre ter o ignorado. Peguei meu celular e me deitei na cama, senti ela me abraçar. Desbloqueei a tela e mandei uma mensagem para o Chanyeol.

 

“Cheguei em casa, está tudo tranquilo, não precisa se preocupar. Beijos, Baekhyun.”

 

Não demorou muito tempo para ele me responder.

 

“Que bom, estava ficando preocupado, sabe que qualquer coisa é só me ligar. Pode me ligar também quando não estiver precisando de nada, gosto de ouvir sua voz, assim já mata a saudade que eu estou de você. Beijos, Chanyeol.”

 

Sorrisos e mais sorrisos dominavam meu rosto. Chanyeol, como você conseguiu me conquistar assim tão rápido?

Despertei dos meus pensamentos e respondi a mensagem.

 

“Não é só você que está com saudade, eu também estou, queria poder te ver agora, mas precisamos esperar até amanhã, paciência. Baekhyun.”

 

 

Ficamos trocando mensagens até minha mãe me chamar para o jantar, me despedi do Chanyeol e desci. Todos estavam me esperando, tentei não olhar muito para o meu pai, mas foi inevitável quando ele começou a me provocar.

— Não vai me falar o real motivo de ter ido na casa de um colega? Ele por um acaso era um viado de merda como você?

Bati o talher no prato com raiva, minha mãe me olhou assustada.

— Em primeiro lugar, eu não sou um “viado de merda”, em segundo — respirei fundo, pude sentir uma raiva incontrolável dentro de mim. — Eu já disse que fui para fazer um trabalho da escola, pode perguntar para a Kim, ela também terá que fazer ele.

Meu pai me olhava com desprezo, minha mãe se manteve calma, ela nunca se metia.

— De onde está vindo essa coragem toda? Perdeu a noção do perigo? —Ele ia se levantar, quando minha mãe o impediu.

— Será que podemos jantar em paz uma vez na vida? — ela gritou, fazendo todos nós olharmos assustados para ela.

Meu pai se sentou e voltou a jantar com a cabeça baixa.

Foi a primeira vez de anos que tenho um jantar tranquilo, sem brigas ou provocações. Obrigado mãe, você me salvou.

 

 

Quando terminei de jantar, levei meu prato para a pia para a empregada limpar. Sim, tínhamos empregada, mordomo, e todos os mimos que alguém pudesse querer, mas isso não era muito importante para mim, eu só queria ter uma família normal que gostasse de mim. Fui em direção ao meu quarto para tomar banho e ir dormir. Parei na frente do enorme roupeiro branco e peguei um pijama do Star Wars, fui até o banheiro e tomei um banho quente e demorado.

 

Fiquei vinte minutos em baixo do chuveiro praticamente, me enxuguei e coloquei meu pijama. Abri a porta e me atirei na cama para relaxar um pouco. Peguei o celular, eram 22:30, todo mundo já devia estar dormindo, os empregados já deviam ter ido até embora, pensei em mandar uma mensagem para o Chanyeol de boa noite.

 

“Vou dormir, mas amanhã vou acordar feliz em saber que vou poder te ver, boa noite, dorme bem. Beijos, Baekhyun.”

 

No mesmo minuto ele respondeu.

 

“Vou dormir também então, só de pensar que amanhã vou te ver, já é o principal motivo para eu querer acordar, boa noite baixinho. Beijos, Chanyeol.”

 

Coloquei meu celular em baixo da cama, e peguei no sono.

Dormi feliz, eu estava sorrindo, o que não acontecia durante anos. Eu não queria que isso acabasse tão cedo.

  

 

♡⚣♡

 

 

Fui acordado com uma pancada muito forte na cabeça, abri os olhos e estava escuro ainda, forcei um pouco os olhos e vi meu pai em cima de mim.

— O que você está fazendo aqui? — perguntei gritando, extremamente confuso, eu estava um pouco atordoado por ter sido acordado do nada.

Ele tinha um sorriso diabólico nos lábios, fazia muito tempo desde que eu não sentia medo assim.

— Sua mãe não deixou eu dar um trato em você na hora do jantar, mas agora ela está dormindo, não tem ninguém para me impedir — ele disse. Dito isso, ele me puxou pelos cabelos e me atirou no chão, meu instinto mandou eu me encolher e ficar com o rosto virado para o chão. Protegi minha cabeça com as mãos, e rezei para aquilo acabar logo.

— Você acha bonito me desafiar moleque? Acho que você gosta de apanhar mesmo, seu viado desgraçado.

Recebi vários chutes na cabeça e no estômago, até me sentir um pouco tonto.

— P-para, por favor pai — implorei, eu estava muito fraco de tanto apanhar.

Ele não me ouviu, e continuou me batendo, resolvi me fingir de desacordado, quem sabe assim ele pararia de me bater. Fiquei parado, esperando ele se tocar que eu não estava mais acordado, funcionou, ele parou de me bater e deu uma risadinha.

— Eu ainda vou acabar com você.

Essas foram as últimas palavras que eu ouvi ele falar, ele saiu do quarto e bateu a porta. Permaneci parado, com medo dele voltar, fiquei assim por meia hora, acho que ele não voltaria mais. Levantei o mais rápido que consegui e tranquei a porta, peguei meu celular e mandei uma mensagem para o Chanyeol.

 

“Por favor, me ajuda, me tira daqui Chanyeol, eu preciso de você!”

 

Envio outra mensagem dando-lhe o endereço da minha casa.

Apago no instante que envio a última mensagem para ele.

 

 

♡⚣♡

 

 

Acordo, pois escuto um barulho vindo da janela, abro meus olhos com um pouco de dificuldade e vejo uma silhueta grande, mais de um metro e oitenta. Era ele.

— Chanyeol-ah? — Consigo falar com um pouco de dificuldade, eu estava muito machucado.

Vejo a silhueta se aproximar de mim de forma estabanada.

— Sou eu Baek, sou eu. Eu vou te tirar daqui.

Ele estava muito nervoso, não sei se ele já tinha passado por algo parecido antes.

Park me coloca nas suas costas e eu o agarro com força, tiro forças de onde eu não sabia que tinha.

— Pega as chaves... em cima da mesa... — Apontei para as chaves que estavam em cima da escrivaninha. Eram muitas, mas por sorte elas tinham cores. Park pegou as chaves e as olhou confuso. — Usa a vermelha para abrir o portão...

Chanyeol assente e guarda as chaves no bolso. Ele vai em direção da janela e fica olhando para baixo, vendo como ele iria descer com uma pessoa nas suas costas.

— Segura firme, Baek — pediu.

Me seguro com mais força nele, para não correr o risco de eu cair. Por sorte eu era magrinho, não iria pesar tanto.

Chanyeol desce as escadas com a maior calma do mundo, ele estava preocupado comigo e com medo. Eu só queria sair logo deste lugar e esquecer tudo que eu tinha passado horas atrás naquele quarto. Fecho os olhos e sinto o vento gelado bater no meu corpo, fazendo com que eu me arrepiasse de frio por não estar com uma roupa mais quente, mas como eu iria adivinhar que tal coisa iria acontecer?

Quando sinto que estou em terra firme, abro meus olhos e vejo o maior indo para o portão, ele pega as chaves no bolso da calça e abre o enorme portão branco, fechando-o logo em seguida.

A adrenalina estava a mil pelo meu corpo, eu nunca tinha me arriscado tanto, nunca pensei que iria fugir de casa, nunca pensei que alguém se arriscaria dessa forma por mim, alguém tão sem importância para ninguém.

Park abre a porta do seu carro e me coloca gentilmente no banco carona.

Espera, ele tem carro?

Dando meia volta, ele abre a sua porta e entra, sinto uma paz na hora. Ainda um pouco tonto, esfrego os olhos para conseguir ver ele, seu olhar era de preocupação, muita preocupação. Ele leva as mãos ao volante e liga seu carro, dando partida e partindo dali.

— Vamos para casa, Baek — ele sorri olhando para mim, tento sorrir mas me sinto tantas dores que não consigo sorrir direito.

 

O caminho de volta para casa estava muito silencioso, então Park ligou o rádio do seu carro, uma música do seu pen-drive começa a tocar.

 

 

Quando a chuva está soprando em seu rosto

E o mundo todo está em seu caso

Eu poderia lhe oferecer um caloroso abraço

Para fazer você sentir o meu amor

 

Quando a noite escurece, e as estrelas aparecem

Não há ninguém para secar suas lágrimas

Eu poderia te segurar por um milhão de anos

Para fazer você sentir meu amor

 

Eu sei que você ainda não se decidiu

Mas saiba que eu nunca lhe faria mal

Eu sei disso desde que nos conhecemos

Em minha mente, não há dúvidas, eu sei o lugar onde você pertence

 

Eu poderia te fazer feliz, fazer seus sonhos se tornarem reais

Nada que eu não faria

Vou até o fim do mundo por você

Para fazer você sentir o meu amor

 

 

Sinto meu rosto ficar rubro instantaneamente. Escuto a música atentamente, prestando atenção na letra, seria uma indireta musical? Olho para o maior e ele me observa atentamente, acho que esperando uma reação minha, então eu apenas sorri envergonhado.

 

Ficamos em silêncio o resto do caminho de volta para a casa do Chanyeol, ele estava dirigindo devagar, então demoramos cerca de trinta minutos para chegarmos.

Park pega o controle do portão no seu bolso e o abre, estacionando seu carro na garagem. Ele desligou o carro e colocou a mão em cima da minha perna.

— Chegamos — Park sorriu gentil.

Solto um suspiro de alívio, eu estava me sentindo protegido agora.

— Que bom — sorri de canto.

Tiro o cinto e abro minha porta, mas ele me impede de sair do carro.

— Deixa que eu te levo lá para dentro, Baek, não vou deixar que você ande no frio nesse estado. — Park abre sua porta e dá meia volta, me pegando no colo, como o noivo carrega a noiva. Agarro seu pescoço com força e encaro seus lindos olhos castanhos, meu coração estava batendo muito forte. Chanyeol sorri e eu retribuo.

Depois de conseguir abrir a porta com um pouco de dificuldade, o maior me carrega até o seu quarto e me deita na cama.

— Preciso cuidar dos seus ferimentos, vou buscar a caixinha de primeiros socorros lá em baixo. Tudo bem?

Com um gesto de cabeça, digo que sim.

Olho para o teto e penso na noite incrível que tive ontem do lado dele. Já hoje... Bom, não foi tão incrível assim...

Chanyeol volta com a caixinha e a coloca em cima da cama.

— Tire suas roupas — ele ordena.

Engulo seco, mas resolvo obedecer, ele só queria cuidar de mim e dos meus machucados. Tiro minha camisa e minha bermuda do pijama, ficando apenas de cueca na sua frente. Na hora eu não estava com vergonha por ficar de cueca na sua frente, eu estava com vergonha por causa dos meus machucados, eu estava sangrando muito.

Park pega uma gaze na caixinha e molha ela com soro fisiológico, então começa a passar gentilmente por todos os meus ferimentos. Eu tinha alguns cortes nos braços e nas costas, ele limpou todos eles e passou uma pomada cicatrizante. Quando terminou, guardou as coisas na caixinha e jogou as coisas usadas no lixo.

— Vou levar isto lá em baixo e fazer um chá para você. — Ele colocou a mão no meu rosto e o acariciou momentaneamente.

— Tudo bem — respondo.

Desceu com a caixinha me deixando sozinho no quarto novamente.

Decido tentar andar um pouco, então me levanto com um pouco de dificuldade e vou até a janela do seu quarto, na qual tinha uma vista linda, a lua estava cheia e o céu tinha muitas estrelas.

Lembro que quando eu era mais novo eu adorava olhar as estrelas com a minha mãe, nós tentávamos contar todas as estrelas que tinham no céu, mesmo ela sabendo que era impossível, eu não sabia, mas mesmo assim ela contava comigo. Deixo uma lágrima escorrer sem querer, eu não queria que as coisas fossem assim.

Escuto passos se aproximando, limpo a lágrima para não preocupar o Chanyeol mais ainda. Me viro e ele está com uma xícara de chá, vejo a fumaça sair dela. Vou na sua direção e seguro a xícara que está quente.

— É um chá calmante. — Tomo um gole e faço careta, pois está muito quente. — Cuidado, está quente — ele ri.

— Obrigado, Chanyeol, não sei como te agradecer.

Caminho com um pouco de dificuldade até sua cama, na qual me sento e fico o observando. Park senta do meu lado e enrosca seus dedos nos meus cabelos.

— Não precisa agradecer, Baek. Eu disse que você podia contar comigo para tudo. — Ele acaricia meu rosto, me fazendo sorrir. — Mas agora precisamos pensar no que vamos fazer daqui pra frente, hm?

Torço a boca para o lado, eu não queria pensar naquilo agora.

— Você pode ficar aqui o tempo que quiser, eu vou adorar ter você por perto, até prefiro que você fique aqui do que perto daquele monstro que você chama de pai, eu não me perdoaria se ele fizesse alguma coisa com você. — Park fecha os punhos, coloco minhas mãos por cima, tentando o tranquilizar. — Mas você sabe que precisamos fazer algo a respeito.

— Calma, ele não vai fazer nada enquanto eu estiver aqui com você. — Tento o tranquilizar, mas ele está muito nervoso, mais do que eu.

— Tem razão, mas você não pode fugir para sempre, precisamos tomar as devidas providências, e você sabe do que eu estou falando. — Ele me encara de forma séria, desvio o olhar na hora e termino de tomar meu chá. — Olhe para mim, Baek, estou falando com você. — Park pega meu rosto pelo queixo e o vira para ele, fazendo com que eu fitasse seus olhos. — Não podemos deixar isso assim, você sabe.

Solto um suspiro pesado, sinto meus pulmões se esvaziarem.

— Eu sei que precisamos fazer algo, Chanyeol, eu mais do que ninguém sei. Mas agora eu só quero esquecer momentaneamente tudo de ruim que passei horas atrás naquele quarto. Isso é difícil para mim, eu sofro violência doméstica desde que eu tenho meus dez anos, tenho medo do que possa acontecer comigo e com as pessoas que eu gosto caso eu resolva contar para alguém.

Percebo que é a segunda vez que digo para ele que gosto dele, isso saía automático.

Park suspira, vendo que não iria conseguir me convencer de fazer algo, pelo menos agora. Largo minha xícara em cima do criado mudo.

— Tudo bem — ele coloca os braços para cima, se rendendo. — Vamos esquecer isso por enquanto, mas iremos o quanto antes na delegacia fazer um B.O e denunciá-lo. Só não quero que você deixe de fazer o que é preciso, ele não pode continuar andando por aí como se nada tivesse acontecido.

Mordo meu lábio inferior, analisando cada expressão sua, ele ficava mais bonito ainda demonstrando tamanha preocupação comigo.

— Eu sei — respondo. Me aproximo dele, ficando a poucos centímetros de distância. — Sou muito sortudo por ter te conhecido, não sei o que eu faria se não tivesse você na minha vida. Acho que você é o meu anjo da guarda, sabe? — Olho para o teto com um sorriso nos lábios. — Sempre que eu preciso você está disposto a me ajudar, não importa a hora, ninguém nunca me tratou tão bem como você me trata. Geralmente as pessoas me viam apenas como o representante de classe que mais estuda do que faz outras coisas — ri e voltei meu olhar ao seu —, mas com você foi diferente, você viu além do que seus olhos podiam ver. Desde que te conheci, acho que senti algo diferente, acho que você foi enviado especialmente para mim, para me tirar da escuridão. Desde que te conheci, eu nunca mais me senti sozinho. Por isso, eu só tenho que te agradecer, obrigado.

Park me encarava com os olhos mais brilhantes e arregalados do que o normal, ele pisca inúmeras vezes para mim, parecia que estava tentando assimilar as palavras.

— Falei alguma coisa errada? — Inclino minha cabeça para o lado e arqueio uma sobrancelha.

Chanyeol nega com a cabeça na mesma hora. Seguro suas mãos e as acaricio, posso ver que ele estava engolindo seco. Ele estava nervoso por causa da minha presença?

Park me segura pela mão e me puxa, fazendo com que eu sente no seu colo. Iniciamos um beijo rápido e feroz, eu ainda continuava sem camisa ou bermuda, eu estava apenas de cueca na sua frente. O maior passa suas mãos com cuidado pelas minhas costas, arranhando elas levemente, tomando todo o cuidado do mundo. Ele faz uma trilha de beijos que ia do meu pescoço até o cós da minha cueca, me arrepiei por inteiro. Fui deitado na cama gentilmente, então Park veio por cima de mim e começou a beijar meu peito, sem se importar que havia alguns hematomas muito feios naquela área. Ajudo ele a tirar sua camiseta e a atiro longe, me surpreendendo com o que tinha por baixo. Chanyeol era malhado, não aqueles malhados exagerados, mas ele era muito gostoso e sexy. O mesmo pega minha mão e passa pelo seu abdômen, na hora fico com um pouco de vergonha.

— Você pode tocar em mim, Baek, eu vou adorar — ele sussurra de modo sensual, sem quebrar o contato visual.

Me arrepio dos pés à cabeça, ele sabia como me deixar assim, e fazia de propósito. Ele ri da minha reação.

Recebo uma mordida com um chupão no meu pescoço, solto um gemido sem querer e coloco minha mão na boca por vergonha, Park a tira no mesmo instante.

— Não precisa se conter, relaxa — sussurra no meu ouvido sensualmente.

Droga, Chanyeol. Estou duro.

Uma trilha de beijos é formada novamente até o cós da minha cueca, eu soltava inúmeros gemidos abafados por estar mordendo meu lábio inferior. Park fica de joelhos e tira sua calça jeans rapidamente, a atirando em um canto qualquer do quarto, ficando apenas de cueca boxer na minha frente. Meu olhar vai direto no volume formado na boxer, eu estava com medo. Ele percebeu o meu nervosismo e então deu um beijo estalado na minha testa e me deitou do seu lado na cama.

— Algum problema, Baek?

Fico em silêncio.

— Você é virgem? — ele pergunta, se sentando na cama, faço o mesmo, ficando de frente para ele.

— Não é isso... é que tem coisas sobre mim que você não sabe — respondo triste com a cabeça baixa.

Chanyeol levanta minha cabeça com seus dedos no meu queixo.

— Pois eu adoraria que você me contasse. O que eu não sei sobre você? Pode me contar.

Respirei fundo antes de falar.

— Lembra quando eu falei que sofria violência doméstica do meu pai? — Park assentiu com a cabeça. — Pois então, eu... não sei como te falar isso, é nojento, não sei como você vai reagir.

O maior me abraça forte, tentando fazer eu me sentir mais calmo. O abraço de volta, eu adorava o seu abraço, sentia como se todas as minhas dores sumissem. Me senti mais relaxado na hora.

— Pode continuar. Eu nunca vou sentir nojo de você, Baek — sussurrou no meu ouvido.

Me afastei um pouco dele, respirando fundo e o encarando, eu iria contar tudo.

— Tudo bem. — Meus olhos começaram a marejar, droga. — Meu pai abusa sexualmente de mim desde os meus quinze anos, não só ele, mas todos os colegas nojentos do trabalho. Isso tudo acontece depois que eu virei mais “homenzinho” — faço as aspas no ar —, ele achava que podia me mudar assim.

 

Contei tudo para o Chanyeol, os motivos do meu pai me agredir e me abusar desde mais novo. Contei dos abusos, de quando meu pai levava seus amigos bêbados para abusarem de mim. Meu coração estava doendo muito por abrir meu coração com alguém, era a primeira vez que eu fazia isso. Minhas lágrimas insistiam em sair, eu não conseguia controla-las, era muito difícil.

O mais alto me puxa para um abraço apertado, ele se deitou e eu me deitei em cima dele, o abraçando de volta. Passo minha mão pelos seus cabelos escuros, eles eram muito macios, como uma seda. Deixo algumas lágrimas caírem em seus cabelos, mas ele não se importava com isso.

— Podemos parar se você quiser. Não precisa fazer nada que você não queira — ele diz no meu ouvido.

Me afasto dele, me sentando na cama novamente.

— Não, tudo bem, já passou. — Tento dar o meu melhor sorriso. — Não posso deixar o meu medo falar mais alto do que o que eu quero fazer. E agora, eu quero você, Park Chanyeol.

Ele abriu a boca para falar algo, mas não saiu nada. Ri da sua reação. Me deitei na cama e o chamei com o dedo, ele obedeceu na hora, vindo na minha direção e selando seus lábios nos meus com um selinho demorado. Passo a mão no seu rosto e ele sorri para mim, o sorriso mais lindo do mundo. Mordo meu lábio inferior por ter aquela vista privilegiada de Park Chanyeol, o novato. Coloco minhas mãos no cós da sua cueca e a puxo de forma desesperada, sem saber ao certo o que fazer em seguida. Vejo seu membro pular para fora da boxer, era enorme, fiquei sem reação.

— Você só precisa colocar ele na sua boca e chupar — ele diz me fitando.

Sinto meu rosto queimar na hora. Eu já tinha assistido alguns filmes e vídeos pornôs, eu sabia o que tinha que fazer.

Seguro o membro do Chanyeol e começo a sugar sua glande rosada sensível, começando com os movimentos de vai e vem com a boca e com a minha mão. Escuto os gemidos de satisfação do maior, o que me motivou a continuar. Chupo com vontade, sem esquecer os seus testículos. Continuo com os movimentos de vai e vem com a mão e chupo com força os seus testículos, fazendo com que Chanyeol arqueasse as costas e soltasse um gemido alto. Sorrio me sentindo vitorioso.

— Sua boca é tão macia Baekhyun-ah — ele geme e respira com dificuldade.

Continuo chupando com vontade como se fosse a última coisa que eu faria em minha vida. Park estava de olhos fechados e a expressão no seu rosto me deixava inteiramente arrepiado e excitado.

O maior me puxou pelos cabelos e me afastou do seu membro, ele estava muito ofegante.

— Vamos com calma, senão eu não vou aguentar muito tempo — ele riu. — Levou dois dedos para a minha boca. — Chupe eles, Baekhyun-ah.

Obedeci, chupei seus dois dedos, os deixando extremamente úmidos. Eu sabia o que estava por vir, e isso me dava medo. Park me colocou de quatro na cama e deu um tapa forte nas minhas nádegas, tão forte que não contive um grito. Com suas duas mãos, ele afasta uma nádega da outra e começa a lubrificar a minha entrada — o famoso beijo grego —, quando viu que a minha entrada estava bem lubrificada, ele pincelou um dos seus dedos no local, o que me fez travar no mesmo instante.

— Baek, você não precisa ter medo, eu não vou te machucar. Vai doer menos se você relaxar.

Respirei fundo e tentei relaxar. Chanyeol deu um beijo nas minhas costas.

— Apenas relaxe... — Sua voz rouca saiu em um sussurro. Fechei os olhos e tentei relaxar o máximo possível. Faço um sinal de positivo com a cabeça e ele enfia um dedo na minha entrada, fazendo movimentos de vai e vem calmamente. Não consigo controlar os meus gemidos, eles saem involuntariamente.

Quando sinto que já me acostumei com seu dedo, Park enfia outro dedo, dessa vez com mais força e mais vontade, fazendo movimentos de tesoura com eles.

— Chan... Por favor...

— Hm? O que foi? — perguntou sensualmente, ainda fazendo os movimentos de tesoura. Ele enfia um terceiro dedo e aumenta os movimentos de vai e vem. Minha respiração estava acelerada, eu não conseguia formular as palavras direito. — Se você não falar não vou saber o que você quer, Baekhyun-ah.

Respiro fundo e tento formular as palavras na minha boca.

— Eu quero que você me foda... agora.

Ele solta um riso malicioso. Me surpreendi com a naturalidade e a forma que as palavras saíram. Seus dedos saíram de mim no instante que eu termino a frase. Suas mãos seguram meu quadril com força e sinto seu membro pincelar a minha entrada. Era agora. Relaxe, Baekhyun.

— Baekhyun-ah, tem certeza que você quer isso? — o escuto dizer por trás de mim.

— Vai logo, Chanyeol — digo desesperado.

Sinto seu membro entrar inteiro dentro de mim com apenas uma estocada, grito de dor de imediato, mas eu não queria que ele parasse de forma alguma. Park começa com movimentos lentos para que eu me acostumasse com a sensação do seu membro dentro de mim. Com a respiração um pouco falha, começo a rebolar no membro do maior, em sinal que ele podia aumentar o ritmo. Park aperta minha bunda com força e aumenta suas estocadas de forma bruta e selvagem.

Seu membro acerta minha próstata inúmeras vezes, e cada vez que ele a acertava, eu soltava um gemido de dor e de desejo. Estava doendo, mas o prazer que eu estava sentindo na hora era muito maior. Quanto mais eu gemia, mais Park segurava meu quadril com força, mais Park apertava minha bunda com força.

Com os olhos fechados, engulo o excesso de saliva que se forma na minha boca, para conseguir falar.

— Chanyeol-ah... eu quero te fazer sentir prazer também.

O maior saiu de dentro de mim e se sentou na cama, de modo que ficasse escorado na cabeceira da mesma. Ele me puxa para o seu colo, me encaixando nele. Começo com movimentos lentos e começo a rebolar mais rápido, apreciando cada expressão que Park Chanyeol fazia. Park joga sua cabeça para trás e fecha seus olhos quando aumento o ritmo das quicadas.

— Baekhyun-ah, você é tão gostoso... — Ele estava ofegante, sua voz saiu de modo rouca e falha, isso só provava o quão excitado ele estava.

Isso me incentivou, rebolo como se fosse a última coisa que eu fizesse na vida, seu membro batia com mais força ainda na minha próstata, fazendo com que nossos gemidos ecoassem naquele quarto. Nossos olhos estavam fechados, e estávamos curtindo cada segundo daquele momento. Estava sendo muito bom.

Cravo minhas unhas na sua barriga e arranho com força, deixando uma vermelhidão muito evidente, sorrio travesso por deixar minha marca nele. Park abre seus olhos e me fita, sua boca estava entreaberta e era possível ver algumas gotículas de suor escorrendo na sua testa.

Park segura minha bunda e me ajuda com os movimentos, tornando-os mais rápidos.

— Chan... me toca — peço entre gemidos.

— Seu desejo é uma ordem, garotinho — disse de modo sensual.

Chanyeol começa a me masturbar enquanto eu quicava em cima do seu membro, com uma mão ele me masturbava e com a outra ele me ajudava com meus movimentos. Uma corrente elétrica percorre o meu corpo quando suas digitais quentes agarram meu membro com força e iniciam os movimentos.

Eu já estava cansado, mas não iria parar antes de terminar o que comecei.

De forma desesperada, junto forças dentro de mim que eu não sabia que tinha e rebolo com mais força e vontade, fazendo com que Chanyeol fechasse os olhos e parasse de me masturbar por conta do prazer que estava sentindo.

— Não pare... — sussurro entre gemidos.

Ele assente, ainda com os olhos fechados e volta a me masturbar com um pouco de dificuldade.

— Baekhyun-ah, desse jeito eu não vou... aguentar muito tempo.

Park mordia seu lábio inferior com força, tentando conter os gemidos que insistiam em escapar da sua boca.

Inclino meu corpo para a frente e selo nossos lábios em um longo selinho, assim seus gemidos se tornaram inaudíveis. Faço uma trilha de beijos até o seu pescoço e sugo sua pele sensível, deixando um chupão. Park arqueia as costas e aperta minha bunda com força.

Nossos corpos estavam em sintonia, era como se fossemos um só. O clima no quarto estava quente, muito quente, as gotículas de suor estavam começando a escorrer pelo meu rosto e a pingar no peitoral malhado de Chanyeol.

— Baek... eu vou...

— Gozar... — Completei, me desfazendo em cima dele.

Sinto um líquido quente dentro de mim, Park Chanyeol havia chegado ao seu ápice junto comigo. Caí cansado do seu lado, tento fazer minha respiração ofegante voltar ao normal, mas eu estava muito cansado. Me viro para o seu lado e ele estava sorrindo, maldito sorriso.

— O que foi? — pergunto com um sorriso tímido no rosto.

— Só estou feliz por ter te conhecido, Byun Baekhyun. — O maior leva uma das suas mãos para meus cabelos loiro escuros, de modo que eu fechasse meus olhos com o seu toque.

Eu estava feliz, depois de muito tempo sem saber ao certo o que era me sentir feliz verdadeiramente, eu estava me sentido amado, preenchido.

— Também estou feliz por ter te conhecido, Park Chanyeol — respondi de forma galanteadora, Park sorriu de imediato.

— Vamos tomar um banho, baixinho — sugeriu.

Concordo com a cabeça.

Fomos juntos para de baixo do chuveiro. Antes que perguntem, nós não transamos de novo, mas ficamos trocando carícias durante o banho. Não foi um banho tão curto e nem tão demorado, cerca de uns vinte minutos mais ou menos.

Quando saímos, Park me deu um pijama dele e ele vestiu só uma cueca. Ficamos deitados abraçados, até pegarmos finalmente no sono.

Foi a melhor noite da minha vida, por céus.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, comentem o que estão achando para eu saber o que vocês estão pensando.
Até o próximo, byee ♥


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