História Segredos e Mistérios (Imagine Jungkook - BTS) - Cap. XVIII

Taehyung Pov On

Em todas as minhas missões, eu sempre senti a necessidade de usar objetos enferrujados, para deixar o ar mais maquiavélico e essa missão que estou fazendo não será exceção, com toda a certeza que não.

O prazer que sentia ao ver, minhas vítimas sofrendo era enorme, suas expressões sofridas de tanta dor, dava-me mais incentivo a continuar com essa tortura, às vezes deixava-me levar, mas por causa do meu passado que me persegue até aos dias de hoje.

Eu sei que passou tanto tempo, mas nada e nem ninguém tira-me a razão de me tornar um ser humano sem escrúpulos, deus sabe o quanto de vezes que tentei-me suicidar, mas havia sempre alguém ou um obstáculo que impedia de cumprir tal ato.

- Jeongguk entregue-me uma faca Ka-Bar* - pedi, olhando cada vítima agonizada, tentando se livrar das algemas em seus pulsos.

Inúteis!

Até se soltarem das algemas, e é se conseguirem, é claro!

Já teremos terminado com a missão!

Essa faca pode até ser inoxidável (sign. Incapaz de enferrujar), mas é uma das armas mais afiáveis que gosto de usar, além der ser extremamente durável. Passo calmamente meu dedo indicador pela lâmina e olhando na direção das três vitimas amarradas, com um olhar e um sorriso macabro.

Ando em direção ao homem que usava uma sunga de ursinhos carinhosos, ele estava uma graça usando aquilo e na mesma eu tenho em mente algo bem sinistro para fazer na sua pele levemente bronzeada, fazia meu ser ter pensamentos de vários hematomas negros e sangue escorrendo em cada lado de seu corpo.

Com a mão direita pousei em seu queixo, seguro e aperto com força sua cabeça para cima, tendo seu olhar assustado em meus olhos castanhos, essa imagem dele me deixa-me cheio de paz.

Sim, em paz, não leu errado!

Uma certa calma, passa pelo meu corpo ao lhe ver desesperado…

… É tão lindo de se ver que até dá vontade de ver seu corpo cheio de sangue…

… Ele pedindo piedade, para consigo…

- Diga seu nome, gracinha! – Ordenei, tirando o lenço da sua boca e a única resposta que tive foram os seus gritos estridentes pedindo por ajuda.

- Oh que pena tenho de si, mas resposta errada! – Disse, levando a faca de cima para baixo, e pegando a terceira vez ao tê-la em mãos e espetando a faca bem fundo na sua coxa.

- Seu filho da puta! – Gritou agoniado – Tira isso de mim, porra! – Exclamou desesperado.

- Se assim deseja… - sussurrei rente ao seu ouvido - …seu pedido é uma ordem – Segurei no cabo da faca e puxei com toda a força que tenho, vendo a parte metálica coberta de sangue numa tonalidade de cor vermelha escura e preto.

- Desgraçado! – Disse, olhando na minha direção, sua expressão facial transmitia ódio.

- Ué, mas não foi você quem pediu para tirar a faca do seu corpo! – Proferi num tom sarcástico, levanto e dou de ombros indo na mesa de vidro pousando a faca e pegando um bisturi estilizado, vendo se está bem afiada e enferrujada, é claro.

- Quem será o próximo, huh? – Perguntei aproximando-me dos outros dois indivíduos que estavam pior que a minha vítima.

Não se enganem com um belo rosto, porque no final eles serão sempre os piores e uns dos exemplos mais explícitos sou eu e Jeon Jeongguk, que quase deixou eles sem vida, enquanto eu nem deixarei uma gota de sangue sequer em seus corpos.

[…]

Lia Pov On

- Já não entendo, mais nada – disse, batendo meus dedos na madeira rústica que revestia minha mesa de secretária – Sinceramente, acho que devia ter pensado duas vezes antes de aceitar essa missão, a cada dia que passa, eu, nos vejo em beco sem saída, Alice – desabafo.

- Nem diga, nada e o pior é que a _____ e a Elisa agora passam a vida naquele maldito quarto, cheias de segredinhos, a minha vontade é arrombar aquela porta e exigir por belas explicações de cada uma! – Proferiu irritada, atirando o jarro de flores contra a parede.

- Calma! – Levantei assustada, indo na sua direção, ficando atrás de si e passando minhas mãos em seus ombros, tentando-a relaxar.

- Qual calma, qual quê? – Perguntou frustrada – Desde que viemos pra Coreia, que o clima que rola entre nós, está cada vez mais estranho, e até agora não consigo similar algo coerente para que os garotos sumissem ao ponto de nem saber o paradeiro deles em Seoul.

- Tem razão, não há nenhuma informação que diga que eles estão ou não fora do país, é como se eles não quisessem ser encontrados, sendo assim uma situação suspeita – acrescentei.

- Tem que haver algum motivo, para esse sumiço repentino, não? – Questionou.

Deixei um longo suspiro escapar por entre meus lábios, faz algumas semanas que não tenho descansado bem, são muitas preocupações ao mesmo tempo, o que me deixa bem estressada.

Passo a mão pelos meus cabelos, deixando um pouco desarrumados, indo em direção da porta, saio e deixo a Alice a falar pras paredes, eu sei que é feio fazer isso, mas eu preciso de um momento de paz.

Fecho a porta principal do apartamento, e vou na direção do elevador, carrego no botão para que a caixa metálica suba e pare em meu andar, esperando alguns minutos, oiço o barulho das portas abrindo e adentro, carrego no botão do estacionamento subterrâneo.

[…]

Departamento da Polícia Coreana

- Lia, a que me deve a sua honra em minha humilde sala? – Perguntou com ironia o Chefe Kim Jai.

-Preciso saber por quanto tempo vamos estar suspensas, eu não aguento ficar em casa sem fazer nada, eu preciso de trabalhar, dê-me alguma missão! – Clamei desesperada.

- Entendo a sua situação, então eu quero que faça o seguinte… - sussurrou, pedindo que me aproxime de si.

[…]

Estaciono meu Mustang preto, no estacionamento privado da Biblioteca Nacional da Coreia que está localizado em Banpo-dong, Seocho-gu, Seoul, sendo fácil chegar cedo ao local por ser próxima do Departamento.

Saio do veículo, trancando a portas e caminho nas calmas pelo local adentro, sendo agraciada pelo ale principal que constituía a sala de atendimento onde se pedia informações e saber quais livros a serem requisitados, ando mais um pouco e encontro as bastas estantes de cor marrom preenchidas por vários livros de tamanhos, escritas e conteúdos diferentes, o lugar em si era confortável onde havia várias mesas, cadeiras, sofás e pufes, para que o visitante se sinta em casa, e eu amo lugares assim, calmos e silenciosos, talvez qualquer dia ainda venho aqui só passar o dia lendo um pouco sobre a cultura coreana e seus costumes.

- Desculpe, mas por acaso o nome da senhorita é Park Lia? – Ouvi alguém a perguntar, virei meu corpo para trás e olho na silhueta de um homem alto de uma aparência jovem e que provavelmente tenha por volta dos seus trinta anos ou mais.

- Prazer, o que deseja falar comigo? – Questionei, levantando as sobrancelhas em um ar suspeito.

- Annyeong – reverência e repito seu ato – Meu nome é Jung Chan, e sou o atual presidente dessa biblioteca e fui informado sobre a sua presença no local pelo Chefe Kim Jai – declarou.

- Oh, sim, ele tinha-me dito sobre o senhor – Falo, dando um leve sorriso - Mas será que dá pra ir em lugar mais reservado para que possamos conversar, sem interrupções? – Perguntei, um pouco desconfortável por ter muitas pessoas curiosas nos olhando.

- Claro, Srt. Park queira-me acompanhar, por favor? – Pediu e assenti, seguindo ele para um andar restrito, só para os trabalhadores.

[…]

Jimin Pov On

Quando chegamos na Biblioteca Nacional, a primeira coisa a ser feita foi vigiar e a saber quantas entradas e saídas existem no local, verificando sistematicamente onde foram instaladas as câmaras de segurança.

Dentro do carro, sentado e com o notebook pousado em minhas pernas, analisava o plano arquitectónico e pelos visto vai ser um pouco difícil entrar aqui, mas pelo que vi nas notícias sobre a nova tecnologia infalível da máxima de segurança só será usada pela primeira vez hoje e se tudo der certo no futuro teremos problemas por causa desse sistema.

Já entrei várias vezes nessa biblioteca, mas vendo a outra planta em mãos consigo notar que foi feito ainda em fase de construção e que atualmente houve algumas mudanças pelo local, então essa folha de papel é um pouco inútil para os nossos planos, mas é algo também descartável assim dando para ter uma noção mínima do espaço em si.

- Jimin – Chamou o Yoongi hyung – Eu e o Hoseok, estamos indo vigiar mais de perto o local, enquanto ficas aí a ver alguma solução, qualquer problema já sabe – disse e assenti, vendo os dois saírem do carro e andar em direção a Biblioteca.

Dei um longo suspiro e voltei a prestar atenção em cada divisória do enorme edifício, saber em qual direção ir, sem haver contratempos, quanto mais rápido terminar com isso, mais tempo temos para concluir a missão.

[…]

Alice Pov On

- Estou aí dentro de cinco minutos, Lia! – Respondo, ao desligar o celular e conduzo o mais rápido que possível para o endereço enviado no GPS do meu carro.

Não foi fácil chegar no local a tempo, com o enorme trânsito que via pela frente, em meu relógio de pulso podia ver que estou dez minutos atrasada, saio do veículo e tranco as portas, começando andar até ao enorme edifício, muito lindo, rústico e conservado, a meu ver, antes de entrar envio uma mensagem a Lia.

Aly

Mensagem Enviada, 17h00

Lia

Onde te encontro?

Visto √

Lia

Mensagem Enviada, 17h01

Aly

Na recepção, logo na sala de atendimento.

Visto √

Bloqueio o celular, e entro no local adentro dando de cara com a Lia conversando com um homem alto e bonito, me aproximo dos dois e comprimento, dando uma reverência.

- Annyeong, prazer em lhe conhecer meu nome é Park Alice – digo, ao homem ao lado da minha irmã.

- Annyeong, igualmente, pode tratar-me por Jung Chan – esclareceu, o moço de madeixas pretas, dando um sorriso de canto – Desculpe a intromissão, mas são irmãs? – Perguntou coçando a nuca em nervosismo.

- Sem problema, sim somos irmãs – responde a Lia.

- Venha Alice, o assunto que temos que conversar é sério – proferiu Lia.

Assenti e segui os dois para um lugar mais reservado.

[…]

Grupo B (JM, YG, JH) Pov On

Madrugada

De momento são duas da manhã

- As armas estão carregadas, certo? – Perguntou Hoseok aos garotos, confirmando mais uma vez a sua teoria.

- Certo! – Pronunciam.

Os três companheiros de longa data, sabiam que a missão que estavam a desempenhar ia ser a mais complicada de concluir, cada um sentia-se nervoso a sua maneira.

Jimin não parava de secar as mãos suadas na sua calça de estampa preta, tentando inutilmente secá-las.

Enquanto Yoongi sentia adrenalina passando por suas veias, ele não quer ser pessimista sobre essa missão, mas não é do caráter dele mentir e dizer que tudo vai ficar bem, porque isso não se sabe, com certeza que não, a resposta só será dada consoante as rédeas que será direcionada o destino de cada um.

Já Hoseok, sempre com um belo sorriso em seus lábios fartos, tentando inevitavelmente dar conforto aos seus amigos, um belo escudo que escondia os verdadeiros sentimentos do garoto em si, ele sentia medo, não tinha coragem de assumir, mas tentava ao menos ter pensamentos positivos.

- Vamos, então! – Ordenou Jimin, sendo o primeiro a sair do carro e correndo em direção da Biblioteca que era iluminada pelos vários postes de luz.

Engolindo a seco, Hoseok e Yoongi assentiram e fizerem o mesmo ato que o dongsaeng, correndo para uma parte mais escura do local onde havia uma porta de emergência e que era o local menos vigiado do lugar.

Após Hoseok destrancar a porta, todos entram, encostando a porta e correndo a passos largos e silenciosos, para a parte central.

Chegando no destino traçado na folha de papel em mãos, os três decidiram dividir-se, para ser mais fácil a procura da sala onde se encontram os registos atuais e atualizados dos novos membros da polícia.

Cada um pegou um corredor, seguindo a ordem dos pontos cardiais, Yoongi decidiu ir a norte, enquanto Hoseok foi a este e Jimin foi a oeste. Já que eles vieram a partir do sul.

[…]

Yoongi Pov On

Fazia alguns minutos que andava a perambular pelo lugar, estantes atrás de estantes, a porta que tanto procuro é que não aparece para o meu azar, estava tão aéreo, que nem reparei numa luz que iluminava a cada estante que eu passo e se aproximava mais da posição onde estou localizado.

- Quem está aí? – Perguntou, uma voz familiar, ao meu ser por ter esbarrado sem querer numa cadeira.

Familiar?

Impossível, eu devo estar ouvindo coisas, só pode. Não pode? Andei o mais rápido que minhas pernas aguentam. Eu sei que estou andando, mas quem disse que eu, Min Yoongi, pratico exercício físico? Eu o rei da porra toda, seria hilário me ver a fazer flexões, e só tenho esse abdômen incrível porque sou obrigado pelo Jin hyung, já que ele fica dizendo “que devemos ter um bom físico” e eu como um bom dongsaeng que sou, cumpro com tudo o que ele manda, ou se não serei castrado.

- Escuto… Escuto… Suga encontre-me na parte nordeste da Biblioteca… Escuto… Perdi a ligação com o J-Hope e até agora ele não responde de volta - dizia Jimin desesperado pelo intercomunicador.

- Entendido – respondo.

[…]

Jimin Pov On

Estava encostado num dos pilares que sustenta aquele edifício, após dar as respectivas coordenadas, fiquei a espera que ele chegue no local de encontro, depois alguns minutos sinto um corpo encostado ao meu, presumindo ser o Yoongi.

- Suga, será que apanharam o J-Hope? – Sussurro ao perguntar.

- Não sei, mas acho que é melhor averiguar, não? – Perguntou confuso e aumentando o tom de voz.

- Shii – mandei fazer silêncio – Pra quê gritar, se estás ao meu lado? – Proferi irritado.

- Porque lhe oiço distante – disse.

- Como assim? – A cada fala do mais velho, se sentia num buraco sem saída – Se você está ao meu lado?

- Impossível, tem um corpo de uma estatura mais alta que tu.

- Então quem está ao meu falado afinal? – Exaltei-me

A seguir ao quase meu grito o que pude ouvir foi um assobio, as luzes da Biblioteca foram acesas e tudo o que consegui ver e raciocinar na hora, foi ver uma mulher entre mim e o Yoongi, apontando um revolver na minha direção e outra na dele.

- Parece que encontrei mais dois, irmã! – a mulher, de madeixas pretas, usando uma máscara preta que escondia o seu rosto, proferiu num tom alto, enquanto eu senti um calafrio passar pela minha coluna.

O barulho de armas destravando fora ouvido, olhei para frente vendo vários homens armados, que provavelmente deve ser a segurança vigilância do local e sem esquecer da imagem do Hoseok com uma arma de calibre 38, também apontada na cabeça, ao ter as mãos algemadas e sendo segurado pela moça que foi chamada de “irmã”.

Agora eu entendo, o desastre que se tornou essa missão…

… E faço jus a palavra fudeu….