História Segredos e Mistérios (Imagine Jungkook - BTS) - Cap. XIX

Jeon Junghyun Pov On

Quando decidi que era hora de regressar, nunca passou pela minha cabeça receber tanto rancor de Jeongguk, e por mais que isso me fere, eu sei que sou culpado por está situação ter chegado até aqui, e se eu soubesse que o futuro seria assim, talvez agora não estivesse me sentindo arrependido.

Fui e sou um péssimo irmão, quando ele precisou de mim, eu não estava lá para ajudar-lhe, eu próprio é que quebrei a promessa feita pela nossa omma, só de pensar em seu belo rosto alvo cheios de lágrimas, proferindo aquelas simples palavras, mas de grande significado após suspirar pela última vez, antes de perder a força de seu corpo.

Deixa-me angustiado e com nojo do ser imundo que me tornei…

… Tenho vergonha de dizer que sou filho da dona Jeon Jisoo…

… Vergonha ser quem eu sou na realidade…

[…]

– Junghyun, vamos – chamou Jin hyung me sacudindo.

Pisquei várias vezes meus olhos, tirando esses pensamentos do passado, dei um sorriso de canto, transmitindo um “tudo bem” para o Jin hyung.

Ele atira as chaves do seu carro na minha direção, e eu apanho, destrancando as portas do carro, permitindo assim a nossa entrada na viatura, coloco a chave na ignição e começo a conduzir para a parte sul de Seoul.

2 Horas Depois

Faz muito tempo que eu não vinha aqui, e ver que nada tinha mudado era ótimo, sempre será um lugar de boas lembranças, mas de momento não estamos aqui para isso, estacionei em frente a casa de dois andares, saímos do carro, olhando ao redor para ver se tinha algum vizinho a espreita ou simplesmente fofocando, não queremos chamar atenção, afinal é uma área que foi restrita pela policia, com muito cuidado abro o portão que provavelmente deve estar enferrujado, sendo o Jin hyung a entrar primeiro indo direito para as traseiras da casa que ao chegar até onde ele estava podia vê-lo a tentar abrir a porta, mas está estava trancada sendo assim aproximei-me e tirei a blusa que vestia envolvi a volta do meu direito braço, afastei um pouco e dei um soco na parte onde era revestida de madeira, mas que no meio continha vidro onde se podia ver o interior, destranquei a porta, manuseando a maçaneta para baixo podendo assim abrir a porta.

Sacudi a blusa, tirando qualquer resíduo de algum vidro preso na blusa e voltei a vesti-la em meu corpo.

– Vamos ser rápidos Junghyun. – proferiu Jin hyung – Enquanto revisto o andar de cima, tu irás ver aqui, qualquer coisa suspeita é só gritar. – Disse e assenti vendo ele a subir as escadas para o primeiro andar.

Os minutos foram passando, vasculhei tudo quanto é lugar, até fui na cozinha, mas não encontrei nada, só faltava a biblioteca.

Por isso decidi ir atrás da escadas, onde havia uma estante cheia de livros e outros objetos de decoração, mas que na realidade atrás de si escondia uma porta, afastei devagar para não criar qualquer ruído alto, sacudindo as mãos para tirar aquele pó, abrindo por fim a porta, no canto esquerdo acendi o interruptor, dando assim a visão de como se encontra o local, depois de tantos anos fechada.

Passei a mão entre os meus cabelos, podendo ver que ia demorar mais tempo do que o previsto em achar os possíveis dados sobre um antigo hacker que trabalhava para a Big Hit, que pode ser a nossa última hipótese para tentar aceder ao sistema informático da polícia coreana.

[…]

Hoseok Pov On

Ver os olhares nervosos de Jimin e surpresos de Yoongi hyung, deixava a sua consciência ainda mais pesada do que já estava.

Parece que a sua ficha até agora não tinha caído em um momento de descuido, pode ter causado anos de cadeia atrás das grades, de si e de seus companheiros.

– Prendam eles agora! – Gritou a moça que lhe prendia, indicando dois guardas de segurança.

Eles se aproximam dos seus colegas de esquadrão e algemou cada um, sendo assim todos levados para o fundo corredor, até entrar na última porta ao fundo, que foi aberta.

– Ajude-me a levar esse garoto, para que possa prendê-lo na cadeira. – Pediu a moça, ao segurança que prendia o Yoongi hyung, que assentiu e forçou-lhe a entrar naquela sala sendo seguido por nós.

Naquela sala grande e suas paredes brancas não havia nada mais além de uma mesa de madeira ampla que estava na parte horizontal e algumas cadeiras confortantes.

Sendo forçados a sentar, algemaram nossas mãos atrás da cadeira e nos deixaram sozinhos a olhar para as paredes.

Querendo ou não ele não conseguia olhar para eles sem sentir remorso, a possibilidade, de ter dado cabo da missão pesava em seu ser e sua alma.

– Não se culpe, Hoseok! – Sussurrou Yoongi, tendo os olhos de seus dongsaengs em si – Nem Jimin e eu te culpamos de nada, nós sabíamos que algo podia dar errado quando aceitamos fazer essa missão, então eu peço que não se culpe. – clamou, lançando um olhar confortante em seu dongsaeng.

– Ele tem razão, Hoseok hyung, erros acontecem e esse será apenas mais um entre outros, fique calmo, nós iremos sair daqui custe o que custar, mas apenas não se sinta culpado. – Proferiu dando o tão famoso eye smile, onde seus olhos viram dois riscos de tanta doçura.

Não tem como não se sentir bem, em ter companheiros que têm misericórdia perante minha pessoa, eles são mais de que isso, são a minha família, aqueles que vão apoiar-me e nunca dar as costas até na pior das situações, posso até estar mais aliviado, mas ainda sei que tenho de achar alguma forma de sair desse lugar.

[…]

Alice Pov On

Pensativa…

De momento sinto-me assim, várias perguntas passam pela minha cabeça, mas não vejo uma resposta concreta para elas.

– Srt. Park o que vamos, fazer com aqueles delinquentes? – Perguntou o chefe Choi da segurança vigilância da Biblioteca Nacional.

– Eu não sei…– murmurei – Mas que delinquentes, eles não são, eu lhe garanto – afirmei, séria – Para isso teriam entrado pela porta da frente se fossem iniciantes, não acha, Lia? – Questionei, olhando-a por cima do meu ombro.

– Tem razão, mas afinal, o que exatamente vieram roubar, não vejo nada gratificante nesse lugar para ser roubado além dos ficheiros confidenciais da polícia, onde estão também os nossos registros. – Proferiu confusa.

– És um génio, dongsaeng! – Gritei – Será que eles vieram a mando do Esquadrão Bangtan Boys, se for isso vamos imediatamente naquela sala, siga-me Lia! – Ordenei, enquanto saio da sala, ouvindo seus passos usufruídos atrás de mim.

[…]

Quando chegamos na sala, onde os indivíduos desconhecidos estão presos, abro a porta e vejo eles conversando, mas pararam assim que se apercebem da nossa presença no recinto.

– Espero que tenham conversado muito garotos! – Proferi num tom abafado, por causa da máscara que escondia o meu rosto.

– Vamos apenas, fazer uma pergunta e espero que sejam ao menos educados em responder, ou serão imediatamente transferidos para o Departamento da polícia coreana. – Ressaltou Lia ao fechar a porta, indo se sentar na cadeira a frente deles.

– Eu sei que não são delinquentes, então eu sugiro sinceramente que comecem a colaborar connosco, ou teremos sérios problemas, não queiram que eu seja rude com vocês, ou farei questão que permaneçam mais tempo atrás das grades! – Ameaço.

– Isso é um aviso ou uma ameaça? – Perguntou o que estava de frente para mim.

Dou a volta na mesa, parando atrás si, segurando sua blusa de cor preta, quase levantando o desgraçado que pensa que eu tenho a mínima da paciência para o seu deboche.

– Não se faça de engraçadinho, porque a autoridade nessa merda, sou eu e quando digo algo sempre cumpro com as minhas promessas, e se depender de mim em vez de apanhar 5 ou 6 anos de cadeia, deixo com que fique com a prisão perpétua! – Disse sacudindo ele com força, para sentir a minha autoridade e que eu não estou para brincadeiras.

Mas o desgraçado apenas ria!

Mas agora eu virei caso de chacota por parte de um idiota qualquer, quem ele pensa que é para me rebaixar, assim desse modo. Já sentia que as coisas iam descontrolar a qualquer momento se ele continuasse com esse comportamento que nada favorece a sua situação.

– Se acalma, irmã! – Proferiu Lia, lançando um olhar de repreensão na minha direção.

Ela tem razão, eu não posso, me rebaixar ao ponto de entrar nos joguinhos dele e acabar sendo processada por matar o réu sem ter seus direitos de liberdade de expressão perante a lei e enfim soltei ele, dando as costas, mas retornei quando passou algo pela minha mente, e puxei o gorro quanto a máscara em seu rosto.

E por mais que eu penso que não devia ter feito isso não me arrependo de tal ato, afinal não podia deixar essa desagradável situação passar e não ver o rosto do individuo que tanto provocou a minha ira.

Mas ao ver o ser a minha frente, eu sentia que apenas esse acontecimento era o início de muitos e talvez a resolução dos nossos problemas, para que finalmente possa regressar para Los Angeles de cabeça erguida e de caso resolvido.

– Yoongi? – Proferiu Lia, com uma expressão chocada.