História Segredos entre as Dimensões - A Origem dos Livros - Natal na Baker St.

Duas semanas depois, John e Sherlock sendo os patriarcas de suas respectivas famílias remarcaram a Reunião Anual  Holmes e Winchester. As competições entre as duas famílias foram as tradicionais corrida do saco, do ovo, cabo de guerra, tirar balas do prato de farinha com a boca, charadas, corrida de balões e é claro as simulações de crimes elaboradas por Mary e Molly. Os Winchester venceram por uma diferença mínima. Sam acertou uma charada que envolvia um aspecto que os Homens de Letra estudavam, o que garantiu a vitória de sua família.
3 dias depois, chegou o dia de Natal. Molly fez mais uma vez a façanha de fazer toda a família W caber no seu pequeno apartamento.
Lestrade e a sra. Hudson participaram da festa como faziam todos os anos. O inspetor ficou impressionado com a grande família que John havia construído.
-Eu queria dizer umas palavras pessoal-Sherlock anunciou a todos.
-Tem certeza meu amigo?-John brincou como os velhos amigos que eram-cuidado com as palavras.
-Só me ouça e vai ver o quanto eu melhorei meu amigo-O detetive replicou determinado -Muitos dizem que eu sempre tive uma vida perigosa e estranharam quando eu construí minha família. Pra mim era algo impossível mas se tornou realidade. E eu fiquei muito feliz com esse impossível. E então vi coisas inimagináveis, impossíveis, que nunca pensei viver. Mas eu sou grato por ter vivido essas coisas. Por mais estranhas que tenham sido, trouxeram meu melhor amigo de volta. Além de outros amigos. No fim das contas é bom ter todos vocês aqui. Feliz Natal Watsons! Feliz Natal pessoal!
Todos trocaram seus votos e desejos de boas festas. Não muito longe dali em Londres mesmo, a Doutora encontrou alguém que não esperava encontrar tão cedo.

 -Missy?-ela disse surpresa-então foi você quem mandou a mensagem de ajuda? O que quer comigo?
-Esclarecer algumas coisas minha velha amiga-Missy deu um sorriso perigoso-eu sei que acabou de voltar de uma viagem não planejada. Bem fui eu quem levei vocês pra lá.
-O que? Como assim? Pra que?-a outra timelady se assustou.
-Aquele meu genrinho que arrumou uma briguinha de criança com aquele...-disse Missy-vejamos... melhor amigo do seu genro.

-Moriarty!- a Doutora compreendeu-ele queria que você se livrasse de Sherlock e você nos mandou pra outra dimensão pra que isso acontecesse?
-É isso aí!-a outra cantarolou-só que vocês voltaram né? Eu bem que tentei manter vocês lá e a salvo mas não se pode ter tudo que se quer.

 -Como Moriarty é seu genro?-a Doutora ignorou a ultima parte dita.
-Ora ele casou com a minha filhinha Irene Adler-Missy falou como se fosse óbvio-ah mas eu não posso me demorar, tenho outras coisas pra fazer, só vim dar um recado como sua amiga.
-Fale-a Doutora respondeu como se falasse com uma criança teimosa.
-Diga pro Sherlock não se meter no caminho do Jim-Missy fez uma cara de dó-é por isso que começou a briga deles pra início de conversa. Enquanto Sherlock não se meter no caminho dele, sua esposa e filhos e a sua família, amiga, vão estar a salvo. Mas se Sherlock dar uma de abelhudo-ela deu uma risadinha-não me responsabilizo pelo que vai acontecer.
-Seria impossível impedir Sherlock de lutar contra Moriarty caso fosse necessário-a Doutora disse com pesar.
-Há impossíveis que causam felicidade não é mesmo?-Missy riu de novo-eu ouvi o discurso dele. Tomara que ele use a própria carapuça.
 -Eu vou tentar fazer isso-a Doutora prometeu.
-Adeus amiga-Missy desapareceu de repente, teletranspotando-se para qualquer outro lugar.
A Doutora então voltou para a festa de Natal e observou a todos com um olhar pensativo.
-Está tudo bem?-Riv se aproximou dela.
-Claro eu só-ela tentou disfarçar-lembrei de um presente que Molly pediu que eu lhe entregasse.
 -É mesmo?-ele a olhou desconfiado.
A Doutora lhe passou uma folha de papel.
-Esse é o presente-ela explicou-uma folha do bloco de notas dela. Que ela usa para anotar quando acompanha Sherlock em seus casos. Ela disse que é pra compensar a folha que você emprestou pra ele quando ele escreveu aquela carta pra Emily.
-É sério?-ele ergueu uma sobrancelha-eu nem lembrava disso a não ser pela folha que está no quadro ali. De algum jeito a Emily conseguiu guardar a carta e quis emoldurar na parede.
Ambos olharam para a carta em um quadro na parede da sala.
-O que está te preocupando?-Riv a conhecia muito bem e percebeu seu estado de espírito.
-Nada, só estou observando a nossa família e os nossos amigos-a Doutora sorriu-sobrevivemos de novo.
-Como sempre fazemos meu docinho-Riv beijou sua têmpora com redundante doçura.
Mary sorriu para seus pais.
E a neve caía na Londres moderna esfumaçando as janelas do 221b, um lugar de histórias e famílias.